Decisões: A Regra da Vida- Capítulo 20.(Últimas Semanas)


Capítulo 20:

Cena 1: Colégio Nivelar// Pátio// Interior// Manhã//
Henry: Eu odeio mentiras, Natiely. Se mentir para mim, não tem perdão. Eu prefiro que a pessoa fale comigo as coisas antes que eu descubra.
Natiely fica pensativa. O coração da menina acelera, suas mãos soam e tremem.
Natiely- {corajosa}: Henry, eu preciso te contar uma coisa.
Fade-out- Last Friday Night- {Katy Perry}
Megan- {interrompe}: Com licença.
Henry fica em choque ao ver Megan. Natiely fica encurralada e Megan fica confusa com o olhar de Henry para ela.
Henry- {chocado/incrédulo}: Brenda, é você!
Megan- {estranhando}: Brenda? Você só pode estar me confundindo.
Henry- (insistente}: Sou eu, seu namorado! O Henry.
Megan: Você só pode estar ficando louco, eu não me chamo Brenda, eu me chamo Megan. 
Henry: Não é possível, eu tenho todas as nossas conversas, eu posso te mostrar.
Natiely fica com muito medo.
Megan: Eu não conversei com você nem aqui e nem na China, querido. Com certeza você está falando de um fake barato que fizeram com minhas fotos!
Henry- {surpreso}: Fake? Então quer dizer que eu fui enganado?
Megan: Sim, você acha por que eu vim pra cá?
Henry- {arrasado}: Eu não sei nem o que dizer!
Natiely- {consola/disfarçando}: Calma, Henry!
O menino senta-se e coloca as mãos no rosto, lágrimas escorrem dos olhos do menino. A dor da decepção fora tão grande que ele dá um grito expressando a sua angústia.

Cena 2: Colégio Nivelar// Cantina// Interior// Manhã//
Beatriz está lanchando um sanduíche e Leandro está sentado ao lado dela.
Leandro: Eu estava pensando, Beatriz, nós podíamos namorar, já tem um tempinho que estamos ficando!
Beatriz- {finge surpresa}: Namorar? Você está falando sério, Leandro?
Leandro- {com medo}: Por quê? Não gostou? Olha, me desculpe, esquece isso!
Beatriz: Sim, eu aceito namorar com você. –{O menino vai beijar e ela interrompe}- Mas antes de oficializarmos isso, eu preciso que você me faça um favor enorme.
Leandro- {feliz}: Que favor? Pode falar.
Beatriz: Eu preciso que você desça na favela e pegue algo para mim!
O semblante de Leandro muda e ele fica surpreso com o que Beatriz diz.
Beatriz: Eu preciso que você compre uma arma para mim!
Leandro- {chocado}: O quê? Uma arma? Mas pra quê?
Beatriz: Nossa pra que tantas perguntas? Não deixa nem eu te explicar.
Leandro- {amedrontado}: Beatriz, eu não sei se eu posso fazer isso.
Beatriz: Você precisa me ajudar, Leandro. O meu pai está correndo perigo. Tem um cara que prometeu matar ele e eu tenho medo desse homem matá-lo. Com uma arma ele pode andar protegido. Eu já mandei ele comprar uma, só que ele não quer e eu quero presentear ele com uma, só não tinha coragem de descer lá na favela para comprar.
Leandro: Beatriz, uma arma?
Beatriz- {cínica}: Você quer que eu deixe o meu pai morrer sem pelo menos se defender?
Leandro- {perturbado}: Eu não sei, Beatriz.
Beatriz: Você vai ou não?
Beatriz e Leandro olham-se fixamente. Leandro está tenso e não consegue esconder.

Cena 3: Colégio Nivelar// Pátio// Interior// Manhã//
Natiely consola Henry, que permanece chorando.
Megan: Eu sei que não é um bom momento, mas depois eu preciso que você me mostre tudo o que essa pessoa falou com você.
Natiely: Será que não pode voltar em outra hora?
Megan: Querida, eu entendo o sofrimento dele porque foi enganado, mas você tem que entender o meu. Eu sou a mais atingida aqui. Por que diacho alguém teve a ideia de pegar uma foto minha para usar?
Natiely: Eu sei o quanto deve ser difícil, eu só estou pedindo que respeite o sofrimento dele agora.
Henry- {limpando as lágrimas}: Eu não vou sofrer por isso. Eu sou forte!
Natiely: Isso, é assim que se fala, Henry. Não sofra por isso.
Henry: Você sabe o que mais me deixa indignado? É que nesse tempo todo de desconfiança eu disse para ela que eu me importava com aparência dela, eu disse que não queria saber se ela era feia ou bonita. A melhor e mais bonita aparência que tem é a do amor. –{Odioso}- Eu não vou perdoar ela nunca por isso!
Megan: Será que podemos conversar quando sairmos da escola?
Henry: Sim, nós podemos sim.
Megan: Que bom, saiba que eu vou precisar do seu celular, faz parte da investigação que a polícia está fazendo.
Natiely fica chocada e com medo, mas ela consegue disfarçar.
Natiely: A polícia?
Megan: Sim, assim que eu fiquei sabendo desse fake maldito, eu logo quis avisar a polícia e está sendo feita uma investigação para acabar de vez com essa palhaçada. A pessoa que fez isso vai se dar muito mal. –{Determinada}- Eu não vou deixar isso barato.
Natiely olha para Henry, que está frustrado.

Cena 4: Presídio// Sala de visitas// Interior// Manhã//
Renato chega ao local e tem um advogado esperando por ele. Renato cumprimenta-o e senta-se.
Advogado Yuri: Renato, eu sou o advogado Yuri e a pedido de sua mulher, a dona Bárbara, eu vim prestar os meus serviços.
Renato: Obrigado, Yuri. O delegado te disse qual é a minha situação?
Yuri: Sua situação está grave e ao mesmo tempo fácil de resolver. Eu preciso que o senhor seja verdadeiro comigo.
Renato: Se é o que você quer saber, eu não tenho nada a ver com tráfico de drogas, eu te dou a minha palavra. Eu nunca precisei me meter nisso e nunca vou fazer. Eu tenho uma filha que cresceu sem a mãe. Que exemplo eu daria? Sem contar todo o dinheiro que tenho!
Yuri: Entendi, mas para o juiz isso não basta. Eu fiquei sabendo que eles foram olhar as imagens das câmeras da sua casa, mas não acharam nada ainda. Estão revisando as imagens e pode demorar um pouco.
Renato- {tenso}: E se houver a probabilidade de alguém ter apagado essas imagens?
Yuri: As câmeras da sua casa são por conta própria ou você paga alguma empresa de segurança?
Renato: Eu pago uma empresa de segurança.
Yuri: Nesse caso o senhor tem um ponto positivo, porque todas as empresas de segurança são obrigadas a armazenar as imagens mesmo que sejam apagadas pelo cliente, isso é uma questão de segurança.
Renato: Graças a Deus! –{T}- Sabe quanto tempo demora?
Yuri: Não deve demorar muito. E fique sabendo de algo, se eles não encontrarem essas imagens, vamos ter que entrar com uma ordem judicial para a empresa de segurança liberar as imagens.
Renato- {implora}: Faça o que for possível, pelo amor de Deus. Eu não posso viver essa injustiça aqui, eu não tenho culpa de nada!
O advogado olha fixamente para Renato, que está frustrado.
A imagem escurece.

Cena 5: Rua// Manhã//
Leandro e Beatriz estão andando pela rua. A câmera lenta se inicia nos pés até chegar a cabeça. Leandro está tenso e Beatriz está esbanjando um sorriso maléfico. Os dois chegam à porta de um beco.
Beatriz: Você só precisa ir lá, comprar uma arma e voltar.
Leandro- {amedrontado}: Eu nunca entrei em uma favela antes, Beatriz!
Beatriz: Não seja um cagão, Leandro. Não vai amarelar agora, né?
Leandro- {determinado}: Não!
Beatriz: tenha certeza que essa noite você será muito bem recompensado.
Beatriz beija Leandro e vai passando a mão no corpo dele.
Beatriz- {sexy}: Tchutchuco!
Ela empurra Leandro, que olha para os lados a medida que vai andando. O menino assusta-se ao ver uma bala garrada em um tijolo. À medida que o jovem vai andando, ela vai ficando com mais medo. Alguns meninos com camiseta, chinelo e correntinhas no pescoço passam e olha para ele com desprezo, alguns com desconfiança. Leandro prefere não encarar e continua andando. Já caminhado um bom tempo, ele sente-se mais confiança no local e se depara com alguns homens armados no beco. Um dos homens aponta a arma para Leandro.
Homem- {desconfiado}: O que tu tá querendo aqui, playboyzinho?
Leandro fica com medo.
A imagem escurece e fica clara novamente.
Leandro chega ao fim do beco e encontra Beatriz novamente. Ele entrega o objeto enrolado em um pano para Beatriz, que olha para aquilo e fica sorridente. Beatriz beija Leandro.
Beatriz- {muito feliz}: Obrigada, meu amor. Que corajoso você é!
Beatriz percebe que não tem ninguém e ela segura a arma, mas sem encostar. Ela olha para o objeto e a câmera fica lenta, o seu olhar e sorriso diabólico e marcado.

Cena 6: Mansão Riccari// Sala// Interior// Manhã//
Isabela chega e Bárbara espera-a.
Bárbara- {estranha}: Onde está a Beatriz?
Isabela- {preocupada}: Eu não sei, Bárbara. Nós não conversamos. Eu quero saber mesmo é onde está o meu pai. O que deu aquele negócio da polícia?
Bárbara- {tensa}: Olha, Isabela, tente entender. O seu pai não tem nada a ver com o que estão acusando ele, mas ele foi preso.
Isabela fica paralisada.
Isabela- {chocada}: Não, isso não pode ser Bárbara. Como acharam isso aqui? O meu pai não mexe com esse tipo de coisa. Ele é inocente. ­{Grita/desesperada}- Papai? Papai?
Isabela sobe e procura seu pai por todos os cômodos. Ao ver que sua busca está sendo inútil, ela começa a chorar e volta para a sala.
Isabela: Quem armou isso, Bárbara? Quem pode ter feito uma coisa dessas com o meu pai?
Bárbara- {disfarça}: Eu não sei, Isabela, só tente acalmar! Tem gente trabalhando para que o seu pai seja solto. Tenho certeza que a inocência dele será provada!
Isabela: Isso não vai ficar assim, Bárbara. O meu pai não vai continuar preso!
Isabela decide sair.
Bárbara: Onde é que você vai?
Isabela- {olhos cheios lacrimejados}: Eu vou dizer ao delegado que meu pai é inocente!
Bárbara: Isabela, pelo amor de Deus. Você acha que é simples assim? Você chegar perto de um delegado e dizer que seu pai é inocente? Que provas você vai apresentar para ele? Se acalma!
Isabela sofre a prisão de seu e vai até Bárbara.
Isabela- {chorando}: Por favor, Bárbara, me ajuda tirar meu pai daquele lugar? Ele é inocente.
Bárbara- {chora}: Eu sei que ele é inocente. O advogado já conversou com ele e disse que tem certeza que tudo vai correr bem.
Isabela abraça Bárbara e chora compulsivamente. A mulher fica chocada com o abraço, mas consola a menina. Por mais que aquele momento tivesse marcado por uma dor, Bárbara consegue sentir a felicidade por estar conquistando a amizade de Isabela e sorri. Beatriz chega e fica furiosa ao ver àquele momento.



Cena 7: Mansão Braga// Quarto de Natiely// Interior// Tarde//
Natiely e Jasmín estão sentadas na cama conversando.
Natiely- {medrosa}: Eu tenho certeza do que ela disse, Jasmín. Aquela menina disse que a polícia está investigando isso tudo.
Jasmín: Amiga, me perdoa, mas eu te avisei. A Isabela cansou de te avisar.
Natiely: Eu sei, não tem como voltar atrás. Você acredita que ela teve coragem de marcar um encontro com o Henry? Eles vão falar dessa fake. Ai eu não acredito que isso está acontecendo. Por que aquela piranha teve que aparecer na minha vida?
Jasmín: Se você não tivesse mexido com a vida de quem estava quieto, nada disso teria acontecido.
Natiely: Agora não é hora de me julgar, amiga. E agora, o que eu vou fazer?
Jasmín: Eu não sei, Natiely, ir à polícia e apagar todos os dados de investigação da memória deles não vai adiantar. A única coisa que você pode fazer para ver se ameniza isso tudo, é contar para ela que é essa fake e implorar para que ela pare essa investigação e tenha pena de você.
Natiely- {surpresa/inconformada}: Isso nunca, amiga. Eu não faço isso nem a pau. Ela vai correndo contar para o Henry quem sou eu.
Jasmín: Mas, amiga, a polícia com certeza vai te descobrir.
Natiely- {lamenta}: Ah não! Espera aí.
Natiely esfrega os olhos.
Jasmín- {confusa}: Esperar o que, sua louca?
Natiely: Queria ver se era um pesadelo, mas é a realidade mesmo!
Jasmín ri de Natiely.
Jasmín: Amiga, pensa com carinho no que eu te disse. Uma hora ou outra eles vão acabar te descobrindo!
Natiely vai abraçar Jasmín, mas o celular da fake notifica uma mensagem. É de Henry, ela fica surpresa e com medo.
Natiely: É mensagem do Henry.
Jasmín: Então lê!
Natiely abre a mensagem e fica surpresa.
Natiely- {lendo}: Eu já descobri toda a verdade, sua farsante. Eu sei que você me enganou esse tempo e que não é quem aparentava ser. Não sei como consegue ser assim e ter coragem de usar a imagem de outra pessoa. O que te deu para fazer isso? Acho que você precisa de ajuda. Você deve ser uma pessoa muito louca. O que você ganha enganando os outros? Pelo menos tenha a dignidade de me dizer quem você é, eu te dei o meu amor esse tempo todo e acreditei em você enquanto muita gente já tinha me avisado. Fale barato.
Natiely coloca a mão na boca e fica chocada com a mensagem.
Natiely: O que eu respondo?

Cena 8: Mansão Riccari// Quarto de Beatriz// Interior// Tarde//
Beatriz se olha no espelho e penteia seus cabelos. A menina lembra-se de sua mãe abraçada com Isabela. Bárbara abre a porta e antes de entrar, ela olha para ver se alguém está vindo.
Bárbara- {discreta}: Me diz o que aconteceu, Beatriz?
Beatriz- {falsa}: Do que a senhora está falando?
Bárbara: Não se faça de cínica, minha filha. Eu não te ensinei essas coisas.
Beatriz- {provoca}: Percebe-se, mamãe. Isso é porque eu quem passei um bom tempo traindo meu pai, né?
Bárbara- {furiosa/farta}: Olha não começa com esse assunto porque estamos falando de outra coisa. –{Afirma}- Foi você quem abriu o portão para o seu pai, não foi? Eu tenho certeza que era isso que ele queria aquele dia que veio aqui!
Beatriz: Como a senhora tem coragem de dizer que meu pai fez uma coisa dessas? Já não basta fazer o que fez com ele?
Bárbara: O seu pai admitiu que fez isso! Hoje de manhã, eu fui à casa dele e o próprio confessou à deboche que foi ele quem armou isso tudo!
Beatriz- {fingida}: Não tente me envenenar contra o meu pai.
Bárbara: Você quer ligar para ele e perguntar? Liga! Liga, Beatriz.
Beatriz- {farta}: Está bem, eu abri sim o portão, mas eu não sabia o que ele queria.
Bárbara: Como você pôde ser tão ingênua, Beatriz. O seu pai pode querer alguma coisa de bom aqui nesse lugar? Na casa do homem que supostamente apunhalou ele pelas costas?
Beatriz: Supostamente não. Você deixa de ser cínica e descarada.
Bárbara: Tudo bem, Beatriz. Nós vamos à delegacia agora e você vai confessar tudo isso ao delegado.
Beatriz- {furiosa}: Nem morta, está me ouvindo? Que seu maridinho apodreça na cadeia, mas eu não vou prestar depoimento a favor dele.
Bárbara: É uma pena ver você crescendo e se igualando ao seu pai.
Beatriz: Que seja, eu não tenho nada a ver com essa situação. Eu não vou salvar um homem que destruiu a minha família.
Bárbara encara sua filha, mas decide ir embora. Beatriz gargalha sem fazer barulho.
Beatriz- {diabólica}: Que apodreça na cadeia, seu desgraçado.
Beatriz sorri e se olha no espelho novamente com muita alegria. A menina abre uma gaveta e vê um pano com um objeto dentro.
Beatriz- {maléfica}: Você não sabe o que te espera, seu desgraçado!

Cena 9: Mansão Braga// Quarto de Natiely// Interior// Tarde//
Jasmín- {confusa}: Eu não sei, Naty. Responde a verdade, não adianta continuar mentindo.
Natiely decide escrever.
Mensagem de Brenda/Natiely- {trêmula}: Eu não vou mentir para você mais, eu já estou cansada e vou te confessar que eu sou fake, mas nunca se esqueça dos meus sentimentos. Eles foram verdadeiros, apesar de mentir para você esse tempo todo.
Natiely fica indecisa se manda ou não a mensagem, seus olhos se enchem de água. Ela toma coragem e envia. A garota fica aflita esperando a mensagem de Henry, que está digitando.
Mensagem de Henry- {Natiely lê}: Eu nunca vou acreditar nesse amor, um amor que engana e que destrói o coração dos outros. Quantas vezes eu já te disse que odiava mentiras? Se você me amasse de verdade, passaríamos por cima desse erro, eu te perdoaria, mas agora não tem mais volta, Brenda. Apenas me esqueça.
Natiely chora compulsivamente e Jasmín abraça a amiga.
Jasmín: Não fica assim, amiga. Tudo vai passar, por favor, se acalme.
Natiely- {afasta}: Eu vou responder ele.
Natiely fica surpresa ao perceber que Henry a bloqueou no fake.
Natiely: Ele me bloqueou, amiga.
Natiely olha fixamente para Jasmín, que fica triste pela amiga. Lágrimas percorrem o rosto de Natiely deixando sua maquiagem mais borrada. A menina tenta amenizar o choro, mas é incontrolável e ela abraça novamente Jasmín. Os gemidos de choro ecoam.

Cena 10: Anoitece. Mansão Riccari// Quarto de Isabela// Interior//
Isabela está deitada em sua cama, ela apóia a cabeça no colo de Mauricio, que está sentado e escora-se na cabeceira. O namorado da patricinha acaricia os cabelos dela.
Isabela- {agoniada}: Não está nada fácil, amor. Eu não estou acreditando até agora que o meu pai foi preso.
Mauricio: Eu imagino o quanto deve ser difícil. –{Lacrimejando}- Pelo menos você tem um pai.
Isabela senta-se. Ela fica surpresa ao ver Mauricio chorando.
Isabela- {amorosa}: Não fica assim, amor.
Mauricio- {chorando}: Não quero te incomodar com meus problemas, é que eu lembrei de quando vi os meus pais sendo assassinados na minha frente.
Isabela- {segura as mãos}: Não pensa nisso, Mauricio, por favor. Olha, eu não sou da sua família, mas eu te amo. Eu sei que eu te fiz sofrer tanto, mas eu nunca vou fazer isso de novo. –{Chora}- Se não fosse o meu pai, eu não entenderia o que é amor de verdade.
Mauricio: Eu não quero lembrar de coisas tristes. Vamos apenas nos unir e vamos fazer de tudo para tirar o seu pai da cadeia, meu amor.
Isabela abraça Mauricio e os dois enxugam suas lágrimas.
Isabela- {segura o rosto de Mauricio}: Eu te amo tanto, meu lindo.
Mauricio: Eu te amo mais ainda.
Os dois se beijam apaixonadamente.

Cena 11: Apartamento de Gilberto e Monalisa// Sala// Interior// Noite//
Leandro está arrumado e sua mãe sorri ao ver o filho.
Monalisa: Hum, todo arrumado. Vai aonde?
Leandro: Vou a um encontro.
Leandro vê uma faca em cima da mesinha de centro da sala.
Leandro: E essa faca aí, mãe? Depois fala que eu quem sou desorganizado!
Monalisa: Ai, filho, leva pra mim lá na cozinha. Eu estava descascando batatas e acabei deixando ela aí.
Leandro vai pegar a faca, mas ele é distraído ao ver seu pai chegando. Gilberto está bêbado, furioso e seu semblante parece de um demônio com vontade de matar alguém.
Gilberto: Eu não vou aceitar isso mais, Monalisa. Eu mando em você e não vai se divorciar de mim!
Monalisa- {grita}: Eu já te falei que não vou aguentar isso mais, Gilberto!
O homem furioso vai para cima da mulher. Gilberto dá tapas na cara de Monalisa, enforca-a. Leandro está trêmulo e seu coração bate mais forte. O menino está com os olhos cheios de água e permanece em estado de choque. Gilberto esmurra a cara da esposa e o sangue escorre pelo nariz. Os olhos da mulher ficam roxos. Gilberto joga Monalisa no chão e está pronto para bater nela, mas Leandro estoura e decide tomar uma atitude.
Leandro- {grita/expressando sua revolta}: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Gilberto vê que o filho vai para o seu lado e dá um soco em Leandro, que cai no chão. Leandro não desiste e pula em seu pai, furioso. Os dois trocam socos. Gilberto é jogado no chão.
Leandro- {furioso}: Eu não vou tolerar mais, você vai se ver comigo!
Monalisa- {angustiada/implora}: Filho, não! Por favor. Eu imploro.
Gilberto- {provoca}: Vem, seu moleque infeliz. –{Grita}- Bichinha!
Gilberto gargalha. Quando Leandro vai para cima do pai, ele lhe dá um chute e arremessa Leandro no chão, que bate a cabeça e faz um barulho forte. Gilberto levanta-se e sorri maleficamente para o filho.
Gilberto: Vou acabar com a sua mãe, depois eu cuido de você.
Gilberto vira as costas. Leandro apóia na mesinha de centro e sente a faca em suas mãos. Leandro fica trêmulo de raiva e cego pelo ódio, ao ver que seu pai vai pisar em Monalisa, ele levanta-se rapidamente e crava uma faca nas costas do homem.
Monalisa- {aterrorizada/grita}: Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao!

A imagem congela no olhar agonizado de Gilberto, fica preta e branco, fixando-se em um quadro.

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