Capítulo 13:
Cena 1: Mansão Braga// Sala//
Interior// Manhã//
Henry sorri vendo o vídeo, que
acaba. O menino vai passando e vê as fotos que Natiely tirou também. Ele para
em uma foto sua e fica observando.
Henry- {sozinho}: Mano, que legal essa foto.
Henry já não começa ver fotos
suas, ele vai olhando as fotos de Natiely e fica chocado ao ver uma foto de sua
namorada virtual no telefone de Natiely. O menino olha fixamente para a foto.
Natiely chega à sala.
Henry- {intrigado}: O que a foto da minha namorada está fazendo no seu
celular?
Natiely fica surpresa ao ver
aquela foto e olha com muito medo para Henry.
Henry- {curioso}: Você não vai me dizer Natiely? Por que a foto da
Brenda está no seu celular?
Natiely- {disfarça}: Essa é a sua namorada virtual?
Henry: Sim, é ela, mas eu quero entender o que uma foto
dela faz no seu celular? –{Esperançoso}-
Você conhece ela?
Henry aproxima-se de Natiely, que
fica calada.
Henry- {impaciente}: Vamos, me diga! Você conhece ou não a Brenda?
Natiely: Não, eu não conheço. Essa foto quem me mandou foi
a minha amiga, eu só estou com ela porque quero pintar o meu cabelo dessa cor.
Henry- {desanimado}: Só por causa disso?
Natiely: Sim, só por causa disso, Henry, ou você acha que
tem alguma coisa a mais?
Henry: Não, eu não acho. –{T}- Existe alguma possibilidade da sua amiga conhecer ela?
Natiely: Não, eu conheço as amigas da Jasmín, ela não tem
nenhuma amiga que se chama Brenda.
Henry- {triste}: Se você conhecesse ela iria ser tão fácil, tenho
certeza que marcaria um encontro entre ela e eu.
Natiely- {sem graça}: Claro... Mas é claro que eu faria isso.
Henry- {implora}: Mas me promete, Natiely, me promete que se a
Jasmín conhecer ela, ou conhecer alguém que conhece ela, você vai me falar!
Natiely- {desconfortável}: Falo sim, Henry, você merece ser feliz.
Henry abraça Natiely e a menina
fica surpresa. Ela sorri.
Henry- {segura as mãos da
menina}: Você é uma pessoa tão
especial, Naty.
Natiely: Você também é uma pessoa muito especial. –{Pensando}- Até mais do que imagina.
Henry: Bom, e o que você tinha ido lá em cima pegar pra
mim?
Natiely: Ah, sim. É isso daqui.
A menina entrega a caixa de
presente e o som vai abafando, enquanto Henry abre e conversa com Natiely.
Cena 2: Apartamento de Monalisa e
Gilberto// Sala// Interior// Manhã//
Monalisa- {chocada}: Podem colocar ele no sofá, por favor.
Os policiais entram e colocam
Gilberto no sofá. Monalisa agradece e os leva até a porta.
Monalisa- {frustrada}: Como você pôde fazer isso com nós, Gilberto? Você
traiu a minha confiança e a de todos que apostavam em você!
Gilberto- {bêbado/ignorando}: Vem cá me dar um beijinho, meu amor. Não fica
brava comigo.
Monalisa dá uma bofetada no
homem.
Gilberto- {grita/inconsciente}: Ai, ai, por que fez isso, meu amor?
Monalisa- {séria}: Quando você sair dessa ressaca, nós vamos
conversar!
Monalisa fica desesperada quando
vê Leandro. O menino fica paralisado ao ver seu pai naquele estado.
Leandro- {desacreditado}: Pai? O que foi que aconteceu com o senhor?
Gilberto- {sorrindo}: Vem cá, meu filho. Dá um abraço no seu pai.
Gilberto gargalha. Leandro e
Monalisa olham-no com muita decepção.
Monalisa: Quando ele estiver melhor, nós falamos com ele.
Leandro: Pai, vamos pro quarto. O senhor vai tomar um
banho, vai dormir, e quando melhorar, nós conversamos.
Leandro apóia seu pai nele e
leva-o para o quarto. Monalisa permanece em estado de choque, lacrimejando.
Monalisa- {vozes mentais}: Ele não vai mudar nunca, Monalisa.
Monalisa senta-se no sofá e chora
a dor da decepção. A mulher coloca as mãos tampando sua boca, seus gemidos de
choro ecoam, e suas lágrimas caem no chão.
Cena 3: Mansão Riccari// Quarto
de Beatriz// Interior// Tarde//
Beatriz chega da janela e vê
Mauricio no jardim regando as flores.
Beatriz- {maliciosa}: Não é nada mal. Que jardineiro gostoso esse.
Beatriz permanece de olho no
jovem, que vê a menina olhando-o. Os dois fixam seus olhares. A menina decide
sair da janela e vai até seu espelho, ela admira-se.
Flashback:
Brás Palace Hotel//
Apartamento de Bárbara// Sala// Interior// Noite//
Bárbara ouve
batidas na porta.
Renato: Você pediu alguma coisa?
Bárbara: Pedi para trazerem o meu jantar aqui
em cima.
Bárbara abre a
porta e fica chocada ao ver Beatriz. A menina entra no apartamento d fica
chocada ao ver Renato. Os dois se olham, a menina demonstra fúria e desprezo em
seu olhar.
Beatriz- {com
ódio}: É esse,
mãe? É esse desgraçado que destruiu a nossa família?
Fim do flashback.
Beatriz- {olhar diabólico}: Isso não vai ficar assim! Não vai.... –{Trêmula/segurando choro}- Você vai se
arrepender de tudo o que fez seu desgraçado. Eu vou me vingar de você. Você vai
sentir na pele o que é ter uma filha destruída!
Beatriz vai até sua mochila e
pega um jornal e lê uma notícia.
Beatriz- {lendo}: Mocinha de 16 anos é estuprada e criminoso está
foragido.
Beatriz olha fixamente para
àquela notícia e seu olhar fica cada vez mais maléfico e sedento.
Beatriz- {sorrindo}: É da idade da Isabela. Vai ser só mais um caso!
Beatriz gargalha e seus olhos
brilham expressando toda a sua maldade e sede de vingança. Ao perceber que riu
alto, ela apenas sorri com discrição. A imagem foca no rosto de Beatriz que vai
se mexendo em câmera lenta.
Cena 4: Mansão Riccari// Jardim//
Tarde//
Mauricio continua regando as
flores e Isabela vai chegando devagar.
Isabela- {tentando assustar}: Buh!
Mauricio não assusta-se e vira
para Isabela.
Mauricio: Não assustou.
Isabela: Sem graça!
Mauricio: Eu sabia que era você quem estava vindo pro meu
lado.
Isabela- {curiosa}: E como sabia?
Mauricio: Por que eu senti o cheiro do seu perfume.
Isabela olha encantada para
Mauricio. Seus olhos enchem de água.
Isabela- {surpresa}: Sério? Você guardou o cheiro do meu perfume?
Mauricio: Desde a primeira vez que eu te vi, que eu senti o
seu cheiro, que eu pude tocar em você.
Isabela- {frustrada}: Eu sou tão imbecil, Mauricio. Como eu posso ser
covarde? Como eu posso vacilar com você?
Mauricio vira as costas.
Mauricio- {frio/coração
apertado}: Pois é, Isabela. Pra
você ver como a vida não é da forma que planejamos.
Isabela- {indignada}: Eu não planejei nada!
Mauricio- {seco}: Você pode não ter planejado, mas você escolheu!
Isabela- {inconformada}: Mas era a minha única opção, Mauricio, você não
acha que eu seria humilhada dessa forma? Olha pra você ver até onde a situação
chegou, eu estou morando na mesma casa que a menina que eu mais odeio nesse
mundo.
Mauricio fica frente a frente com
Isabela.
Mauricio- {fala alto}: Eu não posso compreender esse seu orgulho,
Isabela! Quem você acha que é pra me machucar dessa forma? Pra brincar
comigo... Você sabe como eu te amo. –{Desabafa}-
Eu não te falei isso nem uma, nem duas vezes, eu te falei várias vezes que
eu te amo. Você se achou no direito de brincar comigo, ainda teve coragem de
dizer que me ama. Isso não se faz, Isabela, não se brinca com o que as pessoas
sentem!
Isabela- {lacrimejando/grita}: Eu não brinquei com você, Mauricio. Eu nunca
brinquei quando disse o que sentia, eu sempre fui verdadeira. A vida está me
dando uma facada nas costas. Todo mundo que eu amo está me rejeitando, me
deixando de lado!
Mauricio- {inconformado/grita}: Te deixando de lado? Como você pode ter coragem de
dizer isso? –{Marejando}- Eu fui a pessoa
que mais correu atrás na nossa história. Você nunca fez um esforço por mim,
Isabela. Você sempre me tratou como um empregado, sempre me trocou e agora eu
quem te larguei? Não fala isso nem aqui e nem na China! –{Firme}- Nunca, nunca mais repita isso. Nunca duvide do amor que
eu tenho por você! Eu sei o que eu quero da vida. Você não sabe, você é uma
menina mimada, você nunca me mereceu!
Isabela- {chorando}: Você não pode me julgar, não pode falar o que eu
passo ou deixo de passar na minha vida. Eu não tenho mais a minha mãe pra me
ajudar. O meu pai, ele me trocou por uma mulher que eu odeio, e de brinde vem
essa vagabunda dessa menina para a minha casa!
Mauricio- {marejando}: Não joga a culpa da sua infelicidade em cima do
seu pai. Ele está fazendo o que você não tem coragem de fazer, que é correr
atrás de quem ele ama e aceitando quem quer que seja para ficar bem. E você,
Isabela, me conta o que você já fez por mim? Vamos lá, você me enganou no
começo dizendo que não namorava, me fez apaixonar, fez com que eu te ajudasse a
trair seu namorado, largou ele num dia e disse que ia ficar comigo, no outro já
me humilhou. É isso que você fez por nós. –{Grita}-
Goste você ou não, você está errada. Você é infeliz por opção.
Os gemidos de Isabela ecoam. Ela
e Mauricio encaram-se com os olhos lacrimejando. O olhar sério de Mauricio
intimida a amada, que sai correndo para dentro de casa. Mauricio ajoelha-se em
frente a uma planta e chora toda sua dor. As lágrimas do jovem caem sobre a
terra e ali ele tenta amenizar toda sua dor.
Cena 5: Colégio Nivelar//
Biblioteca// Interior// Tarde//
Mariana está sentada à mesa e
escreve no caderno e Gabriela chega.
Mariana: Até que enfim a donzela chegou. Onde estava?
Gabriela: Eu acabei ficando um pouquinho mais com o
Fernando. Ele me levou para almoçar. Eu nem tive tempo de trocar de roupa,
senão você iria esperar mais.
Mariana- {debocha}: Nossa que bom você ter percebido isso, já faz uma
hora que estou te esperando. Eu copiei a pesquisa quase toda sozinha.
Gabriela- {provocando}: Por que não chamou o professor para te ajudar?
Mariana: Para, Gabriela, você é louca, o professor vem à
biblioteca direto. Você já pensou se ele ouve uma dessas?
Gabriela: Eu estaria te dando apenas um empurrãozinho,
amiga. Você é uma burra mesmo, deveria ter aproveitado aquele dia na casa dele.
Mariana: Eu não sou dessas!
Gabriela: Ah não, querida? Com quantos meninos mesmo você já
ficou antes de conhecer o professor?
Mariana- {farta}: Para com isso, não estamos falando do meu passado.
Com o professor Eriberto é diferente, eu gosto dele.
A diretora Cristina sai detrás de
uma prateleira.
Cristina- {surpreende}: Então quer dizer que eu estava certa, Mariana.
Você gosta do seu professor?
Mariana fica envergonhada.
Mariana- {desesperada/despista}: Não... Isso é apenas uma brincadeira minha e da
Gabriela.
Cristina- {sorri}: Brincadeira? Conta outra, Mariana, até parece que
alguém brinca com isso.
Gabriela- {grossa}: E você não tem nada a ver com isso, diretora, se
eles namorarem não vão fazer nada aqui na escola. Não é crime duas pessoas
ficarem juntas.
Cristina- {fria}: Mas saibam que eu vou ficar bem de olho, porque
dentro da minha escola eu não admito isso.
Gabriela- {provoca}: Por que a senhora liga tanto pra isso? Será que é
porque também gosta do professor?
Cristina fica surpresa com a
pergunta de Gabriela.
Cristina: Como você mesma disse. A vida de cada um, é de
cada um. –{Grossa}- Cuide da sua!
Cristina sai, deixando Gabriela e
Mariana.
Mariana- {furiosa}: Eu te falei, Gabriela. Eu já falei pra não ficar
falando essas coisas em público. Olha só o que você fez. Daqui a pouco a diretora conta para ele.
Gabriela: Você acha que ela vai perder ele pra você? Só ela
fosse maluca. –{Firme}- A diretora
Cristina gosta do professor Eriberto!
Mariana fica tensa e pensativa.
Cena 6: Mansão Riccari// Sala//
Interior// Tarde//
Isabela chora inconsolavelmente
sentada no sofá.
Isabela- {marejando}: Ele nunca vai me perdoar.
Isabela coloca os braços
entrelaçados nas pernas e escora sua cabeça nos joelhos.
Isabela- {Pensando/fala de
Mauricio}- Eu fui a pessoa que
mais correu atrás na nossa história. Você nunca fez um esforço por mim,
Isabela. Você sempre me tratou como um empregado, sempre me trocou e agora eu
quem te larguei? Não fala isso nem aqui e nem na China! –{Firme}- Nunca, nunca mais repita isso. Nunca duvide do amor que
eu tenho por você! Eu sei o que eu quero da vida. Você não sabe, você é uma
menina mimada, você nunca me mereceu!
A jovem chora compulsivamente e
seu choro é ecoado. Bárbara termina desce as escadas e corre até Isabela.
Bárbara- {preocupada}: Isabela, por que você está chorando?
Isabela- {grossa}: Sai daqui! Você só quer fazer fofoca pro meu pai.
E saiba que você é um dos motivos de eu estar assim.
Bárbara- {chocada}: Eu? Isabela, eu nunca fiz nada com você. Eu não
tive culpa de me apaixonar pelo seu pai.
Isabela: Talvez você e o Mauricio estejam certos, eu sou
uma menina mimada, eu não penso em ninguém.
Bárbara: Não fala assim, Isabela, eu não disse isso. Não se
sinta desse jeito.
Isabela: É muito fácil sair pedindo as pessoas para ficarem
melhor enquanto não estamos passando pelo que elas passam.
Bárbara- {calma}: Isabela, pelo amor de Deus, eu não estou dizendo
isso. Tente me entender, eu não quero roubar o lugar da sua mãe, eu não quero
te fazer mal, eu quero ser feliz, eu quero ser sua amiga. Você tem uma imagem
muito errada de mim. Eu não sou quem você pensa.
Isabela: Bárbara me deixa sozinha, por favor.
Bárbara: Ok, se precisar de uma amiga, eu estarei no meu
quarto para te ouvir.
Bárbara sai e Isabela olha para a
mulher indo.
Cena 7: Anoitece. Apartamento de
Gilberto e Monalisa// sala// interior//
Leandro está fazendo seu dever de
casa e Monalisa vê televisão.
Monalisa: Está muito difícil o dever?
Leandro: Um pouquinho, mãe.
Monalisa: Eu sei que isso não é complicado pra você, meu
amor. É por causa do seu pai, não é?
Leandro permanece olhando para o
caderno. Monalisa vê algumas gotas de lágrimas do menino caindo no caderno.
Leandro- {angustiado}: Será que vamos passar por tudo aquilo de novo?
Monalisa- {preocupada}: Eu não sei, meu filho, isso são decisões.
Leandro: Eu não sei se vou aguentar tudo de novo.
Monalisa vai até seu filho,
abraçando-o.
Monalisa- {segura as mãos do
filho}: Se o nosso passado
voltar, nós vamos ser forte e vamos enfrentar ele, com muita garra, porque nós
somos guerreiros e como vencemos uma vez, vamos vencer de novo.
Leandro- {deprimido}: Eu tenho medo, mãe. Eu não quero passar por tudo
aquilo, eu tenho medo de ser covarde e não conseguir te defender.
Monalisa dá um beijo no filho e
eles assustam-se com a presença de Gilberto.
Monalisa- {séria/fria}: Precisamos conversar!
Gilberto e Monalisa se olham
fixamente. Leandro olha para o pai com medo de qual será a sua reação.
Cena 8: Rua// Praça// Noite//
Mariana está andando com Eriberto
e os dois sorriem.
Mariana: Eu era a feinha da sala quando era pequena.
Eriberto: Em compensação agora é uma das garotas mais
populares e bonitas.
Mariana- {sorrindo}: Eu não acho isso.
Eriberto- {admirando-a}: Você não acha, mas as pessoas acham.
Mariana: As pessoas tipo quem?
Eriberto: Tipo, sei lá, eu te acho linda. Acho que você é a
menina que alguém sempre quis ter. Amiga, companheira, confidente, conselheira,
leal, confiável, eu vejo tantas qualidades em você, Mariana.
Mariana esbanja um olhar
apaixonado e Eriberto percebe. Os dois se colocam frente à frente e se olham
fixamente. As mãos de Eriberto encosta nos braços de Mariana, os braços da
menina arrepia. O coração dos dois bate aceleradamente à medida que os seus
rostos vão se encontrando.
A imagem congela
nos rostos próximos, fica preto e branco, fixando-se em um quadro.