Uma Estrela Caiu do Céu - Capítulo 8 - A Hora da Verdade





uma novela de / escrita por
FELIPE ROCHA


agradecimentos
WEB MUNDI


capítulo
A HORA DA VERDADE

Atenção: Repetição da última cena do capítulo anterior.

CENA 01 / BARRA / AVENIDA / INTERIOR / NOITE 
Apolo descontrolado, bebe uma garrafa de cerveja, enquanto dirige, se mostrando no trânsito. Ele ultrapassa carros, como é proibido, e ainda é sobrevivente. Dirigindo em alta velocidade, sem se importar com nada. A bebida ocupa o seu cérebro! Desta vez, ele está em um viaduto. Nisso, ele ultrapassa os carros, continuando a dirigir em alta velocidade, desta vez no máximo (360 km). Apolo pega mais uma garrafa de cerveja, solta o volante e continua a beber. Quando ele aumenta mais ainda a velocidade, e ultrapassa o semáforo, ele é atingido por um carro e o outro carro o choca na lateral!! O carro de Apolo encapota seis vezes e cai do viaduto.


Após isso, um tumulto de pessoas se junta para observar o acidente de carro. Ruídos das conversas entre os figurantes são marcantes nessa passagem da cena. Um figurante, resolve tomar atitude, pega seu celular e liga para a ambulância:
FIGURANTE 1 — Alô, ambulância, ocorreu uma acidente aqui na rua Senhor dos Passos. É... O moço tá machucado... Por favor, venha o mais rápido possível, viu?
O figurante desliga o telefone, feliz do seu comportamento.
(Depois de algum tempo).......
A ambulância chega e recolhe o corpo de Apolo que está inconsciente. As pessoas continuam a observar e se entender, levantam hipóteses para o acidente do homem, e ao mesmo tempo, fazem questionamentos indiscutíveis.
CORTA PARA:

CENA 02 / PENITENCIÁRIA / CELA SOLITÁRIA / INTERIOR / DIA
Wanda, louca, chora sozinha na cela solitária da penitenciária. O lugar é sujo, repleto de condições precárias, insalúpres, numa imundície entre os detritos. A mulher tem um ataque de esquizofrenia.
WANDA — (agressiva) Porquê??? O que eu fiz de errado? Me tira daqui, seus desgraçados.... Me tira daqui, eu não mereço passar por isso.. Me tira daquiiiiiiii... Eu imploroooo.
Wanda, agressiva, tem ataque de psicopatia.
No buraco da cela solitária, um carcereiro deixa um prato de comida e avisa:
CARCEREIRO 1 — O almoço tá servido! Tem 15 minutos para sair daqui e ir para o pátio, ouviu?
O carcereiro fecha a portinha. Wanda pega a comida com a mão e começa a comer. Em seguida, ela cospe, com nojo. Wanda grita:
WANDA — Me tira daquiiiiiii!
E a vilã louca dispara a chorar e joga a marmita na parede, agressiva. Wanda chuta a parede, nervosa.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 03 / TRIBO INDÍGENA / OCA 16  / INTERIOR / DIA
Serena ao ver Lucas e Rafael discutindo, repreende-os:
SERENA — (agressiva) Parem com isso! Vocês estão parecendo dois cachorros idiotas. Para ter que ficar comigo, precisa de um comportamento bom! E porque você está aqui Lucas?... Ah claro. É você né Rafael?
LUCAS — Ele me sequestrou Serena, eu estava na mata, observando as plantas, e foi atingido por esses índios aí, os comparsas dele!!
RAFAEL — É tudo mentira Serena!! O Lucas é um "baita" mentiroso. Não acredita nele meu amor, eu não faria isso, nem se eu perdesse você.
SERENA — Rafael, já está na hora de você crescer e já! Eu não vou ficar discutindo com você essas mentiras idiotas, desiste! Você já me perdeu, mesmo de qualquer jeito.
RAFAEL — Mas meu amor, pergunta para os índios, eles vão te responder. Foi o Lucas que veio aqui e causou briga comigo.
Serena vai até os índios:
SERENA — Índios, o que realmente aconteceu?
ÍNDIO 1 — "Ba" (aponta para Rafael) mandou pegar homem branco!
SERENA — É verdade isso Tibirité?
TIBIRITÉ — Muçulmano tá dizendo "as verdade".
Rafael, nervoso, de ser desmascarado.
RAFAEL — Seus inúteis! Vocês não servem para bosta nenhuma! 
Em seguida, Rafael joga fogo na Oca e foge, correndo.
SERENA — (ordena) Vamos atrás dele!
Serena, os demais índios, e Lucas perseguem Rafael.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 04 / TRIBO INDÍGENA / MATA / INTERIOR / DIA
Serena, Lucas e os índios encontram o Mestre Cuca,  que questiona:
MESTRE CUCA — Serena? O que houve? Porque vocês estão correndo nessa rapidez?
SERENA — Mestre Cuca, dessa vez não dá tempo de explicar, mas temos que capturar o Rafael e rápido! Ele fez alguma coisa completamente errada. Avisem os demais.
MESTRE CUCA — Ouviram isso? Atrás de Rafael!!
Os índios vão com o arco e flecha atrás de Rafael. No meio da confusão, Anahí e Cadore gritam:
ANAHÍ E CADORE — Serena! Serena! Minha filha.
Serena, não ouve.
Rafael continua a correr e os índios vem atrás para capturá-lo. Ele passa entre as pedras do riacho. Durante a corrida, ele perde o fôlego, olha para trás e vê que os índios estão alcançando-o. Ele diz:
RAFAEL — Tenho que fugir daqui o mais rápido possível! Eles não podem me capturar. 
Rafael corre dos índios e eles com o arco e flecha na mão.
Com isso, Rafael chega a uma montanha sem perceber. A montanha acaba e lá em baixo, há uma correnteza de água que passa entre ele. Rafael olha para baixo e para os índios, que finalmente o alcançam-o.
RAFAEL — Por favor, não me matem aqui, tenham piedade!! Não me matem!!
MESTRE CUCA — Rafael traiu nossa confiança! Agora é hora dele morrer! Vamos!
E todos os índios apontam suas armas para Rafael... Rafael grita:
RAFAEL — Nãoooo!!!
Rafael resolve pular da montanha e os índios observam, angustiados. Rafael cai na correnteza de água e supostamente desaparece. 
CORTA PARA:

CENA 05 / TRIBO INDÍGENA / OCA 10 / INTERIOR / DIA
Na oca do Mestre Cuca, os índios fazem um ritual para o corpo de Rafael, pois pensam que ele está morto. Eles ficam em roda e começam o ritual. Alguns derramam lágrimas.
CORTA RÁPIDO PARA:

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              1°INTERVALO COMERCIAL
Abertura da novela:
https://www.youtube.com/watch?v=5KU62f6lkn8

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CENA 06 / HOSPITAL DR. ALBERT EINSTEIN / CORREDOR 3°ANDAR/  INTERIOR / DIA
Médicos e enfermeiros correm com Apolo na cama para o quarto de observação do hospital DR. ALBERT EINSTEIN. Mariana e Elisinha chegam. Mariana, triste, chora ao ver seu amor sendo levado para o quarto e grita:
MARIANA — Apoloooo! 
Elisinha preocupada, grita:
ELISINHA — Mariana, volta aqui, minha filha.
Mariana vai correndo atrás dos médicos que entram com Apolo para o quarto de observação.
MARIANA — Por favor, moço, deixa eu ver o meu namorado.
MÉDICO 1 — Senhora aqui você não pode entrar. Tem muitas pacientes aqui. Só é permitido a entrada de médicos.
MARIANA — Por favor, eu quero só dar um beijo nele, falar uma coisa antes que ele morra.
MÉDICO 1 — Senhora, aguarde sentada nas cadeiras. Não vai adianta insistir! Vamos cuidar bem dele. Agora faça o favor, de esperar. Ok?
Mariana, chorando, corre para os braços da mãe.
MARIANA — O Apolo vai morrer mãe?
ELISINHA — Nas condições que ele tá, eu não tenho resposta para essa questão. Mas você tem que orar para correr tudo bem ok?
Elisinha beija a cabeça da filha, que chora.
Mariana, desolada, derrama lágrimas.
Ela senta-se na cadeira e espera com Elisinha, impaciente. Elisinha a consola. A cada hora que passa no relógio, Mariana não para de chorar. Impaciente, ela levanta da cadeira, depois senta, e repete essa ação a cada minuto, não para quieta. Passam se quatro horas no relógio e o Doutor Bruno chega para avisá-los:
MARIANA — E aí doutor o Apolo tá vivo ou morto? 
DOUTOR BRUNO — Dona Mariana, essa é a primeira vez que eu vejo um paciente sobreviver a seis encapotadas, e eu posso dizer, que fiquei muito surpreso com esse acontecimento! Nenhum paciente meu foi tão forte como ele. O coração continua mantendo seu funcionamento normalmente, batendo a cada minuto. Eu acho que ele sobreviveu por amor... Amor por você... Se não fosse por você, esta hora ele já estava no céu... 
ELISINHA — É Doutor, a minha filha gosta muito dele!
MARIANA — Gosto nada. Eu amo o Apolo, ele é tudo para mim! E cada um dá força para o outro nos momentos difíceis.
Elisinha, suspira com a fala de Mariana, nervosa.
DOUTOR BRUNO — Sendo assim, receio que alguns órgãos foram afetados pelo trágico acidente de carro e ele deverá ir para a sala de cirurgia imediatamente. Vocês estão liberados a ir para casa, e qualquer coisa, o hospital comunica para a família.
MARIANA — Eu não vou para casa não! Enquanto ele não melhorar, eu vou ficar aqui de guarda.
ELISINHA — Filha não seja teimosa. São oito horas da noite e você precisa descansar!
DOUTOR BRUNO — Mariana, a sua mãe está certa. Vamos cuidar bem dele. Confie em mim.
MARIANA — Se você tá falando eu vou, mas qualquer coisinha, me comunique, vou avisar a família dele. Eu não sei como te agradecer doutor.
DOUTOR BRUNO — Não tem que agradecer! Recomendo que acenda uma vela e reze um terço, vai valer.
Mariana e Elisinha vão embora do hospital.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 07 / TRIBO INDÍGENA / CASA DE SERENA / SALA / INTERIOR / DIA
Lucas, Serena, Cadore e Anahí reunidos! Eles jantam uma sopa.
LUCAS — Dia tenso hoje viu? Nunca imaginei que o Rafael seria capaz de fazer uma coisa dessas comigo.
SERENA — Qualquer pessoa faria isso por ciúmes, Lucas. Eu já olhei isso no Rafael. Mas agora tá tudo bem graças a deus.
ANAHÍ — Agora vocês vão poder ficar juntos, um ao lado do outro, com a minha aprovação. Lucas, eu queria dizer que eu te parabenizo por ser um homem bom e me desculpe se eu já te magooei, mas foi por causa desse duro aqui do Cadore. E faça a minha filha a mulher mais feliz desse mundo viu? Se não tá cortado o casamento!
LUCAS — Não tem que se desculpar Anahí. 
Anahí cutuca Cadore.
ANAHÍ — E você vai falar alguma coisa, Cadore?
Cadore, voado no tempo, questiona.
CADORE — O quê?
ANAHÍ — Cadore, fale alguma coisa.
Cadore, pensativo, toma atitude e diz! 
CADORE — Fui eu! Eu preciso ser punido imediatamente, não é o Rafael não! Eu preciso ser punido, eu que bolei todo o plano para afastar vocês dois e até hoje eu me arrependo.
Cadore, chorando, vai embora.
CADORE — E eu vou embora. Não tenho nada a fazer aqui.
ANAHÍ — Cadore, volta aqui, eu vou cutucar sua cabeça com uma vassoura, volta aqui "home".
Serena, surpresa, questiona:
SERENA 
— Peraí... Então foi o papai que fez isso tudo?
LUCAS — Eu já desconfiava Serena... O seu pai queria nos afastar de qualquer maneira... Mas, vamos largar isso para lá, já passou. O importante é que estou aqui... Eu queria comunicar com você que já estou indo embora semana que vem.
SERENA — O quê?
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 08 - PASSAGEM DE TEMPO
Na tribo, há uma passagem de tempo. Lucas e Serena na mata, se beijam, nadam juntos no rio, observados por Anahí e Cadore que se escondem atrás das árvores. Cadore tropeça numa árvore e Lucas e Serena descobrem que estavam sendo flagrados... O que gera uma risada... Cadore, emocionado, dá um abraço em Lucas. No seu aniversário, Lucas o presenteia. E os dois se abraçam... A tribo comemora o aniversário de Cadore... Várias coisas acontecem... Até que se passam uma semana.
CORTA PARA: 
CENA 09/CASA DE SERENA/SALA/INTERIOR/DIA
Anhandí coloca tapa olhos em Serena e vai orientando-a quanto o tapa-olhos. Serena gira para que a amiga coloque o objeto em seus olhos (90°)
ANHANDÍ — Peraí, peraí. Tá pronto!
Serena, suspira.
ANHANDÍ — E aí tá pronta amiga?
Serena, feliz, balança cabeça.
SERENA — Tô pronta sim.
Anhandí, triste, lamenta.
ANHANDÍ — Ah, amiga, só de ver você indo embora, me dá uma tristeza. Eu acho que eu não tô preparada, não mesmo. (tom) Vou perder minha melhor amiga que conviveu esses anos todos comigo...
SERENA — Ah, sua boba. Você não vai me perder. Eu sempre serei sua amiga. E não abandonarei vocês. Sempre que puder vou estar ao teu lado, pro que der e vier.
ANHANDÍ — Ah, que me dá uma abraço.
Radiante, as amigas se abraçam.
SERENA — E aí, podemos ir?
ANHANDÍ — Não, ainda não. Deixa eu dar uma olhadinha.
Anhandí olha pela cortina se a festa esta pronta. Em seguida, vê Lucas fazendo um sinal de positivo para ela. Feliz, ela fecha a cortina, pega nas mãos da amiga e avisa.
ANHANDÍ — Tá tudo pronto sim. Olhando assim para você, dá até vontade de chorar. Você está linda amiga, eu tenho certeza que o Lucas não vai resistir.
SERENA — Vamos ver né, Anhandí? Tomara. Podemos ir? Tô ansiosa, não aguento mais esperar.

Anhandí conduz Serena, que está de tapa olhos até o exterior da tribo. 
CORTA PARA:
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                         FIM DO CAPÍTULO
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