Sessão Web Mundi: UMA ESTRELA CAIU DO CÉU - EPISÓDIO 01 - A VOLTA DE CAMILA (ESPECIAL NATALINO)



SESSÃO WEB MUNDI




FADE IN:
CENA 01 
A trama se passa em 2017, nos dias atuais. Efeito e letreiro com o nome da trama: UMA ESTRELA CAIU DO CÉU – ESPECIAL DE NATAL



um especial natalino escrito por
FELIPE ROCHA



episódio 001
A VOLTA DE CAMILA



agradecimentos
WEB MUNDI




Nota: O nome da trama "UMA ESTRELA CAIU DO CÉU" se deve ao fato do protagonista, Lucas, praticar boas ações e ser generoso com todos. 

CENA 02 / MANSÃO MEDEIROS / INTERIOR / DIA
Lucas, desesperado, chega à mansão Medeiros. Valentina na cadeira de rodas, Regina e Ariovaldo no quarto. Ele questiona:
LUCAS Ah, meu deus do céu, cheguei o mais rápido que eu pude. Vocês não levaram-a para o hospital não? Não é possível.
REGINA — Estamos preocupados, o bebê não saiu até agora, meu filho. A Serena diz que não aguenta ir até o hospital.
Lucas vai até o quarto.
Serena, deitada na cama, grita para o bebê nascer. Ela se esforça.
LUCAS — Meu filho não sai mais nunca não?
PARTEIRA — O neném tá “intaladu”, “achu”, que nu vô conseguir mais não.
SERENA — Ah, meu deus do céu, já to cansado de fazer tantra força.
ARIOVALDO — Minha filha, é melhor ir para o hospital. Há mais recursos.
PARTEIRA — Ó, se a senhora, nu quiser, tenta fazer um pouquinho de mais força.
Serena faz força e grita de dor.
REGINA — Melhor leva-la para o hospital, gente. Vamos.
SERENA — Não, não. Por favor. Eu não quero ir para o hospital.
LUCAS — O médico vai saber o que fazer, vamos.
CORTA PARA:

CENA 03 / MATERNIDADE / INTERIOR / DIA
Serena vai deitada na cama, empurrada pelos enfermeiros do hospital.
LUCAS — Vai correr tudo bem meu amor.
SERENA — Eu tenho certeza que sim, nosso filho nascerá sadio e forte.
Serena é levada para a Maternidade.
Lucas, Ariovaldo, Regina se sentam no banco.
ARIOVALDO — Regina, meu amor, cadê meu neto que não vi hoje?
REGINA — Deve tá dando um rolê por aí! Do jeito que ele é.
Depois de algum tempo... 15 minutos...
O trio espera na recepção do hospital.
LUCAS — E aí Doutor? O parto ocorreu bem?
DOUTOR — (finge estar triste, cabisbaixo) Senhor Lucas, né? Olha... Então...  (dá a notícia, feliz) O bebê nasceu, ela está muito bem!!
ARIOVALDO — Ah, graças a deus.
REGINA — Quando poderei ver meu neto?
DOUTOR — E vocês ainda perguntam? Agora mesmo!
CORTA PARA:

CENA 04 / MATERNIDADE / QUARTO 221 A / INTERIOR / DIA
Atenção: Junção/Continuação da cena 03 deste capítulo.
Regina, Ariovaldo e Lucas a admirarem Guto, neto e filho respectivamente.
LUCAS — Olha como ele nasceu gordinho!
SERENA — Nosso filho terá muita saúde!
ARIOVALDO — Hei de brincar muito com meu netinho.
REGINA — Eu também!
Serena questiona o médico.
SERENA  — Quando vou ter alta Doutor?
DOUTOR — Após 24 horas você já sairá do hospital. Aguente firme e logo poderá levar o bebê para casa, entende.
CORTA PARA:

CENA 05 / PASSAGEM DE TEMPO
Passam-se uma semana.
CORTA PARA:

Já cortou antes para:
CENA 06 / MANSÃO MEDEIROS / INTERIOR / DIA
Serena, surpresa com a proposta de Lucas em viajar.
SERENA — Negativo Lucas.  Não, não e não! Viajar uma hora dessas? O bebê nem nasceu direito! Não. É complicado. Principalmente para Los Angeles, um lugar tão distante como esse.
Bruno, o mais velho, negro, filho do casal diz:
BRUNO — Mas gente... Nunca saímos de casa. Desse jeito vamos apodrecer aqui mesmo.
LUCAS — Olha, será bom para a família toda. Onde iremos aproveitar o Natal? Em casa? Todos os anos a cerimônia é essa, e não tem sentimentalismo! Cuidaremos bem do bebê, amor.
REGINA — Serena, pense não acontecerá nada!
SERENA — Está bem, está bem. Vocês me convenceram! Então vamos arrumar as malas.
ARIOVALDO — Você podia chamar a Evelyn para viajar com a gente né, Serena?
SERENA — Evelyn? Essa hora ela deve estar lá em Miami, com o noivo dela.
LUCAS — Então, está decidido, vamos arrumar as malas!
CORTA PARA:


Passam-se alguns dias. Tempo Chuvoso. A Família Ferrari Marçoni viaja de avião até chegarem em LOS ANGELES.

CENA 09 / CIDADE DE LOS ANGELES / INTERIOR / DIA
A Família Ferrari Marçoni brinda em uma limusine, enquanto passeiam pela cidade. Serena admira:
SERENA— Ara! Mas essa cidade é linda demais. Eu estou no Paraíso.
LUCAS — Serena, meu amor, você não viu nem a metade.
SERENA — Para onde vamos agora?
LUCAS — Para o hotel. 
CORTA PARA:

CENA 10 / HOTEL LOS ANGELES / QUARTO 65 A / 2°ANDAR / DIA
Uma mulher de peruca loira fala ao telefone, enquanto escolhe uma roupa nas malas. Voz e visual não identificados.
LOIRA — Sim, sim... Ela já está aqui. Calma aí, que eu tô no mesmo hotel que ela. Não gosto de ser pressionada. Se eu já falei que vou cumprir o plano, é porque vou! Agora senta com a bundinha aí no sofá e vá fazer outra coisa, queridinho... Ah, e não me ligue mais! Preciso de concentração, tá certo?
Ouve-se um ruído de reclamação da pessoa atrás da ligação.
LOIRA — Mas é claro, bem... Você tem alguma dúvida?  Eu quero me vingar de... Ah, esqueci! É surpresa. Não posso deixar barato! Hoje à noite a gente se encontra viu, um beijinho fofo, baby!
CORTA PARA:

CENA 11 / HOTEL LOS ANGELES / QUARTO 68 A / 2°ANDAR / DIA
Continuação da cena 10.
A família Ferrari Marçoni chega ao quarto do hotel e descarregam as malas.
SERENA — Ah, eu estou exausta. Gente, mas que viagem cansativa! Se a gente tivesse viajado de ônibus, olha lá... Seria pior ainda.
LUCAS — Mas o importante é que chegamos ao nosso destino...
SERENA — Sim, vamos descansar um pouco.
BRUNO — Mas gente? Eu hei de mofar, em vez de dormir, vamos sair! Conhecer Los Angeles.
LUCAS — Mas meu filho, espere. O mundo não vai acabar não! Temos muito tempo para conhecer a cidade. Energia de jovem não acaba mesmo né? Pelo menos, esquenta a bunda no sofá.
ARIOVALDO — Não é, eu concordo com seu pai, Bruno.
REGINA — Eu vou tomar é um banho! Passar um creme no rosto. Uma mulher linda, jovem como eu, precisa cuidar das rugas.
ARIOVALDO — Mas meu amor, para quê? Você não precisa passar um creme no rosto. Rugas são marcas, é charme.
BRUNO — Ih, começou a paparicar a vovó! Desde quando ruga é charme? Eu não entendo vocês não viu?
ARIOVALDO — (agressivo) Mais respeito com sua avó menino!
REGINA — Olha aqui, tenho muito orgulho da minha pele! Pelo menos sou elegante. Me chamo Regina Ferrari Marçoni.  Mal criado! Lucas, me defenda!
BRUNO — Aham, sei. Se foram vocês que me criaram.
Tumulto, briga entre todos. Serena aparta a briga.
SERENA — Chega! Isso aqui tá parecendo um circo.
BRUNO — Sabe o que eu vou fazer? Vou dar um rolê por aí. Ganho mais.
LUCAS — Mas meu filho. Você nem conhece Los Angeles.
SERENA — É perigoso, Bruno. Não vá.
BRUNO — Mas, por favor, viu? A única maneira é eu ir de táxi e pedir informação. Sei me virar muito bem sozinho! Tchau para vocês. Vou comunicando pelo celular, ok?
Bruno vai embora e bate a porta da sala. 
LUCAS Meu filho volte aqui. (grita) Meu filhoooo!
REGINA — Sinceramente gente, eu tenho medo que alguma coisa aconteça a ele!
SERENA — Onde foi que eu errei na criação desse menino gente? Digam-me.
LUCAS Onde foi que nós erramos! Eu também sou o pai!
ARIOVALDO — Mas o que pode acontecer?
CORTA PARA:

2 horas depois... Já é Noite em Los Angeles.
CENA 12 / HOTEL LOS ANGELES / QUARTO 68 A / 2°ANDAR / NOITE
Ariovaldo espera ansiosamente, sentado no sofá, por Regina.
ARIOVALDO — Anda logo Regina, desse jeito atrasaremos. Chegaremos ao concerto só na hora que estiver terminando.
No quarto, Regina de frente ao espelho, passa um creme no rosto para disfarçar as rugas.
REGINA — Espera um pouco que eu já tô indo! Só falta passar um creme na pele.
Ariovaldo, sem paciência.
Em seguida, Lucas e Serena aparecem na sala.
ARIOVALDO — Olha, o casal está arrumado. Vão sair?
SERENA — Vamos dar um passeio na praça.
LUCAS — Onde vocês vão?
ARIOVALDO — Nós vamos a um concerto. Quer ir com a gente?
LUCAS — Agradeço imensamente pelo convite, mas vamos na praça mesmo.
SERENA Gente, o Bruno não chegou até agora?
ARIOVALDO Olhe, que eu saiba não. Mas não é possível. E o celular dele? Não comunicou com vocês.
Serena, preocupada. Regina chega na sala e questiona.
REGINA Mas que cara são essas? O que houve?
SERENA — Eu tô preocupada Regina, o Bruno não mandou mensagem, nada. Nenhum telefonema, nenhuma mensagem na caixa postal.
REGINA — Mas não se preocupem. Logo, logo ele deve estar aí. Vocês tem que soltar mais o Bruno... Mas olha, de qualquer forma, se precisar de algo é só ligar para nós. (ordena) Vamos Ariovaldo!
LUCAS — Vamos, meu amor? O Bruno deve chegar!
SERENA — Se for assim, então vamos.
Regina e Ariovaldo vão embora.
CORTA PARA:

CENA 13 / LOS ANGELES / PRAÇA / INTERIOR / NOITE
Lucas e Serena tomam sorvete na praça.
LUCAS — Nossa, está frio aqui a temperatura.
SERENA — Ainda bem que viemos agasalhados! Nunca pensei que aqui fosse tão frio assim.
LUCAS — Em breve você verá muita coisa meu amor... Essa cidade é linda!
SERENA — Sabe que eu nunca tive um passeio tão bom assim? Ainda bem que estou ao seu lado! Com você eu me sinto segura...
LUCAS — Olhe para a lua meu amor... (constata) Lua cheia! Me dá até inspiração.
SERENA — (olha para frente) Olhe lá, um mendigo!
LUCAS — Vem comigo!
O casal se aproxima perto do mendigo.
LUCAS — Senhor, está tão frio. Você está precisando de um agasalho?
MENDIGO — Não, não quero atrapalhar ninguém.
LUCAS — Mas você corre risco de adoecer... Pegar uma gripe... Olhe, fique com meu casaco.
Lucas dá o casaco para o mendigo, que se emociona.
MENDIGO — Eu lhe agradeço de coração!
LUCAS — O senhor vive aqui nas ruas mesmo?
MENDIGO — (emociona) Sabe meu filho, a minha vida é tão difícil... Viver nas ruas é tão ruim... Às vezes sem comida, sem agasalho, sem algum teto para cobrir... Eu trabalho catando latinhas... Faço o que eu posso, é o meu único sustento... Ganho tão pouco dinheiro... Tenho dois filhos, eles também me ajudam. Vendem balas no sinal. (chora) Se as pessoas de hoje tivesse compaixão, fossem igual a você, solidárias. São poucas as que são igual a você. O mundo não seria cruel como está. Mas a pura verdade é que eles têm medo de nós. O que um mendigo como eu pode fazer né? Deus escolheu essa vida para mim, tenho que aceitar.
LUCAS — Sim, o senhor está certo... as pessoas de hoje não buscam a solidariedade, não buscam fazer boas ações... isso é tão bom, ajudando você, eu sinto que serei retribuído... 
MENDIGO — (tosse) E o Natal é uma boa data comemorativa para enxergarem isso... Mas, sinto que estão tristes por dentro, aconteceu alguma coisa?
LUCAS — É a vida... que é injusta e misteriosa com a gente, em algumas vezes...
MENDIGO — Entendo... também já passei por isso... Desejo que a felicidade volte no rosto de vocês e que todos os problemas sejam resolvidos...
LUCAS — Espera, eu não terminei... Fiquei sabendo que cairá uma nevasca e o senhor não pode ficar aqui na rua...
MENDIGO — Olha, eu não quero incomodar...
LUCAS — De jeito nenhum, o senhor não irá dormir na rua. Venha comigo! Eu quero te ajudar. Natal é hora de reconciliação, né?
MENDIGO — Sim... Se insiste, então eu vou..
CORTA PARA:

CENA 14 / APARTAMENTO DE GUTO / INTERIOR / DIA
Guto a admirar a mala de dinheiro a sua frente. A mulher de peruca loira, olha para ele. Por enquanto, voz e visual não identificados.
LOIRA — Pode acontecer qualquer coisa queridinho! Mas não se esqueça que tudo está na suas mãos. O meu plano depende do seu esforço! Eu sempre sonhei com essa vingança. Eu quero o filho deles caindo no poço de lama ouviu?
GUTO — Os meus capangas já estão providenciando isso.
LOIRA — Ótimo, assim fico mais aliviada! Já começou bem!
GUTO — E por sinal são da idade dele, viu?
LOIRA Então é por isso... Certamente o bobo vai cair no buraco logo de cara.
GUTO — Desconheço que o plano fracassará.
LOIRA — Sim, perfeitamente.
GUTO — E quanto ao casal?
LOIRA — Quanto ao casal, depois que nós tivermos o menino em mãos, nós decidimos! Não quero tomar nada precipitado, vamos pensar em uma coisa mais severa, cruel... Mas garanta que... Cada um vai sofrer, quero a família toda na “lama”. Ou eu não me chamo Camila Medeiros.
A loira acabara de revelar quem é: Camila Medeiros.
CORTA PARA:


FIM DO EPISÓDIO




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“O Natal não é só ganhar presentes, representa uma data do nascimento de Cristo em que podemos abrir mão de nossa solidariedade e amor. É aquela data que podemos fazer boas ações, ajudando aqueles que precisam, é reconciliação”.
Felipe Rocha
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