Capítulo 18:
Cena 1:
Paramaribo- SME/ Boate Sexy Body/ Sala de James/ Interior/ Noite.
Helena está com
seus olhos marejados e Ronald sorri maleficamente do outro lado da linha.
Ronald: E aí, Helena, o que você vai fazer? Vai deixar sua
filha morrer, ou vai ficar aí?
Helena: O que você quer de mim?
Ronald: Venha sozinha, sem que ninguém saiba o que está
acontecendo.
Helena: Mas vão querer ir atrás de mim.
Ronald: Fodas, invente uma desculpa e saia de mansinho.
Helena: Ok, eu vou tentar, mas eu não conheço nada aqui,
como vamos nos encontrar.
Ronald: Sabe naquele café perto do hotel onde você está? Me
encontre lá, daqui meia hora.
Helena: Ok.
Ronald desliga o
telefone e Helena fica pensativa. Eric entra na sala de James e vai até Helena.
Eric-(preocupado):
O que aconteceu, Helena?
Helena olha
fixamente para Eric por um bom tempo e ele estranha.
Eric-(desesperado):
Por que você estava chorando,
Helena? Me fala, meu amor!
Helena-(chorando):
Nada, Eric, eu tenho que resolver
isso sozinha!
Helena sai
correndo e Eric vai atrás dela, desesperado.
Cena 2: Caxias
do Sul- RS/ Mansão Chermont/ Sala/ Interior/ Noite.
Isabel olha
diabolicamente para todos.
Isabel: Seus otários, vocês acharam que tinham vencido, mas
eu quem venci, agora que estou dando a minha cartada final, vamos todos morrer,
juntos! E eu vou infernizar a vida de vocês junto com o capeta!
Benício: Você só pode estar louca, você não está normal,
Isabel!
Isabel-(histérica):
Estou sim, se eu não morrer, eu vou
morar num manicômio, porque eu sou louca, sou maluca, quero ir para um
manicômio com gente branca, não com pretos feito a gente, que nojo daquelas
pessoas soadas, ridículas, a gente olha e dá pra ver só os dentes.
Jorge-(indignado):
Como eu pude estar cego a vida toda
em relação à você, Isabel?
Isabel aponta a
arma para Jorge.
Isabel-(debochando):
Você é um infeliz mesmo, seu corno,
trouxa, palhaço, você não vale nada também, não sei pra quê está se fazendo de
santinho, você sempre foi o pior de nós, eu pelo menos mostrava quem eu era,
você era um manipulador, ficava iludindo esses dois filhos da puta!
Jordânia: Você é pior do que eu imaginei, Isabel!
Isabel-(sorrindo):
Isso mesmo, agora você me dirigiu a
palavra da maneira correta, Isabel, porque eu não quero mais que você me chame
de mãe, até porque eu vou procurar a minha filha, com ela sim eu vou ter gosto.
Benício: Só se for na cadeia, Isabel, a polícia descobriu que
eu sou inocente, eu estou solto e você vai ser presa.
Isabel-(grita): Nunca! Eu jamais vou ser presa. –Isabel dá um tiro no abajur perto de Jordânia, todos se assustam- Estão
vendo como vocês estão nas minhas mãos? Eu vou acabar com isso tudo de uma vez,
não vou ficar fazendo esse rodeio mais, vocês vão morrer nessa sala assim como
aquela cadela desgraçada da Dalila morreu!
Jordânia e Benício
ficam chocados.
Isabel-(olhando
para Jorge): Não adianta fingir que
não sabe de nada, meu amor, você sabia de tudo e se eu não fizesse isso, você
faria.
Jordânia olha
para seu pai, chocada.
Jordânia-(chocada):
Pai, o senhor sabia disso? Como
teve coragem de deixar ela fazer essas coisas?
Isabel: Viram como ele é da minha laia? Como ele não vale
nada? O Jorge nunca vai mudar, ele jamais vai ser uma pessoa boa, tudo o que
ele fizer pra vocês, vai ser por fingimento, porque ele é igual a mim, ele tem
um sangue ruim, ele já mandou agredir vários negros, e isso tudo apenas para me
agradar!
Jorge-(com
ódio): Eu te odeio, Isabel,
tomara que você morra e queime no inferno, sua cadela sarnenta.
Isabel-(gargalha):
Tem certeza que é só eu quem vou
queimar no inferno, querido?
Benício e
Jordânia ficam desacreditados com tudo o que Jorge e Isabel dizem.
Isabel-(farta): Chega de conversa mole, vamos colocar a chapa pra
esquentar!
Isabel abre a
porta e pega um galão de gasolina, assustando todos. A mulher sorri maliciosamente.
Isabel: Prontos para virarem carvão?
Jordânia: Você não pode fazer isso!
Isabel: Por que não posso? Você vai me impedir?
Jordânia anda em
direção a Isabel que aponta a arma novamente para a menina, que para.
Isabel-(maléfica):
Nem tente, sua vadiazinha de
quinta! Você não sabe o quanto eu te odeio, Jordânia, você acabou com todos os
planos que eu tinha pra sua vida!
Jordânia: Que planos? De ficar com um homem que iria se casar
comigo? O que mais a senhora queria? Fazer um sexo à três? Só pode, porque pelo
que está falando.
Isabel-(grita): Não se faça de santa, você é pior do que uma vadia,
fica dizendo que é virgem, mas eu sei que você passava noites com o Benício
pelas costas do Olavo.
Jordânia: Mesmo que você não acredite, eu nunca fiz isso, e vadia
é você, sua cadela, ficava com meu pai, com meu ex-namorado e com certeza tinha
outros na rua.
Isabel: Sou vagabunda mesmo, pelo menos eu admito e não pago
de santa.
Jordânia: Deixa de ser hipócrita, Isabel, não era você quem
sorria para a sociedade e dizia ser uma esposa exemplar?
Isabel se
aproxima de Jordânia e dá uma coronhada nela.
Isabel: Sua piranha negra, se ponha no seu lugar.
Isabel vai até o
galão de gasolina e começa a espalhar tampando todas as portas de fuga.
Isabel: Agora sim, agora todos vamos morrer!
Isabel pega um
isqueiro e joga na gasolina, o fogo se alastra e todos ficam desesperados.
Benício tenta se aproximar de Isabel, que aponta a arma para ele.
Isabel: Não brinque comigo, seu neguinho favelado.
Isabel olha para
aquele fogo e sorri com muita alegria e parece estar louca, ela fica chocada
quando a polícia chega. Isabel pega Jordânia e faz a menina de refém.
Isabel: Todos longe, senão ela morre.
Alguns policiais
pegam os extintores e apagam o fogo.
Delegado: Senhora Isabel, renda-se para a polícia, você não
vai conseguir nada!
Isabel-(furiosa):
Cala a boca seu delegadozinho de
merda, vá se foder.
Delegado: O que a senhora quer para soltar a moça?
Isabel-(gritando/sorrindo):
Eu quero que todos morram, quero
que todos nós vamos juntos para o inferno!
Isabel olha
sorrindo para o delegado, que demonstra estar tenso.
Cena 3:
Paramaribo- SME/ Campo gramado de futebol/ Noite.
Helena fica
chocada ao descer do carro e ver Maria Eduarda, Clara e Diana amarradas e
sentadas no meio do campo.
Ronald-(sorrindo):
Pode ir dar um abraço na sua filha.
Helena corre até
Maria Eduarda, as duas estão emocionadas e Helena abraça a filha.
Helena-(com
dificuldade): Filha, me perdoa, meu
amor, me perdoa, me perdoa, me perdoa, eu te amo muito filha, me perdoa....
Helena cai de
joelhos no chão e chora incontrolável.
Maria Eduarda: Mamãe, eu sabia que você iria me buscar.
Helena olha para
Diana.
Helena: Você que é a Diana?
Diana: Sim, como você sabe?
Helena: Sua mãe está louca te esperando.
Diana chora de
felicidade ao ouvir que Dionísia está procurando-a. Helena olha para Clara e vê
a menina triste.
Helena: Eu não vi ninguém te procurando, mas saiba que você
vai ficar comigo.
Ronald
aproxima-se de Helena e das meninas.
Ronald-(debochado):
Que momento lindo, vocês não sabem
como eu estou comovido.
Helena vira-se
para Ronald e olha-o com fúria.
Helena: Desgraçado, o que você quer?
Ronald: Olha, Helena, eu quero tantas coisas, o que eu
queria no momento era ter a minha boate de volta, mas como você destruiu aquele
lugar, nós vamos ver o que vai acontecer, eu preciso de pelo menos 3 pessoas
para me dar lucro, porque uma vai ter que pagar pelo ocorrido!
Ronald aponta a
arma para as 3 meninas e depois para Helena.
Ronald: Escolhe uma das três para morrer, Helena.
Helena-(decidida):
Eu vou morrer no lugar delas!
Ronald sorri.
Ronald: Tem certeza que quer isso? Vai ser menos dolorido se
escolher uma das 3.
Helena: Eu já disse pra me matar.
Ronald-(maquiavélico):
Desamarra a Maria Eduarda.
Helena desamarra
sua filha.
Ronald-(falando
com Maria Eduarda): Pega essa arma.
Ronald estende a
arma e Maria Eduarda pega, o homem retira outra arma da cintura.
Ronald: Agora coloque na cabeça da sua mãe.
Clara, Diana,
Maria Eduarda e Helena ficam arrasadas.
Ronald-(impaciente):
Coloca essa merda dessa arma na
cabeça da sua mãe.
Maria
Eduarda-(chorando): Não, eu não vou
fazer isso.
Ronald-(grita): Coloca essa arma na cabeça dela ou eu mato vocês
duas.
Maria Eduarda
olha para a arma com muita angustia. Helena chora e Ronald olha com muita frieza
para as duas.
Ronald: Coloca logo essa arma na cabeça da sua mãe ou eu
atiro nela e mato vocês 3.
Maria Eduarda
aponta a arma na cabeça de sua mãe, chorando.
Ronald-(sorrindo):
Isso mesmo, meu bem, você está no
caminho certo, acho que você vai gostar da sensação de matar alguém, limpa a
nossa alma.
Ronald gargalha,
Helena, Maria Eduarda, Clara e Diana choram aterrorizadas.
Diana: Não atira, Maria, não faça isso.
Ronald dispara
um tiro perto de Diana.
Ronald: Cala a boca, sua intrusa, se não quer morrer, é
melhor ficar caladinha!
Helena: Não vai falar mais nada, Ronald?
Ronald: Já que insiste. –Olha
para Maria Eduarda- Atira!
Maria Eduarda
congela e Ronald olha para a menina com muita fúria.
Ronald-(grita): Atira, -foca
no rosto de Ronald- atira, -foca no
rosto de Maria Eduarda, que soa frio- atira, -foca no rosto de Helena chorando- atira, -foca na arma- atira, -foco
em Maria Eduarda prestes a apertar o gatilho- atira!
Ouve-se dois
tiro. Diana e Clara gritam.
Cena 4: Mansão
Chermont/ Sala/ Interior/ Noite.
Delegado: Senhora Isabel, solte a menina para a situação ficar
menos pior para o seu lado.
Isabel-(debochando):
Você acha que eu tenho medo de uns
merdinhas feito vocês? Eu já fiz tanta coisa e não fui presa, não teria o menor
problema em fugir e me esconder de vocês, seus retardados.
Benício-(implorando):
Solta a Jordânia e me deixa ficar
no lugar dela, Isabel, essa situação está acontecendo por minha culpa.
Isabel-(diabólica):
Não é uma má ideia, eu te levaria
para floresta e te mataria igual se mata um gorila, seu preto nojento, você é o
culpado de toda essa desgraça, se não tivesse aparecido na vida da minha filha,
estaríamos felizes hoje.
Benício vai até
Isabel, que solta Jordânia e faz o homem ficar de refém. Isabel aponta uma arma
na cabeça de Benício.
Isabel: Agora eu e o Benício vamos para o meu carro, se
algum de vocês me seguirem, vamos ter uma morte bem trágica, sei que não querem
isso.
Isabel está indo
para o seu carro, mas ao passar pela porta, ela tranca a porta. Jorge pega
Jordânia e leva-a para a cozinha, enquanto os policiais ficam na sala
observando Isabel colocar Benício no porta-malas do carro. Os policiais decidem
ir atrás de Isabel, mas eles são surpreendidos quando chegam na porta e algumas
dinamites explodem, arremessando eles contra a parede. Jorge volta à sala e
fica chocado ao vê-los desacordados. Jordânia entra na sala novamente e fica
aterrorizada.
Jordânia-(assustada):
Quem é essa mulher, papai?
Jorge-(preocupado):
Eu não sei, meu bem, mas não vou
permitir que ela mate o Benício.
Jorge sai e
Jordânia vai atrás.
Cena 5:
Paramaribo- SME/ Boate Sexy Body/ Interior/ Noite.
Os policiais
estão averiguando o local e encontram fotos de Ronald e James. O delegado chega
no salão.
Delegado: Parece que um conseguiu fugir, mas não deve estar
muito longe.
Os policiais
chegam no salão com mais duas crianças que estavam escondida.
Delegado: Missão concluída, essa máfia acabou. Vamos deportar
essas pessoas para o seu país e vamos procurar esse James e esse Ronald.
O delegado
recebe uma ligação.
Camila: Delegado, o Eric e a Dionísia foram para um campo de
futebol que tem em Paramaribo, eu acabei de falar com o Eric e ele me disse que
o Ronald está lá com as meninas.
Delegado: Estamos indo pra lá.
O delegado
desliga a ligação e chama os policiais, que saem apressados.
Cena 6: Caxias
do Sul- RS/ Balneário Vale das Montanhas/ Interior/ Noite.
Isabel estaciona
o carro no alto da montanha e abre o porta-malas. Benício sai do veículo e
Isabel o coloca à beira daquele penhasco.
Isabel-(aproximando-se):
Como se sente, Benício? Achou que
iria passar por cima de mim pra ficar com a Jordânia? (risos)
Benício olha
para baixo e fica agonizado com a altura.
Benício: Dona Isabel, eu sei que a senhora me odeia bastante,
mas não tem motivo nenhum para me matar.
Isabel gargalha
e chega mais perto de Benício.
Isabel-(falando
no ouvido): Está com medinho,
Benício?
Benício: Eu não vou mentir, eu estou com medo sim, eu pensei
que iria ficar feliz com a pessoa que eu mais amo, uma pessoa que eu procurei
em todos esses anos de solidão.
Isabel-(furiosa):
Não tente me convencer com esse
teatrinho seu, eu sei que você só quer comer a Jordânia e rachar fora, (t) mas analisando bem, você não é de
se jogar fora.
Isabel passa a
mão nos braços musculosos de Benício e nas costas dele.
Isabel: Que delícia, Benício, eu pensei que um negro nunca
conseguiria me excitar.
Benício: A senhora só pode estar ficando maluca, eu amo a sua
filha.
Isabel coloca a
arma na cabeça do homem.
Isabel-(com
raiva): Mas se eu falar que vai
ficar comigo, você vai ficar sim, caso contrário você morre!
Benício: Eu prefiro morrer do que fazer isso com a Jordânia,
mas eu podia esperar tudo da senhora mesmo, teve coragem de ficar com o
namorado da sua filha, não hesitaria em ficar com outro.
Isabel: Filho da puta! Olha aqui, Benício, é bom você se
preparar, porque mesmo que tenha esse corpinho delicioso, você não vai tirar
esse desejo que eu tenho de te matar.
Benício: Louca, você não vai conseguir.
Isabel-(ignorando):
Você prefere fazer o quê? Pular do
penhasco ou levar um tiro? –Diabólica- A
escolha é completamente sua.
Isabel é
surpreendida com a chegada de Jordânia e Jorge. Isabel sorri diabolicamente
para seu marido e a filha.
Isabel: Vocês estão mesmo à fim de morrerem comigo.
Jordânia-(grita):
Não faça isso, não mata o Benício,
por favor.
Isabel olha
friamente para Benício, Jorge e Isabel.
Isabel: Que coisa mais linda, implorando por causa do amor,
mas isso não é suficiente, meu bem.
Jorge: Isabel, por favor, não faça nada com o Benício, eu
me disponho à morrer por ele.
Isabel-(caçoando):
Uiuiui, olha o herói.
Jorge
aproxima-se de Isabel e ela manda o homem se afastar, mas Jorge não dá ouvidos
e continua seguindo em direção à sua esposa.
Isabel: Para logo ou eu atiro!
Jorge está
chegando perto de Isabel, que dispara, a bala atinge a cabeça do homem. Benício
é rápido e consegue pegar a arma de Isabel, que corre e tenta fugir, mas é
impedida com a chegada de policiais.
Delegado: Onde a senhora pensa que vai, dona Isabel?
Isabel fica
paralisada. Jordânia e Benício vão até o corpo de Jorge.
Jordânia-(marejando):
Papai, por favor.
Jorge-(com
dificuldade): Filha, por favor, só me
perdoa vocês dois, é só o que eu quero!
Jordânia-(desesperada/chora
incontrolável): Para com isso,
papai, nem eu e muito menos o Benício odeia o senhor.
Benício: Senhor Jorge, vamos te levar pro hospital.
Jorge: Não dá tempo. Eu só te peço que faça a minha filha
feliz, cuida bem dela.
Jorge segura na
mão de Benício e na de Jordânia.
Jorge: Filha, me perdoa por tudo, eu te amo.
Jorge fecha os
olhos assinalando sua falência. Jordânia grita e Benício abraça ela. Jordânia
corre até Isabel e dá umas boas bofetadas na mulher, os policiais seguram
Jordânia.
Jordânia-(grita):
Eu te odeio, Isabel, eu te odeio,
seu monstro!
Isabel começa a
rir descontrolada.
Isabel: Esse é o destino que todos esses pretos nojentos
merecem, (t) a morte!
Delegado: Que coisa mais feia, dona Isabel, já é feio pessoas
que não são negras serem racistas, agora os próprios negros serem? Isso é um
absurdo.
Isabel: Absurdo é nascer com essa cor ridícula, eu odeio ser
negra!
Os policiais
colocam Isabel no carro.
Delegado: Eu sinto muito pelo seu pai, Jordânia.
Jordânia
agradece com dificuldade, pois o seu choro é incontrolável. Benício abraça
Jordânia.
Cena 7:
Paramaribo- SME/ Campo de futebol/ Interior/ Noite.
Clara e Diana
choram desesperadamente. Maria Eduarda olha para Ronald que cai ajoelhado no
chão, atrás dele está James com uma arma na mão, que também cai no chão, sendo
atingido por um tiro de Célia. Eric e Dionísia saem detrás de um arbusto onde
estavam. Eric vai até Helena que está abraçando sua filha, emocionada, e
Dionísia vai até Diana, abraçando-a e as duas choram.
Helena-(chorando):
Minha filha, minha menina.
Maria-(chora): Mamãe, eu queria tanto te dar esse abraço.
Helena: Pode abraçar, meu amor, abraça bem apertado.
Célia
aproxima-se de Dionísia e Diana.
Célia: Quase você escapou de mim, Dionísia, se eu não fosse
esperta e não tivesse usado um colete à prova de balas, eu estaria morta uma
hora dessas. Você não está achando que vai ficar impune, né sua vadia?
Célia está
prestes a apertar o gatilho e vê a polícia chegar.
Célia: Agora sim você vai ser presa, desgraçada!
Célia pega
Dionísia pelo pescoço e espera a polícia se aproximar.
Célia-(intimidando):
Confessa para eles que você já
trabalhou no tráfico.
Os olhos de
Dionísia enchem-se de lágrimas.
Célia-(grita): Confessa, sua vadia!
Delegado-(olhando
para Dionísia): Isso é verdade,
senhora?
Dionísia: Sim!
Célia joga
Dionísia no chão com muita força. o delegado assinala para prender Dionísia e
Célia. Célia ri de Dionísia.
Célia: Enfim vamos ser presas juntas, sua cadela, eu vou
acabar com a sua vida na cadeia!
A ambulância
chega para socorrer James e Ronald, que são levados serão acompanhados pela
polícia no hospital. Diana está chorando e abraça Clara. Helena e Maria Eduarda
olham uma para a outra, Eric está do lado de Helena.
Helena: Maria, esse daqui é o Eric, ele largou o emprego
dele para me ajudar a te salvar.
Maria
Eduarda-(sorrindo): Sério?
Maria Eduarda
abraça Eric.
Maria
Eduarda-(feliz): Obrigada!
Os olhos de Eric
começam a lacrimejar.
Helena: Muito obrigada, amor.
Helena beija
Eric e Maria Eduarda vai até suas amigas.
Maria Eduarda: Não fica assim, Diana.
Diana-(marejando):
Ai, Duda, eu não vou ficar bem, a
minha mãe está na cadeia.
Clara: Nós vamos estar com você, Diana.
Diana, Maria
Eduarda e Clara se abraçam. Helena e Eric param de se beijar.
Helena: Eu nunca vou conseguir te agradecer por tudo o que
você fez.
Eric-(apaixonado):
Se eu ter você a vida toda, eu já
fico agradecido, minha linda.
Camila chega
surpreendendo a todos.
Camila-(grita/feliz):
Graças a Deus tudo acabou.
Helena e Camila
abraçam-se.
A imagem
escurece.
Cena 8:
Amanhece. Caxias do Sul/ Cemitério.
Jordânia,
Benício e algumas pessoas estão seguindo o caixão de Jorge que está sendo
levado para a cova. Jordânia chora recostada no ombro de Benício. Os coveiros
colocam o caixão do lado da cova, Jordânia cai de joelhos no chão e chora em
cima do caixão.
Jordânia-(grita/voz
ecoada): Papai, não!
Benício consola
Jordânia e abraça-a de lado.
Benício: Se acalma, meu amor.
Jordânia não se
importa com o que Benício fala, pois a dor da perda é enorme e ela só pensava
em chorar, o que alivia bem pouco a sua dor.
Flashback:
Jorge-(com
dificuldade): Filha, por
favor, só me perdoa vocês dois, é só o que eu quero!
Jordânia-(desesperada/chora
incontrolável): Para
com isso, papai, nem eu e muito menos o Benício odeia o senhor.
Benício:
Senhor Jorge, vamos te
levar pro hospital.
Jorge:
Não dá tempo. Eu só te
peço que faça a minha filha feliz, cuida bem dela.
Jorge
segura na mão de Benício e na de Jordânia.
Jorge:
Filha, me perdoa por
tudo, eu te amo.
Jorge fecha os olhos assinalando sua
falência.
Fim do
flashback.
Jordânia chora
compulsivamente com ranger de dentes. Os coveiros pegam o caixão para colocá-lo
na cova, Jordânia se desespera.
Jordânia-(grita/voz
ecoada): Nããããããããããããããããããão!
Jordânia tenta
se jogar no caixão, mas Benício segura-a e ela observa o trabalho dos coveiros
com muita dor. A câmera vai se afastando e escurecendo.
Cena 9: Mansão
Lambertini/ Sala/ Interior/ Manhã.
Helena, Maria
Eduarda, Clara e Eric entram no local, felizes.
Helena-(aliviada):
Enfim todo inferno acabou, agora
nós vamos ter uma vida feliz, sem choro, sem desejo de viver, sem prisão, sem
nada, vamos ser felizes agora.
Eric: E eu vou ser feliz com você a vida inteira, meu
amor.
Maria Eduarda: Mamãe, a Diana vai poder ficar aqui com a gente?
Helena: Mas é claro que vai, meu amor, aquela menina é um
amor de pessoa, eu vi toda humanidade dela quando o Ronald fez você colocar
aquela arma na minha cabeça.
Clara: Ela nos ajudou bastante, dona Helena, eu era bem
atrevida naquela boate, mas depois que ela e a Maria chegaram, eu fiquei mais
forte, as duas foram minhas amigas inseparáveis lá.
Helena: Filha, você não sabe o quanto eu senti a sua falta,
eu errei tanto com você, eu pensei que iria morrer sem te ter de volta, mas
Deus foi tão bom comigo, ele me ajudou demais.
Helena vai até
Maria Eduarda e abraça a filha, chorando.
Helena: Me perdoa, filha, me perdoa não ter acreditado em
você, tantas vezes você me disse quem era o Ronald e eu fui cega, eu estou tão
arrependida, me sentindo um monstro, um lixo, uma ordinária.
Clara e Eric
observam o momento emocionados.
Maria Eduarda-(lacrimejando):
Eu te amo, mamãe, eu te perdôo.
Helena aperta
Maria Eduarda expressando sua gratidão e as duas choram compulsivamente. Clara
corre até Eric e abraça-o.
Helena-(limpando
os olhos): Muito obrigada, filha,
eu nunca mais vou errar dessa forma, vou recompensar todo esse tempo que nós
perdemos.
Maria Eduarda
olha radiante para sua mãe, que chama Eric e Clara, os 4 se abraçam juntos.
Cena 10:
Penitenciária Industrial de Caxias do Sul/ Cela de Isabel/ Interior/ Manhã.
Isabel está
pensativa e se surpreende ao ver que tem uma nova colega de cela.
Isabel: Como é seu nome, querida.
Novata: Meu nome é Célia!
Isabel: Ah sim, eu me chamo Isabel. Seja bem-vinda.
Célia: Obrigada, Isabel.
Isabel-(puxando
assunto): Está aqui por que
mesmo?
Célia: Eu dei um tiro num homem e queria matar uma
ex-amiga, e você?
Isabel: Matei meu marido, matei um homem, tentei armar para
meu genro ser preso e por racismo.
Célia fica
chocada.
Célia: Racismo? Mas que racismo? Contra brancos?
Isabel: Contra negro!
Célia-(surpreendida):
O quê?
Isabel-(marejando):
Isso mesmo, eu odeio negros, eu me
odeio!
Célia fica
desacreditada do que ouve.
Célia: Se fosse você, eu teria vergonha na sua cara, há
coisas mais importantes para se preocupar, você sempre vai ser negra e isso não
pode mudar.
Isabel: Olha só quem está falando de mim, uma pessoa que
tenta matar uma ex-amiga.
Célia: Pelo menos não renego a minha raça, e foi você mesma
quem disse que matou o marido, uma pessoa que era pra você amar.
Isabel: O que você entende sobre maridos?
Célia: Eu entendo várias coisas, e uma delas é que não
devemos matar eles, mas sim amá-los.
Isabel: Você não conhece a minha história.
Célia: Mas pelo que está me contando, na sua história, a
única culpada é você.
Isabel: Você não é ninguém pra me julgar, queridinha.
Célia-(segura
nas grades da cela/grita): Olha aqui,
gente, essa minha companheira de quarto é uma pessoa negra e é racista,
lembrem-se dela.
Isabel fica com
medo e puxa Célia.
Isabel-(furiosa):
Está ficando maluca, sua vadia? Vão
me linchar.
Célia-(diabólica):
Que linchem, tomara que acabe com a
sua raça e escorracem você até ficar branca, do jeito que você quer.
Isabel e Célia
olham-se fixamente.
Cena 11:
Presídio Caxias do Sul- Susepe/ Sala de visitas/ Interior/ Manhã.
Dionísia chega
no local e fica feliz ao ver Diana, as duas se abraçam.
Diana: Mãe, temos que conversar!
Dionísia e Diana
sentam-se à mesa.
Dionísia-(tensa):
Pode falar, minha filha.
Diana: Mãe, naquele dia que eu descobri o que a senhora já
tinha feito no passado, eu te julguei tanto, fiquei com nojo, com vergonha de
tudo o que a senhora já foi, -olhos
lacrimejados- eu jamais deveria ter feito o que fiz, eu não tinha entendido
que a senhora só quis me proteger, que só queria me dar o melhor e que existe
sim arrependimento, mas eu não quis aprender a perdoar e tive que passar por
tudo para entender que numa situação daquelas, só pensamos em sair e ficar com
quem a gente ama, e só agora eu pude entender o que a senhora passava, porque
eu senti na pele o peso do medo de morrer.
Os olhos de
Dionísia enchem-se de água e ela segura nas mãos da sua filha.
Diana-(implorando):
Mãe, me perdoa por tudo!
Dionísia e Diana
abraçam-se novamente.
Dionísia: Mas é claro que sim, meu amor, eu te perdôo hoje e
sempre. Eu te amo.
Diana: Também te amo, mãe. Eu vou vir todos os dias te ver.
Dionísia dá um
beijo no rosto da sua filha.
Cena 12: Alguns
dias se passam. Penitenciária Industrial de Caxias do Sul/ Cela de James/
Interior/ Tarde.
James fica
surpreendido ao ver que Ronald ficará em sua cela, que possui mais 4 homens.
Carcereiro-(falando
com os detentos): Ele também era
do tráfico de crianças, já estuprou várias meninas.
Os detentos
olham para Ronald com um olhar diabólico, o homem fica com medo.
Detento 1: Pode deixar que vamos dar uma lição nele.
O carcereiro sai
debochando.
James: Se fosse você, eu não faria nada, Ronald.
Ronald-(enfrentando):
Por que vocês estão me olhando
assim, suas bichinhas?
Detento 2: Bichinhas? -Gargalha-
Aí pessoal, vamos mostrar pra ele quem aqui vai ser a bichinha.
Detento 3-(olha
para James): Se você não vier com a
gente, você vai ser relaxado junto com ele.
Ronald fica
desesperando quando os presos vão para cima dela, ele vai gritar, mas um
detento tampa a boca dele. Os detentos rasgam a roupa de Ronald, deixando-o nu.
Detento 1: Agora você vai sentir a dor de uma daquelas
crianças.
O detento 1
abaixa suas calças e retira o órgão genital de sua cueca, ele segura o seu
pênis, deixando Ronald assustado.
Detento
4-(divertindo-se): Mostra pra esse
otário a pressão.
Detento 3-(olha
para James): Faça alguma coisa, seu
otário!
O detento 1 pega
o seu instrumento de prazer e coloca no ânus de Ronald, indo e voltando com
muita força. Ronald tenta gritar, mas é impedido porque estão tampando sua
boca, uma lágrima escorre dos olhos do homem.
Cena 13: Penitenciária
Industrial de Caxias do Sul/ Cela de Célia e Isabel/ Interior/ Tarde.
Isabel está
deitada e Célia joga-a da cama. Isabel fica quieta, Célia debocha da mulher,
que fica séria e com medo.
Célia: Vá limpar essa merda desse quarto, sua vadia, não
venha com uma soneca depois do almoço.
Isabel: Tudo bem, Célia.
Célia-(grita): Dona Célia! Aprenda me tratar direito!
Isabel-(com
medo): Perdão, dona Célia.
Célia-(ar de
superioridade): Isso mesmo,
escrava.
Isabel está com
um olho roxo quase tampando o seu olho, de tanto apanhar das detentas.
Célia-(zombando):
Seu olho está muito belo, querida,
acho que agora está sentindo na pele o que é ser vitima de racismo. –Aproxima-se do ouvido de Isabel- Sua
maca, preta imunda, vadia!
Isabel chora a humilhação,
enquanto Célia gargalha. Isabel começa a varrer o chão da cela. Após terminar,
Célia olha-a como se tivesse esperando algo.
Isabel: Deseja alguma coisa, dona Célia?
Célia: Já que perguntou, eu acho que você poderia passar um
pano, esse chão está imundo.
Isabel: Não temos pano.
Célia-(ignorante):
Pegue seu lençol, sua fronha, sua
coberta, sei lá, que se dane, mas limpe logo essa merda desse chão, ele não
está mais imundo que você, sua quenga preta!
Isabel pega a
fronha do seu travesseiro, mas Célia segura sua mão.
Célia: A fronha não, pegue a coberta!
Isabel-(indignada):
Mas eu preciso me cobrir, está
fazendo frio.
Célia-(fria): Pouco me importa, eu mandei pegar logo essa coberta.
Isabel fica
chocada com a frieza de Célia, mas decide obedecer, ou ela levaria uma surra de
todas as presidiárias.
Cena 14: Três
anos se passam. Penitenciária Industrial de Caxias do Sul/ Sala de visitas/
Interior/ Noite.
Jordânia está na
sala de visitas e Isabel entra com a carcereira, a mulher surpreende-se ao ver
a filha. Jordânia fica chocada ao ver as marcas de agressão no rosto de Isabel.
Isabel-(surpresa):
O que você está fazendo aqui,
Jordânia?
Isabel senta-se.
Jordânia: Sabe, mãe, ainda que você não queira que eu te chame
assim, eu não consigo, mesmo que tenha acontecido o que aconteceu, eu não posso
negar que quando era pequena eu tinha uma amizade com a senhora, era feliz.
Isabel: Pode me chamar de mãe, Jordânia. Sabe, eu tenho
pensado muito ultimamente.
Jordânia: É? E no quê?
Isabel: Em todos esses anos que fiquei sozinha, eu pude
sentir na pele o que é ser vítima de preconceito, eu provei do meu próprio
veneno.
Jordânia-(preocupada):
Estão te agredindo?
Isabel: Isso é bem pouco, estão me humilhando, me colocando
no pó, Jordânia. Sabe, eu aprendi com meus erros, eu não quero mais fazer o que
eu fazia, -lágrimas incontroláveis saem
dos olhos de Isabel- é horrível ser chamada de preta, de macaca, de tição e
de tudo que eu já chamei as pessoas.
Jordânia: Olha, mãe, eu fico tão feliz que a senhora tenha
aprendido a lição, mesmo que seja de uma forma dura, mas a senhora aprendeu e
viu como é ruim fazer essas coisas, eu espero que saia daí uma nova pessoa.
Isabel: E o que você veio falar comigo?
Jordânia pega um
envelope e entrega para Isabel.
Isabel-(curiosa):
O que é isso?
Jordânia: Vê, mãe.
Isabel retira
uma foto do envelope e chora ao ver Jordânia com uma menina pequena, uma bebê
de mais ou menos 1 anos e alguns meses.
Isabel: É sua filha?
Jordânia: É sua neta!
Isabel coloca a
mão na boca e chora bastante.
Isabel: Filha, eu posso te pedir uma coisa?
Jordânia: Pode, mamãe!
Isabel-(implorando/marejando):
Me dá um abraço?
Jordânia e
Isabel olham-se fixamente. Isabel levanta e Isabel também, as duas dão um
abraço longo e intenso, com muito choro.
Isabel: Me perdoa, me perdoa, me perdoa, filha, me perdoa
por tudo o que eu fiz.
Jordânia-(chorando):
Eu te perdôo, mamãe, eu te perdôo!
Isabel e
Jordânia ficam frente a frente e se olham emocionadas.
Isabel: Eu te amo, minha filha.
Jordânia-(emocionada):
Há quanto tempo não ouvia isso?
As duas se
abraçam novamente e chorando no ombro da outra.
Cena 15: Restaurante
Puerto del Toro- Caxias do Sul/ Interior/ Noite.
Diana, Clara,
Maria Eduarda, Helena e Eric estão no sentados e terminando de comer.
Diana: Ai, que jantar maravilhoso, gente, eu amei!
Helena: Eu também, mas isso não é tudo que temos para hoje,
tenho uma surpresa maravilhosa para você, Diana. –Olha para Clara- E pra você também, querida.
Clara: Que surpresa?
Maria Eduarda: Eu já sei de tudo!
Helena: Como sempre, meu amor foi meu aliado nisso tudo.
Helena e Eric se
beijam.
Eric: Foi um prazer ajudar nisso.
Diana fica
surpresa ao olhar para a entrada do restaurante e ver Dionísia entrando. Diana
sai correndo e abraça sua mãe.
Helena: Agora é você, Clara.
Clara fica
emocionada ao ver uma mulher entrando, ela fica pasma ao confirmar que é sua
mãe. Clara chora e vai até sua mãe correndo, as duas se abraçam. Helena, Eric e
Maria Eduarda vão até mães e filhas.
Helena: Eu estou tão feliz de poder ajudar nessa alegria.
Dionísia: Você é uma das melhores pessoas que já conheci,
Helena, você merece tudo de bom.
Diana-(agradecida):
Helena, muito obrigada por tudo, eu
não tenho como te agradecer, como te pagar, só Deus mesmo que pode te abençoar.
Clara corre até
Helena e abraça-a.
Clara: Obrigada, eu pensei que a minha tinha até morrido.
Claudiana a mãe
de Clara aproxima-se de Helena dando-lhe um abraço.
Claudiana: Muito obrigada, minha querida, eu serei grata à você
por ter feito tudo o que fez pela minha filha.
Helena: De nada!
Diana, Dionísia,
Clara e Claudiana batem palmas para Helena.
Diana-(grita): Gente, essa mulher é uma mulher maravilhosa, a
melhor amiga que podíamos ter!
Helena-(envergonhada):
Diana, sua louca.
Dionísia: É verdade, gente, além de ter ajudado a gente em
coisas pequenas, ela é uma heroína, salvou nossas filhas do tráfico humano.
Helena fica
envergonhada e Eric abraça por trás, beijando ela. Todos estão sorrindo e as
pessoas que estavam no restaurante aplaudem Helena depois de ouvir coisas ao
respeito dela.
Cena 16: Penitenciária
Industrial de Caxias do Sul/ Banheiro/ Interior/ Noite.
Ronald está
tomando banho, ele fica olhando para os lados com medo de alguém chegar.
Ronald: Tomara que aqueles homens não venham me estuprar, eu
estou cansado disso já!
Ronald sai do chuveiro,
consegue se enxugar e vestir sua roupa, ele decide sair do banheiro mas é
surpreendido com a chegada de 2 detentos.
Detento 1: Onde acha que vai, queridinho?
Detento 2: Viemos aqui para te mostrar que você ainda não
escapou de nós.
Detento 1: Você precisa sair daqui entendendo que não pode
fazer o que você fazia antes.
Detento 2: E nós estamos aqui para te lembrar como é ruim ser
tocado sem desejo.
Os detentos
tiram a roupa de Ronald e novamente abusam do homem que começa a chorar,
sentindo-se humilhado.
Cena 17: Mansão
Chermont/ Sala/ Interior/ Noite.
Jordânia chega
em casa e encontra Benício e sua filha Berenice dormindo no sofá. Ela vai até
Benício e acorda o marido.
Jordânia: Amor, vamos colocar a Berenice pra dormir.
Benício-(com
sono): Vamos sim, amor.
Jordânia e
Benício pegam a filha no colo e saem da sala.
Cena 18: Mansão
Chermont/ Quarto de Berenice/ Interior/ Noite.
Benício e
Jordânia colocam Berenice no berço, que dorme feito um anjo, eles sorriem com
muito amor para a filha.
Benício: Nossa filha é uma das melhores coisas que já
aconteceu na nossa vida, meu amor.
Jordânia: E você é o melhor marido que eu poderia ter, minha
vida. Te amo tanto, Benício.
Jordânia e
Benício se beijam intensamente.
Jordânia: Tem certeza que vai querer dormir, meu amor?
Benício-(safado):
Não!
Benício pega Jordânia
pela mão e sai do quarto da filha. A imagem escurece.
Cena 19: Mansão
Lambertini/ Quarto de Maria Eduarda/ Interior/ Noite.
Helena e Eric estão
sentados na cama de Maria Eduarda, que está deitada e sorrindo.
Maria Eduarda: Mamãe, eu tô sentindo falta da Clara e da Diana.
Helena: Elas estão bem, assim como você está comigo, elas
estão com a mamãe delas.
Eric: Você não tem só a sua mãe, você tem à mim, mesmo que
eu seja chato. (risos).
Maria Eduarda: Você não é chato, você é muito legal, muito
diferente do Ronald, porque eu odiava ele.
Helena: Ele teve o que ele merece, filha, não ligue pra ele,
estamos muito felizes agora, o Eric entrou na nossa vida e está nos ajudando
muito.
Maria Eduarda: Verdade.
Helena: Filha, eu vou te contar uma notícia e tenho certeza
que vai gostar!
Maria Eduarda: Que notícia?
Eric: Até eu fiquei curioso, não estava sabendo de nada!
Helena: Eu estou grávida!
Eric e Maria Eduarda
ficam muito felizes com a notícia.
Eric-(abobado): Sério, meu amor? Sério que você vai me dar um filho?
Helena: Sério, meu amor. –Olha para Maria Eduarda- E você terá um irmão ou uma irmã.
Eric e Maria Eduarda
abraçam Helena. E a câmera vai se afastando.
Fim...
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