Presas-Capítulo 7


Capítulo 7

Cena 1: Praça/ Exterior/ Tarde
Luana e Daniel estão tomando sorvete sentados em um banco da praça. Crianças brincavam em um parquinho mais à frente sendo vigiadas por suas mães, também havia pessoas passeando com seus cachorros. Tudo tranquilo, e bem calmo.
Daniel – (Com um leve sorriso) Estou amando essa nossa lua de mel.
Luana – (Sorrindo) Eu também.
Daniel – Como será que estão as coisas por lá?
Luana – Por lá aonde?
Daniel – Me refiro ao seu pai e minha mãe.
Luana – Ah, eles estão bem. Devem até estar aproveitando sem a gente por perto para incomodá-los.
Daniel – Falando em incomodar, você não sente falta da sua amiga, quer dizer, ex-amiga, a Safira?
Luana – (Irritada) Por que está falando dela?
Daniel – Por nada, só quis perguntar.
Luana – Não quero saber mais daquela vagabunda pobre!
Daniel – Pelo visto você ainda guarda mágoas da Safira.
Luana – Ninguém mandou ela mexer comigo!
Daniel não concorda com as atitudes e ofensas da Luana com a sua amiga, Safira.
Daniel – Tudo bem Luana, e de suas outras amigas, você não sente falta?
Luana fica sem reação. Ela pensa por alguns segundos depois abaixa a cabeça e começa a chorar.
Luana – (Chorado de solução) Aquela filhote de cruz credo era a única amiga que eu tinha.
Daniel – (Empático) Luana, não, não precisa ficar desse jeito.
Daniel abraça Luana que continua a chorar em seus braços.

Cena 2: Restaurante/ Interior/ Tarde

Valéria fica perplexa com as coisas que ouviu de Otto a respeito de Marta (Francine). Porém, depois de um longo bate-papo e um bom almoço, os dois se levantam e se beijam.
Otto – (Bem próximo a Valéria) Foi muito bom passar esse tempo com você Marta.
Valéria – Eu que o diga.
Otto – Me espere aqui, vou pagar a conta.
Valéria – Tudo bem, vai lá.
Antes de ir a recepção, Otto dá mais um beijo em Valéria. Depois disso se afasta dela.
Valéria – (Pensando e ao mesmo tempo esboçando um sorriso maquiavélico) Que maravilha! Agora que eu sei o segredinho podre da Marta posso aproveitar para chantageá-la. Agora ela vai ter que continuar me dando aquele dinheiro todo mês, com um acréscimo bem, bem gordo. Senão vou denunciá-la para a polícia. (Breve risada) É Marta, agora é você que terá que dançar conforme a música. 


Cena 3: Casa de Claudio / Exterior/ Tarde
Claudio estaciona o carro em frente à sua casa. Ele desce e, logo em seguida, Belinda desce também.
Belinda – (Nervosa e com medo) Fala logo o que você tanto quer falar comigo!
Claudio – (Se aproximando de Belinda) Calma! Não precisa ficar nervosa desse jeito.
Belinda – (Estende as mãos para frente) Não chegue perto!
Claudio – Tudo bem, mas fique calma.
Belinda abaixa as mãos e respira fundo.
Claudio – Então Belinda... sabemos de tudo o que passamos, de tudo o que vivemos... mas agora eu lhe peço, por favor, volta pra mim.
Belinda fica surpresa com o que ouviu.
Claudio – Vamos esquecer tudo de ruim. Vamos nos lembrar apenas dos bons momentos que passamos juntos.
Belinda – Por mais que eu tente esquecer, isso nunca sairá da minha mente. Pensa que vou me esquecer que você mentiu para mim durante tanto tempo?
Claudio – Do que você está falando?
Belinda – Do que eu estou falando? Não se faça de desentendido, Claudio! Ou devo eu devo te chamar de Doutor Antônio?
Claudio se espanta com a revelação de Belinda.
Claudio – (Surpreso e abalado) Como... como você sabe disso?
Belinda – Está lembrado daquele dia que você me flagrou mexendo nas suas coisas no seu quarto?
Claudio começa a se lembrar do dia em questão.
Belinda – (Irada) Mas antes mesmo de você me flagrar e de me dar aquela surra eu achei a sua identidade.
Claudio não esboça reação.
Belinda – Sabe o que mais, DOUTOR ANTÔNIO? Descobri que você está foragido da polícia.

Flashback
Belinda estava mexendo no computador em seu quarto.
Belinda – Por que será que ele criou uma outra identidade com o nome de Claudio? Tem algo muito estranho nisso. Antônio... esse nome me é familiar.
Belinda entra no site da polícia e procurar as pessoas que estão foragidas com o nome de Antônio. Depois de alguns minutos, ela finalmente acha o que queria.
Belinda – (Leve surpresa) Não acredito! Sabia que tinha estranho nisso tudo.
Ela começa a ler o motivo que está levando a ser procurado pela polícia.
Belinda – (Lendo) “Procurado por falsificação de diploma e homicídio”
Belinda – (Falando consigo mesma) Falsificação de diploma? Claudio disse que sempre trabalhou como caminhoneiro. Também estava mentindo, com certeza.
Belinda procura por mais detalhes a respeito de Antônio e descobre que ele trabalhava como cirurgião e também era parteiro no mesmo hospital onde ganhou sua filha, Naomi.
Fim do Flashback

Belinda – (Ainda irada) E mais. Além de você ter falsificado o diploma, descobri que foi você que fez o meu parto. E pior ainda... (gritando) você matou uma das minhas filhas!
Claudio arregala os olhos.
Belinda – (Escorrendo lágrimas dos olhos) Seu monstro! Foi por causa do seu erro na hora do parto que acabou matando a minha outra filha!
Claudio – (Desnorteado) Me desculpa, me desculpa, me desculpa! Ela estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço, eu fui tentar ajudar cortando o cordão, mas, sem querer, acabei cortando seu pescoço também, mas foi sem querer.
Assim que termina de falar ele vê apontando da esquina, atrás de Belinda, duas viaturas da polícia.
Claudio – (Desesperado) Han? A polícia?!
Belinda olha para trás e vê as viaturas se aproximando.
Belinda – (Ainda olhando para as viaturas) Finalmente vão te prender, Claudio.
Porém quando termina de dizer, Claudio a surpreende colocando um dos braços em volta do pescoço dela e também com uma arma apontada para a sua cabeça. O medo toma conta de Belinda.
Claudio – (Desesperado) Antes da polícia me pegar, eu te mato, desgraçada!


Belinda fica aflita e começa a soar frio.

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