
Joaquim estava se sentindo vitorioso, pois agora ele iria ganhar o beijo da sua morena, ela havia prometido e só por isso ele montou a mula, não via a hora de tê-la de novo em seus braços de sentir seu cheiro embriagante de rosas, mas ele teria que esperar até amanha para reivindicar o seu beijo, paciência não era sua virtude, mas para o bem dos dois eles deveriam esperar.
Inês abordou Joaquim, ela estava esbanjando charme , os homens viravam as cabeças para olha-la, no entanto Inês não queria nem um outro homem ela queria Joaquim, colocou isso em sua mente e só iria sossegar quando tivesse o coração do moço. Inês não sabia que o coração de Joaquim pertencia a outra.
-Joaquim, você domou a mula é o grande campeão da noite. - Ela sorriu sedutora.
-Não foi grande coisa. - Ele disse dando de ombros.
-Não desmereça seu feito. - Inês se aproximou de Joaquim ficando a uma curta distância. - Acho que você merece um prêmio. - Inês colocou a mão no peito do rapaz. - O vencedor merece um beijo. - Inês se inclinou oferecendo os lábios a Joaquim. Ele se desvencilhou de moça.
-É uma oferta generosa, mas eu devo recusar. - Disse Joaquim se afasto dela, Inês fez biquinho desapontada. - Tenho certeza que qualquer outro peão ficaria feliz em ganhar um beijo seu, tenha uma boa noite moça. - Joaquim fez uma aceno com a aba do chapéu e deixou Inês frustrada, a moça ficou enraivecida pela rejeição, mas Joaquim não iria escapar tão facilmente dela, simplesmente esnoba-la como se ela fosse qualquer uma, ela iria ter o coração do rapaz de um jeito ou de outro não se contentaria com menos.
Joaquim arriscou um ultimo olhar a Isabel, ela estava cercada pelos irmãos, seus olhos se encontraram, os lábios da moça se curvaram em um meio sorriso, notou suas promessas secretas os desejos e anseios que ela sentia, tudo transmitido com um único olhar, as palavras não ditas, os desejos reprimidos. Ah como ele queria tê-la em seus braços e nunca mais soltar, como queria poder ama-la sem receio, mas no momento tudo que era permitido a ele era um breve olhar.
Naquela noite Joaquim chegou em casa e pegou sua viola, olhou para a lua e tocou para Isabel um canção apaixonada, não eram mais lamentos, era amor e euforia que saia da doce melodia, era tudo o que Joaquim sentia. Agora ele se permitia sonhar de novo e desejava um futuro ao lado de Isabel.
Amanha ele iria encontra-la e mostrar o quanto a ama, jurar seu amor eterno, iria reivindica-la e cumprir a promessa que fez quando eram crianças eles iriam se casar.
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