(Capítulo 1) Ziborah, a guerreira de Skylok


O sol ao amanhecer bate na janela do quarto de Ziborah. Com isso ela acorda e abre as janelas.
_Nossa mais um dia como todos os outros... – Pensa Ziborah
Ela levanta da cama, vai ao banheiro, toma banho, se arruma e vai para o treino de guerra. Chegando lá encontrou com seu amigo Thomas.
_Aê nervosinha, feliz aniversário! Quantos anos? 60? – Pergunta Thomas sorrindo e depois de dar um tapinha na cabeça dela.
_Não adianta Thomas. Hoje nada tira minha paz. – Responde Ziborah, sorrindo.
_Poxa, coitado de mim. – Ele diz.
O treinador Benson chega perto deles
_Feliz aniversário, Ziborah! – Diz o treinador a Ziborah.
_Obrigada treinador!
_Mais então, chega de papo vocês dois, porque hoje não vai ter alivio hein. - Diz o treinador com uma cara que não vai pegar leve de jeito nenhum. _Então, Ziborah, hoje você treina com a Jhena.
Ziborah olha para Thomas
_Os Deuses ouviram minhas preces! – Exclama Ziborah com um leve sorriso sarcástico.
Thomas olha para ela, pisca o olho e dá um sorriso no canto da boca.
Ziborah não gostava de Jhena. No primeiro dia de treino dela, Jhena lhe deu uma surra. Depois de em 10 anos Ziborah não teve chance de revidar.

Ziborah faz 19 anos, e é considerada a maior guerreira da terra de Detroyd. Ela lutou em cinco guerras, mas, seu sonho, é vingar Skylok, a terra onde nascera e que foi destruída por forças malignas, ou melhor dizendo, Haydam e seus lacaios.
Na terra de Detroyd, onde Ziborah atualmente reside, os jovens de até 18 anos, só podem aprender a lutar, mas com 19 anos eles já podem deixar a cidade e irem atrás de suas origens.
Cada jovem em Detroyd se enquadrava em uma categoria como bruxos e feiticeiros, por exemplo. Cada um com seu dom e habilidades especiais, todavia, nenhum deles, jamais, conseguiram dominar os quatro elementos, o único que conseguiu tamanha façanha foi um suposto Rei-Deus chamado Skylok, daí o nome da cidade. Quando Skylok morreu, os seres que viviam nesta terra ficaram sem rumo e sem alguém que os liderassem, despertando assim o interesse de Haydam.

Ziborah vai para o ringue de batalha e luta com Jhena. A luta fica bem acirrada, pois Jhena também era uma ótima guerreira, contudo, Ziborah ganhou. Quando a luta terminou, Ziborah foi beber água. Logo em seguida seu treinador chega.  
_Vá para casa, seu treino acabou por hoje – Disse ele, sério.
_Ué treinador, mas o treino já acabou? – Contesta Ziborah.
_Vá logo! Arrume suas coisas, pois você partirá no início do amanhecer.
Ziborah se espanta, mas logo percebe do que se tratava sua partida.
_Espera um pouco treinador, é isso que eu estou pensando? – Ziborah pergunta ansiosa.
_Sim, aliás, você já fez 19 né, então... te encontro na sua tenda. – Responde
terminando a conversa, e sai.
Ziborah pega sua bolsa e vai para a casa. Já era tarde, quando chega arruma suas coisas como colete, armas, facas, e nada de beleza, pois era uma mulher muito ocupada para isso. Ela vai até a tenda dê seu pai de criação, o mago Vlade, porém no caminho encontrou o gnomo, Stiven.
_Feliz aniversário Zai! – Disse Stiven a Ziborah.
_Obrigada Stivinho! – Ela responde sorrindo.
_Stive, você sabe me dizer se o meu pai está na tenda dele?
_Sim, acabei de vir de lá.
_Obrigado. Tchau. – Se despede Ziborah.
_Tchau Zai. – Disse Stiven terminando a conversa.
Ziborah continua andando, até que chega à vila mais mágica de Detroyd, aonde seu pai, Mago Vlade, mora. Chegando à tenda dele, viu-o fazendo poções, como sempre.
Ziborah abre a porta sussurrando:
_Pai... pai, você está ai?
_Sim minha filha, entra, estou aqui. – Responde seu pai.
_Pai, que saudades. – Ziborah o abraça.
_Você não vem mais visitar seu pobre pai, velho e rabugento. – Brinca Vlade.
_Que isso pai, nada disso, o senhor sabe que ando treinando muito e indo a outras terras batalhar. Juro, se eu pudesse vinha todo dia ti ver. – Ziborah se explica.
_Estou brincando minha filha, eu sei que sua vida é muito corrida, ainda mais porque está fazendo 19 aninhos... está ficando velhinha. – Sorrir. _Parabéns.
_Obrigada pai! – Ziborah responde.
_Mas, enfim, você já sabe o que acontece quando alguém faz 19 anos, né? – Vlade questiona.
_Sim, eu sei. – Ziborah responde com uma cara de desanimada.
_Bom, não era o que você mais queria? Então porque está com essa cara?
_É porque antes eu queria, mas... eu sei lá, estou com um pouco de medo.
O que a Ziborah mais queria era se descobrir, descobrir suas potencialidades, mas estava com medo porque para isso tinha que ir para um lugar totalmente desconhecido. Todas as pessoas que já foram atrás de suas origens nunca puderam falar e nem comentar com ninguém. A única coisa que todos sabiam era que esse lugar não era nos arredores de Detroyd. Algumas pessoas já voltaram de lá sem suas origens, pois ficaram traumatizadas com o que viram.
Quando Ziborah era adolescente, uma vez perguntou ao seu pai, já que ele era mago, o porquê dele não lhe dar poderes, e ele a respondeu que magos podiam até curar lepras, fazer poções de cura e lançar poderes mágicos, mas se tinha alguma coisa que eles não podiam era fazer que as pessoas fizessem o mesmo.
Ziborah e seu pai conversaram por mais alguns minutos, até que chega a hora da despedida pois teria que partir. Ao sair da casa do seu pai, muito tarde por sinal, nem ao menos deu tempo de se despedir de seu amigo Thomas. Ele ainda tinha 18 anos e por isso não poderia acompanhar Ziborah nesse lugar misterioso.
Ziborah vai para sua tenda e pega suas trochas já arrumada. Logo após, o treinador Benson bate em sua porta. Ziborah rapidamente o atende.
_Boa noite treinador Benson.
_Treinador não, hoje você pode me chamar apenas de Benson. – Disse ele com um sorriso.
Benson leva Ziborah até um ponto de encontro, chegando lá havia vários jovens de 19 anos, preparados para ir a este lugar desconhecido. Lá, Benson fez uma pequena reunião.
_Bom, todos estão aqui para descobrirem suas origens, mas não pense que as coisas vão ser fáceis, vocês sabem que eu não aturo maricas, preguiçosos, nojentos, fracos e principalmente medrosos. Eu levarei vocês até o lugar destinado, mas, vocês já são bem grandinhos e podem se virar. Eu aconselho vocês a serem fortes e persistentes, pois uma coisa eu os garanto: nada será fácil, vocês irão sofrer. Espero que vocês consigam, afinal, eu não treinei merdinhas, mas sim guerreiros. Espero que tenham me entendido, não quero perguntas. – Discursa Benson.
Os guerreiros começam a caminhar. Passam dois dias e três noites caminhando no deserto. Estavam exaustos. Toda vez quando paravam para repousar, Benson os repreendiam. Até que, em meio ao deserto, Benson os para.
_Chegamos a nosso destino. – Disse Benson aos jovens esgotados.
Ninguém entende nada. Começam a contestar em suas mentes se perguntando como haviam chegado se ali, onde pararam não havia nada além de areia e mais areia, somente.
Benson retira uma bússola do bolso da calça e olha fixamente para ela. Foi quando, de repente, um portal se abriu em frente a todos eles causando de primeira instância, espanto.
_Vocês devem estar pensando, por que eu não abri o portal antes, não é mesmo? – Disse ele sorrindo.
Os jovens fazem que sim em sincronia.
_Isso foi apenas um teste de resistência para ver se estavam realmente preparados.
“Nossa que idiota”. – Pensa Ziborah.
Todos ficam nervosos com Benson, mas ao mesmo tempo ficam impressionados com o imenso portal que se abrira. Ele era escuro, mas ao mesmo tempo luzes claras piscavam e refletiam no rosto de todos eles.
_Vai treinador pode entrar primeiro. – Questionou um jovem chamado Allan.
_Felizmente não posso. – Reponde sorrindo. _Agora já que falou, vai ser o primeiro a entrar no portal.
Allan reluta em entrar, mas entra. A partir daí, todos acabam entrando.
Eles são transferidos para uma terra fria, as nuvens densas no céu impediam a passagem da luz solar. Não havia nenhum ser, a única coisa com vida era uma floresta enorme à frente, bem à frente. Benson já não estava mais por perto, eles estavam sozinhos e teriam que se virar. Começaram a caminhar devagar olhando e reparando a terra. Ela fazia sons de ruídos, gritos e risadas de crianças, totalmente assombrosa, não viram nada além de devastação e escuridão e uma duvidosa floresta depois do penhasco.
_Aqui não tem nada. – Disse Kendoly, uma dos seis jovens que estavam com Ziborah.
_Ela tem razão. – Disse Allan.
_Vamos andar mais um pouco. – Disse Ziborah, séria.
Andaram mais um pouco quando um menino chamado Tom, que estava bem na frente, gritou:
_Vejam! Logo ali tem uma ribanceira.
Quando todos chegam até a ponta da ribanceira, a tensão e o medo começaram a tomar conta de todos.
_Lá em baixo tem um buraco! – Enfatizou Tom. – Não sei para onde aquele buraco vai dar, mas acho que o único jeito de chegarmos aonde queremos é pulando esta ribanceira.
O silêncio reina. Como conseguiriam pular aquela imensa ribanceira, e mesmo se tentassem, corriam o risco de não conseguirem chegar do outro lado. Ou seja, poderiam morrer se tentassem.
Ziborah recua.
_Saiam da frente! – Exclama Ziborah. _Eu vou pular.
_Você está maluca? – Diz Allan, sério.
Todos concordam com Allan
_Não sei eu, mas vocês sim. Não sabem que perigos estão correndo continuando parados aqui.  

Ziborah ajeita suas trouxas nas costas, respira e conta até três. Todos começam a se questionar se realmente ela teria tamanha audácia e coragem para pular. É quando Ziborah acelera e pula.

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