A Fé
A fé e a religião tinham seu espaço em Baellys. A única fé que existia naquele lugar era a crença na Deusa Hyarah. Os fiéis acreditavam que Hyarah foi a criadora de todo o universo, de todos os seres. Eles tinham a crença de que Hyarah se fez mulher em carne no Último Dia da Criação e escreveu seu Livro Santo ao lado dos Primeiros Homens da Terra e os mandou professar para toda criatura aquilo que ela escreveu. Após isso Hyarah havia se dissipado pelo ar e sumido. Segundo os crentes, o Livro Santo Verdadeiro foi perdido com o tempo e hoje só existem as cópias.
Não faltavam argumentos aos mestres kadoshes para defender a sua crença. Muitos em Baellys haviam se convertido na Deusa Hyarah.
Os rituais de beatificação desta fé eram cruéis, envolvim sangue e difamação pública. Em um capítulo da trama veremos um personagem que será obrigado a se converter na fé e passará por uma beatificação cheia de carnificina e sangue.
O sacerdote principal do Templo da Mãe – a catedral desta religião em Baellys – era Amé, como os fiéis costumavam chamá-lo, Primeiro Mestre Kadosh. “Primeiro” pois era um dos cargos de kadosh mais importantes do templo, “Mestre” pois era um sacerdote, “Kadosh” é hebraico e significa santo. Primeiro Mestre Kadosh era um membro dos Sacerdotes da Mãe. Ele é quem decide quase tudo no Templo da Mãe.
Neste capítulo vamos ver Amé(Primeiro Mestre Kadosh) em uma situação de mistério em relação a um tumor em seu corpo. Amé tinha um passado obscuro que colocavam em dúvida se ele realmente era santo. E é isso que veremos desse personagem, a luta entre o bem e o mal no interior do ser humano.
CAPÍTULO III
Segredos
Noll Vallois, inimigo oculto do Rei Henry se infiltrou no quarto do rei para matá-lo. Enquanto estava escondido, Henry escrevia algo revelador em uma folha de papel, e o que ele escreveu podia lhe causar a expulsão do trono!
Enquanto Noll estava atrás do rei pronto para matá-lo, o rei ouvia sua respiração. Logo percebeu que se tratava de alguém. Enquanto o rei estava de costas tentando entender a situação Noll lia a folha de papel. Então Henry se virou e ficou surpreso com Noll com uma adaga na mão. Noll vendo que já era tarde demais partiu para cima do rei tentando enfiá-lo a faca, mas Henry relutava com todas suas forças para não entregar tão fácil assim seu trono para um protegido. Eles brigavam no chão, se socavam até que Noll cortou o braço do rei. Noll se levantou enquanto Henry sentia as dores do corte. Noll olhou para a escrivaninha e viu uma chave. Não pensou duas vezes e correu para pegar. Neste mesmo instante Henry se levantou com tudo e puxou a folha de papel que continha seu segredo. Noll pegou a chave e se preparou para dilacerar a carne do rei e conseguir a folha. Então partiu novamente para cima do rei e iniciaram uma nova briga corporal, mas, Noll e Henry brigavam pela folha como se não houvesse amanhã até que a folha voou pela janela do quarto. Pararam por alguns segundos e ficaram indecisos. Mas quem agiu primeiro foi Noll. Noll correu para fora do quarto e o rei tentou segui-lo, mas já era tarde: Noll havia trancado a porta com a chave. Henry bateu forte diversas vezes e gritou. Noll que iria conseguir o segredo que poderia tirar o rei do trono disse:
- O seu reinado chegou ao fim.
Henry caiu em choro atrás da porta enquanto Noll caia no riso do outro lado.
Noll saiu do castelo e foi até o pátio onde viu a folha jogada no pátio do castelo. Mas ele tinha que ser rápido: um guarda real se aproximava da folha. Noll correu o tanto que podia mas o guarda já havia pegado a folha para ler. Noll ainda correndo pegou sua adaga e chegou por trás do guarda encravando a adaga nas costas dele. A folha caiu da mão, sangue jorrou pela boca e caiu morto no chão. Noll se agachou, pegou a folha e entrou no castelo. Noll entrou em seu quarto e guardou debaixo da cama a folha reveladora. Em seguida, não perderia a oportunidade de zombar do rei, abriu o quarto do rei e entrou. Encontrou o rei sentado na cama em lágrimas e de cabeça baixa. Noll, para provocar disse:
- Meu rei, o que houve? O que fizeram a você? Não fique assim. Seu segredo será bem guardado.
O ódio subiu como fogo no corpo de Henry que pulou em cima de Noll o enforcando:
- Você não se atreve, seu desgraçado! – gritou Henry enforcando Noll
Noll o jogou para frente e lhe deu uma bofetada que o fez virar.
- Se me tocar novamente esse será o maior arrependimento de sua vida! – ameaçou Noll
Henry o olhava com ódio e desprezo com os olhos cheios de lágrimas.
- Esse reino não é para você. Quando você vai aprender isso? Eu tenho capacidade! Eu sou melhor que você! – disse Noll com ódio no olhar
Eles ficaram se olhando em silêncio. O ódio era a única descrição para seus olhares. Henry estava passando pelo pior momento de sua vida, mal ele sabe o que ainda estaria por vir. Sua vontade era de socar tanto a cara de Noll que se ficasse impossível de reconhecê-lo!
- Ou você entrega o trono para mim e me coroa na frente de todos ou eu tiro ele de você a força! – ameaçou Noll que saiu pela porta em seguida.
Noll passou pelo quarto de Onfroi ouvindo gemidos e batidas de cama.
Eles estavam fazendo um sexo verdadeiramente selvagem. Ora, dois homens, não poderia ser diferente. Nikola entrava e saia de Onfroi com tanta força que Onfroi já não sentia o próprio ânus. As batidas da cama eram possíveis de se ouvir no quarto de Noll. Onfroi gemia e gritava como se não tivesse garganta. Nikola apenas fechava os olhos, segurava Onfroi pelo pescoço e se deliciava com seu corpo. A pressão em Onfroi o causava prazer, com o corpo musculoso de Nikola poderia esperar dor e prazer. Estavam suados, o suor respingava sobre a cama que já estava quase toda molhada. As batidas do contato da carne de ambos podia-se ouvir de longe assim como os gemidos abafados. Eles transaram por mais de cinco e horas até que Nikola gozou em Onfroi com toda a vontade e prazer. Onfroi já havia gozado.
Enquanto uns transavam, outro se torturava com o passado. Amé, o Primeiro Mestre Kadosh, estava em sua casa na Cidade Baellys. Havia chegado de algum lugar, se despiu de suas vestes e ficou nu olhando seu reflexo turvo em uma folha de metal. Passou suas mãos pelo seu corpo musculoso e carnudo até que suas mãos chegaram a uma parte de grande e triste história: um enorme tumor benigno em sua cintura. Seus olhos se encheram de lágrimas e ele abraçou o próprio corpo.
Quando o dia amanheceu, o clima estava tenso no castelo. Ficou mais tenso ainda quando o Rei Henry estava dormindo com a Rainha Aldith e alguém bateu tão forte na porta que caíram objetos da mesinha que estavam nela. O rei, ainda nu, acordou. Bateram novamente na porta ainda mais forte. O rei olhou e se levantou nu indo atender a porta. Ao abrir se deparou com seu filho Georgei Baellys em desespero.
- Pai... Cateline...
Uma lágrima saiu dos olhos de Georgei.
Estava no pátio do castelo: o corpo de Cateline Baellys, a filha do rei, jogado no pátio com a cabeça estourada no chão como se tivesse se jogado do castelo. Todos olhavam horrorizados a cena. A Rainha chegou e deu um grito ao ver a filha morta. Saiu correndo e se ajoelhou diante dela tentando a trazer de volta para a vida. A lágrima de seus olhos caíam sob o sangue da filha que estava de olhos abertos, e mortos. A Rainha gritava e chorava. O Rei Henry estava em um estado de pânico e terror com as mãos na boca, os olhos vermelhos e cheios de lágrimas. Ele tentava entender quem seria capaz de tamanha crueldade. Noll abraçou Georgei para consolá-lo. Henry abraçou a Rainha. Os olhos deles se encontraram. Foi a maior dor de todas: Henry viu Noll abraçando seu filho com um sorriso sarcástico em sua direção. Henry se levantou furioso e caminhou rapidamente em direção à Noll pegando em seu braço a força e o puxando para dentro do castelo.
Eles entraram logo no primeiro quarto, o de Noll. Henry fechou a porta e ficou frente a frente de Noll com lágrimas nos olhos cheios de ódio. Henry não aguentou o sorriso sarcástico de Noll e lhe deu um soco no rosto que o fez cuspir sangue e virar para traz. Henry não queria só dar um soco, ele queria acabar com a raça de Noll, queria dilacerar sua carne com suas próprias mãos, vê-lo sofrer com uma morte lenta e dolorosa. Mas tudo isso era impossível. Noll ainda tinha o rei nas mãos para fazer o que quisesse.
Noll se aproximou do rei rindo e disse:
- Você é meu agora... – disse passando a mão no rosto do rei
Henry tremeu de ódio e apertou suas mãos com a vontade de espancar Noll. Fez tanta força que mais lágrimas saiam de seu olho. Mas Noll não sentia remorso, nem empatia. Era um desequilibrado. Noll então segurou com as duas mãos o rosto do rei e aproximou o rosto dizendo:
- Eu quero você para mim hoje. Deite-se na cama. Vamos foder. – disse rindo depois
Noll jogou o rei na cama e desamarrou a calça deixando-a cair e mostrar o seu órgão. O rei estava em estado de desequilíbrio total. Não acreditava que aquilo estava acontecendo.

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