Teorias Conspiratórias--- Maria Madalena foi mesmo mulher de Jesus?


A história, contada em romances populares ou filmes campeões de bilheteria, já é familiar para muita gente. Numa das conspirações mais bem-sucedidas da história, a Igreja Católica teria conseguido ocultar a verdade sobre a vida amorosa de Jesus Cristo?

Quando se leem os Evangelhos pode-se inferir que Maria Madalena sentia um grande amor por Jesus. Lê-se nos evangelhos que ela foi libertada por Jesus de sete demônios, que o seguia como discípula, que o assistia com os seus bens (Lc 8,2-3) e que esteve com Maria, a Mãe de Jesus, e as outras santas mulheres quando Jesus foi crucificado (Mc 15,40-41 e par.). Maria Madalena foi, segundo os evangelhos, a primeira pessoa a quem Jesus apareceu depois da ressurreição; era ela que procurava a Jesus entre lágrimas (Jo 20,11-18). Daí a veneração que teve na Igreja como testemunha do ressuscitado.

Maria Madalena foi primeira pessoa a presenciar a ressurreição de Jesus
Como qualquer bom judeu de sua época, o Nazareno teria sido casado, e a esposa dele seria ninguém menos do que Maria Madalena, sua discípula mais famosa. Ele foi crucificado quando Madalena estava grávida. Mas a mulher de Jesus conseguiu escapar para o sul da França, onde deu à luz uma menina. O verdadeiro Santo Graal não seria um cálice no qual foi recolhido o precioso sangue de Cristo, como dizem as lendas do rei Arthur, mas sim o corpo de Madalena. E os descendentes do casal virariam uma linhagem sagrada, dando origem a uma dinastia de reis da França medieval. Pistas disso estariam espalhadas pelos Evangelhos apócrifos (que não tem origem conhecida), que a Igreja escondeu quando se tornou a instituição religiosa dominante do Império Romano.

Clóvis, rei da França durante os anos 400-500, pode ter pertencido a linhagem de Jesus, ou seja, seu descendente
Alguns escritores e estudiosos contemporâneos, principalmente Margaret George, Henry Lincoln, Michael Baigent e Richard Leigh, autores do livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada (1982), e Dan Brown autor do romance O Código da Vinci (2003), narram Maria Madalena como uma apóstola, mulher de Cristo que teve com ele, inclusive, filhos. Nessas narrações, tais fatos teriam sido escondidos por revisionistas cristãos que teriam alterado os Evangelhos.
Estes escritores teriam baseado suas afirmações nos Evangelhos Canônicos e nos livros apócrifos do Novo Testamento, além dos escritos gnósticos. Segundo os evangelhos aceitos pela Igreja Católica, Jesus Cristo, o "filho de Deus", não veio à Terra para se casar e muito menos ter filhos. Portanto, para os preceitos desta Igreja, Maria Madalena não foi e nem poderia ter sido a esposa de Jesus Cristo.

Santa Ceia; Jesus ao centro e Maria Madalena à esquerda
As teorias que defendem o casamento de Maria Madalena com Jesus têm origem em uma passagem do Evangelho de Felipe, um dos livros apócrifos (que foram deixados de lado pela tradição católica), no qual os dois personagens aparecem se beijando.
Em 2012, a descoberta de um papiro que mencionava a “esposa de Jesus” reascendeu a discussão. Embora o documento tenha sido considerado falso pelo jornal L’Osservatore Romano, publicação oficial do Vaticano, cientistas da Universidade Columbia, da Universidade Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) publicaram neste ano um estudo que descarta a possibilidade de falsificação. Não há no papiro nenhuma indicação do nome da “esposa de Jesus”.


Maria Madalena aos pés de Jesus
O Evangelho de Maria Madalena traz uma nova interpretação de quem teria sido Maria de Madalena. Segundo este evangelho, ela teria sido uma discípula de suma importância à qual Jesus teria confidenciado informações que não teria passado aos outros discípulos, sendo por isso questionada por Pedro e André. Ela surge ali como confidente de Jesus, alguém, portanto, mais próximo de Jesus do que os demais.

E para você? Será mesmo que Maria Madalena foi mulher de Jesus Cristo?


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