¨65 milhões de anos depois da extinção dos dinossauros, os mistérios ainda pairam no ar, boa noite e esse é o "Acredite se Quiser"!
Antes de tudo, entenda como foi a extinção devastadora que varreu os dinossauros da face da Terra.
A Extinção
Entre 208 e 144 milhões de anos atrás, os dinossauros habitaram a superfície terrestre e se tornaram um grupo dominante nos ambientes de terra firme. Muitos desses animais eram herbívoros, mas havia algumas espécies carnívoras que se alimentavam de anfíbios, insetos e até mesmo de outros dinossauros.
No final do período Cretáceo ocorreu a extinção dos dinossauros e de diversas outras espécies de animais e plantas. Existem muitas teorias sobre essa extinção em massa de organismos vivos, e uma delas é a de que certos movimentos sofridos pelos continentes provocaram mudanças nas correntes marítimas e também no clima do planeta. Isso fez a temperatura baixar, o que causou invernos mais rigorosos, consequentemente levando ao desaparecimento dos seres vivos que habitavam a Terra.
Outra teoria sobre a extinção dos dinossauros, e a que é mais aceita pela comunidade científica, é a de que um asteroide com aproximadamente 10 km de diâmetro tenha atingido a superfície da Terra, gerando uma explosão semelhante a 100 trilhões de toneladas de TNT.
Em 1990 essa teoria foi reforçada depois que um grupo de cientistas encontrou, no México, uma cratera com aproximadamente 180 km de diâmetro. Estudos geológicos realizados no local sugerem que essa colisão teria ocorrido há 65 milhões de anos, coincidindo com a época da extinção dos dinossauros. Outro fator muito importante e que dá grande apoio a essa teoria é a descoberta de uma grande concentração de irídio (mineral raro na Terra, mas muito encontrado em meteoritos) em rochas do período Cretáceo.
Muitos estudos realizados sugerem que a extinção dos organismos vivos que habitavam a superfície terrestre não ocorreu pelo impacto do asteroide com a Terra e sim por consequência dos efeitos que esse impacto causou. Uma das consequências foi o incêndio de grandes áreas de floresta, que destruiu habitats, exterminando a base das cadeias alimentares, além de ter provocado uma grande poluição do ar.
A fuligem e a poeira originadas do impacto do asteroide com a Terra cobriram todo o céu, impedindo que a luz solar chegasse à superfície, deixando a Terra fria e escura. Isso fez com que plantas fotossintetizantes morressem, fazendo com que cadeias alimentares inteiras entrassem em colapso, mesmo nas áreas que não foram atingidas pelos incêndios.
Mesmo com o desaparecimento de inúmeras espécies, algumas formas de vida conseguiram sobreviver. Quando encontraram um ambiente com condições adequadas, começaram a se proliferar, originando novos habitats e consequentemente novos nichos ecológicos.
Como os fósseis se formaram?
Quando um organismo morre, é submetido a um ataque rápido de organismos como fungos e bactérias necrófagas, além de animais comedores de carniça e desmembradores. Estes atacam principalmente as partes moles dos cadáveres, e com o desaparecimento das partes moles o desmembramento do esqueleto que antes estava articulado, torna-se mais fácil. Além dos desmembradores, fatores como chuva, ação de rios, desmoronamentos, entre outras causas naturais contribuem para desarticular os cadáveres.
Então em paleontologia, o normal é que os paleontólogos encontrem partes de seres vivos, ou seja, pedaços de ossos, presas, dentes, etc..., partes estas que são mais resistentes à ação do tempo. Quando esqueletos completos, ou parcialmente articulados são encontrados, muito há para ser comemorado, pois estes são achados extremamente raros.
A fossilização é uma sequência de eventos que vai permitir a transformação de um organismo em um fóssil. Para que ocorra esta transformação, o primeiro evento deve ser o soterramento imediato da carcaça, para que a mesma fique inserida em um meio redutor (sem a presença de oxigênio), para que o corpo fique livre do ar, e conseqüentemente da ação dos necrófagos. Ocorrendo isso, o tempo de decomposição da matéria orgânica cai drasticamente, e assim os ossos ou partes duras podem sofrer a impregnação de minerais trazidos pela água de percolação.
Um fator importante é em relação à natureza do sedimento, pois sedimentos de granulometria mais fina como argila e siltes auxiliam no processo de fossilização, enquanto sedimentos de grãos mais grosseiros como areias e conglomerados permitem à circulação da água e consequentemente a decomposição da matéria orgânica. Ambientes lacustres, flúvio-deltaicos e marinhos profundos favorecem muito esse tipo de soterramento, não à toa, uma grande parte dos fósseis são achados em locais onde antes existiam rios, lagos e oceanos. Outra forma de soterramento é o relacionado com erupções vulcânicas. Neste caso não estamos falando da lava, que pode atingir mais de 1000C, mas das cinzas lançadas pelos vulcões.
Porém, mesmo que o espécime tenha sido soterrado rapidamente, e esteja depositado em um ambiente redutor, isto não é uma garantia de que o esqueleto ou tronco vegetal se manterá unido. Devemos considerar que a camada de sedimento onde este animal ou vegetal está depositado pode sofrer a influência de eventos geodinâmicos importantes, que podem vir a separa as partes do conjunto, ou até mesmo deformá-los durante os milhares ou milhões de anos.
Durante o processo de fossilização, a camada de sedimentos que se formou sob a carcaça, com o passar dos milhares e milhões de anos também será coberta por outras camadas superiores, e então a pressão exercida por este pacote de estratos, formará o que chamamos de rochas sedimentares. Estas deverão ter características parecidas, pois fizeram parte de um mesmo ambiente de deposição e sedimentação. Este processo de formação de rochas sedimentares também ocorre em ambientes como desertos e áreas glaciais, mas nestes locais devido às severas condições ambientais, a ocorrência de fósseis é muito menor. Então locais com formação de rochas sedimentares são essenciais para a procura de fósseis por paleontólogos.
Os fósseis nos dão uma noção de como era o passado na Terra, sua Biota e como esta interagia com o meio ambiente a sua volta. Estima-se que cerca de 0,1% de todas as espécies tenham deixado suas marcas como remanescente, o restante virou pó. Então é muito importante o trabalho de procura, coleta e estudos dos fósseis, para que conheçamos melhor o mundo em que vivemos, observando como ele foi e como poderá ser no futuro.
Quando falamos em fósseis na paleontologia, a primeira imagem que nos vem a cabeça são os ossos, dentes e garras. Porém, não podemos nos referir apenas a estas estruturas como fósseis, já que existem vários tipos de fossilização, tipos estes descritos abaixo:
- Incarbonização – quando ocorre a incorporação de carbono substituindo os outros elementos químicos da matéria orgânica. Isso ocorre normalmente em vegetais e insetos com esqueleto a base de quitina, como besouros, por exemplo.
- Mumificação – ocorre quando o fóssil é aprisionado em um meio fossilizante com o mínimo possível de decomposição da matéria orgânica. Isto pode ocorrer pela ação do âmbar (resina das antigas coníferas), asfalto, betume ou gelo. No caso do gelo pode ocorrer por soterramento. Este processo pode se dar por vias humanas, no famoso processo de mumificação exercido pelos egípcios e pelos povos sul-americanos antigos como maias e incas.
- Moldagem – nesta forma de fossilização, são produzidos moldes da parte interna ou externa do ser vivo pelo material sedimentar que o envolve. Existem três tipos de moldagem:
- Moldes externos – quando a impressão corresponde ao exterior do organismo;
- Moldes internos – quando a impressão corresponde à parte interna do organismo;
- Contra-molde – quando o molde externo é coberto por sedimentos.
- Mineralização – quando as partes orgânicas dos seres são substituídas molécula a molécula por substâncias minerais, trazidas por água de percolação. Estas substâncias são comumente sílica, carbonato e pirita. As madeiras petrificadas são exemplos de mineralização por sílica. Outros mais raros como os fósseis opalizados da Austrália geram grande cobiça.
- Impressão – a impressão é como se fosse um molde externo. Neste tipo de fossilização o indivíduo deixa uma espécie de carimbo da sua estrutura sob o sedimento mole, que depois de sofrer compactação e se transformar em rocha, conserva a marca do fóssil. Muito comum para folhas e penas.
- Icnofósseis – são marcas ou vestígios da atividade dos seres vivos. Estas podem ser pegadas, coprólitos e urólitos (excrementos fossilizados), rastros, vestígios, ou qualquer forma de mudança no ambiente provocada por algum ser vivo.
- Réplicas de fósseis – Réplicas de fósseis são cópias produzidas a partir de materiais originais ou de outras réplicas. É um recurso didático capaz de transmitir o mesmo conteúdo incluído em um fóssil original, estando revestidas da mesma importância. Deve-se fazer o máximo para preservar o fóssil, por isso são feitas cópias e, geralmente, elas é que são expostas em museus. Esta técnica permite que um fóssil possa ser exposto em vários museus, além de preservar o original. Também é recomendável fazer uma cópia matriz que será usada como base para fazer futuras reproduções. Antigamente as cópias eram feitas de gesso e os moldes, de borracha. Hoje é costume usar silicone como molde e as cópias são feitas de poliuretano.
Mas e se a extinção desses animais nunca tivesse ocorrido?
Essa, provavelmente, é uma pergunta que todo mundo já se vez ao assistir o famoso filme Parque dos Dinossauros, de Steven Spielberg, não é mesmo? Mas não precisa se envergonhar se essa também já foi ou é uma dúvida sua. A própria ciência já se questionou sobre isso e, conforme especialistas, o resultado do não desaparecimento do seres enormes da era jurássica seria desastroso.
Conforme especialistas, a verdade é que tudo no mundo seria diferente, caso o grande asteroide não tivesse caído na região mexicana da Península de Yucatán, há mais de 65 milhões de anos. Aliás, foi esse grande impacto em nosso planeta que desencadeou uma série de fenômenos desastrosos, como incêndios, tremores, tsunamis gigantescos e a ausência da luz solar, que aliás, não só dizimou os dinossauros como deu início ao período glacial.
Cientistas garantem que, caso essa tragédia toda não tivesse acontecido, é possível que nós, seres humanos, nem estivéssemos aqui para contar história. Isso porque, muito provavelmente, os dinossauros não dariam muitas chances para os mamíferos e os primatas evoluírem da forma que conhecemos hoje. Até porque, no período jurássico, essas espécies não cresciam mais que a maioria dos roedores e ocupavam nichos ecológicos marginalizados, uma vez que não tinham muitas formas de se defender dos brutamontes.
Há quem diga ainda que esses bichões seriam capazes de se adaptar bem à vida de qualquer ambiente. Da mesma forma, os dinossauros teriam evoluído também quanto a inteligência, adquirindo cérebro e olhos maiores, mas nada que pudesse ser comparado com nosso intelecto. Isso, aliás, acaba contrariando as previsões de programas famosos, como A Família Dinossauros, que na década de 1990 mostrava esses bichos como seres evoluídos e socialmente organizados.
Boa noite, e esse foi o "Acredite se Quiser", não perca nesta segunda, às 19:30 a estreia da novela "Amigas e Rivais"!
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