CAPÍTULO 11:"Não Faça Isso, Samuel!"
CENA 1/CASA DE SAMUEL/SALA DE ESTAR/NOITE/INT.
(Samuel chega em casa bêbado, com uma garrafa de vodka na mão.)
SAMUCA (CHORANDO) - Ela me largou! Não, não ela me deixou...pra ficar com aquele cara! Só isso!
(Samuel deita no sofá e chora.)
SAMUEL (FURIOSO/DESCONTROLADO) - Isso não vai ficar assim! Ah... Não vai!
(Dá um gole na bebida, pega um revolver e sai de casa transtornado.)
CENA 2/CASA DE BRUNA/QUARTO/NOITE/INT.
(Jéssica se derrama em lágrimas. E a amiga à abraça.)
BRUNA (CONSOLA) - Calma amiga! Eu sei que gosta dele, mas isso não quer dizer nada…
JÉSSICA (INTERROMPE/ARRASADA)
- Como não quer dizer nada, Bru… Ele não me aceito, mas na mesma hora aceitou minha amiga. Ele não quer nada comigo, eu percebi isso.
BRUNA (MOTIVA) - Amiga, olha aqui nos meus olhos (Jéssica levanta o rosto), não desista, você vai conseguir você vai ver.
JÉSSICA (DETERMINADA) - Agora sim, é pra valer, eu vou conquistá-lo, curte o que custar.
BRUNA (MOTIVA) - É isso aí, mana!
CENA 3/HOSPITAL PORTO PRAIANO/SALA DE REPOUSO/NOITE/INT.
(Júlia desperta de um longo sono. Isaura, Bartolomeu e Dra. Mônica estão presente.)
ISAURA (AFLITA) - Boa noite querida! Comeu bem? Dormiu bem?
JÚLIA (CONFESSA) - Comer bem, não né, por que a comida daqui é ruim pra caramba, mas comi com vontade, como nunca comi antes.
(Todos riem)
DRA.MÔNICA (FELIZ) - Pelo Jeito a senhorita, está bem feliz né!
JÚLIA (SORRIDENTE) - Sonhei com meus pais, foi maravilhoso.
BARTÔ (CONTENTE) - Conte-nos, como foi esse sonho?
JÚLIA (LEMBRA) - Sonhei que, estava com meus pais em um lugar super lindo, comia muitos doces, que minha mãe preparava, eles diziam que tenho que seguir com minha vida. E eu prometi a eles que iria seguir em frente, eles disse que estão num lugar bem melhor, e que eu não ficasse triste que eles estão olhando por mim.
(Desce uma lágrima e todos ficam emocionados.)
DRA.MÔNICA - Nada de tristeza, querida precisamos te contar uma coisa, que irá mudar totalmente sua vida. Mas antes, queremos saber: você tem algum parente por aqui por perto ou no Rio de janeiro?
JÚLIA (CONFESSA) - Tenho avós, nos iria para casa deles, mas ocorreu aqui.
ISAURA (CURIOSA) - Que bom filha, aonde eles moram para entramos em contato?
JÚLIA (TRISTE) - Não sei. Meus pais nunca disseram onde eles moravam.
DRA.MÔNICA - É...aí fica difícil te ajudar.
CENA 4/HOSPITAL DE FLORÊNCIA/NOITE/INT.
(Romeu está ao lado da mulher, que está em estado coma, após o Avc que teve.)
ROMEU (CHORANDO) - Minha mulher, eu sei que um dia você vai se recuperar, o que aconteceu te abalou muito e a mim também, porque Deus tirou a vida da nossa filha?! Mas ele que sabe de tudo.
(O Doutor entra e dá o diagnóstico de Julieta.)
DOUTOR - Infelizmente senhor, sua mulher está em estado vegetativo.
ROMEU (DESESPERADO) - Não! Como Doutor, quer dizer que minha esposa nunca mais vai acordar.
DOUTOR (INTERROMPE) - Não seu Romeu, não diga isso, geralmente dura uns meses, até um ano, ou por toda a vida, depende da reação de sua mulher, mas tenha fé, que Deus irá ajudá-la.
(Romeu chora e abraça Julieta.)
CENA 5/CASA DE ALICE/SALA DE ESTAR/NOITE/INT.
(Alex está deitado assistindo TV, e Alice está no quarto.)
ALEX (GRITA) - Alice! Vem aqui, rápido.
(Alice vem rapidamente, e para ao seu lado.)
ALEX (ORDENA) - Preciso de uma massagem nas costas, estou muito tenso.
(Alice fica imóvel e revira os olhos.)
ALEX (GRITA/ESTRESSADO) - Não ouviu, ou sonsa! Tu não se faz de doida não, Alice! Só com um telefonema, destruo sua vida!
ALICE (GRITA) - Seu crápula! Não sei como namorei um ser como você! Vem, se instala na minha casa, acaba com meu relacionamento e ainda quer me fazer de empregada! Saia daqui, senão chamo a Polícia.
(Alex levanta rapidamente fica frente a frente com Alice e pega o telefone e dá para ela.)
ALEX (AMEAÇA) - Vai...pega! Liga se tem coragem, só vai entregar sua cabeça em uma bandeja para eles, ou esqueceu do que você fez.
ALICE (SEM SAÍDA) - Você não vai falar nada, se você falar algo, eu mesmo te mato. Ok!
ALEX (SOLTA) - Claro, já faz parte do seu caráter matar as pessoas, ou vai dizer que aquele imbecil não seria seu próximo?
ALICE (DÁ-LHE UM TAPA) - Cale a boca! Nunca mais fale sobre isso, aqui tem vizinhança.
ALEX (DÁ UMA GARGALHADA) - Adoro quando você age assim, impulsiva! Só mostra o tipo de pessoa que você é. Se você quer que eu não conte pra ninguém é só colaborar.
(Alex deita-se no sofá e chama ela para massageá-lo, ela vai. Samuel entra transtornado e bêbedo. Eles tomam um susto. Alex levanta e Alice também fica de pé.)
SAMUEL (TRANSTORNADO) - Vagabunda!
ALEX (REVOLTADO) - Cara, como tem essa coragem de vir aqui, chamar minha mulher de vagabunda.
SAMUEL (COM ÓDIO) - Ela é vagabunda sim me traiu na cara dura.
(Alex dá-lhe um soco e Samuel vai ao chão. Samuel levanta, os dois brigam aos socos. Alex imobiliza Samuel com uma chave de braço. Alice implora que Alex solte ele. Alex joga-o no chão. Samuel saca o revólver e ameaça atirar. Alice solta um grito. Alex fica longe dele ao lado de Alice.)
ALEX (AMEDRONTADO) - Calma cara, não precisa disso! Vamos conversar.
(Samuel não quer saber de conversa aperta o gatilho e erra o tiro. Alex se joga em cima do rapaz e luta para tirar o revólver de Samuel. O revólver fica entre os dois. O gatilho dispara. Alice grita desesperada.)
A imagem de Alice é fixada em um coração que palpita e depois se parte.
Fim


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