Reveja Web Mundi: Castelo Baellys - Capítulo 9 (Antepenúltimo)





Henry encontrou o corpo da rainha Aldith com a garganta cortada debaixo da cama do Rei Noll.
Henry não acreditava no que seus olhos viam... Ele começou a tremer a medida que as lágrimas de uma a uma escorriam de seus olhos vermelhos e tristes. Estava cheio de esperança em encontrar a esposa. Queria tanto que ela estivesse no meio deles, e abraçou aquele corpo morto e sem alma por alguns segundos. Enquanto a abraçava, tudo o que eles passaram na vida se passava na cabeça de Henry e o fazia chorar ainda mais pela perda da mulher que tanto amava. O tempo já estava esgotado, Terceira Mestra Kadosh Diot apareceu na porta do quarto e chamou Henry:
 -    Milord, venha comigo agora!
Henry não entendeu. Mas pensou que poderia estar em perigo, então se aproximou de Diot. Ela levantou seu capuz e puxou a mão dele o levando para fora do castelo. Chegando lá fora o disse:
 -    Os guardas do Rei foram ordenados a lhe matar se o virem. Se tem amor à sua vida não volte mais aqui.
Georgei apareceu atrás do pai e disse:
 -    Onde está mamãe?
Henry virou para ele e suspirou. Depois de um longo silêncio olhando para o chão tomou coragem e disse:
 -    Sua mãe está morta...
Georgei se desligou do mundo enquanto seus olhos enchiam de lágrimas de dor e sua expressão mais triste ficava. Olhando para o pai e o pai o olhando se deram um abraço longo e apertado com lágrimas escorrendo pelas suas vestes.
Noll acabava de se satisfazer com o antigo Primeiro Mestre. Se vestiu, e saiu do quarto dando de cara com Aloys Orfh. Noll se espantou totalmente e interrogou-o:
 -    Você?... Você está morto!
Aloys agarrou no pescoço do Rei com força e o pressionou contra a parede.
 -    A próxima vez que quiser agir como um rei poderoso, aja direito! E preste mais atenção nos seus conselheiros. Há um pássaro mensageiro entre eles!
Noll se entregou ao ódio e ao nojo e sua expressão não dizia o contrário. Noll cuspiu na cara de Aloys. Aloys fechou os olhos para que o veneno de Noll não entrasse em seus olhos. Soltou-o e saiu correndo do castelo.
Noll pensou direito e teve a certeza de que um de seus conselheiros tivessem avisado Aloys sobre o ataque surpresa. Logo, todos se viram na Sala do Conselho ajoelhados em fila horizontal diante de Noll com uma espada.
 -    Vocês servirão de exemplo! Um de vocês avisou Aloys Orfh sobre o ataque. E não quero perder meu tempo investigando. Sirvam como exemplo de quem trai o rei. A punição é está!
Noll posicionou a espada ao lado do pescoço do homem da ponta da fila horizontal e saiu cortando a cabeça de todos os conselheiros que estavam na fila horizontal. Em poucos segundos todos já estavam sem a cabeça. Noll olhou para a cabeça de Amé e sorriu. Sabia que seu traidor teria sido ele, mas preferiu se divertir. Enquanto Noll saia da Sala do Conselho, um ser encapuzado entra em seu quarto.
Na Casa Abandonada, estava Dye, Nikola, Onfroi e Herry. Estavam conversando ao redor da fogueira, quando um vulto passou pela porta. Todos olharam assustados mas não comentaram. Quando iriam retornar para a conversa Selvagens, os comedores de carne humana, invadiram a casa e começaram a tentar comê-los. Nikola pegou um pedaço de pau para se defender, Onfroi os empurrava e Herry lutava com eles. Nikola conseguiu expulsar alguns, Herry quebrava o braço de alguns e Onfroi apenas se defendia. Quando todos os selvagens tinham partido, eles notaram a falta de alguém. Dye havia sumido.

Noll caminhava pelo corredor do castelo rumo ao seu quarto. Quando chegou em frente a porta olhou para seu quarto e se deparou com um ser que o vez arregalar os olhos como se visse uma aberração em seu quarto. Era Aldith Baellys, a Rainha de Baellys.

Noll se deparou com a própria Rainha Aldith em seu quarto no castelo.
Noll correu imediatamente, a agarrou no pescoço e a pressionou contra a parede tentando engasgá-la. Aldith não foi boba, tirou do vestido uma adaga bem afiada e cortou o braço do Rei que a largou no mesmo instante.
 -    Você está morta... Não é possível. - disse Noll com um tom de risada para tentar desacreditar no que via
 -    Eu não estou morta! - respondeu com ódio a Rainha
 -    Veja! Eu a matei! - exclamou Noll mostrando o suposto corpo da rainha morta debaixo da cama
Aldith lagrimou e disse em seguida:
 -    Esta é a minha irmã!... Fui cruel com ela e a pedi para se passar por mim sabendo que você a mataria! - disse Aldith com nojo da cara do Rei
Noll se aproximou calmamente dela enquanto ela chorava
 -    Eu... Eu não matei você... - disse Noll tentando ser dócil
Aldith lhe deu um tabefe que o fez virar para trás.
 -    Eu sabia que você iria tramar contra mim. Seria um perigo reinar ao seu lado. Preferi me esconder enquanto recebia notícias suas... Você vai queimar no Segundo Inferno, Noll.
Noll ficou em silêncio por um tempo olhando para a Rainha. Em surpresa ele sacou uma adaga e pulou para cima dela. Caíram no chão e Noll tentava encravar a adaga no rosto da Rainha, mas ela segurava a mão dele para que a adaga não entrasse. Aldith foi cansando a não.
 -    Vamos ver quem vai morrer de novo? - disse Noll sorrindo
Aldith o jogou para o lado e saiu correndo do quarto. Noll se levantou, mas preferiu não correr atrás.
Aldith partiu para a Prisão da Mãe para tentar se encontrar com Noll. Caminhou até a Terceira Mestra Diot e se chocou com o que viu. Diot se chocou ao ver a rainha quando ela tirou o capuz.
 -    Por que? - perguntou Aldith
 -    Eu busco a Luz, Milady. - respondeu Diot
Aldith se conformou e aceitou interiormente e demonstrou isso com o olhar para Diot.
 -    Onde está Henry? Eu quero vê-lo. - disse Aldith
Diot silenciou e a levou para um canto pelo braço. Virou de frente para a Rainha e disse:
 -    Henry e seu filho fugiram de Baellys. Estão sendo caçados pelo Rei. Não sei para onde foram... Mas a última vez que os vi pegaram o caminho para o Castelo Orfh.
Sem pensar duas vezes partiu para a Floresta correndo entre o caminho para o Castelo Orfh. Enquanto corria lágrimas escorriam de seus olhos... Mal via a hora de encontrar seu homem eseu filho. Os ventos levavam o cabelo da Rainha que atenta corria pela Floresta procurando ver os homens de sua vida. Ela corria sem cansar quando ouviu o som de cavalgada. Ficou mais atenta mas continuou a correr e não olhava para trás. Ela finalmente avistou a Casa Abandonada mas neste instante Aloys parou com seu cavalo na frente dela.
 -    Aloys?...
 -    Eu mesmo, minha rainha.
 -    O que está fazendo aqui?
Aloys ficou em silêncio, abaixou a cabeça e depois de um tempo calado a respondeu:
 -    Eu perdi tudo...
Aldith não o compreendeu completamente.
 -    Como assim? O que houve? - disse a Rainha se aproximando dele
 -    Noll atacou meu castelo. Consegui escapar...
 -    Oh não... - disse Aldith com tristeza sincera. Não temos onde ficar.
 -    Como assim? Você é a Rainha de Baellys!
 -    Sim. No dia da coroação de Noll eu desapareci. Minha irmã gêmea tomou meu lugar, eu sabia que Noll tramaria contra mim e... Ele a matou. Apareci para Noll hoje e... Se eu voltar é para não voltar mais...
Aldith olhou para a Casa Abandonada no fundo.
Aldith abriu a porta da Casa Abandonada e se deparou com Henry chorando e Georgei o consolidando, ao lado Onfroi, Nikola e Herry. Georgei e Henry olharam para a porta e viram Aldith. Seus olhos brilharam.
 -    Mãe? - disse Georgei com os olhos cheios de lágrimas
Henry e Georgei correram para abraçá-la. Os três se abraçaram. Quando se juntaram, suas forças e energias se renovaram. Estavam quase banhados por lágrimas de alegria. Choravam nos ouvidos um dos outros de olhos fechados apenas para sentir aquela emoção. Henry abriu os olhos e viu Aloys atrás de Aldith. A expressão de choro de Henry logo se transformou numa expressão de raiva. Ele puxou a Rainha para trás dele e olhou para Aloys. Aldith se pronunciou:
 -    Henry, calma. Aloys está aqui para nos ajudar.
Henry olhou para Aldith esperando uma explicação. Herry, o Curandeiro saia da Casa Abandonada.
Enquanto tudo estava sendo explicado e resolvido, Noll estava surtando em seu quarto no Castelo Baellys. 
O Rei olhava para o corpo da irmã de Aldith e chorava tanto de tristeza quanto de ódio. Ele estava inconformado com a derrota. Caminhava em círculo pelo quarto enquanto arrancava seus cabelos com as mãos e babava feito um cachorro. Suas lágrimas e salivas se misturavam em seu rosto que expressava rancor e loucura. Noll soltou os cabelos e olhou para a porta do Quarto da Tortura. Seus olhos brilhavam enquanto ele voltava ao seu estado normal. Ele caminhava pouco a pouco em direção a porta. Parou em frente dela, colocou a mão na maçaneta da porta e a abriu. Homens e mulheres amarrados em postes de madeiras compridos. Estavam nus, amarrados no pescoço para que não mexessem a cabeça, na cintura e nas mãos que passavam para trás do poste, e os pés amarrados na ponta do poste. Noll entrou na sala e sorriu. Os homens e mulheres gritavam e choravam. Estavam bem magros, quem sabe quando tempo eles estavam ali. Noll olhou para seus objetos de tortura. Iria começar a torturar um por um.
Por primeiro, pegou a Pêra da Angústia. Olhou para uma mulher idosa e se aproximou calmamente e friamente dela. Abriu a sua boca a força e colocou a Pêra da Angústia lá dentro. A mulher gritava, mas a Pêra abafava seus gritos agoniantes. Noll enroscava a Pêra pouco a pouco enquanto o maxilar da idosa ia se quebrando aos poucos. A dor começava a tomar conta e ela começava a gritar mais alto e a lagrimar. Noll estava sério e frio. Ele por fim abriu toda a Pêra da Angústia e a mulher estava com o maxilar totalmente desfigurado. Noll se virou para um Estripador de Seios. Andou lentamente e o pegou. Olhou para o canto e viu lenha. Noll junto as lenhas e usou uma tocha para tacar fogo. O fogo começou a se fazer. Ele iria colocar o Estripador de Seios, a Aranha, na brasa para desfigurar os seios de alguma mulher.
Depois do fogo estar em brasa, ele colocou o Estripador.
Enquanto esquentava ele pegou um chicote pesado e olhou para um homem amarrado pelas mãos no poste. Estava virado de costas para ele. Noll caminhou até ele e começou a lapear a costa dele com o chicote. O homem gritou. Noll começou a chicotear mais forte ao ponto de a carne da costa do homem sair. Noll chorava enquanto chicoteava o homem que gritava desesperadamente. Noll não tinha piedade, chicoteou todo o corpo do infeliz. Noll não ouvia os gritos de desespero das suas vítimas...
Cansou. Pegou o estripador e caminhou até uma mulher jovem. Ela já estava a chorar desesperadamente. Pedia socorro e ajuda. Mas Noll não ouvia. Pegou o estripador e começou a desfigurar seus seios enquanto ela gritava de desespero.
Na Casa Abandonada. Henry se levantou da roda e disse:
 -    Vamos! Vamos tirar o trono de Noll!
Todos se levantaram e partiram dali.
Noll saiu do Quarto da Tortura ensanguentado, um vulto passou pela sua porta. Ele começou a se trocar lá mesmo. Usou seu cobertor de cama para limpar o sangue de seu corpo.
Enquanto isso, Henry, Georgei, Aldith, Nikola, Onfroi e Aloys corriam pela Floresta escura rumo à Baellys.
Alguns minutos se passaram. Noll estava dormindo quando um guarda bateu na sua porta. Noll se espantou e acordou. Foi direto abrir. O guarda disse:
 -    Majestade, perdão incomodar. Um homem deseja vos falar. Está esperando no portão que leva à Floresta. 
 -    E por que eu tenho de ir até ele?
 -    Milord, é Aloys Orfh. Insistimos em que ele não incomodasse mas não foi o necessário. Devo executá-lo?
Noll pensou.
 -    Não. Diga a ele que irei esperar. Quero dois guardas comigo.
Aloys esperava Noll. Até que ele apareceu com dois guardas ao seu lado caminhando em direção a ele. Aloys estava tenso e Noll com uma expressão desconfiada. Ficaram frente a frente.
 -    Veio se entregar? - brincou Noll
 -    Não. Nós viemos pegar você.

Neste momento Henry e Nikola que estavam escondidos ao lado de Aloys, um para a esquerda e outro para a direita, pularam em cima dos guardas e cortaram suas gargantas rapidamente. Noll tentou sair correndo mas Aloys o pegou e arrastou para a Floresta para que outros guardas não vissem. Na Floresta estava Aldith e Onfroi armados. Aloys e Henry amarravam Noll enquanto Aldith e Onfroi se aproximavam. O cerco havia fechado para Noll.

Postar um comentário

0 Comentários