O Que o Tempo Levou | Cap. 08 #OQueOTempoLevouNoWM

 

 

Ano de 2009

CENA 1: ONDAS DO PARAÍSO | BAIRRO ROMANO | CASA DOS FERREIRA | QUARTO DE MAURÍCIO | INTERIOR |  NOITE
Maurício se levanta da poltrona branca e segue para perto da janela sob o olhar curioso da mãe. Maurício volta seu olhar para Rosa, sua mãe, que aguarda por uma resposta.

MAURÍCIO: – Eu estou namorando, mãe. – Diz, abrindo um belo sorriso.

Um silêncio se instala. Rosa observa o filho com atenção, então ela abre um sorriso.

ROSA: – Então era isso que você estava escondendo? – Questiona, surpresa. – Nossa, eu imaginei tantas coisas, filho.

MAURÍCIO: – A senhora e sua cabecinha, mãe. Só que eu fiquei com medo da senhora dizer algo contra.

ROSA: – Mas qual seria o motivo para eu não gostar de uma notícia dessas?

MAURÍCIO: – Bom, a Estela, moça que estou namorando não é da mesma classe social que a gente e achei que a senhora iria ficar raivosa com isso.

ROSA: – Isso não é problema algum para mim, filho. Eu e seu pai também não éramos ricos… o que me deixa raivosa é saber que há gente interesseira de olho em você, mas esse tipo de pessoa há em todo lugar. – Diz, compreensiva. – E você vai trazê-la, amanhã?

MAURÍCIO: – Você é um amor, mãe. – Afirma, sorridente. – Vou trazer ela amanhã sim, mas confesso que estou com medo que ela não queira vir.

ROSA: – Ela está com receio, não é? – Indaga.

MAURÍCIO: – Ela tem medo do que vão achar dela, mas eu me importo e vou defender ela de todos que fizerem alguma gracinha.

Rosa sorri vendo o filho falar dessa maneira, deduz que ele realmente está amando Estela.


CENA 2: ONDAS DO PARAÍSO 

A noite avança. Quase não há veículos ou pessoas na rua. A madrugada chega e com ela vem o vento gelado, logo a temperatura cai. O sol nasce no horizonte além mar. Alguns carros passam em frente a casa dos Belmonte.


CENA 3: ONDAS DO PARAÍSO | BAIRRO COSTEIRO | CASA DOS BELMONTE | QUARTO DE ESTELA | INTERIOR | MANHà

Estela está entre os lençóis, ela tem um olhar que parece perdido, seus pensamentos estão em Maurício, na festa de aniversário dele. Estela começa a pensar no dia em que ela e Maurício ficaram pela primeira vez, ela abre um sorriso belo.

ESTELA (Pensando): – Que Deus ajude que hoje saía tudo bem na casa dele.

Estela retira os lençóis de cima dela e sai da cama. Ela caminha até a janela e observa o horizonte.


CENA 4: ONDAS DO PARAÍSO| MANHà

Já é possível observar alguns pescadores jogando suas redes ao mar. As ondas quebram no mar. Os surfistas chegam com suas pranchas, alguns mais afoitos já entram no mar. Veículos passam na rua da casa dos Ferreira.


CENA 5: ONDAS DO PARAÍSO | BAIRRO ROMANO | CASA DOS FERREIRA | QUARTO DE MAURÍCIO

Maurício já está acordado, ele olha para a mesma foto da noite anterior , seu sorriso é grande. Maurício pensa em Estela, seus olhos brilham ainda mais.

MAURÍCIO: – Eu já amo você como nunca amei ninguém, Estela. – Afirma sorridente.

Maurício se levanta e deixa o celular na cama, ele segue para o banheiro.


CENA 6: ONDAS DO PARAÍSO

A manhã passa rapidamente. As avenidas estão cheias de veículos e as calçadas de pessoas. A tarde se aproxima muito rápido. Maurício segue em seu carro até a casa de Estela.


CENA 7: ONDAS DO PARAÍSO | BAIRRO COSTEIRO | CASA DOS BELMONTE | EXTERIOR | TARDE 

Maurício para o carro bem em frente de onde Estela mora, ela abre a porta ao ver o carro do namorado. Estela sai produzida de forma simples, mas deslumbrante. Maurício segue até Estela com um sorriso grandioso e a abraça antes de beijá-la com muito amor.

MAURÍCIO: – Preparada? – Pergunta depois de parar o beijo.

ESTELA: – Eu ainda estou com um pouco de medo, Maurício.

MAURÍCIO: – Não tem motivos, meu amor. – Diz enquanto aperta o abraço que se torna mais aconchegante. – Todos vão gostar de você e se alguém faltar com respeito , vai se ver comigo. – Afirma com seu belo sorriso estampado.

ESTELA: – Você me faz tão bem, Maurício. Eu amo muito você. – Diz deixando algumas lágrimas caírem.

Maurício a beija de forma mais intensa. Eles não percebem, mas são observados por Bianca que olha com muita raiva para os dois se beijando.

BIANCA (Pensando): – Eu mereço ser feliz, sou eu quem mereço estar ali nos braços dele, eu. Maldita! Maldita! – Os pensamentos dela gritam. Bianca fecha a cortina com certa brutalidade.

Maurício e Estela se encaminham para o carro de mãos dadas, um sorri para o outro.


CENA 8: CASA DOS BELMONTE | SALA | INTERIOR | TARDE

Bianca se vira e dá de cara com sua mãe, que a olha com um olhar de decepção. Bianca não liga para o que sua mãe pensa, então passa por ela como se não existisse. Carmen balança a cabeça de forma negativa.

CARMEN: – Tomara que isso não o que estou pensando.  – Diz com certo temor.


CENA 9: ONDAS DO PARAÍSO | NOITE

Enquanto seguem para o bairro Romano, a noite se aproxima. Estela encosta a cabeça no ombro de Maurício, que afaga os cabelos dela. As lâmpadas nos postes começam a serem acesas. Algumas pessoas já chegam no aniversário de Maurício. Maurício para o carro do outro lado da rua.


CENA 10: ONDAS DO PARAÍSO | BAIRRO ROMANO | CASA DOS FERREIRA | EXTERIOR/INTERIOR | NOITE

Estela e Maurício atravessam a rua e logo entram na casa. Ele não deixa de estar ao lado dela um segundo sequer. Estela se sente segura ao lado de Maurício. Ele a beija assim que para próximos da porta, os dois entram na casa. Assim que Maurício entra, Estela com receio solta de sua mão, logo Manoel se aproxima do amigo para cumprimenta-lo. Estela dá um passo na direção do namorado, mas logo é empurrada por uma mulher, ela se desequilibra e cai, a mulher então se aproxima de Maurício.

PAOLA: – Maurício! – Diz, empolgada.

Maurício então se vira e é pego de surpresa por um beijo de Paola, sua ex namorada. Estela está se ajeitando depois de se levantar, ela fica abismada ao ver o que acontece, e a decepção vem como um trem em alta velocidade. Todos os convidados presentes olham para o que acontece, Estela chora.


||| AMANHÃ |||

Estela pensa o pior do que vê, movida pela confusão em sua mente, ela deixa a festa chorando e toma uma grande decisão diante da ilusão que acredita ter sofrido.

CONTINUA 


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