Capítulo
14
+12
Classificação Indicativa
Fazenda Castelo / Sala
MARIANA (Gritando): Foi a Julia que me envenenou João, a Julia
matou o nosso filho!
JOÃO: Mas por que ela faria isso?
MARIANA: Meu pai...
JOÃO: É claro
MARIANA: Eles se uniram, foram eles, eles mataram o meu bebê
TIMÓTEO: O que aconteceu?
MARIA LUIZA: Que gritaria é essa?
MARIANA: Maria, foi o meu pai, o meu pai matou o meu filho
TIMÓTEO: O que, como assim?
MARIA LUIZA: Mas como?
JOÃO: Explicamos no caminho, vamos!
MARIA LUIZA: Ir aonde?
MARIANA: Na casa da Júlia
TIMÓTEO: Da Júlia?
JOÃO: Ela foi cúmplice dele
MARIA LUIZA: Mas ela entregou ele no julgamento
MARIANA: Foi tudo uma farsa, vamos lá
MARIA LUIZA: Vamos
_________
Casa de Júlia / Sala
JULIA: Ótimas notícias, seu neto morreu
ALBERTO: Como você sabe?
JULIA: Uma amiga minha que é enfermeira me falou
ALBERTO: E a Mariana está bem?
MARIANA: Infelizmente sim, podia ter morrido também aquela
infeliz
{Alberto pega Júlia pelo pescoço}
ALBERTO: Você não vai fazer nada com a minha filha
JÚLIA: Chegou muito tarde pra brincar de ser pai
ALBERTO: Cala a boca
JÚLIA: E aí? Quando pegamos o dinheiro e fugimos?
ALBERTO: Amanhã
JULIA: Por que não hoje?
ALBERTO: Eu ainda tenho uma pendência a ser resolver
JULIA: Que pendência?
ALBERTO: João da Silva
JULIA: O que tem ele
ALBERTO: Minha filha, vai ficar viúva outra vez
{João, Mariana, Maria Luiza e Timóteo entram}
MARIANA: Eu sabia! Sabia que foram vocês
ALBERTO: Ora, ora, meus convidados chegaram e eu nem
precisei convidar
MARIA LUIZA: Não seja cínico
MARIANA:
Confessa,
confessa que foram vocês que mataram meu filho
JULIA:
Fomos
nós sim, e você devia ter morrido junto
MARIANA:
Sua
vagabunda
{Mariana esbofeteia Julia}
MARIA
LUIZA: Mas por que vocês fizeram isso
ALBERTO:
Essa
criança não podia nascer
JOÃO:
Você
me paga seu vagabundo
{Alberto saca uma arma}
ALBERTO:
Se
eu fosse você ficava onde está, por que sua vida pra mim não vale nada.
JOÃO:
Seu
covarde, só é homem, com uma pistola na mão
ALBERTO:
Mas
respondendo sua pergunta, essa criança ia roubar nosso dinheiro
MARIANA:
Que
dinheiro?
ALBERTO:
O
dinheiro da enorme herança do Pietro, que você nem seu deu conta que tinha, e o
dinheiro e as terras do João
JOÃO:
O
que?
ALBERTO:
A
Julia, te deu um golpe, e o melhor você nem percebeu
JOÃO:
Como
ela fez isso?
JULIA:
No
dia do casamento da Mariana, eu te embebedei, e fiz você assassinar o papel que
me passava a herança
JOÃO:
Sua
vadia
ALBERTO:
Não
fale assim com sua prima
JOÃO:
O
que?
ALBERTO:
Isso
mesmo João, sua prima
JOÃO:
Não
pode ser
JULIA:
Alberto,
você está falando de mais
ALBERTO:
Calma
Julia, ainda não revelei tudo
MARIA
LUIZA: E tem mais?
ALBERTO:
Claro
que sim, temos os assassinatos
MARIANA:
Seu
monstro
ALBERTO:
Timóteo
TIMÓTEO:
O
que?
ALBERTO:
Onde
está o seu pai?
TIMÓTEO:
Ele
caiu do trator e morreu
ALBERTO:
Eu
o derrubei
TIMÓTEO:
Seu
canalha
{Alberto aponta a arma para Maria Luiza}
ALBERTO:
Maria
Luiza, minha filha
MARIA
LUIZA: Não me chama de filha
ALBERTO:
Eu
sempre soube que você era minha filha
MARIA
LUIZA: Você me estuprou sabendo da verdade?
ALBERTO:
Exatamente,
inteligente igual ao pai
MARIA
LUIZA: Eu te odeio
ALBERTO:
Mariana,
minha querida
MARIANA:
Eu
não consigo acreditar que você matou meu bebê por dinheiro
ALBERTO:
Não
foi por dinheiro
MARIANA:
Foi
pelo que então
ALBERTO:
Por
ser filho do João
JOÃO:
O
que é que você tem contra mim?
ALBERTO:
A
sua mãe foi a única mulher que eu amei na minha vida, e seu pai a tirou de mim
JOÃO:
Você
nunca amou ninguém
ALBERTO:
Amei
sim, somente amei a Josefa e a Mariana
MARIANA:
Como
você se atreve? Dizer que me ama depois de tudo o que você fez!
ALBERTO:
Mas
toda vez que eu vejo o João, eu lembro que eu perdi, mas isso nunca mais vai se
repetir
JOÃO:
O
que você quer dizer com isso?
{Alberto
aponta a arma para João}
ALBERTO:
Você
nunca mais vai ver a luz do dia!
MARIANA:
Não
faça isso
ALBERTO:
Nos
vemos no inferno
MARIANA:
Nãoo!
{Alberto atira, mas Mariana se joga na
frente de João levando o tiro}
JOÃO:
Mariana!
ALBERTO:
Não,
não a Mariana não, a Mariana não
MARIA
LUIZA: Você a matou
ALBERTO:
Não,
eu não
MARIA
LUIZA: Você matou a sua filha
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Continua…
Direitos reservados
Autor: E. Ramos
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“Essa é uma obra de ficção e não apresenta vínculos com a realidade”
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