Linha da Vida | Cap. 14: Cláudia coloca Lena Maria contra a parede: "Uma hora ou outra ela acaba descobrindo e quanto mais demorar pior será a reação!" #LinhaDaVidaNoWM


Linha da Vida – Capítulo 14:

“MÁ MENTIROSA”


PERSONAGENS DESSE CAPÍTULO:

LENA MARIA...........................GABRIELA DUARTE

LÍVIA...................................ALINNE MORAES

CONSUÊLO.................................VERA FISCHER

CLÁUDIA................................HELENA RANALDI

MARCELO................................EDSON CELULARI

JAQUE..................................MARIETA SEVERO

CLÁUDIA................................HELENA RANALDI

SOPHIA................................ISABELA SCHERER

 

 

 

 

NO CAPÍTULO ANTERIOR...


CENA X / GLOSS LIFE / SALA DE LÍVIA / TARDE / INT.


CONSUÊLO - Meu problema é: queria demitir uma fulaninha, mas não posso, pois, um contrato não me permite, então preciso aguentar essa fulaninha todo santo dia na minha empresa.

 

LÍVIA - Se te serve de consolo, os acionistas devem ter a mesma sensação com você.

 

CONSUÊLO - Minha querida, o ponto é: cheguei a uma solução. Não está curiosa para saber qual?

 

LÍVIA - Nem um pouco.

 

CONSUÊLO - Lívia, hoje, quando você estiver saindo, arrume todas os seus itens pessoais e os leve dessa sala. Ela não lhe pertence mais. Nem ela, nem o seu cargo.

 

 

LÍVIA - (nervosa) O quê? Você não pode fazer isso! Eu...

 

CONSUÊLO - (interrompendo) Eu posso! Eu não só posso, como já fiz. Ah! E os acionistas, que você lembrou antes, concordaram. Já tem substituta escalada para o seu lugar e tudo mais.

CORTA PARA:

 

CENA X / APART. DE LENA MARIA / QUARTO DE CLARA /  NOITE / INT.

 

CLARA - Mãe... eu queria te pedir outra coisa.

 

LENA MARIA - (se sentando ao pé da cama) Claro, o que é?

 

CLARA - Eu posso convidar a Lívia pro meu aniversário?

 

FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE...

 

CENA 01 / APART. DE LENA MARIA / QUARTO DE CLARA /  NOITE / INT.

 

Continuação imediata da cena final do resumo do capítulo anterior. Lena Maria está colocando Clara para dormir.

 

LENA MARIA - (disfarçando o nervosismo) A Lívia? Ué, filha... por que ela?

 

CLARA - Ah! Eu gostei dela. Queria ser mais amiga dela.

 

LENA MARIA - (disfarçando o nervosismo) Mas minha filha... tem tanta criança da sua idade, vão ter suas colegas, suas amigas... e você quer fazer amizade com uma adulta, uma mulher tão mais velha que você?

 

CLARA - Mas são tipos diferentes de amizade. Não sei explicar direito, mas eu me sinto bem com ela. Me sinto segura... queria conhecer mais ela.

 

LENA MARIA - (disfarçando o nervosismo/beija a testa de Clara) Amanhã a gente pensa mais nisso, pode ser? Agora é melhor dormir que já tá tarde e passou da hora de criança ainda estar de pé. (ficando de pé e se afastando indo em direção ao interruptor ao lado da porta) Boa noite, filha.

 

CLARA - Boa noite!

 

INSERT:

 Lena Maria desliga a luz do quarto e fecha a porta saindo dele.

CORTA PARA:

 

CENA 02 / APART. DE LENA MARIA / SALA DE ESTAR /  NOITE / INT.

 

 Está tocando a campainha. Lena Maria vem vindo do quarto de Clara e vai em direção a porta.

CORTA PARA:

 

CENA 03 / APART. DE LENA MARIA / ENTRADA /  NOITE / INT.

 

  Lena Maria abre a porta e dá de cara com Cláudia molhada pela chuva, com a maquiagem borrada e ainda chorando. De imediato ela se aproxima da amiga e a abraça enquanto lhe traz para dentro a casa.

 

CORTA PARA:

 

CENA 04 / APART. DE LENA MARIA / SALA DE ESTAR /  NOITE / INT.

 

   Acomodando Cláudia no sofá e se sentando ao seu lado.

 

LENA MARIA - (chocada) Meu Deus! Como isso foi acontecer?

 

CLÁUDIA - (chorando) Ele não veio... nem sequer uma mensagem ele foi capaz de mandar. Sabe, eu sou patética mesmo! Um fracasso como mãe, como mulher... nem mesmo um táxi eu consegui pegar! Precisei vir andando debaixo dessa chuva como uma pobre coitada!

 

LENA MARIA - (abraça Cláudia) Amiga, nada disso! Você tá dizendo coisas que não são verdades. Quando a gente fica triste, a gente só consegue ver tristeza. É como se essa tristeza colocasse um filtro cinza na nossa visão e nós ficássemos vendo tudo da pior maneira possível, mas não é nada disso. Você não é um fracasso, você é uma mulher incrível! Ele sim, ele é um babaca por ter te dado esse bolo! E também um azarado porque perdeu a chance de conhecer essa mulher fantástica que você é.

 

CLÁUDIA - (se afastando do abraço de Lena Maria e enxugando as lágrimas) Muito obrigada! Você que é tudo isso e mais um pouco. Você é uma ótima amiga, sabia?

 

LENA MARIA - Não estou fazendo nada demais, você faria o mesmo por mim. Mas tem uma coisa que eu sei e tenho certeza: o melhor a se fazer nesse caso é você ir tomar um bom banho e depois voltar aqui que eu já vou estar com um chocolate quente pronto pra nós. O que me diz?

 

CLÁUDIA - Seria ótimo! Mas você não precisa se incomodar.

 

LENA MARIA - Tá brincando comigo? Isso é uma ordem! Banho e chocolate sim! (risos) Vem, vamos pegar algo, de preferência seco, pra você vestir depois do banho.

 

 Lena Maria leva Cláudia em direção ao seu quarto para escolherem alguma roupa.

FADE OUT.

FADE IN:

 

CENA 05 / TAKES DE PONTOS TURÍSTICOS CARIOCAS / NOITE, MANHÃ / EXT.

SONOPLASTIA: ‘KEEP YOUT HEAD UP’ - BEM HOWARD (até o fim dessa cena)

O trânsito noturno, os prédios iluminados no Leblon, o fim da noite na praia, o nascer do Sol visto na Pedra da Gávea.

 

CORTA PARA:

 

CENA 06 / APART. DE LENA MARIA / SALA DE JANTAR / MANHÃ / INT.

 

 Lena Maria e Cláudia estão sentadas a mesa tomando o café da manhã enquanto conversam.

 

LENA MARIA - Eu espero que você não tenha acordado cheia de dores nas costas por causa daquele sofá, viu?

CLÁUDIA - Imagina! Aliás, muito obrigada por me deixar passar a noite aqui, eu precisava mesmo. Sabe quando as nossas ideias fritam dentro da nossa cabeça? Pois é, era assim que eu tava: fritando por dentro.

 

LENA MARIA - Oh! Amiga, você não é mulher de se abater por tão pouco, tá tudo bem, ok?

 

CLÁUDIA - Agora está. Sabe, eu me senti tão mal ontem? O meu dia começou tão bem, parecia um sonho. Ganhei uma promoção no emprego, indiquei a Tina pra nova vaga que abriu lá e depois tudo virou um pesadelo. Eu me senti tão rejeitada, tão dispensável... e não, não é só por ter levado bolo, mas é que isso me disparou um gatilho tão pesado pra tanta coisa que eu precisa há tempos chorar e não conseguia.

 

LENA MARIA - A vida é assim mesmo. Às vezes pra construir algo é preciso demolir primeiro.

 

CLÁUDIA - Mas fácil não é, né?

 

LENA MARIA - (pega na mão de Cláudia) Nunca é. E se fosse qual seria a graça? Não teria emoção nenhuma viver. Às vezes nós precisámos de um chacoalhão pra nos sentirmos vivas.

 

CLÁUDIA - Ah! O que seria de mim sem uma amiga como você, Lena? Você é fantástica!

 

LENA MARIA - Você que é! Só precisa tentar enxergar isso.

 

INSERT:

 Cláudia solta da mão de Lena Maria e pega seu celular no bolso.

 

CLÁUDIA - Você acredita que até agora mesmo ele não mandou nada? Nem uma mensagem pedindo desculpas sequer!

 

LENA MARIA - Ah! Não, Cláudia! Tenha santa paciência também! Passa pra cá esse celular. (estendo a mão a direção do celular)

 

INSERT:

 Cláudia entrega o seu celular para Lena Maria.

 

CLÁUDIA - O que você vai fazer?

 

LENA MARIA - (após alguns toques, vira o celular exibindo a tela para Cláudia, nela, aparecendo o contato de Lacerda bloqueado) Pronto, amiga. Resolvido. Block nesse infeliz.

 

CLÁUDIA - Não é um pouco radical, não?

 

LENA MARIA - Cláudia, é preciso dar um basta nisso. Você tá sofrendo como se fosse uma adolescente! E olha, se ele não for bloqueado, você vai ficar a cada cinco minutos checando se ele já te enviou alguma mensagem e aí vai ficar deprimida a cada vez que checar e se frustrar. Tô mentindo?

 

CLÁUDIA - Não, não... você tá totalmente certa nisso... ah! Tá tudo tão bagunçado na minha cabeça.

LENA MARIA - Eu sei que é difícil, mas você precisa reagir, né?

 

CLÁUDIA - (se levanta, vai até Lena Maria e a abraça) Você é incrível, mesmo. Obrigada por tudo!

 

INSERT:

 Clara vem vindo na direção do corredor, vestindo ainda seu pijama e segurando um álbum de fotos.

 

CLARA - (boceja)

 

INSERT:

 Cláudia se afasta e volta a se sentar no lugar onde estava antes.

 

LENA MARIA -  Bom dia, dorminhoca! Dormiu bem?

 

CLARA - Dormi sim.

 

LENA MARIA - Hmm... que bom! Agora, posso saber por que você está com esse álbum sendo que mal começou o dia, mocinha?

 

CLARA - É que de tarde eu combinei com a Paty e a Jéssica que nós vamos brincar no play, aí queria deixar o trabalho da escola já pronto.

 

LENA MARIA - (para Cláudia) Tá vendo, Cláudia? Aqui em casa a última a saber dos acordos e combinações de todo mundo sou eu! (risos)

CLÁUDIA - Ih! Lá em casa é a mesma coisa.

 

LENA MARIA - Filha, não usa foto original não, viu? Se precisar me fala que eu te ajudo a bater umas cópias dela. Como é esse trabalho?

 

CLARA - Eu tenho que fazer a minha árvore genealógica e colocar umas fotos e coisa e tal.

 

LENA MARIA - Então tá, larga isso no sofá e vem tomar seu café, tá?

 

CLARA - Pode ser.

CORTA PARA:

 

CENA 07 / HOSPITAL / RECEPÇÃO / MANHÃ / INT.

 

 Lacerda está conversando com um colega de trabalho, também médico, durante a troca de turnos dos dois.

 

MÉDICO 1 - Cara... que bola fora, hein?

 

LACERDA - Nem me fale. Queria ser um avestruz pra enfiar minha cara na areia de tanta vergonha. Como é que eu fui fazer isso com um mulherão daqueles?

 

MÉDICO 1 - Você podia ter avisado né, vacilou nessa.

 

LACERDA - E eu não sei? Hã! Fui um idiota. Mas também, quando fico sabendo da emergência que eu tenho pra atender, um acidente daqueles envolvendo umas 5 pessoas em estado grave! Poxa sabe, faz parte da profissão ter que atender esses chamados.

 

MÉDICO 1 - Eu sei disso. Esqueceu que eu também trabalho nisso? (risos)

 

LACERDA - E pior que depois dessa vacilada ela até me bloqueou. Nem tenho como explicar o que aconteceu pra ela.

 

MÉDICO 1 - Você não tem o endereço? Não sabe onde trabalha nem nada?

 

LACERDA - Cara, pior que eu sei. Vou pedir pra aquela Consuêlo o endereço dela.

 

MÉDICO 1 - Agora sim tá fazendo a coisa certa, né? Finalmente!

 

LACERDA - Só preciso ir pra casa e dormir um pouco antes. Bom turno pra você, amigo.

 

MÉDICO 1 - Bom descanso e boa reconquista pra você também! (risos)

 

 Lacerda se afasta indo em direção a entrada do hospital.

 

CORTA PARA:

 

CENA 08 / APART. DE JAQUE / SALA DE JANTAR / MANHÃ / INT.

 

 Jaque e Luciana estão tomando o café da manhã enquanto conversam.

 

JAQUE - Ah! Quero aproveitar que hoje eu tenho o dia livre e ir falar com aquele arquiteto que dizem que topa esse tipo de esquema.

 

LUCIANA - Cuidado, hein, tia! Imagina se não era só conversa fiada desse pessoal por aí e você chega lá, ele nega tudo e ainda te entrega pro Marcelo?

 

JAQUE - Mas como é que ele vai chegar até o Marcelo? Não! Não se preocupe, Luciana. Olha, quando eu era mais jovem, eu era mais idealista, mais... como é que eu posso dizer... mais certinha, isso. Eu tinha meus limites morais mais apertados, mas com o tempo a gente vê que se quisermos sobreviver é preciso afrouxar esses limites e lutar com as armas que estão à nossa disposição.

 

LUCIANA - Que horror, né?

 

JAQUE - É uma pena. Mas o que podemos fazer se a ética já se esvaziou no mundo há muito tempo? (bebe um gole da xícara de café)

 

CORTA PARA:

 

CENA 09 / APART. DE LENA MARIA / SALA DE ESTAR / MANHÃ / INT.

 

Clara e Cláudia estão sentadas no sofá vendo juntas as fotos do álbum.

 

CLARA - Olha! (apontando para a foto) Aqui sou eu na barriga da minha mãe.

 

CLÁUDIA - (estranhando/nervosa) Ah... nossa, mesmo?

 

CLARA - Aham!

 

INSERT:

 Toca a campainha, Lena Maria atende a porta e instantes depois vem para a sala chamando Clara.

 

LENA MARIA - Filha, tem uma coleguinha sua... a Martinha, chamando você pra ir brincar no play.

 

CLARA - (largando o álbum nas mãos de Cláudia) Oba! Posso ir, né?

 

LENA MARIA - Pode! Pode sim. Mas eu pensei que a senhorita tivesse marcado de fazer isso pela tarde?

 

CLARA - É que não me deu tempo de anotar na minha agenda.

 

LENA MARIA - (risos) Tá bom, vai lá.

 

 INSERT:

 Clara se afasta indo em direção a porta de entrada, sai conversando com a amiga e fecha a porta. Lena Maria se senta no sofá ao lado de Cláudia.

 

 

LENA MARIA - Criança tem cada coisa, né? Que loucura! (risos)

 

CLÁUDIA - (tensa) Nem só criança, né?

 

LENA MARIA - Que tom sério... aconteceu alguma coisa?

 

CLÁUDIA - (tensa) Eu... eu não queria me meter, mas eu fiquei bastante incomodada e querendo saber uma coisinha: a sua filha não sabe que é adotada?

 

LENA MARIA - (tensa) Por quê a pergunta?

 

CLÁUDIA - (tensa) Porque a Clara estava me mostrando as fotos de quando você estava grávida dela.

 

LENA MARIA - (tensa) Ah... isso.

 

CLÁUDIA - Oh, minha amiga... você não sabe disfarçar bem, isso não vai dar certo. Lembra que você contou até pra mim quando você mal me conhecia?

 

LENA MARIA - Também não é bem assim! Eu senti que seríamos grandes amigas, eu gostei de você de cara. Eu senti que podia confiar em você, entende?

 

CLÁUDIA - Eu sei! Você é realmente muito sensível pra muitas coisas, mas os sentidos às vezes enganam! Olha só como eu estava ontem, sabe?

 

LENA MARIA - Eu sei, eu sei de tudo isso! Mas pra quê dificultar as coisas? Pra quê encher ela de dúvidas, de questionamentos, de inseguranças... se eu posso dar a ela algo mais firme, algo mais seguro? Algo que tá ali na frente dela, uma mãe, um lar!

 

CLÁUDIA - Eu entendo, nossa, eu acho que todos fariam o mesmo... mas pense bem, uma hora ou outra ela acaba descobrindo e quanto mais demorar pior será a reação! Maior vais ser o choque de realidade da garota.

 

LENA MARIA - Isso: realidade! Realidade pra quê? Ninguém quer a realidade, todos queremos a magia! O sonho, os sentimentos... o amor, amar é fugir da realidade! Pra quê despejar a realidade numa garota que nem 10 anos tem ainda? Pra quê se eu posso oferecer algo muito mais vivo, mais meigo, mais humano que a realidade?

 

CLÁUDIA - Eu não tiro a sua razão, viu? Quando a gente vê os filhos da gente pequenos, inocentes, sem saberem do tamanho da crueldade do mundo é isso que dá vontade de fazer mesmo. Eu só comentei mesmo pra você ficar atenta, amiga. Sei não, mas eu acho que esse galho onde você tá se apoiando vai quebrar. Só não quero que você se esborrache no chão quando acontecer essa quebra.

 

LENA MARIA - Pode ficar tranquila que não vai acontecer nada tão cedo.

 

CLÁUDIA - Toma cuidado viu? (abraça Lena Maria)

CORTA PARA:

 

CENA 10 / MANSÃO LINS / PISCINA / MANHÃ / EXT.

 

 Tina e Sophia estão sentadas em espreguiçadeiras à beira da piscina enquanto conversam.

 

SOPHIA - Que bom que você e o Ricardo se deram bem.

 

TINA - (fingindo) Pois é, nem me fale! Ele me surpreendeu muito, sabia?

 

SOPHIA - Surpreendeu? Em que? Fez um show pirotécnico pra você? (risos)

 

TINA - (risos/fingindo) Sua boba! Não, não... eu só não esperava que eu fosse gostar tanto dele de cara, entende? Sabe quando você olha pra alguém e pensa: “taí, eu gostaria de passar todo o tempo do mundo com essa pessoa”? Eu acho que foi isso.

 

SONOPLASTIA: “SENHAS” - ADRIANA CALCANHOTTO (até o final dessa cena)

 

SOPHIA - Hmmm apaixonada!

 

TINA - (fingindo) Nem vem hein! (risos)

 

 Sophia e Lívia ficam rindo e entram na piscina, onde uma fica jogando água na outra.

CORTA PARA:

 

CENA 11 / APART. DE DANT / ENTRADA - SALA DE ESTAR / TARDE / INT.

 

 Dante abre a porta do apart. revelando Lena Maria, com uma roupa confortável, arrumada, sorrindo e com uma garrafa de vinho.

 

LENA MARIA - (irônica) Boa tarde, eu vim a procura do Senhor Dante Amato, sabe onde posso encontra-lo?

 

DANTE - (entrando na brincadeira) Para uma visita tão ilustre acho que ele pode abrir um espaço na agenda. (puxa Lena Maria para dentro começa a lhe beijar)

 

LENA MARIA - (enquanto ele lhe beija no pescoço) Cuidado, Dante! A garrafa! (risos/se afasta)

 

DANTE - (pegando a garrafa) Eu vou colocar pra gelar pra gente. A menos que você queira ficar bêbada ainda no meio de uma tarde de sábado, o que não é má ideia.

 

LENA MARIA - Hum, que engraçadinho.

 

INSERT:

 Dante se afasta indo em direção a cozinha para guardar a garrafa na geladeira. Enquanto isso, Lena Maria se aproxima de uma estante na sala de estar cheia de discos e começa a examinar os lps que estavam lá.

 

LENA MARIA - Nossa, não sabia que você coleciona discos. Quanta coisa!

DANTE - (o.s.) São a minha segunda paixão. Adoro de vez em quando depois de um dia estressante botar um disquinho pra rodar, tomar um drink e ficar relaxando.

 

INSERT:

 Dante vem vindo da cozinha, vai até Lena Maria e a abraça por trás.

 

LENA MARIA - Segunda paixão é? E a primeira? (se vira de frente para Dante e põem seus braços ao redor do seu ombro)

 

DANTE - Tá bem aqui na minha frente! (beija Lena Maria)

 

INSERT:

 Dante se afasta, pega um disco, põem na vitrola próxima a estante e volta a se aproximar de Lena Maria.

 

SONOPLASTIA: “AS TIME GOES BY” - DOOLEY WILSON (até o final da cena 12)

 

DANTE - Será que a dama me concederia uma dança? (fazendo reverência)

 

LENA MARIA - Quantas você quiser. (Dá a sua mão para ele que a beija)

 

 Os dois começam a dançar juntos lentamente

 

LENA MARIA - (recostando a cabeça no ombro de Dante) Isso é tão piegas! (risos)

 

DANTE - (falando ao pé do ouvido de Lena Maria) Às vezes tudo que a gente precisa é ser um pouco piegas.

 

 A câmera vai se afastando enquanto eles continuam dançando juntos.

 

FADE OUT.

FADE IN:

 

CENA 12 / TAKES DE PONTOS TURÍSTICOS CARIOCAS / TARDE - NOITE / EXT.

 

Takes alternados do trânsito do fim do dia, o sol se pondo em Copacabna, as luzes da noite no Lebon se acendendo.

 

 

CENA 13 / APART. DE CLÁUDIA / ENTRADA / INT.

 

 Cláudia destranca a porta e entra em sua casa. Logo que entra, dá de cara com Lacerda em sua sala de estar.

 

A CÂMERA CONGELA EM CLÁUDIA SURPRESA.

 

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