O Beijo da Serpente | Capítulo 17 #OBeijoDaSerpenteNoWM🐍

uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL

CENA 1: OURO VERMELHO | CEMITÉRIO | TARDE
Heitor, Taís e Vitório caminham lado a lado por entre os túmulos. Taís está incrédula quanto ao que o estranho que caminha com eles, contou. Heitor parece estar mais uma surpreso com tanta ousadia de Ariana.
HEITOR: – Se é como você mesmo disse, ela simplesmente não tem limites quanto ao que vai fazer para conseguir a fortuna da Dona Nilza. – Comenta, voltando seu olhar de forma rápida para Vitório.
VITÓRIO: – Eu cansei dos jogos dela e por isso estou aqui, não importa as consequências desse meu ato. Eu realmente queria saber qual deverá ser o próximo passo dela com relação à tudo isso, mas de verdade não sei.
TAÍS: – Você acha que ela poderá fazer mais alguma coisa? – Indaga, surpresa. – Ela não estava nada bem desde a última vez que soubemos dela, acho impossível que ela faça ou consiga fazer alguma coisa.
HEITOR: – Eu não duvido de mais nada, Taís… A Ariana é surpreendente cada vez mais para pior. – Diz, parando próximo do portão.
VITÓRIO: – Vocês tem que ficar atentos, pois ela é como uma serpente. – Avisa, tentando deixá-los cientes.
HEITOR: – Pode deixar, Vitório. A Ariana pode ter uma grande surpresa se tentar algo muito além do que já tentou. – Afirma, dando a impressão de que sabe de alguma coisa que ninguém mais sabe.
Taís e Heitor se despedem de Vitório, que por sua vez vai embora um pouco mais aliviado. Heitor e Taís o observam entrar em um carro popular, ele passa a mão em volta do ombro de Taís e a puxa de forma delicada para próximo dele.


CENA 2: OURO VERMELHO | AEROPORTO | EXTERIOR | TARDE
Ricardo sai do aeroporto com uma mala pequena nas mãos, ele olha para o alto, imitando o céu e a chuva que cai.
RICARDO: – Antes de acabar com a vida de alguém, se certifique de que fizeram o serviço completo. – Diz, abrindo um pequeno sorriso.
Assim que vê um táxi livre, Ricardo entra certo de qual destino seguir.
DIAS DEPOIS

CENA 3: OURO VERMELHO | HOSPITAL | QUARTO | INTERIOR | TARDE
Um médico, abre a porta do quarto, ele antes de entrar verifica se há mais alguém no corredor. O doutor caminha devagar pelo quarto até próximo da janela, em seu crachá está o nome Augusto.
AUGUSTO: – Tudo correu perfeitamente bem, e logo ele virá aqui para vê-la. – Diz, olhando fixamente para uma pessoa que não aparece. – Fique tranquila, pois logo estará na sua casa e poderá descansar com mais calma. – Afirma antes de dar meia volta e fechar a porta do quarto, deixando a pessoa sozinha.

CENA 4: HOSPITAL | QUARTO | INTERIOR | NOITE
A porta do quarto se abre e se fecha rapidamente, uma enfermeira caminha até uma cama que está vazia, ela então olha para a poltrona.
ENFERMEIRA: – Você tem de ficar na cama para que não levante suspeitas do seu verdadeiro estado de saúde. – Aconselha, seguindo até a mulher que a encara na penumbra, ela é Ariana.
ARIANA: – Não tenho que fazer isso quando eles não estão por perto, minha querida e faz tempo que eles não vem aqui. – Diz se levantando e seguindo para perto da janela. – Logo vou estar com tudo o que é meu em mãos e destruirei todos, sem nenhuma piedade. – Afirma, voltando o olhar para a enfermeira.
ENFERMEIRA: – Desculpe pela pergunta, mas a senhorita não sente remorso pelo que fez? Bom, sei que isso não é da minha conta, mas mesmo assim acho algo muito além do que eu teria coragem de fazer.
Ariana caminha até a jovem enfermeira, ela segura o queixo dela.
ARIANA: – Remorso eu sentiria se caso eu não tivesse feito e agora chega de perguntas, estou de saco cheio de você, vai embora. – Diz autoritária. – Me deixe pensar em como será a minha vida depois que a última parte disso tudo que armei tiver terminado. – Pede, voltando a se sentar na poltrona.
A enfermeira deixa o quarto rapidamente, assim como entrou.

CENA 5: OURO VERMELHO | MANSÃO REAL LIMA | ESCRITÓRIO | INTERIOR | NOITE
Heitor se senta de repente, está bastante surpreso, olha a todo momento para a porta e depois para o advogado de dona Nilza.
OLAVO: – Eu sabia que você ficaria assim mesmo após saber de tudo, Heitor. Ela confiou em você para guardar isso espero que assim seja até o momento certo. – Diz, apontando para uma pasta em cima da mesa. – E caso algo aconteça comigo, não se assuste, mantenha as coisas como estão até que o momento seja propício.
HEITOR: – Será muito difícil me manter inerte à tudo isso, doutor Olavo, mas eu vou tentar sim, prometo. – Afirma. Ele dá a volta na mesa e segue até Olavo, que por sua vez aperta a mão dele.
OLAVO: – Tente não deixar que a Taís saiba de tudo também, pois ela fez isso para protegê-la. – Pede, olhando nos olhos de Heitor.
No momento a porta do escritório se abre e Taís entra, deixando Heitor e Olavo um pouco assustados. A imagem se congela, logo se parte em diversos pedaços com o surgimento de uma serpente vernelha.
CONTINUA

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