uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL
CENA 1: TEMEDO | EXTERIOR | MANHÃ
A imagem se descongela rapidamente.
A imagem se descongela rapidamente.
Larissa entra no carro de Mateus, que ainda não conseguiu perceber a desconfiança de sua noiva. Ambos se acomodam no veículo e saem dali. Olavo sai de trás da árvore assim que vê o carro seguir. Ele sussurra algo e sorri, parecendo estar bem contente. Olavo volta a se esconder assim que vê uma viatura da polícia. Temendo ser pego sem conseguir concluir seu plano, sai de onde se encontra bem discretamente. A imagem escurece rapidamente enquanto Olavo caminha pela calçada tentando não levantar nenhuma suspeita.
CENA 2: PARAÍSO AZUL | BAIRRO COSTEIRO | CASA DE PEDRO | INTERIOR | MANHÃ
A imagem se restabelece devagar, mostrando Carlos parado próximo da porta do quarto.
Ele observa Pedro parado próximo da janela com um olhar bastante distante como esteve há poucos minutos. Carlos resolve por entrar no quarto e tentar descobrir o que se passa com Pedro.
CARLOS: – Você vai me contar logo o que está acontecendo ou quer que eu descubra por conta própria? – Indaga ao se aproximar.
Pedro volta seu olhar para Carlos. Os dois se entreolham enquanto Carlos caminha até o lugar em que Pedro está. Pedro sente que não pode mais esconder tal coisa da pessoa com quem está dividindo sua vida.
PEDRO: – Eu estou com medo, Carlos. – Ele diz, abaixando a cabeça como se estivesse envergonhado.
CARLOS (surpreso): – Medo do que exatamente? Alguém fez ou falou alguma coisa para você que o deixou assim? – Ele questiona realmente preocupado.
Carlos toca na mão de Pedro, que por sua vez levanta o olhar de maneira que passa a olhar nos olhos do fotógrafo.
PEDRO: – Não, ninguém. – Responde, parecendo ser sincero. – Eu é que estou com medo de mim mesmo, com medo de fazer com você o que já fizeram comigo, Carlos. – Completa, segurando firme na mão de Carlos.
CARLOS: – E o que fizeram com você? – Indaga, demostrando toda sua preocupação.
PEDRO: – Eu sofri uma grande decepção, uma grande decepção e não quero que isso aconteça, não quero fazer isso com quem quer que seja. – Diz, abraçando Carlos.
Carlos pensa em quando viu Pedro com Raul na recepção do hotel, e começa a juntar os pontos, pensando em algo que possa explicar toda confusão em que Pedro se encontra. Carlos abraça Pedro, tentando entender e apoiá-lo. Ele beija o recepcionista de forma delicada. Pedro se sente bem entre os braços de Carlos. A imagem escurece rapidamente.
CENA 3: PARAÍSO AZUL | FAZENDA ARCO VERDE | EXTERIOR | MANHÃ
A imagem fica nítida novamente, focando em Talles que caminha pela propriedade pensando em tudo que viveu ali quando morava com seu pai na cidade.
A imagem fica nítida novamente, focando em Talles que caminha pela propriedade pensando em tudo que viveu ali quando morava com seu pai na cidade.
Enquanto caminha próximo da cerca pensa em seu pai e em tudo o que Manuela lhe disse. Talles para e olha para o horizonte, esboçando um leve sorriso. Ele olha para o lado e vê Manuela se aproximar com certa cautela.
TALLES: – Eu não sei como agradecer você, meu amor (T) Por tudo que você me disse, por tudo que me fez refletir. – Comenta assim que ela se aproxima. – Eu vou até ele hoje, Manuela. – Completa olhando nos olhos dela e como se quisesse saber se ela está de acordo.
MANUELA: – Faz bem, meu amor. – Afirma, tocando na não dele. – Por mais que seu pai tenha feito tantas coisas à mando daquela mulher, por mais que ele tenha sido um mau caráter, ele é sua família e eu sei como é ficar sem uma, como é se sentir sozinha. – Completa, compreensiva.
Talles a abraça e enquanto o abraço acontece, ele olha para a varanda da sede da fazenda, avustahdo Diógenes que também tem um olhar de compreensão para com ele. A imagem escurece devagar enquanto se afasta do casal.
CENA 4: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | INTERIOR | MANHÃ
A Imagem retorna, mostrando alguns carros que param em frente do hotel, algumas pessoas que cruzam para lá e para cá na calçada.
A Imagem retorna, mostrando alguns carros que param em frente do hotel, algumas pessoas que cruzam para lá e para cá na calçada.
A imagem mostra a fachada do prédio e de forma aérea se aproxima da janela do quarto em que Raul se encontra. Raul está parado diante da janela que se encontra aberta. Ele sai de perto da janela, seguindo até sua cama, pegando o celular e olhando para a tela do mesmo.
RAUL: – Eu vou resolver o que tenho de resolver o mais depressa possível. Agora que eu sei que ele está aqui não vou adiar mais, não posso adiar mais tudo isso. Preciso colocar um ponto final em tudo de uma vez. – Diz, colocando o celular no bolso da calça.
A imagem escurece rapidamente enquanto Raul segue para a porta.
CENA 5: TEMEDO | CASA DE LARISSA | INTERIOR | TARDE
A imagem se restabelece, focando em Alzira que está abraçada à filha.
A imagem se restabelece, focando em Alzira que está abraçada à filha.
Alzira tenta tranquilizar Larissa, que por não saber qual o próximo passo que Olavo dará, receia o que pode chegar a acontecer.
ALZIRA: – Você precisa se acalmar, filha. – Ela diz, olhando diretamente para Larissa. – Eu prometo à você, nem que seja a última coisa que eu faça nesse mundo, mas seu irmão não vai estragar seu amanhã, não vai de forma alguma destruir sua felicidade. – Completa, certa de que precisa proteger sua filha.
LARISSA: – Eu nunca tive tanto medo como estou tendo agora, mãe. Eu sei que o Olavo está por aí em algum canto, somente esperando pra me ver sozinha e atacar. Meu próprio irmão, a que ponto cheguei, ter medo do meu próprio irmão. – Ela diz com lágrimas nos olhos dentro do abraço de sua mãe.
ALZIRA: – Eu não vou deixar que aconteça qualquer coisa de ruim com você, filha. Confia na mãe. – Pede, beijando a testa dela rapidamente.
Mãe e filha são observadas por Armando, que pensa no filho. Ele está certo de que também precisa fazer algo para que Olavo pare, mas não sabe como irá fazer isso. A imagem escurece devagar enquanto a afasta do olhar distante do pai de Larissa.
CENA 6: PARAÍSO AZUL | ESTRADA | EXTERIOR | INTERIOR | TARDE
A imagem fica nítida novamente, mostrando o carro de Diógenes.
A imagem fica nítida novamente, mostrando o carro de Diógenes.
Dentro do veículo está apenas o pai de Manuela e Sílvia. Eles conversam sobre tudo um pouco, sorrindo espontaneamente. De repente, o sorriso de Diógenes desaparece, Sílvia percebe. Diógenes começa a sentir um formigamento em um dos braços, logo acaba não conseguindo controlar o volante e perde a direção. Sílvia não sabe o que fazer ou como agir diante de tudo. O carro que Diógenes conduz, sai da estrada, batendo em um barranco e levantando um voo rápido.
A imagem se congela no carro que Diógenes dirigia, que agora se encontra de rodas pra cima.
CONTINUA…
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