uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL
CENA 1: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | QUARTO DE VALENTINA | INTERIOR | NOITE
A imagem se descongela lentamente mostrando avó e neto que continuam abraçados.
A imagem se descongela lentamente mostrando avó e neto que continuam abraçados.
Carlos demonstra estar realmente feliz por finamente conhecer sua avó e Valentina não se mostra nada indiferente à isso. Valentina afaga os cabelos dele com um grande carinho, relembrando quando Carlos ainda era um bebê.
VALENTINA: – Eu não conheço felicidade maior… você estar aqui, depois de tanto tempo, depois de eu me ver distante de você, meu neto. – Ela comenta sem deixar de abraçá-lo.
CARLOS: – Eu estou mais feliz ainda por estar com você aqui, e agora realmente me sinto preparado. – Diz com os olhos marejados.
O abraço se intensifica. Leopoldo deixa avó e neto sozinhos, saindo do quarto enquanto pensa em seu filho, e no tempo que ficou distante dele. A imagem escurece devagar enquanto se afasta dos dois que saem do abraço e se sentam no sofá aconchegante.
CENA 2: PARAÍSO AZUL | FAZENDA ARCO VERDE | EXTERIOR | NOITE
A imagem volta a fica e nítida novamente enquanto foca em Talles, que anda em frente da casa.
A imagem volta a fica e nítida novamente enquanto foca em Talles, que anda em frente da casa.
Talles caminha até próximo de uma árvore e apoia seu braço na mesma, pensando no que Manuela passou mais cedo, em Diógenes, E inevitavelmente em seu pai. Ele olha de soslaio e vê Manuela se aproximar devagar se pondo ao lado dele.
MANUELA: – O que você tem? – Ela indaga, demostrando preocupação no tom de voz.
Talles olha para o lado e encara a mulher sua vida.
TALLES: – Estava pensando em algumas coisas, em como tudo pode ser importante, em como os instantes podem durar muito pouco se a gente não aproveitar. – Responde, voltando seu olhar de forma vagarosa para o campo. – Eu queria fazer uma coisa, mas tenho receio de magoar você. – Completa ainda mantendo o olhar no horizonte escuro.
MANUELA: – Você nunca me magoaria, Talles, tenha certeza disso. – Comenta esboçando um leve sorriso. – E você deve achar que eu não sei do que você está falando de forma indireta, mas eu sei e não vou, nem posso proibir você, afinal ele é seu pai. – Completa tocando levemente na mão dele.
TALLES: – Eu sinto muita falta dele, muita mesmo, mas eu tenho medo de que ele não tenha mudado, que continue sendo aquele mesmo homem que fazia as coisas por pura inveja, por pura falta de caráter. – Confessa, passando a olhar nos olhos de sua mulher.
MANUELA: – Saiba que se ele não mudou, quem sairá perdendo é ele mesmo, meu amor. Você é uma excelente pessoa, um excelente marido, um excelente pai. – Ela diz e em seguida esboça um lindo sorriso.
Talles a abraça, demonstrando que realmente precisa disso tudo, do apoio, do carinho, das palavras com tanta paz que Manuela sempre consegue dizer. A imagem escurece rapidamente.
CENA 3: TEMEDO | EXTERIOR | NOITE
A imagem se refaz enquanto mostra um carro com os faróis baixos se aproximar de um grande muro, logo o muro se revela ser o do presídio masculino de Temedo.
A imagem se refaz enquanto mostra um carro com os faróis baixos se aproximar de um grande muro, logo o muro se revela ser o do presídio masculino de Temedo.
O foco vai para um pequeno barulho de algo sendo destampado, logo alguns homens correm em direção do carro, dentre esses homens está Olavo, irmão de Larissa. Os homens entram no veículo que acelera, saindo depressa. Assim que o carro desaparece no final da rua, algumas sirenes são ouvidas no presídio. A imagem se afasta devagar, logo escurece.
CENA 4: TEMEDO | CASA DE MATEUS | QUARTO | INTERIOR | MANHÃ
A imagem se restabelece enquanto se aproxima da casa de Mateus, mostrando detalhadamente a fachada da mesma.
A imagem se restabelece enquanto se aproxima da casa de Mateus, mostrando detalhadamente a fachada da mesma.
A imagem adentra pela janela, focando em Mateus que se senta ao lado de Larissa que parece ter um olhar perdido.
LARISSA: – Eu sei que ele não vai exitar em cumprir a promessa que fez à minha mãe, Mateus. – Diz, olhando com seus olhos marejados para o noivo. – Ele vai transformar o que pode ser o melhor dia da minha vida, no pior. – Completa, chorando.
MATEUS: – Eu não sei como, mas não vou deixar que ele estrague nosso dia, que ele estrague nossa felicidade, Larissa. As ameaças dele vão apenas ser ameaças, acredite. – Comenta, abraçando sua noiva.
LARISSA: – Eu não sei mais o que fazer, Mateus. – Afirma, chorando.
MATEUS: – Mas eu sei, então se puder, fique tranquila, pois vou resolver isso, de uma vez por todas, pois eu amo você demais para deixar que alguém, seja quem for, destrua seus sonhos, a sua felicidade. – Diz, parecendo realmente decidido a fazer algo.
Enquanto o abraço caloroso persiste, a imagem se afasta dos dois, logo escurece lentamente enquanto dá a impressão de sair pela janela do quarto.
CENA 5: PARAÍSO AZUL | BAIRRO COSTEIRO | CASA DE PEDRO | INTERIOR | MANHÃ
A imagem se refaz devagar, focando em Pedro que toma café, sentando à mesa e observando algo pela janela. Carlos se aproxima lentamente, intrigado por Pedro estar tão calado. Pedro se encontra tão concentrado em seus pensamentos que não percebe Carlos logo ali.
A imagem se refaz devagar, focando em Pedro que toma café, sentando à mesa e observando algo pela janela. Carlos se aproxima lentamente, intrigado por Pedro estar tão calado. Pedro se encontra tão concentrado em seus pensamentos que não percebe Carlos logo ali.
PEDRO: – Você tinha de reaparecer agora, tinha?! – Indaga para ele mesmo, parecendo bastante incomodado. – Mas sempre é assim, sempre que estou tentando reorganizar minha vida, você vem, aparece e depois simplesmente parte como se nada tivesse existido. – Completa, voltando o olhar para dentro da casa.
Pedro então se dá conta de que Carlos está ali e olha para ele bastante intrigado, tentando entender o que está causando tudo isso em Pedro, que por sua vez fica cabisbaixo.
CARLOS: – O que se passa com você?! – Indaga, preocupado. – Está assim desde ontem a noite e parece que nem dormiu direito. – Completa, esperando por uma resposta.
Pedro não diz absolutamente nada. Ele apenas se levanta e abraça Carlos, que por sua vez é pego de surpresa, mas não deixa de fazer do abraço que trocam, um momento aconchegante e compreensivo. A imagem escurece rapidamente.
CENA 6: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | QUARTO DE RAUL | INTERIOR | MANHÃ
A imagem fica nítida novamente, mostrando Raul saindo de toalha do banheiro.
A imagem fica nítida novamente, mostrando Raul saindo de toalha do banheiro.
Raul se encaminha até sua cama, pegando o seu celular. Ele se senta na cama e acessa as imagens em seu aparelho, logo é possível ver uma foto de Pedro sorrindo.
RAUL: – Que completo idiota que eu fui por deixar você ter ido embora. Eu não estava preparado para o que você queria naquele momento, não estava. – Diz, abaixando a cabeça enquanto deixa o celular em cima da cama.
Raul leva às mãos a cabeça e se deita na cama, pensando em tudo que deixou para trás por conta de sua carreira. Ele fecha os olhos devagar. A imagem se afasta lentamente e escurece.
CENA 7: TEMEDO | CASA DE MATEUS | EXTERIOR | MANHÃ
A imagem se refaz rapidamente focando em um homem de capuz atrás de uma árvore do outro lado da rua.
A imagem se refaz rapidamente focando em um homem de capuz atrás de uma árvore do outro lado da rua.
O homem retira o capuz, se revelando ser Olavo. Ele olha para a casa de Mateus e esboça um leve sorriso misterioso e também amedrontador.
OLAVO: – Vocês terão o que merece. – Diz, desfazendo o sorriso e mexendo no bolso do casaco.
Ele volta seu olhar odioso para a casa de Mateus e o observa saindo da casa na companhia de Larissa, que por sua vez tem a sensação de estar sendo observada.
A imagem se congela no olhar assustado de Larissa, que parece procurar alguém devido a sua estranha sensação.
CONTINUA…
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