uma webnovela de JAIR VARGAS
CENA 1: PARAÍSO AZUL | FAZENDA ARCO VERDE | SEDE | SALA | INTERIOR | MANHÃ
A imagem se descogela devagar.
Manuela corre para perto do pai, aflita e ainda sem entender o que aconteceu com ele. Manuela olha para Talles com preocupação.
MANUELA: – Liga para a ambulância, Talles. – Ela pede enquanto encosta a cabeça de seu pai no seu peito. – Acorde, pai, por favor. – Ela diz com os olhos marejados.
Sílvia entra depois de chegar da cidade onde foi comprar algumas coisas. Ela se assusta ao ver o marido desmaiado e segue para perto de Manuela, que por sua vez olha para a mulher de seu pai.
SÍLVIA: – Ele com certeza deixou de tomar os remédios que o Raul receitou, com certeza. – Diz, tocando levemente no rosto de Diógenes. – Já chamaram a ambulância? – Ela indaga olhando rapidamente para Talles e depois para Manuela.
Manuela apenas balança a cabeça de forma positiva e chora abraçada ao pai. Sílvia sente o pulso do marido e vê que ele ainda respira, ficando aliviada. Ela toca na mão de Manuela, tentando tranquilizá-la. Talles e Luis apenas observam de perto do sofá. Não demora muito e Diógenes desperta do desmaio, deixando todos mais aliviados. A imagem escurece devagar.
CENA 2: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | INTERIOR | TARDE
A imagem se restabelece, mostrando hóspedes entrando e saindo do hospital.
A imagem se restabelece, mostrando hóspedes entrando e saindo do hospital.
Rodrigo sai do elevador seguindo até a recepção do hotel, parando bem próximo de onde está Pedro, que as afasta os olhos do monitor do computador. Rodrigo esboça um pequeno sorriso.
RODRIGO: – Confesso que estou surpreso por vê-lo aqui, Pedro. Hoje não era a sua folga? – Indaga, observador.
PEDRO: – Sim, mas eu precisei espairecer um pouco e nada melhor do que me enfiar no trabalho. – Responde, olhando rapidamente para Rodrigo.
RODRIGO: – Está tudo bem? Bem… você e meu irmão estão bem? – Questiona, demonstrando curiosidade e preocupação ao mesmo tempo.
Pedro fica corado diante de tal questionamento, pois tudo que aconteceu com Carlos é muito recente e sempre que ouve alguém referindo à eles como um casal, fica sempre do mesmo jeito. Ele esboça um pequeno sorriso, todo nervoso.
PEDRO: – Tudo sim. – Ele responde movendo o olhar bem devagar e encarando Rodrigo.
Rodrigo toca no ombro de Pedro.
RODRIGO: – Qualquer idiotice que ele fizer, pode contar pra mim, Pedro. Meu irmão é um tanto difícil de lidar, mas eu acredito em vocês dois. Um faz bem ao outro, é mais do que nítido isso. – Comenta, dando um leve tapinha no ombro de Pedro.
Pedro sorri sem disfarçar seu constrangimento e vergonha. Ele balança a cabeça na vertical. Rodrigo esboça um novo sorriso assim que deixa Pedro sozinho novamente.
Rodrigo avista Mirela entrando no Hotel na companhia de Vitória, as duas tinham ido passear. Assim que Vitória e Mirela se aproxima, ele abraça as duas, uma de cada vez. Pedro observa, parecendo pensar em algo muito distante. A imagem escurece bem devagar.
CENA 3: TEMEDO | PRESÍDIO MASCULINO | CELA | INTERIOR | TARDE
A imagem se refaz rapidamente, mostrando Olavo com a cara na grade da cela, pensando em quando foi preso.
A imagem se refaz rapidamente, mostrando Olavo com a cara na grade da cela, pensando em quando foi preso.
Ele desperta dos pensamentos longínquos quando um outro companheiro de cela se aproxima dele.
HOMEM: – Aí parceiro, está fechado com ‘nóis’? O bagulho todo vai ser nessa noite mesmo, rapaz. Tá ou não tá? – O sujeito mal encarado indaga.
OLAVO: – Estou sim, sem dúvidas. – Ele responde, esboçando um sorriso amarelo.
O sujeito se afasta de Olavo com um sorriso de orelha a orelha após saber que Olavo aceitou o que haviam combinado. Olavo volta seu olhar para fora da cela, tendo uma expressão um tanto taciturna.
OLAVO: – Eu vou sair daqui e vou acabar com você, irmãzinha (T) custe o que tiver de custar. – Ele diz ao esboçar um breve sorriso.
A imagem se asfata de Olavo devagar e logo escurece.
CENA 4: TEMEDO | CASA DE LARISSA | SALA | INTERIOR | TARDE
A imagem fica nítida novamente, mostrando Alzira perto da janela, parecendo mirar o nada.
A imagem fica nítida novamente, mostrando Alzira perto da janela, parecendo mirar o nada.
Larissa, que por sua vez faz companhia para Armando, percebe que a mãe ultimamente está bastante estranha.
ALZIRA (pensando): – Não, ele não seria capaz de interferir da maneira que disse que iria interferir na vida da irmã dele, não seria (T) Ou seria? – Pensa, relembrando a última vez que foi visitar o filho na prisão.
Larissa se aproxima da mãe, fazendo com que ela se assuste assim que toca nela. Alzira olha para a filha e a abraça fortemente, pensando em contar a ameaça que Olavo fez. Larissa tenta entender o motivo da mãe estar tão emotiva ultimamente. A imagem escurece rapidamente.
CENA 5: PARAÍSO AZUL | HOSPITAL | INTERIOR | TARDE
A imagem se restabelece, mostrando Manuela vindo pelo corredor junto de seu pai.
A imagem se restabelece, mostrando Manuela vindo pelo corredor junto de seu pai.
Os dois conversam principalmente sobre a saúde dele.
MANUELA: – Não quero saber do senhor ficando sem tomar seus remédios, pai, ouviu bem?! – Diz, olhando para Diógenes.
DIÓGENES: – Tudo bem, mas só foi dessa vez. – Ele afirma, cabisbaixo.
MANUELA: – Só foi dessa vez no tempo que o senhor está aqui. A Sílvia me contou das vezes que o senhor ficou sem tomar os remédios necessários, e de maneira nenhuma quero ver o senhor desmaiando ou qualquer coisa do tipo. Eu te amo pai. – Ela diz envolvendo ele em um abraço apertado.
DIÓGENES: – Eu também amo você, filha. – Afirma, beijando a testa dela.
Pai e filha voltam a caminhar em direção da porta do hospital. A imagem se asfata lentamente dos dois, saindo do hospital e mostrando as luzes que se acendem na fachada assim que a noite chega. A imagem escurece devagar.
CENA 6: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | INTERIOR | NOITE
A imagem se refaz rapidamente.
A imagem se refaz rapidamente.
Um carro preto para bem em frente ao hotel, logo quem sai do veículo é Raul, que por sua vez pega uma mala no banco de trás. Ele se encaminha para dentro do Hotel, ficando realmente impressionado com a beleza do lugar. Raul se aproxima da recepção, parando e colocando a mão no bolso da calça, retirando a carteira. Pedro levanta o olhar devagar e então parece ficar paralisado diante do que vê.
RAUL: – Pedro? É você mesmo?! – Ele indaga, olhando nos olhos do homem do outro lado do balcão.
Os dois se encaram como se conhecessem há um bom tempo. Nesse momento, Carlos entra no hotel e ao se aproximar, estranha um pouco a situação que se desenrola. O fotógrafo reconhece Raul. Pedro ainda não parece ter se recuperado da surpresa que está a ser por ver Raul novamente. Carlos cumprimenta Raul, que também faz o mesmo, logo olha para Pedro, que já está com o olhar abaixado, fingindo olhar para o monitor. Carlos percebe que Pedro se encontra bastante estranho. A imagem escurece rapidamente.
CENA 7: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | QUARTO DE VALENTINA| INTERIOR | NOITE
A imagem fica nítida novamente, mostrando Valentina bastante ansiosa e Leopoldo tentando acalma-la de alguma maneira.
A imagem fica nítida novamente, mostrando Valentina bastante ansiosa e Leopoldo tentando acalma-la de alguma maneira.
Leopoldo parece desistir de fazer com que Valentina pare de andar feito uma barata tonta.
LEOPOLDO: – Não fique assim, dona Valentina ou a senhora pode ter um troço a qualquer momento. – Adverte, preocupado.
Valentina finalmente para de andar para lá e para cá, encarando Leopoldo.
VALENTINA: – Não vou ter troço nenhum, Leopoldo, não sem antes ver meu neto, meu querido neto que passou tanto tempo longe de mim. – Ela diz com os olhos marejados.
A campainha toca. Valentina olha para a porta com o coração acelerado, relembrando em sua mente, tudo que viveu para chegar até onde o que está prestes a acontecer. Leopoldo segue até a porta e abre, logo Carlos aparece. Valentina não consegue mais conter a emoção de estar com seu neto bem à sua frente, ela deixa as lágrimas caírem enquanto segue até Carlos, que também se emociona muito diante de sua avó. Avó e neto se abraçam, emocionados.
A imagem se congela no abraço repleto de saudades, carregado com a mais pura emoção.
CONTINUA…
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