Paraíso Perdido | Capítulo 37 (ÚLTIMAS SEMANAS) #ParaísoPerdidoNoWebMundi



uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL



CENA 1: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | QUARTO DE RODRIGO | INTERIOR | TARDE
A imagem se descongela.
Mirela e Rodrigo se afastam um pouco, encerrando o abraço repleto de amor que trocaram. Rodrigo toca no rosto de Mirela com leveza pensando que não pode deixar a mulher que ama entrar em algo que pode não dar certo.
RODRIGO: – Eu fiz uma burrada, então eu vou sair dela sozinha, Mirela. Eu sabia que sua avó não ia deixar de contar para você por mais que eu tivesse pedido. – Diz deixando de tocar o rosto dela.
MIRELA: – Minha avó não me contou absolutamente nada, Rodrigo. Eu também sei que você não estava lá, portanto não tem motivos para fugir. – Afirma encarando o homem que ama. – Eu admiro o que você esteja tentando fazer, mas talvez realmente não há nada pra ser feito. – Completa.
Mirela volta a abraçar Rodrigo, que por sua vez se pega pensando na mãe e no que aconteceu. Mirela toca o rosto dele com uma de suas mãos. Ele sente o apoio que está a receber apenas pelo olhar.
MIRELA: – Não vou deixar que você faça isso que pretendia fazer, não vou. – Afirma, decidida. – As coisas vão se resolver, você vai ver. – Completa, beijando Rodrigo rapidamente.
A imagem escurece devagar enquanto os dois mantêm o abraço compreensivo.




CENA 2: PARAÍSO AZUL | FAZENDA ARCO VERDE | SEDE | SALA | INTERIOR | TARDE
A imagem se restabelece, mostrando Manuela e Talles brincando com o filho no sofá.
Ela e ele tentam fazer, aos poucos, Luis esquecer o momento bem atípico que acabou por passar. Perto da escada, Diógenes e Sílvia os observam e se olham.
DIÓGENES: – A felicidade da minha filha é a minha felicidade. – Ele afirma, olhando para a esposa.
SÍLVIA: – Por um momento eu achei que você tivesse seguido até aquela pousada, meu amor. – Comenta, desviando o olhar para cena que se desenrola no sofá.
DIÓGENES: – Não posso negar que tive vontade, mas não fiz, Sílvia (T) Eu tenho muito a perder sujando minhas mãos dessa maneira. – Diz, também passando a olhar para Manuela, Talles e Luis.
SÍLVIA: – Quem será que fez isso com a Aura? – Indaga, demostrando uma grande curiosidade.
DIÓGENES: – Ela conseguiu cultivar um jardim gigantesco de inimizades, portanto haveria muitas pessoas que a matariam. – Responde olhando de soslaio para para Sílvia, que se encontra pensativa.
A imagem retorna para os três que estão no sofá, logo escurece rapidamente.

CENA 3: PARAÍSO AZUL | HOSPITAL | INTERIOR | TARDE
A imagem se refaz devagar enquanto mostra Carlos pensativo próximo da janela.
Pedro observa o amigo com muita atenção, tentando adivinhar o que ele pensa, o que pode estar sentindo.
PEDRO: – Você está com nojo de tudo isso, não está? – Ele indaga, cabisbaixo.
Carlos então se vira rapidamente diante de tal indagação de Pedro. Ele pode estar sentindo um monte de coisa, mas nunca nojo. Carlos se põe a caminhar até perto de Pedro, que levanta o olhar ao vê-lo se aproximar.
CARLOS: – Jamais sentiria isso, Pedro, jamais. – Ele diz se sentando no espaço próximo da perna de Pedro. – Sabe o que estou sentindo? Eu simplesmente estou sentindo ódio. Sim, ódio por não entender o que estou sentindo por você, por não saber como agir diante dessa situação toda. – Completa, tocando na mão de Pedro. – Aconteceu tudo de repente, mas eu não sinto nojo de você ou do que fizemos, não pense que eu sinto isso. – Conclui, levantando o olhar rapidamente e encarando Pedro, que também olha para ele.
Enquanto olha nos olhos de Pedro, sente algo lhe tocar como se o empurrasse para frente. Carlos sobe com as mãos pelo braço de Pedro, que por sua vez se arrepia e acompanha a mão de Carlos com os olhos. O fotógrafo toca o rosto de Pedro, esboçando um breve sorriso.
CARLOS: – Eu preciso entender o que está se passando, Pedro. – Afirma sem deixar de olhá-lo nos olhos. – E acredito que você também. – Completa, tocando levemente no rosto dele.
Pedro confirma com um apenas chacoalhar de cabeça. O momento exerce sobre os dois um fascínio incrível. Carlos encosta a testa na testa de Pedro.
PEDRO: – Desculpa pelo que vou fazer. – Ele pede ao esboçar um breve sorriso.
O sorriso de Pedro é cessado pelo beijo que ele mesmo dá em Carlos, que por sua vez não se afasta, consentindo o beijo carregado de sentimentos que os dois parecem compartilhar. A imagem escurece devagar.

CENA 4: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | QUARTO DE RODRIGO | INTERIOR | NOITE
A imagem fica nítida novamente, mostrando Rodrigo sentado no sofá.
Mirela não se encontra mais ali. Rodrigo pensa em tudo que sua mãe fez e no que ele acabou fazendo por ela. Ele pega o celular e olha para o visor. A campainha toca e Rodrigo se levanta. Rodrigo atende a porta, ficando um tanto surpreso ao vê-la ali.
RODRIGO: – Você não pode estar andando por aí assim, não depois do que você fez. – Ele diz, olhando para ambos os lados do corredor.
A imagem então sai do rosto de Rodrigo e foca na face da mulher que está bem à sua frente, que é Bárbara.
BÁRBARA: – Eu só vim dizer para você não fazer aquilo que eu pedi, mas sim outra coisa. – Ela diz, pegando um papel de dentro da bolsa. Rodrigo a observa. – Eu não posso pedir tal coisa pra você por mais que esteja realmente disposto a me ajudar, mas esse novo pedido que faço é realmente de precisão. – Completa entregando o papel que pegou na bolsa.
Rodrigo encara Bárbara, que não espera ele dizer qualquer coisa que seja e sai, seguindo na direção do elevador. Rodrigo olha para o papel que tem em mãos e que está dobrado, logo o abre e visualiza uma carta. A imagem escurece rapidamente.

CENA 5: PARAÍSO AZUL | DELEGACIA | INTERIOR | MANHÃ
A imagem fica nítida novamente, mostrando o movimento intenso da delegacia por conta caso do assassinato de aura.
O delegado, Ricardo, vem pelo corredor com alguns papéis em mãos e para próximo da porta da sua sala.
RICARDO: – Esse caso será mais complicado do que eu imaginei. – Comenta enquanto olha para os papéis. – A pessoa que fez isso sabia muito bem o que estava fazendo. – Finaliza, deixando de olhar para os papéis.
Ricardo Coloca a mão na maçaneta da porta e a abre, ficando parado ao ver uma mulher sentada em uma das cadeiras que fica à frente de sua mesa. Ele se encaminha para dentro da sala enquanto a porta se fecha e a imagem escurece devagar.

CENA 6: PARAÍSO AZUL | FAZENDA ARCO VERDE | EXTERIOR | MANHÃ
A imagem se refaz rapidamente.
Talles e Manuela caminham pela propriedade, Luis acompanha os dois um pouco mais à frente. Manuela olha para Talles com um certo olhar de preocupação.
MANUELA: – Quem terá sido o responsável pela morte da Aura? – Indaga enquanto caminha lado a lado com Talles.
TALLES: – Qualquer um pode ser, Manuela. A Aura conseguiu o ódio de muita gente, mas de uma coisa eu sei, não foi nem eu e nem você. – Responde, fazendo Manuela parar.
MANUELA: – Disso eu também tenho absoluta certeza, meu amor. – Ela afirma ao se aproximar dele.
Os dois se abraçam, logo se beijam. Eles não demoram muito e logo param o que estão fazendo, seguindo até Luis que parou para admirar a vista das montanhas. A imagem se desfaz devagar enquanto Luis recebe um abraço apertado dos dois.

CENA 7: PARAÍSO AZUL | DELEGACIA | INTERIOR | MANHÃ
A imagem se restabelece, mostrando Bárbara diante do delegado Ricardo.
Ricardo oberva a mulher à sua frente, intrigado, tentando entender o que ela faz ali tão cedo.
BÁRBARA: – O senhor não deve me conhecer, até pelo fato de eu nunca ter vindo para essa cidade. Uma vinda tão repentina. – Ela comenta, sem deixar de olhar para o delegado. – Bom, não sou de rodeios, de ficar comendo os minutos do tempo, portanto vou dizer logo o que vim fazer aqui. – Completa, parecendo relaxar um pouco.
No momento em que Bárbara começa a falar, a porta da sala do delegado se abre e um dos policiais conduz o advogado, que se apresenta como sendo o de Bárbara, que olha para o homem e rapidamente pensa em Rodrigo. Bárbara volta seu olhar para o delegado, que alterna em olhar ora para Bárbara, ora para o advogado. A imagem foca no rosto de Bárbara devagar enquanto ela inicia a contar tudo o que há para contar.
Flashback
Aura se vira após ter a sensação de estar sendo observada, e então fica cara a cara com Bárbara, que por sua vez tem uma arma apontada. Bárbara esboça um breve sorriso.
AURA: – Você?! – Ela diz com os olhos arregalados, parecendo não acreditar ao ver Bárbara ali.
Os tiros são disparados silenciosamente. Aura cai no chão, morrendo em seguida. Bárbara a baixa a arma e logo sai do quarto, trêmula e pensando em sua mãe, Catarina.
Fim do Flashback
Bárbara conta para o Delegado o que fez. Ela prefere omitir que encontrou Rodrigo assim que saiu do quarto. O advogado a olha rapidamente, assim como o delegado Ricardo. A imagem escurece rapidamente.

CENA 8: PARAÍSO AZUL – TEMEDO
A imagem se refaz devagar.
Carlos, Manuela, Talles, Sílvia e Diógenes ficam a saber quem foi que matou Aura. Eles ficam incrédulos, pois jamais imaginaram que tal pessoa realmente pudesse fazer tal coisa, mas depois de saberem do motivo que a levou à um ato tão extremo, compreendem. Bárbara é levada para o presídio feminino da capital como sendo a responsável pelo assassinato de Aura. Rodrigo não deixa de cumprir o que prometeu para a mãe de Vitória na última conversa que teve com ela.
Pedro recebe alta do hospital e Carlos se dispõe a cuidar dele, passando praticamente a viver na casa do recepcionista e inevitavelmente a relação dos dois estreita cada vez mais, fazendo com que aos poucos eles entendam de fato o que estão a sentir um pelo outro. Carlos aos poucos, nas visitas que faz para Luis, se sente cada vez mais próximo, assim como o garoto, ambos se divertem juntos.
Em Temedo, o casamento de Mateus e Larissa se aproxima, e ela está bastante apreensiva. Mateus se mostra bastante ansioso e também feliz por saber que Carlos confirmou sua vinda para o casamento. Alzira por sua vez demonstra uma grande preocupação, mas resolve disfarçar para não deixar a filha preocupada.
De volta à Paraíso Azul, Mirela e Rodrigo se manteem firme e forte. Mirela apoia Rodrigo na decisão dele de cuidar da irmã mais nova enquanto tudo se resolve na vida de Bárbara. A imagem mostra as ondas do mar em seu típico vai e vem, assim os dias e noites chegam e se vão, rapidamente. A imagem foca no sol que nasce e escurece bem devagar.
UM MÊS DEPOIS

CENA 9: TEMEDO | PRESÍDIO MASCULINO | CELA | INTERIOR | MANHÃ
A imagem se restabelece, mostrando alguns homens espalhados por uma das celas do presídio masculino de Temedo.
Olavo, irmão de Larissa está sentado em um canto, olhando de forma bastante atenta para os raios de sol que entra pela janela.
OLAVO (pensando): – Se ela pensa que vai viver feliz e me esquecer nesse buraco, está muito enganada. Nada me tira da cabeça de que foi ela quem me denunciou. Minha irmã vai pagar caro pelo que fez, vai ver do que eu realmente sou capaz. – Promete, amassando um pedaço de jornal que tem em mãos.
A imagem se afasta devagar de Olavo e escurece rapidamente mostrando o olhar de ódio que ele ostenta.

CENA 10: PARAÍSO AZUL | CASA DE PEDRO | INTERIOR | MANHÃ
A imagem fica nítida mostrando um pouco da sala da casa de Pedro.
Carlos está parado diante da janela, pensando em como sua vida mudou, como as coisas acontecerem de forma tão repentina. Ele só desperta de tais pensamentos ao perceber Pedro, que para ao lado dele. Carlos olha para o recepcionista e esboça um breve sorriso.
CARLOS: – Já tem a minha resposta…vai vir comigo para aquele casamento que eu te falei?! – Indaga, segurando na mão de Pedro.
Pedro desvia o olhar rapidamente para fora.
PEDRO: – Você tem certeza de que isso é uma boa ideia, Carlos?! Eu confesso que tenho receio do que todos aqueles que você conhece possam pensar. – Ele diz, voltando a olhar para Carlos.
CARLOS: – Eu acho uma excelente ideia, Pedro. – Afirma, esboçando um breve sorriso. – Eu também estou com receio, acredite. Eu entendo que o que estamos vivendo não é nada fácil, mas também acredito que não devemos nos esconder. – Completa, olhando nos olhos de Pedro. – Vamos comigo, prometo que será divertido e espairecedor.
Pedro sorri de canto, então Carlos o abraça fortemente, logo beija a bochecha dele. Pedro também faz o mesmo enquanto sorri e se dá por vencido. A imagem se desfaz devagar.

CENA 11: PARAÍSO AZUL | FAZENDA ARCO VERDE | SEDE | VARANDA | EXTERIOR – INTERIOR | MANHÃ
A imagem se restabelece devagar mostrando Manuela beijando Talles, que por sua vez a pega nos braços.
Talles beija Manuela enquanto a mantêm em seus braços.
TALLES: – Se fosse possível, eu viveria com você, com nosso filho, pra sempre. – Ele comenta, colocando ela de pé. – Você e a família que construímos juntos são tudo para mim, absolutamente tudo. – Completa a envolvendo em um abraço repleto de amor.
Os dois se beijam apaixonadamente, momento em que são interrompidos por Luis, que vem correndo, saindo de casa. Luís se aproxima de Manuela e Talles demonstrando uma grande aflição.
LUIS: – Algo aconteceu com o vovô. – Ele informa, parecendo estar assustado.
Manuela e Talles se olham e mais que depressa seguem para dentro da casa, tentando entender o que se passou com Diógenes. No momento em que Manuela entra na sala, vê o pai caído no chão.
A imagem se congela em Manuela que tenta entender o que se passou com seu pai.
CONTINUA…

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