Paraíso Perdido | Capítulo 36 (ÚLTIMAS SEMANAS) #ParaísoPerdidoNoWebMundi


uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL


CENA 1: PARAÍSO AZUL | POUSADA | QUARTO DE AURA | INTERIOR | MANHÃ
A imagem se descongela devagar enquanto mostra o corpo de Aura desfalecido.
Um funcionário da Pousada entra no quarto e assim que vê a cena, fica literalmente assustado. O mesmo funcionário liga de imediato para polícia e nem pensa em se aproximar do local. Ele espera pela autoridade do lado de fora. A imagem escurece devagar assim que o delegado responsável pela delegacia de Paraíso Azul chega, começando de imediato a tomar o depoimento desse mesmo funcionário.


CENA 2: PARAÍSO AZUL | FAZENDA ARCO VERDE | SEDE | VARANDA | EXTERIOR | MANHÃ
A imagem se restabelece ficando nítida e mostrando o carro de Carlos que se aproxima devagar.
Carlos chega de carro na fazenda Arco Verde, levando seu filho Luis, que abre um pequeno sorriso parecendo mesmo aliviado e mais tranquilo depois de tudo que passou no outro dia. Carlos para o carro bem próximo de uma árvore, saindo primeiro. Ele abre a porta traseira e Luis também sai do veículo. Sílvia que está sentada em uma cadeira na varanda se levanta surpresa em ver Luís e Carlos ali. Carlos sobe junto do filho pelos degraus que dão acesso a varanda da sede da Fazenda.
SÍLVIA: – Luís! – Ela diz em um misto de surpresa e felicidade por estar a ver o menino novamente. – Você não tem ideia do quanto sua mãe e todos aqui estão com o coração na boca desde ontem. – Continua, olhando ora para o menino, ora para Carlos.
CARLOS: – Onde estão todos, Sílvia? – Questiona, percebendo que só Sílvia é que se encontra ali.
SÍLVIA: – Eu acabei de levantar, Carlos, não sei dizer com exatidão, mas eu acredito que eles tenham ido até a cidade para dar queixa do rapto do Luis. – Responde, sincera.
CARLOS: – Tudo bem (olhando para o filho) – Mas precisarmos avisar todos de que o meu filho está bem e que nada mais de grave aconteceu. – Diz, voltando o olhar para Sílvia. – Deus com certeza colocou sua mão sobre nós. – Completa, bagunçando o cabelo de Luís, que sorri para ele.
Sílvia, Luís e Carlos entram na sala a fim de deixarem Manuela, Diógenes e Talles a par do que acabou de acontecer. A imagem escurece rapidamente.

CENA 3: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | QUARTO DE VALENTINA | VARANDA | EXTERIOR | MANHÃ
A imagem se retorna mostrando Valentina se virando devagar e vendo a porta do quarto se fechar.
Valentina esboça um breve sorriso assim que Leopoldo se aproxima.
VALENTINA: – Conseguiu? – Indaga, parecendo bastante interessada.
Leopoldo fica cabisbaixo diante da indagação de Valentina.
LEOPOLDO: – Eu cheguei tarde demais, dona Valentina, tarde demais. – Responde, tentando não encarar a mulher à sua frente.
VALENTINA: – Como assim, Leopoldo? – Questiona, intrigada.
Leopoldo se aproxima um pouco mais de Valentina, segurando na grade de proteção. Ele volta o olhar para ela.
LEOPOLDO: – A Aura morreu… está cheio de policiais naquele local e pelo que eu apurei, ela foi assinada. – Responde, olhando nos olhos de Valentina. – Eu realmente não pude fazer nada, senhora.
VALENTINA: – Ela teve apenas o que mereceu, Leopoldo. Sei que pode parecer um tanto cruel de minha parte, mas é a verdade. A Aura tinha muitos inimigos, muitos mesmo e só esse poderia ser o fim dela, somente esse. – Comenta se levantando e se aproximando de Leopoldo. – Não fique assim, pois sei que você desejava impedir que isso acontecesse, assim como eu, por mais que odiassemos ela. – Finaliza, cedendo um abraço experiente, que Leopoldo aceita.
A imagem se afasta devagar dos dois e escurece.

CENA 4: PARAÍSO AZUL | CASA DE SORAIA | INTERIOR | MANHÃ
A imagem fica nítida novamente enquanto mostra Soraia finalizando uma oração.
Soraia fica de pé e se encaminha para perto da janela, observando o mar de forma misteriosa.
SORAIA: – Mesmo destruindo o mal, ele ainda permanecerá, pois as consequências se alastraram. O mal se foi, mas seus resquícios continuarão presentes mesmo que não queiramos, mesmo que desejemos a plena paz. Cabe à cada um desses que foram atingidos, buscar a força necessária para perdoar e para continuar a viver. – Ela divaga sem tirar os olhos do mar.
A porta da casa se abre, fazendo com que Soraia se vire devagar. A imagem foca somente no sapato da pessoa, que se aproxima de Soraia e abraça fortemente. A pessoa chora de forma copiosa no ombro da senhora sábia. A imagem dá um pequeno giro, mostrando as luvas pretas nas mãos da pessoa que contínua a chorar.
SORAIA: – Tudo vai ficar bem, meu querido, tudo. Eu sei o quanto isso foi difícil para você, posso sentir, mas há perdão. – Afirma, deixando o abraço mais aconchegante.
A imagem se asfata pela janela, mostrando o abraço apertado que se estende por longos minutos, logo escurece bem rapidamente.

CENA 5: PARAÍSO AZUL | HOSPITAL | INTERIOR | TARDE
Carlos agora se sente melhor por ter tido a oportunidade de fazer o seu papel de pai biológico de Luis. Ele fica pensando em como Manuela ficou feliz ao rever o filho novamente, assim como Talles. Carlos esboça um breve sorriso enquanto entra no quarto em que Pedro se encontra. O médico responsável pelo paciente também se encontra no quarto. Carlos fica corado ao vê-lo, pois se lembra do que inventou para poder ficar como acompanhante de Pedro. Pedro que estava prestando atenção no que o doutor dizia, olha para Carlos assim que o vê, esboçando um sorriso todo sincero.
MÉDICO: – Vou deixar os namorados a sós. – Ele diz, caminhando até Carlos. – Cuida bem dele. – Adverte com um leve tapinha no ombro do fotógrafo.
Carlos olha para o médico saindo da sala e depois volta seu olhar para Pedro, que está com uma expressão, denunciando sua confusão pelo que o médico disse. Carlos realmente não sabe onde colocar a cara.
CARLOS: – Eu posso explicar. – Ele afirma assim que se aproxima de Pedro. – Foi a única forma que eu encontrei para estar aqui com você, pois do contrário, duvido muito que eles iam deixar. – Continua, preocupado com que Pedro possa pensar.
Pedro sorri enquanto encara Carlos.
PEDRO: – Pelo menos alguém me acha importante à ponto de mentir para estar comigo. – Comenta, abaixando a cabeça devagar.
Pedro começa a se lembrar do que de fato aconteceu na última noite em que Carlos dormiu em sua casa, então se sente um bocado envergonhado. Carlos percebe que Pedro ficara estranho de repente.
CARLOS: – O que houve? – Indaga, procurando entender o silêncio de Pedro.
PEDRO: – Você não se lembra? – Questiona, levantando o olhar e encarando Carlos.
Carlos acaba deduzindo rapidamente sobre qual fato o amigo questiona, então é a vez dele ficar cabisbaixo e inevitavelmente recordando da relação que manteve com Pedro na última noite antes do acidente acontecer. Os dois voltam a se olhar sem saber o que dizer um para o outro. A imagen escurece rapidamente.

CENA 6: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | QUARTO DE RODRIGO | INTERIOR | TARDE
A imagem se restabelece enquanto mostra Rodrigo colocando algumas coisas em uma mala.
Rodrigo tem os olhos marejados enquanto procura colocar em sua mala apenas o essencial. Depois de feito a mala, ele se aproxima de uma pequena mesa no qual tem papel e caneta. Ele se põe a escrever algumas coisas importantes e assim que termina, volta a se aproximar da cama, pegando a mala e seguindo para a porta. Assim que ele abre a porta, fica cara a cara com Mirela.
RODRIGO: – Mirela! – Diz, demostrando surpresa, pois não imaginava que a namorada fosse aparecer tão cedo.
MIRELA: – Eu não vou te abandonar, Rodrigo, não vou. – Ela afirma o abraçando fortemente. Ambos choram abraçados um ao outro.
A imagem se afasta devagar e congela, mostrando os dois abraçados.

CONTINUA…

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