Capítulo 07
NO CAPÍTULO ANTERIOR...
“Ao chegar ao
apartamento de Murilo, Nanda apertou a campainha, então Raquel abriu a porta,
seminua e com o cabelo bagunçado. Nanda ficou perplexa ao vê-la. Ela então foi
ao quarto de Murilo, e logo o viu sem roupa na cama, supostamente dormindo:
NANDA: —Raquel,
você e o Murilo...
RAQUEL
(SORRINDO): —Isso mesmo! Acho que já está na hora de você saber que eu sou
amante do Murilo há um tempão.
Ao chegar em sua
casa, quando ia entrando, Nanda ouviu alguém chama-la:
PESSOA
MISTERIOSA: —Fernanda, minha filha!
A moça ficou
assustada.”
FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE
CENA 1. EM FRENTE A CASA DE NANDA. RUA SEM
MOVIMENTO. NOITE.
Ao virar-se, Nanda reconheceu a pessoa: era sua mãe. Susana se
despediu de Nanda e foi embora. Raissa ficou emocionada ao ver a mãe e as três
entraram na casa. Naná, assim era apelidada a mulher, explicou o motivo por ter
ido à procura das filhas:
CENA 2. CASA DE NANDA. SALA. INTERIOR. NOITE.
NANÁ: —Eu estava muito feliz com Jorge, mas ele fez algo que nunca
imaginei que pudesse fazer: me bater.
A mulher mostrou os hematomas às filhas, que ficam horrorizadas.
NANDA: —Você nunca teve sorte com marido, né mãe!
NANÁ (AOS PRANTOS): —Pois é minha filha. Só tenho vocês para me
ajudarem.
RAISSA: —Nanda, a mamãe pode ficar? — perguntou Raissa.
NANDA (EMOCIONADA) —Claro! Vai morar conosco agora.
NANÁ: —Obrigada, sabia que podia contar com vocês!
Ao perceber que a filha estava triste, Naná perguntou:
NANÁ: —Minha filha aconteceu alguma coisa? Percebo nos seus olhos
que está triste!
NANDA (CABISBAIXA): —Acabei de saber que meu noivo me traiu!
Após deixar Nanda e a irmã, Susana voltou ao apartamento de Murilo
e tirou uma foto do homem com Raquel, na cama. Ele permanecia dormindo.
Cena 3. APÊ DO MURILO. QUARTO. INTERIOR. NOITE.
SUSANA: —Deixarei esta foto na casa da panaca, e ela vai poder
provar ao gatinho aqui, quando ele a procurar, que realmente foi traída por
ele.
RAQUEL: —E meu pagamento?
SUSANA: —Passe amanhã na minha loja por volta do meio-dia.
Antes de sair, Susana voltou ao quarto e deu um beijo na boca de
Murilo:
SUSANA (COM SUM SORRISO MALICIOSO): —Você será meu!
CENA 4. APÊ DO MURILO. INTERIOR. DIA.
No dia seguinte, Murilo acordou, mas sem entender por que estava
nu, e sentindo que alguém esteve no seu apartamento. Ele logo lembrou que não
foi ao jantar que tinha marcado com a noiva e se desesperou.
CENA 5. CASA DE NANDA. SALA. DIA.
Naná cuidava dos serviços domésticos, quando viu um envelope
debaixo da porta. Ao receber o envelope, Nanda abriu e viu uma foto de Murilo e
Raquel na cama. Mais tarde, quando já ia saindo para trabalhar, Murilo chegou.
Ela ficou séria, e quando o rapaz tentou beijá-la, ela deu uma tapa no rosto
dele e disse:
NANDA (IRRITADA): Cachorro! Você me trai e depois vem me beijar?
MURILO (CONFUSO): —Com assim, não estou entendendo meu amor!
NANDA (MOSTRANDO A FOTO): —Olha essa foto, é você e a safada da
Raquel. Que dor terrível a da traição.
MURILO (CHORANDO): —Meu amor eu juro que não te traí. Não estou
entendendo nada, não conheço essa mulher.
NANDA (AOS PRANTOS): —Eu vi com esses olhos, não adianta Murilo,
nosso noivado acabou. Fica com a Raquel, já estão de caso há tanto tempo!
Murilo ficou muito confuso, e foi embora sem entender nada. Nanda
foi à loja de Susana, e desabafou.
CENA 6. LOJA DA SUSANA. INTERIOR. DIA.
NANDA (TRISTE): —Susana, minha amiga, a minha vida perdeu o
brilho. Depois do que aconteceu ontem, nunca mais serei a mesma. Eu amo o
Murilo, mas ele me traiu, e logo com a Raquel.
SUSANA (SE FAZENDO DE DESENTENDIDA):—Aquela é a Raquel, a tal
prostituta que era sua amiga?
NANDA: —Infelizmente sim, estou tão decepcionada!
SUSANA: —Não fica assim amiga, talvez ele tenha uma explicação.
Nanda então tirou a foto da bolsa e a mostrou.
SUSANA (FINGINDO-SE SURPRESA): —Que horror! Ah não, um homem desse
tipo não merece você. Onde conseguiu essa foto?
NANDA: —Deixaram na minha casa, certamente foi a Raquel pra me
deixar pior do que eu já estava.
As duas se abraçaram, e Susana sentiu-se vitoriosa.
CENA 7. APÊ DO MURILO. QUARTO. INTERIOR. DIA.
Murilo caiu numa melancolia. A faxineira ficou preocupada com o
rapaz, e ligou para a mãe dele. Preocupada, a mãe de Murilo decidiu ir para
Fortaleza às pressas.
CENA 8. ÔNIBUS. INTERIOR DO VEÍCULO. DIA.
Com muita avidez, no ônibus, Jardel ligou para Róbert, e avisou
que já estava a caminho. Algumas horas depois, o garoto desembarcou em
Paraipaba, e Róbert já estava a sua espera. Os dois então foram para a casa do
rapaz.
A mãe de Murilo pegou o voo mais próximo e seguiu viagem. Em pouco
tempo, chegou ao apartamento do filho e começou a dar sermão, piorando cada vez
mais o estado do rapaz. Após a chegada da mãe, Susana apareceu no apartamento
de Murilo.
CENA 9. APÊ DE MURILO. SALA. INTERIOR. DIA.
SUSANA: —Murilo, sinto muito pelo que aconteceu. Estou aqui para
ajuda-lo, e fazer companhia a você.
MURILO: —Obrigado Susana pelo apoio, minha mãe também veio me
consolar.
REGINA: —Eu sempre falei para o meu filho não confiar naquela
mulherzinha, mas ele nunca me ouviu.
MURILO: —Mãe, por favor, sem sermões!
Murilo sentiu-se bem com a solidariedade da moça, e sua mãe logo a
simpatizou.
CENA 10. CASA DE RÓBERT. INTERIOR. DIA.
Após o almoço, Jardel e Róbert foram assistir filmes. Jardel
estava muito nervoso, e cada vez mais tinha certeza que já amava o rapaz.
Durante todo o sábado, os rapazes viveram momentos de muito amor e prazer.
Susana passou a tarde toda na casa de Murilo e só foi embora à noite.
No dia seguinte, na manhã de domingo, alguém bateu na porta da
casa de Nanda: era Murilo.
CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO
“À noite, Róbert
levou Jardel para conhecer a cidade. Foram à praça da matriz, sorveteria,
parque e outros locais.
RÓBERT: —Sabe
Jardel, meu primeiro amor foi uma garota que mora aqui mesmo em Paraipaba. Até
hoje às vezes me pego lembrando dela.
JARDEL
(ESTRANHANDO): —Sério? Pensei que você fosse gay!
RÓBERT: —Eu me
considero bissexual, e gosto realmente muito dela. Não deu certo o nosso
namoro, mas às vezes ainda penso numa possível volta com ela, ainda tenho muita
atração por ela.”
0 Comentários