Um Amor de Chocolate | Capítulo 016.



UM AMOR
DE CHOCOLATE
CAPÍTULO 016.

Buenos Aires - Argentina.

CENA 01/GRANDE HOTEL BUENOS AIRES/EXT/DIA.

(Ana Francisca e Bernardo chegam ao grande hotel Buenos Aires)

Ana Francisca: Nossa, como é lindo a entrada deste hotel.

Bernardo: Você ainda não viu nada, vamos entrar!

(Ana Francisca e Bernardo adentram o local)



CENA 02/SÍTIO DE LAURINDA/INT/DIA.

Laurinda: Será que eles tão bem na tar das Argentina?

Marcia: Mais claro benhê, quem que num queria tar em Buenos Aires?

Laurinda: Só ispero que com essa viaji a Aninha isqueça tudo de mar que cunteceu cum ela..

CENA 03/CASA DE JEZEBEL/INT/DIA.

(O advogado Carlos chega para fazer a leitura do testamento)

Jezebel: Bom dia senhor Carlos. Quer um cafezinho?

Carlos: Não, obrigado. Podemos começar a leitura do testamento?

Jezebel: Sim, podemos.

Carlos: Então vamos lá... No testamento os bens estão divididos assim:
Cinquenta por cento da fortuna para sua filha Olga, e os outros cinquenta por cento para sua filha Ana Francisca.

Jezebel: O que? Eu não recebi nada?

Carlos: Ele preferiu dividir tudo igualmente entre as duas filhas. Mas provavelmente elas não a deixarão desamparada.

Jezebel: Isto é um absurdo!

Carlos: Onde está a senhora Ana Francisca para assinar o recebimento de sua herança?

Jezebel: Ela não quer a herança!

Carlos: Como a senhora sabe disto?

Jezebel: Ela me disse que se recusa!

Carlos: Então no caso a herança só pode ser recusada se a beneficiada assinar um documento negando o recebimento da herança.

Jezebel: Então vamos para a fazenda onde ela mora. Ela com certeza irá assinar!

CENA 04/GRANDE HOTEL BUENOS AIRES/INT/DIA.

Bernardo: Ana, vamos fazer compras?

Ana Francisca: Para que?

Bernardo: Hoje vai ter uma exposição de uma pintora Brasileira aqui no saguão do hotel.

Ana Francisca: E quem é esta pintora?

Bernardo: É uma pintora que está ganhando a fama Tarsila do Amaral, uma artista modernista.

Ana Francisca: Então vamos às compras.

Bernardo: Depois quero conversar com você. Mais só depois de renovarmos seu guarda roupa.

CENA 05/SÍTIO DE LAURINDA/EXT/DIA.

(Jezebel, Carlos e Olga chamam Ana Francisca)

Laurinda: O que ocêis querem aqui?

Jezebel: Onde está a caipira da sua neta?

Laurinda: Em primeiro lugar ocê arespeita minha neta, ou então eu lhe meto a mão na sua fuça. E segundo que não ha de ser da conta de ocê.

Jezebel: Vá, chame ela. Ela tem que assinar esse documento!

Ana Francisca: Ela num tá não. E ela num há de assinar nada que vem de vosmecê.

Jezebel: Eu vou entrar aí para procurar ela de qualquer jeito!

Timóteo: A mas  num vai não!

Jezebel: Eu quero ver que é que há de me impedir!

Olga: É! Queremos ver!

(Timóteo joga Olga e Jezebel no chiqueiro)

Olga: Ja chega! Vamos embora mamãe.

Jezebel: Aí como eu  sofro!

CENA 06/PREFEITURA/INT/DIA.

(Pitágoras telefona para Danilo e conta sobre a morte de Jackes. Ele pede para que ele volte)

Danilo: Está bem, amanhã mesmo embarcarei para Ventura.

Pitágoras: Está bem filho, eu e a Olga estamos te esperando na estação ferroviária.
Danilo: Eu terei uma conversa decisiva com a Olga.

Pitágoras: O que?

Danilo: Depois você irá saber. Agora tenho que desligar, pois tenho que arrumar minhas malas.

CENA 07/GRANDE HOTEL BUENOS AIRES/EXPOSIÇÃO/INT/NOITE.

(Ana e Bernardo olham os quadros da exposição)

Ana Francisca: Esses quadros são meio estranhos... Pessoas com pernas grandes e cabeças pequenas.

Bernardo: É a arte modernista que está revolucionando a américa meu amor! Minha querida, vem comigo conhecer minha mãe.

(Bernardo apresenta Ana Francisca à sua mãe Cristina)

Cristina: É um prazer te conhecer Ana Francisca. Eu quero agradecer você e sua família por terem acolhido meu filho.

Ana Francisca: Imagine.

UM DIA DEPOIS

CENA 08/GRANDE HOTEL BUENOS AIRES/INT/DIA.

Bernardo: Eu queria conversar com você ontem, mais não deu.

Ana Francisca: Pode me falar.

Bernardo: Desculpe minha intromissão em um assunto seu em particular. Mais você não pensa em se vingar de tudo o que aquelas duas megeras fizeram com você? Eu sei que você pode estar sem coragem, ou até mesmo com vergonha. Só que você não pode deixar que façam isto com você. Se você for deixando você nunca irá conseguir se defender de nada.

Ana Francisca: Este assunto é muito doloroso pra mim.

Bernardo: Más elas te usaram, te enganaram. Eu não estou pedindo para você se vingar; só estou pedindo para pensar e criar coragem.
Ana Francisca: Eu não sei… Vou pensar, talvez você tenha razão!

CONTINUA...


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