Cena
1. Interior. Mansão dos Meirelles – Escritório – Manhã.
Maria da Glória: Não.... Senhor! Eu ia para a cozinhar. E
resolvi passar pelo o escritório. Para saber se você ia precisar de mim.
Vicente: (Raiva) Se eu fosse precisar de você, eu mandava
ir te chamar. Eu odeio gente no meu pé. Me diga, o que você escutou?
Maria da Glória: Toda a conversa. Eu estou sem palavras, para dizer o que estou pensando do senhor.
Vicente aperta o pescoço de Maria da Glória.
Vicente: Não ouse,
em qualquer hipótese, contar para a minha mulher.
Maria da Glória: Eu... (Quase sem fala) Não conto nada. Eu
prometo, me senhor!
Vicente: Promete?
Maria da Glória: Sim. Eu... estou sem fôlego. Pode me soltar.
Vicente solta o pescoço dela e ela toma um alivio.
Vicente: Eu não queria te fazer isso, mas foi obrigado.
Me perdoa!
Maria da Glória: Não vou contar nada. Você tem minha
palavra.
Vicente: Bom, eu
gosto é de pessoas assim, sinceras e obedientes. Agora volte para a cozinha, de
onde nem deve sair, e cale essa sua boca.
Maria da Glória: Com licença, meu senhor! A cozinha me
espera.
Maria da Glória pega o copo do chão e vai para a cozinha.
Cena
2. Interior. Casa de Rodrigo – Quarto de Rodrigo – Manhã.
Rodrigo toca, Sônia entra no quarto do filho
Rodrigo: Mãe.... O que traz à senhora, no meu momento de
descontração?
Sonia: Nós temos um jantar hoje à noite. Na mansão dos
Meirelles.
Rodrigo: Na mansão da Julia e da Juliana?
Sônia: Sim. A dona Bete, foi quem convidou a gente. Nós
vamos!
Rodrigo: Sim. Fez bem em avisar, aquelas duas são umas
loucas. Me desculpe, mas essa é a forma de falar.
Sônia: O que
houve, meu filho?
Rodrigo: As duas me querem e ao mesmo tempo. É meio que
de louco.
Sônia: Rodrigo, Rodrigo, eu te conheço. Você não é de
reclamar de mulher, não.
Rodrigo: Eu não quero as duas. Eu nem sinto atração por
elas.
Sônia- Mais um motivo para você ir para o jantar. Poderá
conversa com os pais dela.
Rodrigo: Eu não vou pedir elas em dinheiro. Mas vou no
jantar.
Sônia: Então, tudo bem! eu vou descer e te deixar tocar.
Sônia beija o rosto de Rodrigo e sai. Ele toca.
Cena
3. Exterior – Estrada – Tarde.
Um ônibus vem na estrada. CAM Se aproxima dele, que está
cheio de pessoas. CAM Adentra e anda por dentro do ônibus, onde Jussara e
Camila estão sentadas no último banco. CAM foca em Jussara, que dorme debruçada
sobre a filha. CAM sai de dentro do ônibus e ele segue.
Cena
4. Interior – Mansão dos Meirelles – Cozinha – Tarde.
Bete terminou de preparar os pratos para o jantar
Bete: A gente já fez, minha querida Maria da Glória!
todos os pratos para o jantar.
Maria da Glória: Você fez, né? Eu apenas te auxiliei.
Agora falta a sobremesa.
Bete pega a forma com bolo e coloca no forno. Ela se
queima.
Bete: Ai, ai, eu queimei meu dedo! Mas que droga!
Maria da Glória: Você deve ter aquecido o forno por
demais. Isso sempre acontece.
Maria da Glória passa um creme no dedo de Bete.
Maria da Glória: Bom, agora é só esperar. Não vai inchar
e nem ficar cicatriz. Esse creme é muito bom para queimaduras.
Bete: Vai bete, vai cozinhar. Quem manda se meter, onde você não deve.
Maria da Glória: Você não teve culpa. E foi só uma
queimadura. Eu me queimo sempre, e nem faço drama como a senhora.
Bete: Eu fiz minhas unhas. Agora, olha o estado de uma.
Acho que vou para o quarto.
Maria da Glória: Vá, é bom mesmo! Eu cuido de tudo.
Quando o bolo assar, eu mesmo o tiro do forno. Pode deixar, minha senhora!
Bete: Agradecida, Maria da Glória. Vou dormir um pouco,
que eu estou exausta. Preciso está bem! para mais à noite.
Cena
5. Exterior – São Paulo – Tarde.
O ônibus para. Alguns passageiros descem. Jussara e
Camila descem e sem malas.
Jussara: Ai, São Paulo. Minha cidade. Com é bom está de
volta!
Camila: Eu quero ir pro hotel. Eu tô exausta da viajem.
Jussara: Também estou, filha! Vamos ver se algum táxi
aparece.
Um táxi aparece, Jussara para, elas entram.
Cena
6. Interior – Mansão dos Meirelles – Piscina – Tarde.
Julia está sentada na borda da piscina e Juliana banha.
Julia: É melhor sair da piscina, que é minha vez de
entrar!
Juliana: Eu não vou sair agora, querida! Se quiser
banhar, vai ter que esperar eu sair de dentro.
Julia: Você é insuportável mesmo. Eu não te suporto.
Juliana: Azar o seu. Eu nem ligo para isso. Cachorra que
late, não morde.
Julia: Do que, que você me chamou?
Juliana sai da piscina e fica na borda.
Juliana: Você é surda?
Julia: Não. Agora, eu vou te dá uma lição. Para você
aprender a não mexer comigo.
Juliana: Eu estou morrendo de medo. Vem me bater, sua
louca de pedra!
Julia: À é. Pois vamos ver quem fica com o Rodrigo.
Juliana: Não fale no nome dele. Ele não entra na nossa
conversa.
Julia: Tá com ciúmes, minha irmãzinha?
Juliana: Sim. Você já me tira do sério e pensa que vai
ficar assim.
Julia: O que você vai fazer?
Juliana: Você não queria entrar na piscina?
Julia: Sim.
Juliana: Eu já deixo você entrar. É agora, que você vai
ter o que tanto quer.
Juliana empurra Julia, que cai de costas na piscina. Ela
se afoga.
Julia: Socorro, socorro! Eu estou me afogando.
Julia: (Debocha) Pode morrer. Para de brincadeira, que
essa piscina e rasa e que você se dane.
Álvaro chega na piscina e ao ver Julia se afogando, ele
pula na piscina e tira ela de dentro. Eles vão para o a borda. Juliana corre
para dentro.
Álvaro: Você está bem?
Álvaro faz movimento com ela, que cospe água pela boca.
Julia: Eu... eu. Estou bem. Eu mato a Juliana! Eu mato!
Álvaro leva Julia para dentro da mansão.
Cena
7. Interior. Casa de Rodrigo – Sala de Estar – Noite.
Sônia e Rodrigo se preparam para sair.
Rodrigo: Eu vou levar essa garrafa de champanhe. Não
quero ir de mãos abanando!
Rodrigo: Sim, faz certo. Eu estou bonito, Dona Sônia?
Sônia: Está lindo. Você sempre lindo. Agora vamos, que
nós estamos atrasados.
Rodrigo sai de frente ao espelho e eles vão para o
jantar.
Cena
8. Interior. Mansão dos Meirelles – Sala de Jantar – Noite.
Todos estão à mesa de jantar. Bate, Vicente, Julia,
Juliana, Sônia e Rodrigo.
Sônia: Eu agradeço o convite do jantar. Eu fico muito
agradecida.
Vicente: A gente é que agradece, eu e a Bete, você sempre
é atenta com a nossa família.
Sônia: Sim. Eu tenho um carinho em especial por vocês.
Rodrigo: E as meninas? Elas não vão desce?
Bete: Estão se arrumando. Aquelas lá, demoram um tempo
para ficarem prontas.
Sônia: Vicente, e como vai na empresa?
Vicente: Bem, eu estou me expandindo nos negócios.
Obrigado você, pela preocupação.
Maria da Glória chega na mesa de jantar.
Maria da Glória: Posso servir o jantar?
Bete: Temos que esperar as minhas filhas. Mas pode
servir, que elas não vem agora.
Maria da Glória serve o jantar. Bete se preocupa com a demora
das filhas.
Rodrigo: Elas vem, Dona Bete. Elas vem por minha causa.
Bete: Está rolando algo entre vocês, Rodrigo?
Rodrigo: Digamos, que sim! Mas não é nada decisivo.
Apenas nos curtimos e saímos algumas vezes.
Bete: Eu mesma foi quem fiz o jantar. Claro, com a ajuda
da Maria da Glória, que é minha cozinheira e fiel amiga.
Maria: Eu agradeço o carinho. Com licença. Eu vou na
cozinha.
Maria da Glória sai. E eles ficam à jantar.
Cena
9. Interior. – Mansão dos Meirelles – Quarto do Casal – Noite.
Julia mexe na gaveta do quarto dos pais. Ela pega uma
arma.
Julia: Se hoje Juliana, você me provocar mais um vez. Eu
vou te matar!
Em Julia, olhando a arma.
CONTINUA......