Capítulo 23
O Preço da Traição
CENA 1/ FÁBRICA REI DO
FUMO. SALA DE REUNIÕES/ INTERIOR/ DIA
Reunidos na grande sala de
reuniões, Nathan, Luís, Marcela e Fano, permanecem cabisbaixos, desconfiados,
amedrontados.
Jean, Aroldo e Bartô
entram. Jean fecha a sala e pede a atenção de todos.
Jean
– Bom dia.
O Bom dia é de maneira
coletiva porém se alarde, ainda em clima de tensão.
Jean
– Bem senhores e senhora (Olhando para
Marcela). Convoquei essa reunião logo cedo para lhes informar que hoje
mesmo um Juiz de nome Ricardo Brandão expedirá minha prisão preventiva por
cumplicidade a falsa morte de Armando Cardona.
Todos de olham espantados.
Bartô que estava em pé próximo de Luiz na ponta da mesa toma assento quase sem
cor.
Jean
– Surpresos?! Eu também fiquei. Armando Cardona, está vivo. A pessoa eu mais
admirei, que mais respeitei depois de minha mãe me enganou.
Luís
– E enganou a todos. Estou chocado, no chão. (Segurando o queixo) Que tiro!
Jean
– Aroldo me garantiu que a minha prisão é o de menos...
Luís
– E tem toda a razão, Jean.
Jean
– Agora o que realmente me preocupa é que há nesta sala um traidor.
Clima tenso, todos se
olham e tornam a encarar Jean.
Jean
– Alguém ou mais de uma pessoa sabia de todos os planos de Armando Cardona e o
ajudou, foi conivente e sabia que uma pessoa estava sendo enganada.
Luís
– Mas Jean, todos nós aqui sabemos que Armando tinha ligações que até Deus
desconhece. Quem garante que alguém deste grupo o ajudou ou sabia de todos os
seus planos?
Jean
– Eu tenho certeza e uma coisa eu garanto a todos vocês. Se há um traidor essa pessoa,
seja ela quem for vai pagar com a sua própria vida.
Mais uma vez o clima pesa,
troca de olhares e transpirações de medo. Jean, segue perguntando a cada um.
Jean
– Luís?
Luís
– Jean, pelo amor de Deus, jamais.
Jean
– Marcela?
Marcela
– Não Jean, você mesmo sabe que eu trabalhei durante quase 20 anos para Don
Armando e jamais tive qualquer aproximação dele além da profissional.
Jean
– Nathan?
Nathan
– Tu sabes que sou advogado e jamais concordaria com uma coisa dessas.
Jean
– Será mesmo?! (Encarando, Fano) E você,
Fano?
Fano
– (Sério, firme) Não, tu mesmo sabes
que eu queria estar no teu lugar.
Jean
– Porém mudou de planos não é?!
Bartô, permanece na sala,
um pouco nervoso e então é surpreendido por, Jean.
Jean
– Bartô?
Bartô
– (nervosíssimo) Jean, por favor, eu não acredito que está me
fazendo uma pergunta assim.
Jean
– E quero que me responda, Bartô.
Bartô
– Eu tenho nada com a falsa morte de Armando Cardona.
Jean,
olha para todos.
Jean
– Ok. Todos estão dispensados agora. Obrigado!
CENA 2/ FÁBRICA REI DO
FUMO. SALA DE REUNIÕES/ INTERIOR/ DIA
Enquanto a maioria sai da
sala, Aroldo parabeniza Jean, com um tapinha no ombro. Bartô se aproxima.
Bartô
– Jean [...]
Aroldo, encara Bartô, e
diz a Jean.
Aroldo
– Mais uma vez, Jean, obrigado. Até
mais meu querido.
Sai.
Bartô
– O que foi aquilo, hein? Perguntar a
mim se eu tenho conchavo com Armando Cardona.
Jean
– Você é filho dele não é?
Bartô
– Você só pode estar maluco, Jean. É o poder que subiu à cabeça é? Cuidado pode
estar chegando ao fim.
Dá os ombros a Jean e sai.
Bartô
– Vou me embora, boa estadia no xadrez.
Jean, ameaça ir atrás, mas
recua.
Jean
– Filho da [...]
CENA 3/ FABRICA REI DO
FUMO. RECEPÇÃO/ INTERIOR/ DIA
Marcela, recebe Irlana e
um outro Policial.
Irlana
– Bom dia!
Marcela
– Bom dia!
Irlana
– O senhor, Jean Ribeiro.
Jean, aparece na porta da
sala de reuniões, sem medo.
Jean
– Estou aqui!
Irlana, se aproxima o
encara e sorri com deboche.
Irlana
– Finalmente estou frente a frente com o famoso rei, Jean Ribeiro. É uma pena
que as notícias para senhor não sejam tão boas – Sorri – Acha mesmo que vai chegar tão longe como Armando Cardona?
Jean
– Não sei do que está falando, minha senhora.
Irlana
– (gargalhada) Venha, nos acompanhe.
E sai com Irlana, e seu
companheiro.
CENA 4 / RECEPÇÃO. CASA DE
CAROL/ INTERIOR/ DIA
Após a saída dos policiais,
Marcela corre para o telefone e liga para, Carol.
Marcela
– Acabaram de levar o rei para a cadeia.
Carol
– Marcela, não me deixe mais pilhada que já estou.
Marcela
– Pois então vá vê-lo, eu sei que é isso que você quer. Não seja boba... assim
que eu sair do escritório passo aí para te pegar.
CENA 5/ CELA DE JEAN /
INTERIOR/ NOITE
Jean, aguarda na cela, a
chegada de Nathan.
Nathan – Mil disculpas,
Jean.
Jean
– (levanta-se e segura-se nas grades) O que houve?
Nathan
– Terá que passar a noite aqui, amanhã faço o pagamento da sua fiança.
Jean, desanima e Nathan passa
o dedo indicador nos seus dedos.
Nathan
– Lamento pelo que está passando, muito mesmo.
Jean,
o deixa acarinhar sua mão e não fala mais uma única palavra.
CENA 6/ CELA DE JEAN/
INTERIOR/ NOITE
Carol, chega acompanhada
pelo agente prisional que durante o caminho a adverte.
Agente
– Minha senhora, a Dra. Liberou porque se trata de um preso celebridade, mas
não vai ser sempre assim.
Jean, enxerga, Carol que
fica um pouco balançada.
Jean
– Carol.
Nathan
– Carolina é um prazer vê-la. Até logo.
Nathan, sai.
Carol
– Como você está?
Jean
– Aqui!
Carol
– Eu não sabia de nada, Jean, eu juro, tá me ouvindo?
CENA 7/ CASA DE JEAN E
BARTÔ/ INTERIOR/ NOITE
Bartô abre a porta, e
Aroldo entra, perguntando por Jean.
Aroldo
– E Jean?
Bartô
– Não está, provavelmente vai passar a noite preso. O que você faz aqui?
Aroldo
– Iria tratar de negócios com Jean. Já vou embora.
Aroldo, vai saindo porta a
fora e Bartô lhe chama.
Bartô
– Está apaixonado por ele?
Aroldo, vira-se para ele.
Aroldo
– O que disse?
Bartô
– Que você está apaixonado pelo Jean, e não consegue disfarçar nem pra você
mesmo.
Aroldo
– Bartô, Bartô, vai com calma com o álcool e com a coca está se tornando um
homem descerebrado.
Bartô, fecha a porta com
força e apoia-se nela. Em tom de choro.
Bartô
– Está apaixonado por ele sim.
CENA 8/ CASA DE JEAN E
BARTÔ/ EXTERIOR/ NOITE
Bartô, prepare-se para
sair com o carro, e a sua porta um policial à paisana liga para Irlana.
Policial
– O moço vai sair... vou informado, mas tá parecendo festa, viu?!
CENA 9/ BALADA LGBT/
INTERIOR/ NOITE
Bartô, chega na festa
encarando um rapaz que está próximo do Balcão, e então Bruna Vitória, que agora
se chamara Dani, esbarra nele deixando a bebida molhar sua camisa.
Bruna
– Ai meu Deus. Olha que desastrada. Mil desculpas.
Bartô
– Não foi nada.
Bruna
– Preciso ajudar você, vamos sair daqui é muito barulhento.
Bartô,
sorri e os dois se encaram como se uma verdadeira amizade já tivesse nascido.
CONTINUA...
congelamento final de capítulo Bartô Galeno
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