Capítulo
14:
Cena 1: Paramaribo-SME. Hotel
Courtyard by Marriott/ Área de Lazer/ Exterior/ Manhã.
Helena: Então
você pode me levar até lá?
Dionísia: Mas
é claro que eu posso, querida, até porque a minha filha está lá.
Eric: Você
conhece todo aquele lugar?
Dionísia: Sim,
eu conheço e sei também que a segurança de lá é extremamente forte.
Camila: Gente,
isso é tudo o que precisávamos nesse momento.
Helena: Olha,
eu tenho um plano muito bom, precisamos arriscar todas as nossas cartas.
Eric: Já
conversamos sobre isso e você não pode se arriscar.
Helena: É
um plano perfeito, Eric.
Eric: Eu
não suportaria te perder e nem aceitar que algum homem te toque.
Helena: Pelos
filho devemos fazer tudo, até porque foi eu quem deixou a situação chegar a
esse ponto.
Camila-(confusa): Gente,
do que vocês estão falando? Eu não tô entendendo nada.
Eric: Uma
ideia maluca que a Helena teve, mas já foi descartada.
Helena-(segura): Ela
não foi descartada, Eric, e agora que vamos descobrir o paradeiro da minha
filha, ela tá mais viva do que nunca.
Camila-(olhando para Dionísia): Quando
podemos ir até essa boate?
Dionísia: Se
quiserem, podemos ir agora mesmo.
Cena 2: Caxias do Sul-RS/ Mansão
Accorsi/ Sala/ Interior/ Manhã.
Dalila olha para seu filho com um
sofrimento profundo, a atitude de Olavo naquele momento, era o silêncio.
Policial 1: Mas
é claro que seu filho fez isso, senhora, o instituto médico legal fez o exame
de corpo e de roupa e foram identificadas as digitais do seu filho.
Dalila-(furiosa): Não
acredito que você se prestou a esse papel, Olavo, eu não acredito nisso, filho!
Olavo-(farto): Não
é o momento de vir com seus mimimis, mamãe, se quiser fazer algo, me tire da
cadeia, porque a Jordânia armou pra mim.
Dalila: Eu
acredito em você, meu bebê, você vai sair dessa cadeia, eu vou provar a sua
inocência.
Policial 2: Chega
de conversa fiada, vamos embora.
Os policiais levam Olavo e Dalila
vai até na porta chorando. Dalila olha para a sala com seus olhos marejados e
se ajoelha no chão, dando um grito, liberando toda a sua dor e fúria. Dalila
pega sua bolsa e sai.
Cena 3: Caxias do Sul- RS. Galpão/
Interior/ Manhã.
Benício tenta soltar-se dos
policiais, mas é inútil.
Benício: Desgraçada,
você não vale nada, Isabel, você vai me pagar por tudo!
Isabel-(cínica): Estão
ouvindo? Ele está me ameaçando, eu tô indignada com isso.
Benício: Você
planejou tudo isso, mas você não vai conseguir manter esse crime por muito
tempo, você vai estar onde merece, na cadeia, porque foi você quem matou esse
homem!
Isabel: Cale
a boca, eu posso te processar, você está me acusando de ter feito algo que foi
você.
Benício: Você
é uma cínica, Isabel, como pode ter coragem?
Os policiais levam Benício até o
camburão, Isabel acompanha a cena da porta do galpão e sorri, os policiais vão
até ela e a chamam para acompanhá-los.
Cena 4: Paramaribo- SME. Boate Sexy
Body/ Quarto/ Interior/ Manhã.
Diana e Maria Eduarda estão
limpando o mesmo quarto, o mesmo que estava com o buraco debaixo da cama.
Diana: Eu
estou pensando no que nós podemos fazer pra furar esse buraco, vai causar um
barulho enorme, o cabo da vassoura não é capaz de quebrar um pouco da parede,
não temos nada de pesado.
Maria Eduarda: Acho
que nós podemos pensar em alguma coisa que vai nos ajudar, tem que ter.
Diana: Eu
tive uma ideia, mas para isso, preciso fazer uma coisa.
Maria Eduarda: O
quê?
Diana: Aquele
hoje que eu tive que fazer sexo com ele ontem, ele me disse que daria o que eu
quisesse, se ficasse só com ele.
Maria Eduarda: Mas
o que isso tem a ver?
Diana: Nós
não podemos fazer barulho, vou ter que pedir ele uma lixa, nós não podemos dar
bandeira, e eu digo pra ele, que se ele me tirar daqui, eu caso com ele.
Maria Eduarda: Mas
será que o Ronald vai querer?
Diana: Não
sei, Duda, eu só sei que vou fazer de tudo pra te tirar daqui, você e a clara,
mas caso eu saia daqui, eu vou deixar um bilhete debaixo da cama, vou jogar
pelo buraco e você vai fazer aquilo que eu te instruir.
Maria Eduarda-(esperançosa): Se
Deus quiser, vai dar tudo certo, eu acredito em você, amiga.
Maria Eduarda e Diana se abraçam,
sorridentes, mas elas são surpreendidas com a chegada de James, que aponta a
arma para elas.
James: Que
bonito, planejando a fuga de vocês!
Diana-(assustada): James?
James: Quem
eu devo matar primeiro? –aponta para
Diana- Você? –aponta para Maria
Eduarda- Ou você?
Maria Eduarda: Não
é nada disso que...
James-(grita): Cale-se,
sua cobrinha! Vocês estão achando que me enganam?
James dispara um tiro, porém no teto. As meninas se
assustam.
James: Tentem
mais uma vez e vão ver o que acontece, e quanto a esse buraco, vocês vão ver se
eu não tampo.
James coloca a arma na cintura e se
aproxima da cama, agacha para ver o buraco, Diana consegue ser rápida e toma a
arma de James, a menina pega o homem pelo pescoço e aponta a arma na cabeça
dele.
Diana: Se
eu, a Clara e a Duda não sairmos daqui, você morre.
James fica com medo.
Cena 5: Paramaribo-SME. Hotel
Courtyard by Marriott/ Recepção/ Interior/ Manhã.
Camila está sentada no sofá da
recepção e fica chocada ao ver Ronald entrando no hotel, os dois se olham
fixamente. Ronald vai até a mulher.
Ronald-(intrigado): Meu
amor, o que você faz por aqui?
Camila-(furiosa): Meu
amor? Seu desgraçado, como você tem coragem de me chamar de meu amor?
Ronald-(debochando): Está
bravinha, meu bem? Pensei que já tinha me perdoado.
Camila: Perdoei
tanto que eu nem te quis mais na minha casa.
Ronald pega Camila pelo braço.
Ronald: Não
se esqueça de que eu tenho um filho com você, Camila.
Helena-(surpreendendo): Eu
tenho uma filha com você também, Ronald!
Ronald vira-se e surpreende ao ver
Helena.
Cena 6: Caxias do Sul- RS.
Apartamento de Jordânia/ Sala/ Interior/ Manhã.
Jordânia fica assustada quando abre
a porta do seu apartamento e Dalila entra furiosa.
Jordânia: Já
imagino o motivo da sua visita, Dalila.
Dalila-(furiosa): E
você ainda fala isso numa tranqüilidade imensa?
Jordânia: Eu
já tinha conversado com o Olavo e foi ele quem veio aqui no meu apartamento me
agredir!
Dalila: Não
seja hipócrita, Jordânia, eu sei que foi tudo uma armação sua e daquele seu
namoradinho.
Jordânia-(chocada): Como
você pode pensar uma coisa dessas de mim, Dalila?
Dalila: Depois
da vadia que você tem se revelado pra mim, eu não duvido de mais nada, espero
que você faça o que é certo e tire meu filho da cadeia.
Jordânia vai até Dalila e a segura
pelo braço.
Jordânia: Eu
não aceito que você fale assim comigo, você vai embora da minha casa agora.
Jordânia puxa Dalila, que solta-se
e dá uma bofetada nela.
Jordânia: Como
você tem coragem de encostar em mim?
Dalila: Cachorra,
vagabunda, eu vou acabar com a sua vida!
Jordânia-(farta): Mas
é muita audácia.
Jordânia dá uma bofetada em Dalila
e com a mesma mão conclui outro. Jordânia pega a mulher pelo braço e a leva até
a porta, as duas insultam uma a outra. Jordânia abre a porta e joga a mulher
pro lado de fora, que cai no chão.
Dalila-(com ódio): Você
vai se arrepender, Jordânia, você vai desejar nunca ter nascido!
Jordânia fecha a porta na cara de
Dalila.
Cena 7: Paramaribo- SME. Boate Sexy
Body/ Salão/ Interior/ Manhã.
Clara chega no local e vai até
Diana e Maria Eduarda. Diana continua fazendo James de refém.
Diana: Isso,
muito bem, vocês estão fazendo um ótimo trabalho! Agora é para vocês chamarem
todos aqueles bandidos que estão do lado de fora, pra dentro, aí vocês vão
deixar a gente ir embora, vão nos dar a chave da boate, porque nós vamos
trancar a porta, vamos levar o James com a gente até a porta, e quando trancar
ela, a gente solta ele e joga a chave, e não tentem nos pegar, porque vou fugir
com a arma e posso atirar nele qualquer hora, já tive um namorado traficante e
ele me ensinou atirar.
James: Façam
o que ela mandar, eu não vou morrer.
Diana: Você
fica uma gracinha obediente.
Clara: Posso
fazer uma coisa, Diana?
Diana: Claro
que sim, amoré.
Clara dá um chute no órgão genital
de James, que geme de dor. Os seguranças que estavam do lado de fora, entram,
Diana e as meninas saem e trancam a porta. Maria Eduarda dá um chute no órgão
genital de James e ele cai no chão agonizando de dor, enquanto elas fogem e
sorriem comemorando a liberdade.
Cena 8: Paramaribo-SME. Hotel
Courtyard by Marriott/ Área de Lazer/ Exterior/ Manhã.
Ronald permanece em choque olhando
para Helena.
Helena: Desgraçado,
você não vai falar nada não?
Ronald: Oi,
Heleninha, veio buscar sua filha?
Helena-(furiosa): Desgraçado,
como você teve coragem de fazer o que fez?
Ronald-(sorrindo): O
mundo, é dos espertos.
Helena-(grita): Malditoooooooooooooooooooooo,
Helena fica muito alterada e dá um
chute no órgão genital de Ronald, a mulher dá vários socos no homem. Helena
empurra Ronald num vidro que é permitido ter uma vista do jardim, quebrando-o
por completo. Ronald cai machucado no jardim e Helena sobe em cima dele, com
muita fúria, a mulher desfere vários tapas na cara do homem.
Helena-(descontrolada): Toma
isso, –tapa- isso –tapa- e mais isso –tapa.
Ronald perde as forças e fica
imóvel. Camila e os seguranças tiram Helena de cima do homem.
Helena-(gritando): Me
solta! Eu vou matar esse homem, ele vai me pagar.
Ronald levanta-se com muita
dificuldade e olha para Helena com seu rosto sangrando e seu corpo dolorido.
Ronald-(ameaçando): Vamos
ver quem vai vencer esse jogo, Helena, vamos ver!
Helena-(furiosa): Você
vai se ver comigo, Ronald, eu não tenho medo de você, eu vou te destruir,
ordinário, pilantra, você vai me conhecer!
Ronald sai do local acompanhado
pelo seguranças, o homem está mancando.
Camila-(chocada): Helena,
mas o que foi isso?
Helena-(determinada): Isso
não é nem o começo, eu vou mostrar para esse desgraçado o que ele vai
enfrentar.
Dionísia e Eric chegam e ficam
assustados ao verem Helena descabelada e o vidro quebrado.
Eric-(preocupado): Gente,
mas o que foi isso?
Camila: A
Helena deu uma surra no Ronald.
Dionísia-(surpresa): Você
teve coragem de fazer isso?
Helena-(pensativa): Não
só tive, como eu fiz, e ele pode esperar muito mais.
Dionísia: Toma
cuidado, Helena, porque se ele resolver cismar com você à partir de hoje, ele
acaba com a sua vida.
Eric e Camila ficam tensos.
Helena-(diabólica): Que
venha, eu vou mostrar pra ele a fúria de uma mãe.
Cena 9: Penitenciária Industrial de
Caxias do Sul/ Sala de visitas/ Interior/ Tarde.
Jordânia está aflita, esperando
Benício, que chega e eles se abraçam. Após o abraço, os dois sentam-se frente a
frente.
Jordânia: Assim
que recebi a sua ligação, eu vim correndo. O que aconteceu?
Benício: Eu
não sei nem como te contar uma coisa dessas, mas a sua mãe é uma assassina.
Jordânia-(horrorizada): O
quê? Mas o que ela fez?
Benício: Me
ligou e disse que queria conversar comigo, aí marcou um encontro e quando
cheguei lá, tinha um homem negro morto, ela me disse que iria te matar, que
tinha uma arma na bolsa dela e que a culpa seria minha.
Jordânia fica boquiaberta com toda
a situação.
Jordânia: E
aí você pegou a arma dela, a polícia chegou e te prendeu?
Benício: Isso
mesmo, meu amor, a sua mãe fez isso comigo.
Jordânia: Hoje
com certeza o queridinho dela foi preso também, mas acho que ela ainda não sabe
de nada. Fiquei sabendo que ele está aqui nesse mesmo presídio, meu amor.
Benício: Será
que eu e ele vamos nos encontrar?
Jordânia: Com
certeza, Benício, mas saiba de uma coisa, eu vou fazer de tudo para te tirar
daqui, nem que eu tenha que ver a minha mãe na cadeia.
Benício-(implorando): Meu
bem, só me promete que nunca vai deixar de acreditar em mim, que não vai me
deixar, que vai vir me visitar, eu sei que é uma humilhação, mas eu te amo, eu
não vou conseguir ficar aqui sem o seu apoio, eu preciso de você sempre do meu
lado, você jamais vai se arrepender de tudo o que fizer por mim.
Jordânia chora e segura nas mãos de
Benício.
Jordânia: Eu
devo minha vida primeiramente a Deus e depois a você, porque se não tivesse me
impedido de pular do prédio aquele dia, eu estaria morta.
Benício: Jordânia,
você é a pessoa mais maravilhosa que eu já vi na minha vida, com certeza é a
mãe para os meus filhos, a mulher que vai passar o resto da minha vida comigo.
Jordânia e Benício se abraçam
fortemente, quando eles vão se beijar, o carcereiro chega e impede.
Carcereiro: O
horário da visita acabou.
Jordânia e Benício seguram a mão um
do outro.
Jordânia-(marejando): Conta
comigo, meu amor.
Benício-(soltando as mãos de
Jordânia e indo embora): Muito obrigado por tudo, eu te amo!
Benício é levado pelo carcereiro e
Jordânia começa a chorar, a jovem escora-se na parede e desce, sentado no chão.
Jordânia-(voz ecoada): Não,
isso não pode estar acontecendo, eu estou sozinha.
Ouve-se barulhos de algumas gotas
caindo no chão com um som ecoado.
Cena 10: Hotel Courtyard by
Marriott/ Quarto de Célia/ Interior/ Tarde.
Célia conversa no telefone.
Célia: Eu
prometo que vou voltar o mais breve possível, minha filha, eu tenho que fazer
isso, em nome dos meus pais e da minha irmã.
Marília: Mãe,
por favor, não estraga a sua vida por causa disso, perdoa a Dionísia e larga
essa vingança pra lá.
Célia: Jamais!
Olha, Marília, eu liguei pra saber como você está e não para ficar falando
sobre essa vingança, porque a Dionísia vai ter o que ela merece.
Marília: Mas
ela está arrependida e isso já basta.
Célia: O
arrependimento dela não vai trazer sua tia de volta.
Marília: Nem
a sua vingança.
Célia: Mas
isso aliviará a minha dor.
Marília: Dentro
de uma cela? A senhora sabia que podem acontecer várias coisas? Pode ser
abusada por mulheres, pode ser morta, pode ganhar uma inimiga que não vai te
deixar em paz, pode virar drogada, pode acontecer várias outras coisas.
Célia: Nenhuma
seria mais dolorosa do que perder uma irmã que tanto se ama, ela era a única
irmã que eu tinha, a única pessoa que brincava comigo, que cuido de mim com
amor.
Os olhos de Célia marejam.
Célia: Filha,
eu tenho que desligar. Fica com Deus, e não se esqueça de que eu te amo.
Célia desliga o telefone e fica
pensativa.
Célia: A
Dionísia estava com aquela mulher, aí aparece um homem e essa mulher arrebenta
ele, a Dionísia não conhece ela e fica de amizade, então eu posso acreditar que
aquele homem é o cara que está com a filha dela nesse tal de tráfico de
pessoas.
Célia vai até a varanda do seu
quarto e olha para a lagoa.
Célia: Vista
linda, Dionísia, uma pena que essa lagoa linda possa carregar o seu sangue!
Cena 11: Rua/ Tarde.
Maria Eduarda, Clara e Diana correm
pelas rua, sorrindo.
Diana-(feliz): Eu
não estou acreditando até agora que nós estamos livres.
Clara: Esse
é o dia mais feliz da minha vida.
Maria Eduarda: Agora
nós temos que achar alguém pra nos ajudar, alguém que nos faça voltar pra casa.
Clara-(cabisbaixa): Eu
nem sei se eu tenho uma casa pra poder voltar.
Diana: Não
se preocupe com isso, Clara, eu e a Maria Eduarda vão te ajudar, tenha certeza
de que você vai estar bem melhor do que dentro daquele maldito bordel.
Maria Eduarda: A
minha mãe deve estar aqui me procurando, ela nunca ia me deixar sozinha.
Diana: Eu
acredito que minha mãe também esteja aqui, ela sabe de todo esse jogo sujo uma
hora dessas, com certeza a Célia já contou.
Clara: Mas
nós não sabemos de nada, e o que vamos fazer enquanto não podemos ir pra casa?
Diana tira um cartão do seu bolso.
Diana-(confiante): Vou
ter que ligar pro meu cliente de ontem, o Gerald vai nos ajudar!
Cena 12: Boate Sexy Body/ Salão/
Interior/ Tarde.
Ronald entra na boate, assustando
James e todos com seu estado físico.
James-(chocado): O
que aconteceu, Ronald?
Ronald: Aquele
vagabunda da Helena me deu uma surra, ela me pegou desprevenido e acabou
comigo.
James-(horrorizado): Aquela
mulher fez isso tudo?
Ronald: Sim,
mas isso não vai ficar barato, vou mostrar pra ela o que é bom pra tosse, e vai
ser a filhinha dela quem vai pagar o pato.
James fica tenso, Ronald percebe e
vê que os seus capangas não se movem para ir buscar Maria Eduarda.
Ronald-(furioso): Vocês
não ouviram? Vão logo pegar aquela putinha mirim!
James: Ronald,
eles não podem pegar a Maria Eduarda.
Ronald: Não?
E por que não podem?
James: Porque
ela, a Diana e a Clara conseguiram fugir!
Ronald fica estressado com a
noticia e chuta uma cadeira.
Ronald: Mas
que porra! Só me faltava essa pro meu dia melhorar. (t) O que aconteceu aqui que elas conseguiram fugir?
James: Elas
acharam um buraco debaixo de uma cama, estavam planejando uma maneira de abrir
ele mais ainda e eu ameacei matá-las, porém eu dei apenas um susto e atirei pro
alto, quando eu fui olhar o buraco, a Diana conseguiu pegar a arma de mim e
ameaçou me matar.
Ronald aproxima-se de James.
Ronald: Da
próxima vez que isso acontecer, você morre, seu inútil!
James: O
que aconteceu com a nossa amizade?
Ronald-(revelando-se): Que
amizade? Nós dois apenas nos damos bem por causa de nossos interesses. Como eu
sempre digo: nessa vida, só você é seu melhor amigo!
Ronald vira-se e vai andando,
enquanto James olha-o maleficamente.
James-(pensando): Então
é cada um por si, não é Ronald?
Cena 13: Penitenciária Industrial
de Caxias do Sul/ Corredor/ Interior/ Tarde.
Jordânia está com o carcereiro que
vai levá-la até a cela de Olavo. Eles viram a esquerda, seguindo um corredor
enorme.
Jordânia-(pensando): Eu
preciso falar tanta coisa com o Olavo, talvez esse seja o momento de dar um
basta em tudo pra ele compreender que deve me deixar em paz.
Jordânia continua andando, mas
antes de virar a direita, ela ouve a voz de sua mãe, Jordânia decide ficar
escondida e ouve Isabel conversando com Olavo.
Isabel: Você
não vai ficar muito tempo aqui, meu amor, eu prometo que vou te tirar desse
lugar.
Olavo: Eu
não poso ficar aqui mesmo.
Isabel: Sim,
e vamos ser felizes como sempre fomos na minha cama, chifrando aquele tição do
meu marido e aquela mimada da minha filha.
Jordânia coloca a mão na sua boca e
com seu olhar expressa estar desacreditada de tudo o que ouve.
Jordânia-(surpreendendo): Tô
atrapalhando o casalzinho infeliz?
Isabel e Olavo ficam desesperados
ao ver Jordânia surpreendendo-os. A jovem olha para sua mãe e seu ex-namorado com
repulsa.
Continua...
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