Capítulo 8:
Cena 1: Casa de
Célia/ Quarto de Marília/ Interior/ Noite.
Marília abraça
Diana, que chora compulsivamente.
Marília: Calma, Diana, eu sei que é difícil de entender, mas
a sua mãe te ama, ela fez de tudo pra você estar aqui.
Diana: Eu preferia ter morrido, Marília, eu jamais queria
estar viva dessa forma.
Célia que estava
atrás da porta, se recompõe e entra no quarto, ela finge estar surpresa e preocupada.
Célia: Meu Deus, mas o que é isso?
Célia vai até Diana e segura as mãos da garota.
Diana- grossa: Sai pra lá, Célia, você é amiga da minha mãe, com
certeza já sabe de tudo!
Célia: Tudo? Eu não estou sabendo de nada. O que aconteceu?
Marília: Mãe, por favor, deixa eu conversar com a Diana e se
ela se sentir à vontade, ela te conta o que está acontecendo!
Célia:
Ok, tudo bem. (t) Mas só esclarecer uma coisa, eu não sei de absolutamente nada
que está acontecendo!
Célia
sai do quarto. Diana abraça Marília novamente.
Cena
2: Paramaribo/ Boate Sexy Body/ Quarto/ Interior/ Noite.
Maria
Eduarda e Clara olham para o velho muito apreensivas.
Clara:
Nos diga logo, você vai nos ajudar
ou não?
Velho-
assustado: Esperem um momento, por
favor!
O
velho vai sair do quarto e Maria Eduarda segura o braço do homem.
Maria
Eduarda- com medo: Você não vai contar
nada pra eles não, né?
O
homem olha para elas e sai.
Clara-
apavorada: Amiga, ele vai contar
para aqueles canalhas.
Maria
Eduarda: Nós duas estamos
ferradas, não acredito nisso!
Maria
Eduarda e clara se assustam com James e Ronald entrando no quarto.
Ronald-
furioso: Então quer dizer que
vocês foram traficadas?
As
garotas ficam aterrorizadas.
Cena
3: Hospital/ Quarto de Benício/ Interior/ Noite.
Isabel
olha para o corpo de Benício com muito ódio, mas sorri maquiavelicamente.
Isabel-
sussurrando: Você vai se arrepender
de ter feito a minha filha se apaixonar por você, era pra ela ter ficado com o
Olavo, seu ordinário!
Uma
enfermeira entra no quarto e Isabel fica assustada.
Enfermeira:
Enfermeira, o que você está fazendo
com essa seringa?
Isabel
sente-se encurralada.
Isabel-
despistando: Esse não é o paciente
que temos que aplicar adrenalina?
Enfermeira:
Não, graças a Deus eu cheguei à
tempo, você poderia fazer uma besteira.
Isabel
está de costas para Benício e ele acorda. Benício olha fixamente para Isabel
que está vestida de enfermeira.
Benício:
O que está acontecendo aqui?
Isabel
fica apavorada e retira-se do quarto. A enfermeira olha estranhando-a.
Benício-
intrigado: Pode me dizer o que
aconteceu?
Enfermeira:
Quase que você leva uma adrenalina
sem precisar, garoto, foi uma sorte eu ter chegado aqui.
Benício-
desconfiado: Se for o que eu estava
pensando, não houve engano nenhum!
Cena
4: Hospital/ Lanchonete/ Interior/ Noite.
Jordânia
e seu pai estão sentados à mesa e conversam.
Jordânia:
Pai, eu já te disse que eu não
larguei o Olavo pra ficar com o Benício?
Jorge:
Mas é o que as coisas estão
parecendo, minha filha, sua forma de agir não demonstra o que você diz!
Jordânia:
Será por quê? Será que não é porque
vocês querem pensar dessa forma? E a forma com a qual minha mãe é racista? Ela
diz que eu penso errado, mas a minha pergunta é: será até que ponto vocês
enxergam o que acham ser verdade?
Jorge:
Olha, Jordânia, não tente mudar de
assunto, o que está em questão aqui é o que você faz.
Jordânia
se desperta de seu pai e fica chocada ao ver sua mãe de longe com um jaleco.
Jordânia-
surpresa: O que a minha mãe está
fazendo de jaleco?
Jorge vira-se para trás e fica chocado
ao ver sua esposa.
Jorge-
despistando: Aquela não é sua mãe,
você deve estar confundindo.
Jordânia
sai da lanchonete e vai atrás da mulher. Jorge corre atrás de Jordânia e a
segura pelo braço.
Jorge:
Pare de pensar besteiras e querer
fugir da nossa conversa. Como você pode ser tão baixa?
Jordânia
olha para seu pai, assustada.
Jordânia-
furiosa/ grita: Eu não estou
fugindo de nada, papai. Quer conversar? Vamos conversar!
As
pessoas olham para Jordânia e Jorge fica com vergonha.
Jorge:
Pare de gritar e vamos voltar para
a lanchonete.
Jordânia-
grita: Parar de gritar? Eu já
estou mais exposta do que uma celebridade! Você e a mamãe me difamam pra todo
mundo e agora quer que eu fique em silêncio?
Jorge:
Não me obrigue a te dar uma surra
na frente dessas pessoas.
Jordânia:
Quer saber, pai? Chega disso! Eu
vou embora de casa e viver a minha vida.
Jordânia
deixa seu pai sozinho. Jorge fica com vergonha dos olhares alheios e decide ir
embora.
Cena
5: Paramaribo- Suriname/ Boate Sexy Body/ Alojamento de traficados/ Interior/
Noite.
Ronald
e James empurram Maria Eduarda e Clara, jogando-as no chão.
Ronald:
Vocês vão aprender como se livram
de uma surra aqui dentro.
Clara-
enfrentando: Não tenho medo de
vocês, seus covardes!
James-
diabólico: Você está passando dos
limites, garotinha, você vai ser a primeira a levar uma surra!
James
puxa o cinto de sua calça e pega Clara pelo braço, ele dá várias cintadas na
menina com muita força e deixando marcas, a menina chora muito. Maria Eduarda
grita pedindo ajuda e Ronald sorri maleficamente.
Ronald-
grita: É assim que se aprende,
Dudinha!
James
dá uma bofetada na cara de Clara, que cai, sua boca começa sangrar.
Maria
Eduarda- aterrorizada/ grita: Não,
meu Deus, mas o que é isso?
Ronald-
sorrindo: Isso é só o começo do
inferno que você vai viver, minha menininha.
James
termina de dar uma surra em Clara. Ronald tira o cinto e se aproxima de Maria
Eduarda.
Ronald:
Você não deveria ter chorado tanto,
Dudinha, agora vai ter que chorar mais.
Clara
está escorada na parede soluçando e chorando de dor. Ronald pega o cinto de
James e vai para cima de Maria Eduarda.
A imagem escurece e ouve-se gritos da
menina.
Cena
6: Curitiba- Paraná/ Restaurante do Hotel/ Interior/ Noite.
Helena,
Camila e Eric estão jantando. Helena pega um copo de água e bebe, ela ganha uma
pontada no coração e deixa o objeto cair. Helena chora compulsivamente sem
entender, Camila e Eric ficam apavorados querendo saber o que se passa.
Helena-
com dificuldade: Tá acontecendo
alguma coisa com a minha filha, gente.
Camila:
Calma, isso deve ser angustia.
Eric:
A Camila tem razão, Helena, você
deve estar se sentindo abatida.
Helena:
Sentimento de mãe não é enganoso!
Eu tenho certeza do que estou falando. A minha filha deve estar sofrendo!
Helena
levanta-se e Camila decide ir atrás dela, mas Eric se dispõe e Camila fica
jantando. Helena vai até um campo de futebol que tem no hotel.
Helena:
Meu Deus, o que está acontecendo
com minha filha.
Helena
chora inconsolavelmente e Eric chega.
Eric-
preocupado: Você tem que se
acalmar.
Helena:
Não dá, Eric, pra você é fácil, não
foi a sua filha que sumiu!
Eric
segura para não chorar, Helena percebe.
Helena-
intrigada: O que foi? Eu disse
algo de errado?
Eric-
irredutível: Não, você não disse
nada!
Helena
dá um abraço em Eric e ele pranteia sob o ombro da mulher.
Eric-
sussurra: Minha filha está morta!
Helena
fica chocada.
Helena:
O quê? Você já foi pai?
Eric:
Sim, uma vez eu prendi um homem e
ele acabou fugindo, e para se vingar de mim, matou a minha filha! Uma criança
inocente de 04 anos.
Helena
fica comovida e chora também. A mulher se afasta de Eric e segura no seu rosto.
Helena:
Agora você não está mais sozinho,
você tem a mim e a Camila!
Eric:
Mas assim que você recuperar sua
filha, cada um vai seguir o seu caminho.
Helena:
Você está enganado, Eric. Eu serei
eternamente grata a você. Eu nunca achei um homem que largasse tudo pra ajudar
uma mulher que não conhece.
Eric
sorri.
Eric-
apaixonado: Seu jeito me
conquistou, Helena, eu nunca vi uma mãe tão disposta e preocupada assim com uma
filha.
Eric
e Helena aproximam os seus rostos vagarosamente, dando um beijo apaixonado.
Cena
7: Hospital/ Quarto de Benício/ Interior/ Noite.
Jordânia
fica preocupada ao chegar e ver Benício acordado.
Jordânia:
O que aconteceu? Está passando mal?
Benício:
Não, é porque eu acordei assustado,
Jordânia.
Jordânia-
intrigada: Assustado com o quê?
Benício:
Eu acordei e tinha duas enfermeiras
no meu quarto, uma estava de costas e eu fiquei muito intrigado, mas isso não
foi o que mais me assustou.
Jordânia-
chocada: Não me diga que essa
enfermeira que estava de costas era a minha mãe.
Benício:
Parecia, Jordânia, e se realmente
for a sua mãe, ela queria me matar!
Jordânia-
horrorizada: Matar?
Benício:
Sim, porque a enfermeira que cuida
de mim disse que quase ganhei uma injeção sem necessidade.
Jordânia
fica desacreditada com o que ouve.
Cena
8: Amanhece. Casa de Dionísia/ Sala/ Interior.
Dionísia
está chorando e senta-se no sofá.
Dionísia:
Ela não dormiu em casa, onde será
que minha filha está?
Dionísia
não consegue se conter e põe pra fora a dor de sua alma.
Dionísia-
grita: Filhaaaaaaaaaaaaa...
A
campainha toca e Dionísia corre, esperançosa, mas é Célia, que entra e fica
preocupada ao ver Dionísia chorando.
Célia:
Amiga, mas o que é isso? Por que
você está chorando?
Dionísia
abraça Célia e chora obsessivamente.
Célia:
Me fale o que está acontecendo, eu
estou preocupada.
Célia
e Dionísia sentam-se no sofá.
Dionísia:
A Diana, a minha filha sumiu,
amiga.
Célia:
A Diana está lá em casa, pensei que
ela havia dito pra você!
Dionísia-
aliviada: Sério? Ai, graças a
Deus, pensei que a minha filha tinha feito uma besteira!
Célia-
cínica: Não, mas eu não entendi
porque ela estava chorando, agora eu te encontro e você também está. Aconteceu
alguma coisa?
Dionísia:
A Diana descobriu tudo sobre o meu
passado, amiga, mas eu temo porque se ela souber de mais coisa, ela pode me
odiar ainda mais.
Célia:
Mais coisa? Existe mais alguma
coisa que eu não saiba?
Dionísia:
Na verdade o que eu te contei, não
era tão real.
Célia-
chocada: Dionísia, eu não estou
te reconhecendo. Você mentiu pra mim?
Dionísia:
Menti sim, o meu passado é mais
obscuro do que você imagina!
Célia
fica arrasada.
Cena
9: Mansão Chermont/ Sala/ Interior/ Manhã.
Jordânia
desce as escadas com suas malas e olha para o cômodo com muita angústia.
Jordânia:
Apesar de vocês serem uns monstros,
eu amo vocês! Eu vou sentir muita falta de vocês. (t) Acho que devo subir pelo menos para me despedir, seria uma
desfeita enorme fazer isso com meus pais, afinal, eles me criaram, me deram
amor e carinho.
Jordânia
decide subir as escadas e sua mãe aparece no alto.
Isabel:
Já vai embora, Jordânia?
Jordânia:
Sim, o papai te disse?
Isabel:
Disse sim, querida. E eu vou te
dizer uma coisa, se você decidir voltar para casa, saiba que as portas estarão
fechadas pra você!
Jordânia-
chocada/ marejando: Eu jamais
imaginaria que você fosse falar uma coisa dessas, mamãe, porque eu sou sua
filha, você me gerou, me criou, mas o que eu posso esperar? Você mesma se odeia
por ser negra!
Isabel-
descendo as escadas: Acho que você
nunca vai aprender a lição da vida, minha filha, a nossa cor para esse Brasil,
só serve se você tiver dinheiro, caso contrário, você nunca será valorizada, as
pessoas sentirão nojo de você, te olharão mal, por muito tempo fizeram isso
comigo.
Jordânia:
Chega! Eu não aguento mais ficar
aqui, a senhora nunca vai mudar!
Isabel:
Falou a defensora dos negros.
Isabel
e Jordânia se olham como rivais.
Jordânia:
É melhor ser defensora dos negros,
do que estragar a própria vida se tornando uma assassina!
Isabel-
fingindo: Mas do que você está
falando, flor?
Jordânia-
segura: A senhora acha que me
engana, mas eu sei que a senhora tentou assassinar o Benício ontem!
Isabel:
Mas isso é uma calúnia. Você é mais
baixa do que eu pensei, pra ficar com esse homem é capaz de levantar falso
testemunho contra sua mãe!
Jordânia-
enfrentando: Isso não é falso
testemunho, queridinha. O que a senhora acha de irmos ao hospital e perguntar a
enfermeira que cuida do Benício se não era a senhora que estava no quarto dele
ontem? E sabe o que é mais estranho? É que ontem quando eu estava conversando
com o papai na lanchonete, a senhora passou correndo vestida de enfermeira!
Isabel
tenta dar uma bofetada em Jordânia, que segura o braço da mãe.
Jordânia-
grita: Você não vai mais bater
em mim, você não é digna, é uma imoral!
Isabel-
vocifera: Vai embora, vai sua
vagabunda, sua preta!
Jordânia
fica horrorizada.
Jordânia-
lúcida: Eu não acredito! Aquilo
tudo foi uma armadilha sua e do papai, aquela história dele conversar comigo
era uma farsa pra senhora ganhar tempo e matar o Benício. Eu estou me dando com
uns demônios!
Isabel-
furiosa: Isso mesmo, queridinha.
Agora que você já sabe, vaza daqui! –grita-
Vazaaa..
Isabel:
Eu tenho nojo de vocês!
Jordânia vai embora e sua mãe bate a
porta com muita raiva. Isabel anda pela sala e quebra objetos, a empregada
aparece e ela olha com muita fúria para a mulher.
Isabel-
gritando: Sai daqui, sai sua
intrometida.
Isabel
atira um objeto contra e empregada, que consegue se desviar e vai embora. Isabel vai até o
espelho que tem na sala e se olha com muito ódio.
Isabel:
Nem pra nascer branca eu prestei!
Isabel
dá um grito e cai de joelhos no chão.
Cena
10: Avião/ Interior/ Manhã.
Helena
e Camila estão sentadas juntas e Eric sentado à duas poltronas atrás delas.
Helena:
Ontem a noite eu conheci a historia
do Eric, ele sofre muito, amiga.
Camila:
Percebi, depois de terem voltado,
vocês ficaram o tempo todo juntos. Vocês se beijaram?
Helena-
vergonhosa: Ah...
Camila-
sorrindo/ interrompendo: Safadinha! Eu
sabia que isso iria acontecer, mais cedo ou mais tarde.
Helena
sorri.
Helena:
Sabe, eu imaginei que ele era
aquele tipo de homem durão, sabe? Mas ele é um homem de sentimentos, ele
chorou, fiquei com muita dó, acho que estou gostando dele!
Camila-
brincando: Jura? Você acha? Eu
tenho certeza, miga!
Helena:
Sabe, Camila, eu nunca pensei que
fossemos ser amigas dessa forma que estamos.
Camila:
Eu também não, nós passamos tantas
coisas juntas, não sobrou tempo para ressentimentos!
Helena
pega nas mãos de Camila.
Helena:
Muito obrigada, de coração. Me perdoa
te fazer passar pelo que passamos!
Camila:
Sem problemas!
As
duas se abraçam.
Helena-
emocionada: Ai, amiga, eu te amo!
Camila:
Eu também te amo, amiga!
Cena
11: Casa de Dionísia/ Sala/ Interior/ Manhã.
Um
silencio perdura, mas Dionísia decide falar.
Dionísia:
Eu prometo que agora eu vou te
contar toda a verdade, Célia, mas saiba que eu estou mais arrependida do que
nunca em relação ao que eu fiz.
Célia:
Não me conte mais mentiras, pelo
amor de Deus, isso é o que eu menos preciso!
Dionísia:
Como você já sabe, eu fui para o
Suriname, fui traficada de verdade, fui garota de programa sim, mas acontece
que com o decorrer do tempo, eu via tantas pessoas sendo mortas, pessoas que
tentavam fugir e não conseguiam, eu perdi toda a minha esperança.
Célia:
Sim, isso você me contou, e eu
também já te contei que tinha uma mulher que levou minha irmã para o Suriname,
mas ela foi morta lá.
Dionísia:
Sim, mas voltando ao assunto, como
eu havia perdido as esperanças, eu decidi ser fiel à eles por vários anos, até
que eles decidiram confiar em mim e me obrigaram à vir para o Brasil, para a
Inglaterra, para a Espanha e vários países, eu iludia garotas, eu falava que
elas iriam ganhar de 3 à 5 mil em garimpo no Suriname, elas iam, eu aproveitava
oportunidade para causar desgraça com meninas que viviam revoltadas com seus
pais e as chamavam pra fugirem.
Célia-
chorando: Você está me dizendo
que você já foi um deles?
Dionísia-
marejando: Sim, eu já fui um
deles! Eu usava o nome de Dafne.
Célia
vai embora chorando.
Cena
12: Rua/ Manhã.
Célia
anda pelas ruas chorando e acaba se desequilibrando e caindo no chão.
Flashback:
Em uma casa com 2 mulheres e um homem, está Célia, com 15 anos.
Dentre essas pessoas, está o pai de Célia, a mãe e a irmã
de 25 anos, que se chama Renata. Célia abraça
Renata, que está com suas malas prontas.
Célia- angustiada: Eu vou sentir tanto sua falta, mana.
Renata: Não
se preocupe, maninha, eu vou voltar e vou trazer presentes para todo mundo, não
vou ficar muito tempo por lá!
Célia e sua irmã se abraçam emocionadas. Renata abraça seus pais.
Uma mulher chega e cumprimenta todos.
Mãe: Dafne,
cuide muito bem da nossa filha, a Renata é um tesouro para nós!
Alguns anos depois, Célia
e seus pais estão vendo os noticiários de televisão.
Jornalista: Hoje
foram encontradas mortas 2 mulheres no Suriname, a polícia suspeita de que as
duas estavam tentando fugir porque elas foram vitimas do tráfico humano. uma
delas se chamava Ester de Orlando Silva e a outra se chamava Renata Carvalho
dos Santos.
Célia e seus pais choram inconsoláveis.
Fim do flashback.
Ainda
no chão, Célia permanece chorando.
Célia-
pensando/ voz ecoada: A pessoa que eu
considerava a minha melhor amiga, foi a responsável pela morte da minha irmã!
Continua...
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