Capítulo 10:
Cena 1:
Paramaribo- Suriname/ Hotel Courtyard by Marriott/ Quarto de Camila/ Interior/ Noite.
Helena está sentada na cama, enquanto
Camila conversa com seu filho pelo telefone.
Camila: Meu amor, esse final de semana a mamãe não vai poder te pegar no
internato, tá bom?
Renan- triste: Por que, mamãe?
Camila: A mamãe teve que viajar com uma amiga, aconteceu uma coisa muito ruim,
meu filho. Temos que ajudar as pessoas, não é verdade, meu amor?
Renan: É sim, mamãe, quer saber de uma coisa? Pode ajudar a sua amiga o tempo
que precisar, mas não demora vir me ver, tá bom?
Camila- emocionada: Ai, meu bem, muito obrigada, filho, seu lindo, a mamãe te ama muito, tá
bom?
Renan: Eu também te amo, mamãe, sonha comigo!
Camila: Sonho sim, bebezinho!
Camila desliga o telefone sorridente
e Helena tenta esconder o seu choro, mas Camila percebe.
Camila: Ei, não guarda esse choro não, põe pra fora!
Helena- chorando: Como eu queria ter uma conversa assim com a minha filha, Camila. Eu não
estou com inveja não, acho que você compreende a dor de uma mãe.
Camila: Sim, eu entendo sim, eu não me imagino longe do meu filho, e sabe o que
eu estou sentindo?
Helena: O quê?
Camila: Que vamos achar a Maria o mais rápido possível!
Helena- intrigada: Por que você está dizendo isso?
Camila- confusa: Não sei, eu só estou sentindo, parece que eles estão tão pertos, eu não
sei o que é isso!
Cena 2: Apartamento de Jordânia/
Sala/ Interior/ Noite.
Benício limpa suas lágrimas.
Benício- desesperado/ desesperado: Jordânia, Jordânia? Cadê você?
Benício coloca as mãos na cabeça sem
saber o que fazer.
Benício- desacreditado: A Jordânia não pode ter feito isso, não pode!
Benício corre até a porta, ao ver a
escada, ele sobe os degraus rapidamente.
Cena 3: Casa de Dionísia/ Sala/
Interior/ Noite.
Diana entra em sua casa e Dionísia
que estava no sofá, levanta-se e abraça a filha, que é fria e não retribui.
Dionísia- afasta: Filha, que bom que você voltou pra casa.
Diana: A senhora está muito enganada, Dionísia, eu não voltei pra casa, eu apenas
vim buscar as minhas malas.
Dionísia- chocada: Malas? Mas pra quê? Você não pode ficar morando na casa da Célia, ela já
tem uma filha para criar e você nem trabalha para ajudar ela com as contas.
Diana: A senhora está muito equivocada em tudo o que disse, Dionísia, eu tenho
um trabalho agora, e graças a Deus não é perto daqui, o que me dá mais gosto de
permanecer longe de você.
Dionísia- firme: Querendo ou não, eu sou a sua mãe, Diana, não foi só porque eu errei,
você tem que me tratar dessa forma, e eu errei por obrigação.
Diana: Olha, Dionísia...
Dionísia- interrompendo: Mãe!
Diana: Que seja, a única explicação que vou te dar, é que eu vou arrumar as
minhas malas e que amanhã mesmo estou viajando â trabalho.
Dionísia: Que trabalho? Onde você arrumou esse emprego tão de repente?
Diana: Olha, isso não te interessa, eu sou maior de idade e eu sei cuidar de
mim mesma.
Dionísia- desesperada: Não, você não sabe, você pensa que sabe!
Diana vai para o seu quarto e sua mãe
vai atrás.
Dionísia: Diana, eu exijo saber onde é esse emprego que você arrumou.
Diana: Eu já te disse tudo o que você tem que saber, Dionísia. Sabe por que eu
não vou te falar pra onde eu vou?
Dionísia: Porque você é uma mimada, uma atrevida, mal agradecida e merece uma
surra.
Diana se aproxima do rosto de sua
mãe.
Diana: Porque eu não quero você atrás de mim, porque eu não quero que as
pessoas saibam o quão suja e imunda você é, eu não mereço ser alvo de piadas e
maus olhares por causa do seu tipinho de mulher baixa e sem vergonha.
Dionísia chora compulsivamente e
Diana permanece fria.
Dionísia: Até quando você vai entender que eu fiz isso por obrigação?
Diana- fria: Eu nunca vou te entender.
Diana pega uma mala e começa jogar
suas roupas, perfumes, cremes e várias outras coisas dentro do objeto.
Dionísia: Sua decisão de ir para esse emprego, não tem volta?
Diana: Não, e agora mais do que nunca. Eu não aguento olhar pra sua cara, eu
sinto nojo só de pensar em como eu fui gerada, ainda comigo na barriga, a
senhora fazendo sexo com outros homens, que imundícia.
Dionísia: Mesmo você fazendo isso comigo, você foi o meu maior presente, a minha
maior motivação para fugir daquele lugar.
Diana- amarga: Bom pra você!
As lágrimas que escorrem dos olhos de
Dionísia são incontroláveis. Diana termina a sua mala e está indo embora,
quando ela chega na porta, ela olha com indiferença para sua mãe.
Dionísia: Não vai me dar pelo menos um abraço?
Diana- irredutível: Não!
Dionísia se ajoelha no chão e abraça
as pernas de sua filha.
Dionísia- gritando/ voz ecoada: Por favor, fica minha filha? Eu te imploro.
Diana empurra sua mãe com muita
agressividade e vai embora. Dionísia cai no chão e permanece chorando inconsolável.
Cena 4: Edifício/ Laje/ Noite.
Jordânia está à beira da laje e olha
para baixo, chorando.
Jordânia- voz ecoada: O que adianta o dinheiro, sair para os melhores lugares, estar rodeadas
de pessoas, câmeras e tanta coisa na vida e não ter felicidade? Só ter
desgosto, ser humilhada pelos próprios pais? A vida não tem mais sentido pra
mim!
Flashback:
Jordânia
e sua mãe:
Isabel: Já vai
embora, Jordânia?
Jordânia: Sim, o
papai te disse?
Isabel: Disse
sim, querida. E eu vou te dizer uma coisa, se você decidir voltar para casa,
saiba que as portas estarão fechadas pra você!
Isabel- vocifera: Vai embora, vai sua vagabunda, sua preta!
Jordânia
e seu pai:
Jorge:
Acho que você é a pessoa
menos indicada para falar sobre ser uma ameaça à sociedade, inclusive, que
atitude mais baixa a sua!
Jorge-
impetuoso: Traidora,
ainda bem que uma cobra saiu de dentro da minha casa.
Jordânia-
enfrentando: Deixa de ser
hipócrita, você é um cretino, uma pessoa que vive de aparências, um imoral,
você não merece o respeito de ninguém, é uma das pessoas mais sujas que já
conheci na minha vida, eu só espero que você tenha pena de si mesmo, papai,
porque se continuar desse jeito, o seu futuro será muito desagradável.
Jorge:
E quem é você para me
dizer isso? Uma mimada, uma sem vergonha e uma mulherzinha bem baixa, uma
vagabunda.
Jordânia
não se controla e dá uma bofetada no seu pai. Jorge fica muito irado e aponta para
a porta.
Jorge:
Sai daqui agora. Se
desconsidere minha filha!
Fim do flashback.
Jordânia: Eu sou mesmo uma vergonha para os
meus pais!
Jordânia encara a rua movimentada com muito medo.
Jordânia- angustiada: Eu tenho
que pular, eu não posso ser covarde.
Jordânia está de costas e surpreende-se quando
Benício a puxa pelos braços. A jovem chora irrefreavelmente e senta-se no chão.
Benício: Jordânia, você está bem? Por que
iria fazer isso?
Jordânia: Eu sou uma vergonha para os meus
pais, Benício, eles não me amam mais, não tem sentindo mais viver!
Benício: Jordânia, mesmo que ninguém te
ame, eu te amor!
Jordânia: Eu não posso, Benício, foi por
isso que eles se voltaram contra mim.
Benício: Você não pode deixar de viver a
sua vida para agradar os seus pais, me perdoa, eles são as pessoas que você
mais ama, mas eles estão errados, eles é quem não tem amor, olha o que eles
fazem com as pessoas da própria cor deles? Olha o que eles fazem com você!
Jordânia olha fixamente para Benício.
Cena 5: Paramaribo- Suriname. Boate Sexy Body/
Alojamento de traficados/ Interior/ Noite.
Ronald entra no local, lá está apenas Maria Eduarda
e Clara.
Ronald: Lá fora tem um cliente reclamando
muito sobre o cancelamento da Maria Eduarda, então ele decidiu pagar 10 vezes
mais do que nós iríamos cobrar, e como não podemos perder clientes, você vai
assim mesmo, viu Dudinha?
Duda- chocada: Eu? Mas eu nem sei o que eu vou
fazer!
Ronald- ignorante: Não me
importa, se vira, Duda, eu não mandei vocês ficarem fazendo gracinha pedindo
ajuda. Era pra você ter aprendido ontem com sua amiga, mas o que foi que você
fez? Quis fugir e acabou assim, toda marcada, e agora nem sabe o que fazer!
Clara: Eu vou no lugar dela!
Ronald: Você não vai à lugar algum, eu
chamei a Maria Eduarda.
Maria Eduarda fica aterrorizada. Ronald vai até ela
e pega-a pelo braço.
Maria Eduarda- implorando: Não, por
favor?
Ronald: Vamos logo, sua pirralha, ou você
quer levar outra surra?
Ronald pega a menina à força e leva-a sem querer.
Clara faz uma cara de furiosa.
Clara: Eu ainda mato você, Ronald, e
você também, James.
Clara olha pelo vidro do alojamento que é embaçado
e muito grosso, ela tenta bater para ver se alguém ouve, mas é inútil.
Cena 6: Apartamento de Jordânia/ Sala/ Interior/
Noite.
Jordânia senta-se no sofá, Benício fecha a porta e
senta-se também.
Benício: Ainda bem que você está viva,
Jordânia!
Jordânia: Eu não quero nem pensar que eu
estive à ponto de me matar.
Benício: Graças a Deus eu cheguei à tempo,
ainda bem que você não tinha tomado coragem ainda.
Jordânia: Benício, eu preciso de você mais
do que nunca, eu estou sozinha agora.
Benício: Mas é claro que você pode contar
comigo, você sabe disso, meu bem. Sabe, Jordânia, você podia namorar comigo!
Jordânia- surpresa: O quê?
Quer dizer... Eu não sei, eu tenho medo do que meus pais podem fazer com você.
Benício: Eu não me importo, eu estou
disposto à passar por tudo pra ficar com você. Ao contrario do que os seus pais
dizem, você é uma menina perfeita, que se valoriza, e além de tudo, é o meu
amor.
Jordânia sorri e coloca a mão no rosto de Benício.
Benício- olhos brilhando: Você é
tudo o que eu quero pra mim, Jordânia, é companheira, é tanta coisa que eu não
consigo nem descrever. Você é a mãe que eu quero para os meus filhos.
Jordânia- emocionada: Que
lindo, Benício! Eu te amo.
Benício não perde tempo e beija a menina
apaixonadamente.
Benício: Eu te amo, Jordânia, e eu nunca
vou te perder, nunca.
Os dois voltam a se beijar.
Cena 7: Casa de Célia/ Quarto de Célia/ Interior/
Noite.
Célia está olha para a casa de Dionísia.
Célia- rancorosa/ pensando: Isso é
pouco perto do que você me causou, Dionísia, você acabou com a minha família.
Aquele dia da morte da minha irmã, foi um dos dias mais amargos da minha vida.
Ver o sofrimento da sua filha, não me basta! Você ainda vai receber o que você
merece.
Célia limpa as lágrimas que escorriam. Marília
entra no quarto e fica preocupada.
Marília: Mãe, por que a senhora estava
chorando?
Célia: Ai, filha, eu me lembrei do dia
que a sua tia morreu.
Marília- cuidadosa: Mãe,
esquece isso, por favor! Eu não estou te pedindo pra esquecer a minha tia, mas
essa lembrança que a senhora tem da notícia que me disse, te faz sofrer, só
lembra dos bons momentos que você teve com ela.
Célia- abraça Marília: Olha,
filha, eu não posso me esquecer disso, a sua tia era a melhor irmã do mundo, eu
jamais vou perdoar quem fez isso com ela. Tenha certeza de que essa pessoa, vai
pagar muito caro pelo que fez!
Marília afasta de sua mãe e olha para ela muito
intrigada.
Marília: A senhora sabe quem é essa
pessoa, mãe?
Célia: Com certeza, filha!
Marília: E quem é?
Célia olha fixamente para sua filha, que está
aflita.
Célia: Em breve você saberá, meu amor.
Marília fica intrigada.
Cena 8: Paramaribo- Suriname. Boate Sexy Body/
Quarto/ Interior/ Noite.
Ronald chega no quarto com Maria Eduardo, um senhor
de mais ou menos 58 anos está esperando-a.
Ronald- sorrindo: Agrade o
nosso cliente, Dudinha!
Ronald sai, deixando Maria Eduarda e o velho
sozinhos. A criança encara o homem com muito receio.
Senhor: Vamos lá, bonequinha, me mostre o
que você sabe fazer?
Maria Eduarda: Eu não sei fazer nada, eu nunca
fiz isso com ninguém.
Senhor: Mas você nunca viu um vídeo pornô
não?
Maria Eduarda: Eu não, eu nem sei o que é isso,
senhor.
Senhor- assustado: Então por
que você decidiu entrar nessa vida?
Maria Eduarda permanece calada, mas o homem puxa
ela e senta-a na cama.
Senhor: Pode confiar, eu prometo que você
não vai se arrepender.
Maria Eduarda: Moço, eu não posso falar nada com
você!
Senhor: Mas por quê?
O homem olha para o corpo da menina e vê uma marca
no braço dela.
Senhor: O que é isso? Você apanhou?
Maria Eduarda sai correndo do quarto e Ronald fica
chocado, ele vai até o quarto do homem e tenta saber o que está acontecendo.
Ronald- preocupado: Por que
ela saiu correndo do quarto?
Senhor- intrigado: Você tem
certeza de que foi essa menina quem procurou vocês para se prostituir? Ela não
sabe nem o que é vídeo pornô!
Ronald- encurralado: Ela só
pode estar brincando, ela me garantiu que era virgem, mas ela se masturbava e
já havia visto vídeos.
Senhor: Eu não estou tão certo disso,
sabe o que mais me assustou? Foi que ela saiu correndo quando eu disse que se
tivesse acontecendo alguma coisa, ela poderia me falar.
Ronald e o homem se olham fixamente.
Cena 9: Amanhece. Mansão Chermont/ Sala de
refeição/ Interior.
Isabel e Jorge estão se alimentando.
Isabel: Essa casa está uma paz sem a
Jordânia.
Jorge: Ontem eu cheguei cansado que nem
pude te contar. Você acredita que a Jordânia foi lá no meu serviço me ofender?
Isabel: Sério? Não acredito nisso, Jorge!
Como vamos manipular ela agora? Você era a nossa única esperança.
Jorge: Ela me surpreendeu e me pegou
mandando dar uma surra em uns negrinhos favelados.
Isabel: Ai, Jorge, como você pôde dar um
mole desses?
Jorge: Eu jamais imaginaria que a
Jordânia vai no escritório me procurar, ela não faz isso, mas ela foi porque eu
ameacei o namoradinha infeliz dela.
Isabel: Não se preocupe, meu amor, nós
vamos dar uma lição naquele merdinha.
Jorge: O que você está pensando em
fazer?
Isabel- maliciosa: Eu e o
Olavo conversamos ontem e armamos um plano muito bem bolado, se ele não cair
nessa armadilha, ele é muito esperto!
Isabel
olha para Jorge com um olhar diabólico e os dois riem.
Cena 10: Aeroporto Internacional Salgado Filho-
Porto Alegre (RS)/ Interior/ Manhã.
Diana está sentada esperando a chamada e lembra-se
do momento em que teve com sua mãe.
Flashback:
Dionísia: Não
vai me dar pelo menos um abraço?
Diana- irredutível: Não!
Dionísia se ajoelha no chão e abraça as
pernas de sua filha.
Dionísia- gritando/ voz ecoada: Por
favor, fica minha filha? Eu te imploro.
Diana empurra sua mãe com muita
agressividade e vai embora. Dionísia cai no chão e
permanece chorando inconsolável.
Fim do flashback.
Lágrimas descem no rosto de Diana.
Diana- pensando: Eu nunca vou poder te perdoar,
mãe.
Duas mulheres sentam-se ao lado de Diana e
conversam.
Mulher 1: A Carla é filha de uma
prostituta, isso é horrível!
Mulher 2: Deve ser uma vergonha pra ela
imagina o que os outros pensam da mãe dela? E será que realmente o pai da
Carla, é pai dela mesmo?
Diana olha para as mulheres e fica pensativa com o
que elas falam.
Diana- pensando: Todo mundo me rejeitaria se
soubesse de onde eu vim, a partir de hoje, ninguém vai ter conhecimento da
minha vida.
Cena 11: Paramaribo- Suriname. Rua/ Manhã.
Helena, Camila e Eric andam pela rua e mostram fotos
de Maria Eduarda, mas as pessoas
acenam com a cabeça que não. os três sentam-se no banco de uma praça.
Helena: Acho que vou comunicar à polícia
de Paramaribo que minha filha pode estar por aqui.
Eric: Comunicar a polícia pode não ser
uma boa alternativa, eles podem comunicar nos rádios e em alguns lugares, e se
esse homem estiver aqui por perto, ele vai ficar de sobreaviso!
Camila: O Eric tem razão, Helena, não
podemos dar bandeira assim, o Ronald escaparia com muita facilidade, e se aqui
não sabemos onde ele está, imagina se ele pegar essas pessoas e fugirem? Como
vamos saber o paradeiro dele?
Helena: Isso é verdade. Então vamos
continuar as buscas?
Eric: Vamos. Pra gente não perder
tempo, acho melhor a gente seguir um caminho e nos encontrar aqui depois de
umas duas horas, o que vocês acham?
Camila: Eu acho uma boa ideia.
Helena: Boa, eu também acho uma ótima
ideia, só devemos tomar cuidado com quem perguntamos, vocês sabem que estamos
sujeitos a dar de cara com alguém que trabalha para eles.
Eric: É um risco que corremos, mas eles
nunca vão fazer nada se o local estiver movimentado, só vão falar que não
conhece.
Helena: Eu confesso que estou com muito
medo de um deles descobrirem e fugirem com minha filha.
A feição de Helena é de angústia.
Cena 12: Rua/ Manhã.
Jordânia e Benício saem de uma lanchonete de mãos
dadas e andam na calçada vagarosamente.
Jordânia- sorridente: Esse foi
o melhor café da manhã que eu já tomei.
Benício- feliz: Não vejo a hora de levar café pra
você de manhã, acordar ao seu lado todos os dois.
Jordânia: Nossa, amor, a gente começou a
namorar ontem, como já pensa uma coisa dessas ainda?
Benício: Mas eu te amo já faz anos,
Jordânia.
Os olhos da menina brilham ao olhar para Benício,
que sorri apaixonadamente para ela.
Jordânia- admirada: Você tem
um sorriso tão lindo.
Benício- fascinado: E você é
toda linda, minha flor!
Os dois dão um selinho e Jordânia olha para uma
praça e tem balões de ar com desenhos de personagens.
Jordânia- surpresa: Ai, amor,
olha aquele balão da cinderela, que lindo!
Benício: Vamos lá comprar um.
Jordânia e Benício estão passando pela faixa de
pedestre, o sorriso de Jordânia acaba no momento em que ela vê sua mãe dentro
do carro.
Cena 13: Paramaribo- Suriname. Rua/ Manhã.
Em uma rua, Helena pede informação às pessoas e
elas não conseguem dar.
Em outra rota, Camila não consegue nenhum indício
do paradeiro de Maria Eduarda.
Eric entra em uma lanchonete e compra uma água.
Eric- pensando: Ai, Deus, nos ajude, nos ilumine
e nos mostre quem vai poder nos ajudar. Que a Helena não perca uma filha como
eu perdi!
Eric fica surpreendido ao ver um amigo.
Eric- surpreso: Vitor?
Vitor- atônito: Eric? O que você está fazendo
aqui, meu camarada? Está de férias?
A câmera foca no rosto de Vitor, revelando Ronald.
Continua...
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