Cena 1: Estacionamento do Prédio,
interior, noite.
Amanda olhava assustada para Dione,
que solta um sorriso.
Dione:
Foi isso mesmo que você ouviu!
Amanda
(assustada): Eu te pago outro dia, pelo amor de Deus! Amanhã eu vou ao banco e
faço um empréstimo, mas não faça isso.
Dione:
O seu prazo acabou, princesinha, nada de empréstimo, é hoje ou nunca, você pode
conseguir esse dinheiro hoje?
Amanda:
Não, nem em sonho.
Dione:
Então vai ter que me pagar com esse seu corpo, bem gostoso!
Amanda fica muito assustada, Dione vai
em direção á ela, que se esquiva, ele, porém não está nem aí e começa a tirar o
short dela.
Amanda:
Por favor? Não faça isso!
Dione:
Cale a boca!
Dione tira a calcinha de Amanda e
começa a beijá-la no pescoço, ele a beija e passa a mão sobre o corpo da mulher
até chegar em sua bunda, ele vira ela e abre o zíper de sua calça, começa a
fazer sexo com a mulher.
Cena 2: Apartamento de Fernanda e
Amanda, sala, interior, noite.
Fernanda, aterrorizada fica parada.
Gabriel olha para ela com muito desejo.
Fernanda:
Por favor! Tire essa arma da minha cabeça!
Gabriel abaixa a arma e Fernanda
senta-se no sofá.
Gabriel:
Me desculpe, é que são ordens do Dione, temos que levar tudo á sério.
Fernanda:
Mas até isso?
Gabriel:
Você viu o que iria fazer?
Fernanda:
Está bem, eu entendo!
Gabriel:
Sabe, até que você é linda e atraente.
Fernanda:
Onde você quer chegar com isso?
Gabriel
(malicioso): Poderíamos ir para o seu quarto, e quem sabe...
Fernanda
(chocada): Quem sabe nada! Eu sou uma mulher de respeito, jamais faria isso,
ainda mais com você!
Gabriel com muita raiva vai até
Fernanda e aponta seu dedo na cara da mulher.
Gabriel:
Escuta bem sua metida, ninguém me ignora, muito menos você, e pode ter certeza,
que eu vou conseguir fazer sexo com você, custe o que custar.
Fernanda fica assustada.
Cena 3: Casa de Eliana, sala,
interior, noite.
Luiz e Julia se olham fixamente. A
menina olha para o homem de baixo para cima e faz um olhar de quem está
interessada.
Julia:
Posso ajudar?
Luiz:
Gostaria de falar com sua mãe, ela está?
Julia:
Luiz, você sabe que minha mãe não pára em casa, e que com certeza está com
algum novinho, volta amanhã tá?
Luiz:
Tudo bem obrigado.
Luiz vai embora, Julia fica olhando
para o homem com interesse.
Julia
(sorrindo): Hum! Não está mal, está muito bem!
Julia entra.
Cena 4: Amanhece. Casa de Elvira e
Joana, sala, interior.
Elvira e a falsa de Joana chegam do
enterro de Fabiano, Elvira pega a sua bolsa e tira um lenço para limpar suas
lágrimas.
Elvira:
Vou sair!
Joana:
Sair? Filha, você acabou de chegar do enterro de seu pai, pra onde você vai?
Elvira:
Pode parecer insensível ou uma loucura o que vou dizer, mas eu não tenho tempo
pra ficar chorando a morte de meu pai enquanto tem um assassino solto por aí,
vou fazer melhor, vou sair e dar a volta por cima.
Joana:
Você ainda não me disse aonde vai.
Elvira:
Vou em busca de vingança. Eu prometo que se não vingar a morte do meu pai, não
me chamarei mais Elvira, isso eu te garanto mãe.
Joana:
Mas filha...
Elvira:
Mas nada mamãe, esse desgraçado não pode ficar impune do que fez, vou mostrar
para ele que com nossa família, ele não brinca.
Joana:
Filha, pensa direito no que você vai fazer.
Elvira:
Já está tudo pensado mãe, desde que estávamos vindo do enterro do meu pai eu já
tomei essa decisão, vou começar a minha vingança.
Elvira sai e sua mãe Joana começa a
rir.
Joana:
Tudo está saindo conforme o planejado.
Joana começa a ri, ela olha para uma
foto de Fabiano e também zomba do falecido.
Joana
(maléfica): Essa morte vai me trazer vários benefícios, você vai me pagar por
ter me enganado.
Joana pega a foto de Fabiano e rasga,
demonstrando raiva.
Cena 5: Casa de drogas, interior, dia.
Dione e Gabriel estão conversando e
sorrindo. Dione pensa no momento em que ele e Amanda faziam sexo.
Gabriel:
Cara, aquela amiga da Amanda é muito difícil, mas eu já disse pra ela que ainda
vou comer ela.
Dione:
Você nem imagina como que a Amanda é gostosa. O que nós fizemos ontem, eu tenho
certeza que ela gostou... Aqueles gemidos.
Gabriel:
Ah para né? Quero saber disso não.
Dione:
Tudo bem, só porque somos amigos. Mas penso em fazer uma troca bem legal com
ela.
Gabriel:
Que tipo de troca?
Dione:
Sexo por droga.
Gabriel olha sorrindo pra Dione, que
ri e fica pensativo.
Cena 6: Apartamento de Amanda e
Fernanda, quarto de Amanda, interior, dia.
Fernanda entra no quarto de Amanda,
que está deitada, chorando e com uma cara muito pálida. Fernanda se aproxima da
amiga.
Fernanda
(preocupada): Porque você está assim amiga?
Amanda
(chorando): Me sinto mal, eu sou uma vagabunda! Um verdadeiro lixo!
Amanda senta na cama e se apóia na
cabeceira.
Fernanda:
Você não é isso Amanda, desde ontem você está assim. O que aquele homem fez com
você?
Amanda:
Tive que vender o meu corpo pra pagar a minha dívida com ele, eu tive que me
passar por uma prostituta.
Fernanda se assusta.
Fernanda
(chocada): Mas você não é isso amiga, me desculpa por não ter emprestado o
dinheiro, não pensei que ele chegaria á tanto.
Amanda:
Tem uma coisa bem pior do que ele ter feito isso comigo.
Fernanda:
O que?
Amanda:
Eu gostei amiga.
Amanda se desmancha em lágrimas, enquanto
que Fernanda fica em choque.
Cena 7: Calçada de Ipanema, exterior,
dia.
Eliana e Julia estão correndo pela
calçada de Ipanema. Eliana olha para
todos os homens bonitos que vê passando. Julia como sempre, não gosta.
Eliana:
Não me canso de homens, a cada hora é um mais bonito do que o outro.
Julia:
Ai mãe, pelo amor de Deus, a senhora não tem concerto mesmo, vai morrer assim.
Eliana:
Ai filha, você devia arrumar um namorado pra você.
Julia:
Falando em namorado, você não sabe quem foi lá em casa te procurar!
Eliana:
Quem? Não me diga que foi aquele menino que sai ontem, o Eliezer?
Julia:
Não, ainda não deu tempo dele se apaixonar, ou será que deu?
Eliana:
Não quero falar disso. Conte-me mais.
Julia:
Quem foi te procurar foi o Luiz, que por sinal não está nada mal.
Eliana:
Não quero saber do Luiz, ele é passado, nosso longo namoro terminou.
Julia:
Sim, longo, um namoro de 2 meses.
Eliana:
Para mim é muito tempo.
Julia:
Mas não está nada mal, como disse, eu poderia até dar uns beijos nele.
Eliana pára e Julia também.
Eliana:
O que foi que você disse?
Julia:
É isso mesmo, eu ficaria com o Luiz qualquer hora que ele quisesse.
Eliana
(inconformada): Não vou permitir isso em momento algum, você ainda é muito nova
pra isso, e é muito feio ficar com um homem que já ficou com sua mãe.
Julia:
Você não pensaria da mesma forma, pelo contrario.
Eliana:
Esqueça do Luiz, ele não.
Julia
(pensando): Está com ciúmes, isso é bom, isso é muito bom!!
Cena 8: Apartamento de Amanda e
Fernanda, quarto de Amanda, interior, dia.
Amanda continua chorando, Fernanda
abraça a amiga e tenta acalmar ela, mesmo que esteja chocada, era um dever de
amiga o consolo.
Fernanda:
Calma amiga.
Amanda:
Não adianta, eu sou uma vadia mesmo!
Fernanda:
Não fala isso, você só não pode fazer isso mais.
Amanda:
Acho que você não me entendeu, o que mais me dói é ter gostado daquele momento que
para mim, deveria ser horripilante.
Fernanda:
Mas é que...
O telefone de Amanda toca, Fernanda vê
que o numero é confidencial e mostra para Amanda.
Amanda:
Vou atender.
Amanda atende.
Amanda:
Alô?
Dione:
Oi minha gostosa. Boa tarde! Só estou passando pra dizer que amei o que
aconteceu ontem, quero mais.
Amanda olha para Fernanda.
Fernanda:
Quem é?
Amanda continua encarando Fernanda,
que fica apreensiva.
Cena 9: Construtora Riviera, recepção,
interior, dia.
Elvira chega na Construtora Riviera e
vai até a recepcionista.
Elvira:
Fiquei sabendo que abriu uma vaga de emprego aqui na Construtora, alguém já se candidatou?
Recepcionista:
Sim, uma menina, ela ligou dizendo que teve uma emergência, e logo irá chegar.
Elvira
(decidida): Eu farei essa entrevista.
Recepcionista:
mas a senhora não pode...
Elvira:
É claro que eu posso, eu estou aqui, ela não está, eu quero trabalhar, ela não
quer!
Elvira, atrevida, invade a empresa e a
recepcionista vai atrás dela por todos os lados. Elvira encontra uma porta com
uma plaquinha dizendo: Presidência. Ela entra e Tiago se levanta.
Elvira:
Sei que não sou a pessoa que o senhor estava esperando, mas estou pronta para
ser entrevistada.
Recepcionista:
Senhor, eu não pude...
Tiago
(interrompendo): Tudo bem, deixa ela comigo. Pode voltar ao trabalho.
A recepcionista vai embora. Tiago
senta e manda Elvira sentar, a mulher senta.
Elvira:
Me desculpe ser atrevida, mas preciso muito desse emprego. Sei que fui uma
abusada, mas me desculpe.
Tiago:
Gosto de pessoas assim.
Elvira e Tiago se entreolham. Tiago
não consegue disfarçar o interesse que teve na mulher. A mulher sente-se muito bem
por ter conseguido dar um passo na sua vingança, que é ganhar a atenção nem que
por alguns minutos, do suposto assassino de seu pai.

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