Capítulo
4:
Cena 1: Rua/ Noite.
Naomi fica indignada com o cinismo de Claudio e seus olhos
marejam.
Naomi: Como você pôde?
Claudio (feliz): Você achou
que eu tentei matar você e sua mãe à toa? Isso é só um aviso de que não estou
brincando, bonitinha.
Naomi lança um golpe no rosto de Claudio, que se enfurece.
Naomi: Tome cuidado, Claudio, você está
cantando a vitória antes da guerra acabar.
Claudio: Eu sei quando sou um vencedor, e
com certeza em uma guerra com uma formiga feito você, eu piso e esmago.
Claudio dá um tapa na cara de Naomi, que revida.
Naomi: Além de um infeliz, é um covarde
ainda, mas em mim você não encosta!
Claudio sorri.
Naomi (com raiva): Você vai se
arrepender do que está fazendo comigo, Claudio, você me paga.
Claudio: Ok, mon amour.
Naomi vai embora e liga para os bombeiros, ela fica no jardim
desesperada, enquanto Claudio ri.
Cena 2: Amanhece. Faculdade Una/ Pátio/ Exterior.
Daniel e Luana estão sentados e Safira passa por eles, Luana
coloca o pé na frente de Safira, que cai no chão, ela debocha.
Luana: Me perdoe, Safira, eu não vi que
você estava passando.
Safira levanta-se e enfrenta Luana.
Safira (com raiva): Deixa de ser
cínica, garota, como se eu te conhecesse ontem. Mas o que esperar de uma pessoa
feito você?
Luana (fazendo escândalo): E o que se
esperar de você? Uma pessoa que anda como se pagasse essa faculdade todo o mês,
enquanto só eu sei que você vive de bolsa, 100% ainda.
Safira (indignada): Como você
pode ser assim?
Luana: E como você pode ser tão pobre,
tão mentirosa, tão cínica, tão baixa. Por que não assume logo que você se faz
de rica e mora em um barraco sujo e imundo como você?
safira começa a chorar e Luana sorri.
Luana: Você não pode comigo, Safira,
tome cuidado antes de voltar a encostar em mim.
Safira joga a sua bolsa no chão e pega Luana pelos cabelos, depois
ela a joga no chão, enquanto Daniel tenta separar, mas dois meninos o segura.
Safira sobe em Luana e lança uma série de tapas na cara da menina, que fica
gritando.
Safira: Você merece é isso.
Safira continua estapeando Luana, que grita.
Luana (furiosa): Maldita,
ratazana, você vai me pagar.
Alguns professores vêem o alvoroço e correm para separar a briga.
Um professor tira Safira de cima de Luana.
Luana (gritando): Desgraçada,
eu te odeio, você vai se ver comigo, Safira.
Luana entra para a faculdade e Safira a observa. Daniel vai atrás
de Luana.
Cena 3: Hospital/ Quarto/ Interior/ Manhã.
Belinda acorda tossindo e se depara com uma enfermeira.
Belinda (assustada/com dificuldade): Onde
é que eu estou?
Enfermeira: A senhorita está num hospital, e
está muito mal.
Belinda (preocupada): O que eu
tenho?
Enfermeira: A senhorita está com pneumonia.
Belinda arregala os olhos.
Belinda (chocada): Não, isso
não pode ser. Onde está minha filha?
Enfermeira: Olha, senhorita, sua filha não
veio não, mas tem um homem lá fora esperando o horário de visita, parece que é
alguém que gosta muito de você, estava bastante preocupado.
Belinda (intrigada): E quem é
esse homem?
Enfermeira: É surpresa, ele disse para não
dizer nada. Bom, eu preciso ir, depois eu venho te dar os remédios.
Belinda fica sozinha naquele quarto e lembra do seu acidente, ela
começa a chorar.
Belinda (chorando): Filha, onde
está você?
Belinda fica chocada quando Claudio entra no seu quarto.
Belinda (surpresa): Claudio?
Claudio (debochado): Olá, meu
amor.
Belinda (indignada): Vai embora,
eu não quero você aqui. Vai embora.
Claudio vai até Belinda e a segura pelo braço.
Claudio: Mesmo que não queira, eu vou
ficar aqui, porque eu sou seu namorado e te amo muito.
Belinda (desprezando): Eu não te
quero aqui, some, seu desgraçado.
Mário, o médico chega, um homem de 42 anos, cabelos negros, liso,
corpo másculo, moreno e olhos pretos. Ele vai para cima de Claudio e o segura.
Mário (ameaçando): Se encostar
nela de novo, você vai se ver comigo!
Belinda fica encantada com a beleza do médico e com ele
protegendo-a.
Claudio: Desgraçado, você vai pagar muito
caro por isso.
Mário: Ah é? E quem vai me fazer pagar?
Um covarde como você?
Claudio permanece calado.
Mário: Agora vai embora antes que eu
mande os seguranças te levarem à força daqui, e darei ordens para que você
nunca mais posso visitar a senhorita.
Claudio vai embora. Belinda e Mário se entreolham.
Mário: Você está bem?
Belinda: Sim, eu estou bem, e meu nome é
Belinda, doutor Mário.
Mário: E como sabe meu nome?
Belinda: Acho que está escrito no seu
crachá. Risos.
Os dois se olham sorridentes, Belinda fica sem graça.
Cena 4: Faculdade Una/ Sala do reitor/
Interior/ Manhã.
Luana chega com seu rosto vermelho e descabelada, o reitor se
assusta.
Reitor: Mas o que foi que aconteceu?
Luana (furiosa): Aquela
bolsista maldita me bateu.
Reitor: Que bolsista?
Luana: A Safira, ela me espancou ali do
lado de fora. Me diga que providências você vai tomar?
Reitor: Preciso conversar com ela, tenho
que me informar se realmente foi isso que aconteceu.
Luana: Saia naquela joça de pátio e
pergunte à qualquer um se ela não me agrediu, e eu nem tive tempo de me
defender.
Reitor: Irei sim.
Luana: Eu espero que você tome as
devidas providências mesmo e expulse aquela miserável daqui, não é bom você
perder alguém que paga por alguém que é bolsista e ainda por cima barraqueira.
O reitor vai até o pátio, ele encontra Safira e vai até ela, Luana
segue o reitor.
Reitor: O que foi que aconteceu com vocês
duas? Por que bateu na Luana?
Safira: É verdade que eu dei uma surra
nela, mas ela bem que mereceu, mexeu comigo.
Luana: Isso é mentira, ela me bateu na
frente de todos, ela tem inveja de mim e quer roubar o meu namorado.
Safira (chocada): Como você é
cínica, você mexeu comigo.
Reitor: Olha, Safira, sinto muito, mas
nesse momento você acaba de perder a sua bolsa.
Aquela notícia veio como uma bomba, os olhos de Safira se enchem
de água e ela vai embora chorando. O reitor vai para dentro e Luana ri.
Luana (triunfante): Ai, eu
consegui me vingar dessa merdinha.
Daniel chega e vê Luana feliz.
Daniel: Eu estava te procurando. (curioso)- Que felicidade é essa?
Luana: Nada, meu amor, só estou feliz.
Cena 5: Hotel/ Quarto de Naomi/ Interior/ Manhã.
Naomi acorda e vai até o banheiro, ela se olha no espelho e
lembra-se de sua mansão pegando fogo.
Naomi: Se aquele desgraçado do Claudio
acha que vai me afastar dele com aquele incêndio, ele que está enganado, eu vou
reformar a mansão e voltarei pra lá.
Naomi vai até a cama e senta-se.
Naomi: Agora se tem uma coisa que eu
tenho que fazer, é achar a minha mãe, mas da onde posso começar?
Naomi tem uma ideia e decide sair, ela esbarra em um homem que
está passando pela porta.
Naomi: Me perdoa.
Fernando, um homem alto, corpo másculo, moreno, cabelo preto e
olhos verdes folha seca, olha para Naomi e se encanta com ela.
Fernando: Eu é quem peço perdão, senhorita.
Naomi: Ok, não tem problema, eu preciso
ir.
Naomi decide ir, mas Fernando a puxa pelo braço.
Fernando: Quero saber se vamos nos ver
outra vez.
Naomi: Eu vou ficar no hotel por pelo o
menos uns 2 meses até reformarem a mansão onde eu moro, então talvez vamos nos
ver sim.
Fernando: Adoraria esbarrar todos os dias
com uma menina linda assim.
Naomi fica sem graça e dá um sorriso.
Naomi: Me perdoe, mas tenho que ir
mesmo.
Naomi vai, Fernando fica olhando pra ela.
Fernando: Que mulher mais linda.
Cena 6: Alguns dias se passam. Está de Noite/ Igreja/ Interior.
Valéria, que se passa por Marta, está na igreja com Otto,
esperando Daniel e Luana chegarem.
Valéria: Estou tão feliz, mal posso
acreditar que os nossos filhos se casam hoje.
Otto (falso): Eu também estou muito feliz com
isso, espero que seu filho cuide bem do meu bebê.
Valéria: Claro que sim, você sabe que o
Daniel é um rapaz muito responsável, ele vai cuidar muito bem da Luana, o
melhor é que vamos poder ficar sozinhos nessa lua-de-mel que eles terão.
Otto (malicioso): Boa ideia,
amei e faço das suas palavras a minha.
Cena 7: Praça/ Exterior/ Noite.
Daniel e Marta conversam em uma praça completamente deserta, o que
eles não contavam é que Safira estava ouvindo a conversa deles atrás de uma
árvore.
Daniel: Mãe, eu tenho que entrar daqui a
pouco, fala logo o que a senhora quer.
Marta: Eu só queria te dar os parabéns
por conseguir casar com a patricinha da Luana e dizer que eu cheguei a duvidar
que você conseguiria isso.
Daniel: Mas eu consegui, e sabe o que
mais? Eu sinto pena dela, eu não quero que a senhora a jogue na rua.
Marta: Já conversamos sobre isso e não é
necessário que voltemos nesse assunto.
Daniel: Mãe, o que vai acontecer com a
Valéria depois que a gente roubar a herança da Luana? Ela vai continuar
fingindo ser a minha mãe?
Marta: Mas é claro que não, já não
precisaremos dela, quando o Otto for assassinado por mim, a Luana saberá que eu
sou sua mãe, assim você irá por a mão na fortuna dela e me dará.
Safira ficava chocada com tudo o que ouvia, mas o momento mais
chocante foi o que Marta falava sobre a morte que planejara para Otto.
Daniel: Mãe, eu preciso ir, senão vou me
atrasar.
Marta dá um beijo e um abraço no seu filho, ela fica parada onde
está. Daniel entra no carro e parte. Safira percebe que Marta está indo embora
e o celular dela toca, Marta ouve e vai até ela.
Marta: O que você faz aqui?
Safira: Você mentiu pra Luana, eu não
acredito que você está planejando tudo isso, eu bem que sabia que o Daniel não
estava com a Luana por amor.
Marta (debochando): E o que você
vai fazer pra sua amiguinha que te envergonhou na frente de todos? Vai ajudá-la
depois de tudo o que ela fez?
Safira: Vou, porque mesmo ela sendo o que
é, não merece passar pelo que vocês estão fazendo, vocês são uns monstros.
Marta: Mas você não vai mesmo, ainda bem
que não saio da minha casa sem meu canivete.
Marta pega o canivete e corre atrás de Safira, ela consegue
alcançar a menina e crava o canivete no ombro dela. Safira cai no chão e fica
escorrendo sangue.
Marta (fria): Quem manda ser intrometida?
Close no
olhar diabólico de Marta.
0 Comentários