Castelo Baellys - MEU FILHO? (Capítulo 13)


CAPÍTULO XIII
Meu Filho?
Georgei leu a Folha reveladora. Teve que ser rápido em sair correndo. Passou pelo corredor, pela escada, mas no pátio o Rei o avistou de longe e saiu correndo atrás dele. Quando Georgei passou pelo portão para fora, Noll gritou:
 -    Peguem-no!
Os guardas viram Georgei passar e saíram correndo atrás dele. Enquanto corria para entrar na Floresta Georgei se deparou com Jylly na sua frente. Noll a olhou de longe e os guardas continuavam a correr.
 -    Temos que sair daqui! Vamos! - apressou Georgei
Eles correram para dentro da Floresta e os guardas os perderam. Noll se aproximou dos guardas e ordenou:
 -    Quero a cabeça dos dois pendurada em estacas na frente do castelo! Agora!
Os guardas no mesmo instante saíram correndo para a Floresta.
Chegaram na casa correndo e colocaram um pedaço de pau fazendo pressão para manter a porta fechada. Nikola e Onfroi ficaram assustados.
 -    O que houve? - perguntou Nikola
 -    Noll mandou os guardas nos matarem. Tivemos que sair correndo. - respondeu Georgei
 -    Conseguiram encontrar algo? - perguntou Onfroi
 -    Sim... Mas não sei se é uma boa ideia mostrar.
 -    Estamos aqui por uma causa. Seja o que for não deve nos esconder. - respondeu Nikola
 -    Tudo bem...
Georgei ficou tenso. Não queria revelar o crime de sua família. Aliás, essa folha contém um texto que Henry não queria que ninguém visse. Georgei entregou a Folha para eles e juntos começaram a ler.
Na cela onde Henry estava, ele via o sol nascer quadrado. Uma sacerdotisa lia para ele o Livro Santo. Henry não queria saber desta baboseira, queria mesmo pensar uma forma de fugir de lá. Sabia que seu futuro seria sua confissão e iria passar pelo ritual. Mas fugir causaria um grande problema. Ele não poderia voltar para Baellys enquanto não tivesse defesa contra os Agentes da Mãe que iriam pegá-lo e talvez até matá-lo. Ele teria que fugir e procurar um jeito de tomar o trono e usar a Guarda Real para impedir o contato dele com os Agentes da Mãe.
Na Casa Abandonada todos estavam boquiabertos com o que leram. Georgei se levantou e disse:
 -    Vou para Baellys!
Todos acharam uma má ideia.
 -    Você quer se matar? Os guardas podem estar nos caçando na Floresta! O melhor lugar para se ficar agora é aqui. - disse Jylly
 -    Não. Eu vou tentar entrar na cela do meu pai. Vou dar algumas moedas para algum sacerdote me deixar entrar na cela dele. Vou procurar um jeito de tirá-lo de lá.
Georgei saiu da casa correndo e foi por outro caminho, o caminho em mata fechada, para que, não corra o risco dos guardas o pegarem.
Quando Georgei saiu da área da Casa Abandonada os Guardas Reais chegaram. Dentro da casa Onfroi ouvia os passos e as armaduras pesadas. Ele levantou.
 -    Gente... Ouçam isso... - disse sussurrando Onfroi
Jylly e Onfroi começaram a ouvir os passos. Os dois se levantaram. Nikola olhou pela janela e viu que poderiam permanecer na casa. Nikola virou para eles e disse sussurrando
 -    Vamos ficar aqui. Eles não veem para cá.
Um guarda de aproximou da casa, olhou pela brecha, viu os três. O guarda gritou para o outro:
 -    Aqui!
Nikola, Onfroi e Jylly tiraram o pau da porta e saíram correndo. Onfroi e Nikola se jogaram nos arbustos enquanto Jylly corria pelo caminho para Baellys.
Os guardas a avistaram correndo. Jylly não se deu conta de que estava em perigo, estava desesperada. Um dos guardas preparou a flecha e apontou. Jylly apenas caiu morta com uma flechada no pescoço.
Quando ele finalmente chegou na Prisão da Mãe tirou do bolso um saco se moedas e se aproximou de uma sacerdotisa.
 -    Quero ver meu pai, Henry Baellys!
 -    Não posso deixá-lo entrar nas celas. O criminoso deve se isolar de tudo e de todos e focar apenas na Mãe para que confesse seus pecados e se torne puro.
 -    Eu... Eu tenho moedas.
Georgei mostrou as moedas. Ela olhou e em seguida olhou para ele. Os olhos da sacerdotisa brilharam. Ora, não iria dispensar. Era uma hipócrita!
A cela de Henry se abriu e o filho entrou. Henry e Georgei se olharam.
 -    Meu filho! - disse Henry com muita alegria nos olhos
 -    Pai! - disse o filho alegre
Henry e Georgei se abraçaram bem forte. Estavam com os olhos cheios de lágrimas. Tudo neste abraço foi entendido. Pai e filho finalmente deixaram as desavenças de lado e procuraram se unir para tirar do trono o verdadeiro inimigo da família, Noll. Mas o inesperado aconteceu. A janela da cela se abriu e a sacerdotisa disse.
 -    Suborno é um crime, Georgei Baellys. Agora pai e filho irão compartilhar da mesma cela...
Ela fechou a janela e trancou a cela. Georgei e Henry estavam destinados à confissão e aos rituais! Georgei se encontrou sem saída.
No Templo de Hyarah, na Torre dos Sinos, que fica em cima do Templo, estava o Primeiro Mestre Kadosh Amé e Amy. Eles entraram se beijando. Amy estava feliz e parou de beijá-lo para dar uma grande notícia a ele. Olhou diretamente nos olhos dele e disse.
 -    Amé. Eu estou esperando um filho seu.
 -    Meu filho? - perguntou Amé
 -    Sim. Veja.
Amy foi tirando o vestido calmamente na frente dele. Apesar de velha seu corpo não parecia muito velho assim. Ela deixou o vestido cair... Amé olhou sua barriga que estava um pouco maior, quase redonda, mas elevada. Amé foi olhando o resto do corpo de Amy e viu um tumor. Ele tremeu e teve um choque que o fez piscar e relembrar um fato que ocorreu com ele quando era criança. Relembrou quando ele era uma criança, estava se lavando no rio com a mãe. Então guardas chegaram e levaram a mãe dele o deixando só. A mãe gritava por socorro e pedia que o filho corresse. Ele viu a mãe nua, viu o tumor na cintura da mãe. Era o mesmo tumor que ele possuía... Tomou consciência de que Amy era sua mãe desaparecida. Ao retornar das lembranças ele estava com os olhos cheios de lágrimas. Amy interrogou:
 -    O-Oque foi? Não está feliz com nosso filho?
Amé queria tudo neste momento menos pensar em entrar na própria mãe novamente. Ele disse confusamente:
 -    Você... É a minha mãe.
Amy não entendeu.
 -    O que está dizendo, Amé?
 -    Você é minha mãe! - gritou ele com os olhos mais cheios de lágrimas
 Amé tirou sua veste de sacerdote e ficou nu na frente da mãe...
Amy teve um choque em menos de um segundo. Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto lembrava de quando perdeu o filho. Amy começou a se afastar do filho com nojo.
 -    Não toque mais em mim... - disse ela com os olhos cheios de lágrimas e se afastando
 -    Não, mãe... Eu quero um abraço. - disse ele se aproximando da mãe
 -    Saia daqui...
Ele se aproximava enquanto ela se afastava dele. Cada vez choravam mais. Nunca se passou pela mente deles transar entre mãe e filho. Era um crime diante da Mãe. Ficaram pensando quando transaram com roupa pela pressa... Tudo poderia ser diferente... Ou não. Amé se aproximou de Amy que estava de costas para a janela aberta.
 -    Venha cá, mãe...
 Amy se corrompeu de nojo e ódio. Olhou para trás e se jogou da janela. Amé gritou e tentou agarrar a mãe. Amy foi caindo... Sua cabeça e sua barriga estouraram ao cair no chão.

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