CAPÍTULO XIV
A Fuga
Amy descobriu que Amé era seu filho perdido. Amé tentou abraçar a mãe mas ela se jogou da janela da Torre dos Sinos e estourou a cabeça e a barriga, ela estava grávida dele!
Todos foram para cima do corpo ver o que estava acontecendo. Rei Noll passava pelo local e olhara horrorizado para Amy nua. Ele olhou para o tumor de Amy. Logo recordou uma passagem de sua infância: Noll ainda criança, foi abusado sexualmente por um homem com um tumor idêntico ao de Amy. O jogou nos fundos de uma capela e abusou sexualmente da criança que chorava. Voltou para o presente com os olhos cheios de lágrimas. O verdadeiro motivo de Noll ser como é, um homem que se relaciona com homens e mulheres e nunca se sacia está aí. Ele sofreu abuso sexual quando criança. Com os olhos cheios de lágrimas ele olhou para cima e viu Amé. Logo reconheceu o rosto dele, Noll se aproximou de um guarda real e ordenou que colocassem o corpo de Amy no quarto dele. Em seguida correu para o Templo da Mãe indo em direção a Torre de Sinos. Noll finalmente iria encontrar o homem que abusou dele durante a infância. Amé não o reconheceu. Quando Amé foi sair da Torre, Noll abriu a porta colocando a mão no seu pescoço.
- Você não vai escapar de mim. - ameaçou Noll
- Perdão, Lorde Noll, o que está fazendo? – disse com o pescoço apertado e a voz rouca pela pressão das mãos de Noll
- Não lembra meu nome? Era eu quem te saciava. Era eu quem era obrigado a te chupar!
Noll caiu no choro e olhou para baixo sem conseguir falar. Amé estava de olhos arregalados e tensos.
- Você não sabe... o prazer que tenho em te ver. - disse Noll
Noll lascou um beijo em Amé. Neste momento uma sacerdotisa apareceu e flagrou o Rei e o Primeiro Mestre aos beijos. Ficou paralisada, uma visão chocante aos olhos de qualquer um. Noll correu e trancou a porta antes que esta pensasse em fugir. Ficou na frente da porta caso ela ousasse tentar sair. Noll disse:
- Vou matá-la.
A sacerdotisa ficou séria e manteve a frieza. Amé disse:
- Não vamos matar ninguém! Isso é crime!
- Quer que façamos o que? Que a deixemos sair e ela mande os Agentes nos prender por blasfêmia e descumprimento das Leis da Mãe?
Amé permaneceu calado. A sacerdotisa olhava para Amé, virada de costas para Noll. Noll se aproximou por trás dela e cortou a garganta dela enquanto estava distraída. Foi tão rápido que talvez ela nem tivesse sentido. Noll se voltou para Amé.
Na cela na Prisão da Mãe, Georgei batia tanto na porta querendo sair que suas mãos já estavam sangrando. Henry estava no mesmo local, estava fraco, com fome, sujo, não tinha esperanças de que alguma sacerdotisa viesse abrir e deixá-los sair. Georgei cansou.
- Pai, e agora? O que faremos?
Henry o olhou
- Eu não sei...
- Daqui a pouco vão nos pegar para levar para o ritual... Pai, ou fugimos daqui ou passamos uma vergonha pública jamais vista na história!
Henry o olhou. Eles se entenderam.
Na Torre, Noll negociava com Amé. Estava interessado em algo do sacerdote.
- Você já sonhou alto? Já pensou em se tornar Conselheiro do Rei?
Amé ficou surpreso com a ideia.
- Eu? Não... - risos.- A Mãe nos ensina a sermos humildes. Isso é um cargo muito alto.
- E desde quando você obedece sua divindade? Transou com a mãe, abusava de crianças. Sua divindade lhe esqueceu.
Noll deixou o sacerdote sem palavras.
- Renuncie seu cargo! - disse Noll firmemente olhando nos olhos de Amé
Amé o olhou nos olhos
- Você terá tudo o que quiser! Comida em abundância, mulheres, putas, camas confortáveis, servos!... Junte-se a mim.
A lábia de Noll pode funcionar as vezes. Amé atendeu a seu pedido com muita clareza do que queria. Saiu da Torre pronto para renunciar o cargo de Primeiro Mestre Kadosh. Mas ele não conhecia as verdadeiras intenções do Rei. Noll só queria se divertir com as pessoas, estando como rei de Baellys, sua loucura só aumentou. Ele brincava com quem quisesse, mas, só não o traia... Ou a brincadeira pode ficar séria!
Na cela da Prisão da Mãe, Henry e Georgei estavam prontos. Georgei começou a gritar como se estivesse com muita dor. O grito era muito escandaloso e grave. Foi quando a sacerdotisa entrou para ver o que era. Ela abriu a porta da cela e Henry a jogou para o fundo da sala. Eles correram para fora e trancaram a cela. A sacerdotisa começou a gritar e a mandar pegá-los. Eles tinham que ser rápidos. Viram umas vestes de sacerdotes e se vestiram delas. Começaram a ouvir os Agentes caminhando com suas armaduras pesadas. Quando se vestiram, os Agentes entraram, Henry e Georgei passaram diretos por eles enquanto eles iam ver a sacerdotisa gritando. Quando saíram de perto dos Agentes eles saíram correndo como se não houvesse amanhã pelas ruas da cidade. Georgei pegou na mão do pai e juntos saíram correndo rumo a Floresta. Passaram correndo pela rua ao lado da janela do quarto da irmã de Henry, Dye. Dye estava olhando a janela se segurando nela, pois estava com uma das pernas amputadas. Dye viu o rei naquela situação e gritou para Henry.
- Henry!
Henry e Georgei pararam de correr e Henry virou para ela e a olhou. Neste momento Nikola e Onfroi apareceram. Georgei perguntou para eles:
- O que estão fazendo aqui? Os Agentes podem pegar vocês!
- Não iriamos te deixar sozinho. Decidimos vir. Poderia estar precisando de nós. - disse Nikola
- Temos que fugir daqui o mais rápido possível. - respondeu Georgei
Dye apareceu sendo carregada por Herry.
- Henry e Georgei. O que aconteceu com vocês? - perguntou Dye
- Você ainda não sabe metade da história... - disse Georgei
Um Agente atirou uma flecha na coxa de Henry que caiu no chão gemendo de dor. O clima estava muito agitado! Todos se desesperaram quando viram o Agente correndo em direção deles.
- Vamos para meu quarto no castelo agora! Vamos nos esconder lá! - disse Dye
Nikola carregou Henry. Saíram correndo pela rua até encontrar a entrada do Castelo. Correram o pátio do Castelo e entraram pelo portão de entrada. Correram a escada, o corredor e enfim chegaram ao quarto de Dye. Se trancaram lá. Estava Dye, Herry, Henry, Nikola, Onfroi e Georgei. Nikola colocou móveis na porta para ninguém entrar. Começaram a bater na porta. Os móveis começaram a se afastar. Começaram a empurrar a porta com um arrombador de portões pequeno. Foram uma, duas, três... Os móveis ainda protegiam a porta. Herry cuidava de Henry na coxa. Onfroi disse:
- Vamos sair pela janela. Os Agentes vão nos pegar!
- Vamos na fé de que isso não vai acontecer. Se nos jogarmos da janela é morte! - disse Dye
A porta foi arrombada. Era Noll. Ele entrou só, seus guardas ficaram fora. Ele parou no meio do quarto e olhou sorrindo para todos com seu sorriso sarcástico de quem poderia fazer o que quisesse com eles...
Noll ficou encarando eles. Quando de surpresa atacou Henry que estava deitado e começou a estrangulá-lo. Nikola, Onfroi, Herry e Georgei foram intervir, mas os guardas os pegaram e iniciaram uma luta corporal com eles. Henry se encontrava só na luta por sobrevivência. Noll olhou para a janela e olhou para Henry enquanto o engasgava na cama. Noll puxou Henry pelo pescoço e o arrastou para perto da janela. Henry não percebia, estava lutando para viver enquanto Noll o levava para a morte. Noll chegou com ele próximo a janela e parou de sufocá-lo, o soltou. Noll ficou olhando para Henry sorrindo. Henry estava se recuperando... Noll meteu a mão no ombro de Henry e o fez cair pela janela do castelo. Henry foi caindo...

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