Castelo Baellys - AMAR OU IR À LUZ (Capítulo 6)



O Pecado
A Deusa Hyarah deu leis aos homens para que soubessem se comportar diante dos outros homens. Mas o homem na sua falha, falhou. Hyarah passou a não tolerar o pecado que assolava a Terra e deu ordens aos seus sacerdotes e sacerdotisas a purificarem o pecador, para que, a Luz chegue até todos. Então Hyarah deu um ritual para a purificação de um pecador, este ritual era chamado de Ritual de Purificação da Carne.
Então, os sacerdotes e sacerdotisas se sentiam no direito de obrigar alguém a se converter e não toleravam que as Leis da Mãe – a Deusa Hyarah, fossem descumpridas. Qualquer suspeita ou prova de pecado era letal para uma pessoa, que era obrigada a confessar seus pecados ou ter a morte por definhamento.
As pessoas em Baellys toda semana presenciavam esses rituais de carnificina e tinham medo, pois viam o que os outros sentiam e não queriam passar a mesma coisa. Devido a isso alguns fiéis eram firmes na fé e faziam de tudo para não pecar. Já outros, se escondiam nos cantos da cidade para cometer seus assassinatos e promiscuidades que a Mãe condena. Os Sacerdotes da Mãe eram cientes disso e tentavam não deixar passar nenhuma suspeita de pecado. Para pecar naquela cidade tinha que ser muito bom. A Fé na Mãe era muito respeitada e temida pela população.
Neste capítulo dois personagens irão tentar escapar do processo de beatificação – o Ritual de Purificação da Carne. E o Capítulo 7 será totalmente entregue à explicar a Fé na Mãe, seu Livro Santo, suas leis e a história desta religião. Um personagem passará pelo Ritual de Purificação da Carne no mesmo capítulo.
CAPÍTULO VI
Amar ou ir à Luz
Enquanto Noll estava em um de seus surtos olhando as pessoas amarradas no seu Quarto da Tortura, a Rainha Aldith estava sendo vestida em seu quarto por uma Sacerdotisa de Hyarah, a Primeira Mestra Nianny.
Nianny era melhor amiga de Aldith por muito tempo, deste a infância. Nianny aconselhava e confortava Aldith quando era necessário, sempre com base nas Leis da Mãe. Nianny havia terminado de fechar o vestido de Aldith. Aldith virou e sorriu.
- Está lindo! Obrigada por essa gentileza de me doar um vestido. – disse Aldith
- Sempre que precisar de algo venha até mim. Estarei sempre a disposição, Majestade.
Aldith sorriu gentilmente.
- Mas... – hesitou Nianny tocando nos ombros da rainha.- Você não precisa se forçar a ficar com esse homem! Aldith, ele bate em você na hora do sexo! Isso é um pecado muito grave! Se algum sacerdote o ver ou suspeitar ele será preso para confessar seus pecados, será humilhado em público e perderá o trono para sempre... Eu só não o prendo por este crime pois sei que você o ama, e que, o que ele passaria a machucaria muito... Amiga, quando você não aguentar mais isso -A Mestra Nianny levantou o vestido da Rainha Aldith e mostrou os hematomas.- Se separe dele!
Elas ficaram se olhando. Aldith não falou uma palavra. A Primeira Mestra Nianny se retirou.
A Mestra Nianny saiu andando calmamente do quarto da rainha e começou a ouvir beijos e respirações ofegantes vindos do quarto de Onfroi. Ela parou e começou a ouvir, estava começando a se chocar com o que ouvia. Depois de tomar consciência do que se tratava, ela se agachou diante as porta e olhou pela brecha. Onfroi e Nikola estavam destinados ao carniceiro processo de beatificação. Nianny se levantou e gritou diante da porta e fez todo o castelo ouvir:
- Pecadoooores!
Onfroi e Nikola pararam de se beijar e olharam um para o outro. Nianny começou a bater na porta rapidamente e com força enquanto os Agentes da Mãe corriam para chegar lá.
- Pecadores! Vocês serão punidos! Não há por onde escapar! – gritou Nianny
Onfroi e Nikola se desesperaram. Não queriam se purificar, ninguém naquela cidade queria. A janela estava aberta. Sorte a deles era que o quarto fica de visão para a Floresta. Então colocaram móveis para segurar a porta e usaram cobertores para fazer uma corda para descerem atrás do castelo. Os  Agentes da Mãe chegaram, Aldith olhava sem entender o que ocorria. O Rei, que estava no conselho começou a ouvir a gritaria. Enquanto os  Agentes tentavam empurrar a porta Onfroi e Nikola já haviam descido e corrido para a Floresta.
Quando os guardas finalmente conseguiram arrebentar a porta eles não estavam mais lá. O Rei Henry chegou e perguntou:
- O que está acontecendo aqui? Que barulheira era aquela? Quem são esses guardas? Não são os meus!
- Você abrigava dois homens promíscuos em seu castelo. Seja quem for, estavam se beijando, quase fudendo! A Mãe não tolera... Eles serão caçados e purificados! – disse Nianny
Henry ficou com um pé atrás, pois já havia se deitado com outro homem. Ele virou para os Agentes e perguntou:
- Quem são vocês? Pelo que vejo não são da Guarda Real.
Nianny respondeu:
- Estes são os Agentes da Mãe. Protegem os sacerdotes e capturam os pecadores para serem purificados. Estes dois estão sempre comigo.
Henry engoliu saliva fortemente que se deu para ver seu gogó se movendo.
Onfroi e Nikola escolheram amar-se, ao invés de ir à Luz.
A Rainha Aldith entrou no seu quarto após a confusão. Rei Henry retornou para o conselho. Aldith ficou virada para a janela aberta tirando o vestido, ficou nua. Quando ela se virou encontrou Noll Vallois olhando para ela com desejo.
- Como ousa? – disse a rainha se cobrindo com as mãos e curvando o corpo
- Eu não aguento mais... Eu... Eu quero você... Desde ou primeiro dia que te vi eu queria você. Mas todos esses anos me segurei. Segurei minha paixão, meu desejo por você. Deitei com muitas mulheres e homens, mas nenhum deles foi capaz de me satisfazer... Só você...
Noll se aproximou da rainha
- Só você... Meu amor...
Noll e a rainha se aproximaram e fecharam os olhos. Seus lábios queriam se tocar, eles queriam se entregar. Acabaram se beijando. Noll beijou a rainha apaixonadamente com os olhos cobertos de lágrimas.
Enquanto a rainha traia seu grande amor, Georgei havia pegado seu cavalo e partido para o Castelo Orfh para dar a notícia de que falhou em matar seu pai. Aloys estava apreciando Dragh de cima de um forte externo do castelo quando Georgei apareceu atrás dele. Aloys sentiu e virou. Ficaram se olhando. Georgei não estava com uma boa expressão, então, olhando para o Rei Aloys ele confessou:
- Eu falhei...
Aloys continuou o olhando. Logo explodiu:
- Como assim? Você não é capaz de dar uma taça de vinho para o seu pai? Quanta incompetência! Você realmente não tem competência para sentar no trono.
- Não, não. Não é bem isso. Fui fechar a porta para ninguém ver, quando virei papai havia bebido a taça errada.
Aloys se decepcionou mais ainda e enfiou o tapa na cara do filho do rei.
- Estou querendo ajudar você!... Quero acabar com a porra do seu pai! E você quer o trono do seu pai! Um pode ajudar o outro! E você falhou!
- Não! Ainda temos uma chance.
- O que vamos fazer? Nos ajoelhar diante do rei e pedir que entregue o trono? Pois dar bebida para seu pai morrer novamente você não vai conseguir.
Aloys estava usando a estratégia. Tinha inveja do Rei Henry, queria ser como ele, queria ser o maior e melhor rei do país. E para isso ele teria que matar o rei e colocar seu filho incompetente no trono para poder crescer seu reinado.
- Vamos chamar os Agentes da Mãe para prender o rei... Toda noite, antes de dormir, o rei transa com a rainha e a violenta enquanto fode. Se não podemos matar o rei, podemos prendê-lo e assim ele perderá a coroa. – disse Georgei

Eis um plano infalível. Prender o rei por pecado e ganhar o trono. Era bom para ambos os lados. De Georgei pois ganharia o trono, e para Aloys pois veria seu inimigo sofrer com sangue. 

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