A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou neste
domingo (1º), durante festa do Dia do Trabalho organizada pela CUT (Central
Única dos Trabalhadores), em São Paulo, que vai reajustar em 9% o valor dos
benefícios do Bolsa Família e corrigir a tabela do imposto de renda sobre
pessoa física em 5%. O reajuste dos valores do Bolsa Família faz parte do
chamado "pacote de bondades" preparado pelo governo que enfrenta um
processo de impeachment no Senado. "Estamos autorizando um reajuste no
Bolsa Família que vai resultar em um aumento médio de 9% para as famílias. Essa
proposta não nasceu hoje. Ela estava prevista lá em agosto de 2015 quando
enviamos o orçamento para o Congresso. Essa proposta estava prevista, e diante
do quadro atual, tomamos medidas que garantem aumento na receita neste ano e
nos próximos para viabilizar esse aumento no Bolsa Família. Tudo isso sem
comprometer o cenário fiscal", afirmou Dilma. Uma entrevista coletiva
convocada pelo Palácio do Planalto para explicar os reajustes no Bolsa Família
foi cancelada logo após o anúncio feito por Dilma. A entrevista seria com a
ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campêllo. O
Planalto não explicou o que levou ao cancelamento e disse que uma nova data
será programada para detalhar o reajuste.
As medidas anunciadas por Dilma eram dadas como certas desde a semana
passada, o que despertou críticas de políticos da oposição ao governo Dilma. O
presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), classificou o chamado
"pacote de bondades" da presidente como um "ato de
desespero". "Ela (Dilma) já não consegue mobilizar mais ninguém. O
povo já não acredita mais nela. Isso parece mais uma vingança por tudo o que
está acontecendo com ela do que qualquer outra coisa. Isso que é triste",
afirmou Paulinho durante um evento realizado pela Força Sindical em São Paulo.
Fonte: Uol

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