Paraíso Perdido | Capítulo 31 #ParaísoPerdidoNoWebMundi



uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL
CENA 1: CIDADE DE TEMEDO | AGÊNCIA MAIS TOP | SALA DE CARLOS | INTERIOR | TARDE
A imagem se descongela devagar enquanto Carlos olha para o amigo.
Mateus não sabe mais o que dizer ou pensar diante da afirmação de Carlos que parece realmente decidido à ir atrás de Manuela e viver o que não viveu.
CARLOS: – Eu sei que você pode achar que eu estou sendo mesquinho, egoísta ou até outra coisa, Mateus, mas não… – Diz, voltando a olhar para o melhor amigo. -… Eu estou apenas querendo recuperar o tempo que perdi, o tempo que eu deixei ir. – Continua, tentando desfazer qualquer má impressão.
Mateus encosta na mesa de Carlos e o observa de forma calada.
MATEUS: – Escuta o que você acabou de dizer, Carlos. ‘Você deixou ir’, sim, pois naquele tempo se você quisesse realmente estar do lado da Manuela, você teria estado, pois filho nenhum impede a gente de correr atrás do que queremos, cedo ou tarde. – Reflete, fazendo Carlos parar e pensar. – Em todo caso, você sabe o que faz, meu amigo, mas pense se é realmente o certo ou se é justo com tudo que está envolvido. – Completa.
Mateus se afasta da mesa e segue até próximo da porta. Ele olha para Carlos, que está mais pensativo do que nunca.
MATEUS: – Se você realmente for, não se esqueça de voltar para o meu casamento que será em breve. – Ele diz, abrindo a porta e olhando para o amigo.
Carlos olha para Mateus e esboça um breve sorriso, balançando a cabeça de forma positiva. Mateus sai da sala, deixando Carlos sozinho com seus pensamentos e ideias. A imagem escurece devagar enquanto Carlos se encaminha para o sofá, parecendo confuso.



CENA 2: TEMEDO | EXTERIOR
A imagem retorna, mostrando os carros voltando para a casa.
A tarde vai embora devagar. O movimento nas avenidas é intenso na volta para casa. As lâmpadas nos postes são acionadas assim que a noite se aproxima, contrastando com as luzes dos veículos. Algumas pessoas saem do ônibus assim que ele para nós pontos, outras sobem. O movimento é grande, o barulho também. A imagem corre pela cidade, uma visão aérea de Temedo. A imagem desacelera assim que se aproxima da casa de Larissa. Já se faz noite. A imagem escurece devagar.

CENA 3: TEMEDO | CASA DE LARISSA | INTERIOR | NOITE
A imagem se restabelece novamente enquanto mostra Mateus e Larissa sentados no sofá trocando carícias. Mateus e Larissa se beijam apaixonadamente, isso se repete por diversas vezes. Mateus toca no rosto dela com uma das mãos, de forma bastante carinhosa.
MATEUS: – Estou muito feliz de poder estar com você, mas muito mais feliz ainda por saber que nosso casamento se aproxima. – Ele diz, sorrindo.
LARISSA: – Eu sou uma sortuda por ter você em minha vida. – Ela afirma, movendo a cabeça e beijando a mão de Mateus.
MATEUS: – Eu quem sou sortudo por ter você, uma guerreira junto à mim. – Diz, descendo a mão e tocando na mão de Larissa. – Eu amo você, amo demais. – Completa antes de beijá-la novamente.
Os dois interrompem o beijo quando ouvem o telefone tocar e quando Larissa pensa em se levantar para atender, Alzira vem da cozinha e atende primeiro. Ela fica poucos minutos falando e logo desliga. Larissa percebe que a mãe ficou abalada. Alzira se senta no outro sofá sob o olhar de curiosidade e preocupação de Mateus e Larissa.
LARISSA: – O que houve, mãe? – Indaga, visivelmente preocupada.
Alzira levanta o olhar e encara a filha com lágrimas nos olhos.
ALZIRA: – Seu irmão, o Olavo… Ele foi preso, filha. – Conta, abaixando a cabeça.
Larissa sai de perto de Mateus e segue para perto da mãe, a abraçando bem forte, pois sabe o quanto o irmão é importante para ela. Alzira acreditou que Olavo pudesse mudar, mas com o telefonema que recebeu, percebeu que o que ela acreditava, não aconteceu. Alzira chora no ombro de Larissa, que tenta confortar a mãe. A imagem escurece devagar enquanto se afasta do abraço de mãe e filha.

CENA 4: PARAÍSO AZUL | EXTERIOR
A imagem retorna rapidamente mostrando as ondas do mar. As ondas batem contra as pedras. As luzes do hotel iluminam a água. Algumas pessoas caminham pela praia até onde a claridade alcança. A imagem se acelera somente parando em frente da casa de Soraia. A imagem escurece devagar.

CENA 5: PARAÍSO AZUL | CASA DE SORAIA | INTERIOR | NOITE
A imagem se refaz devagar enquanto mostra Manuela se sentando à mesa.
Bem na frente de Manuela está Soraia, que esboça um grandioso sorriso ao vê-la. Manuela segura na mão de Soraia.
SORAIA: – Eu sabia que você retornaria, cedo ou tarde, minha querida. – Ela afirma, mantendo o sorriso amigável.
MANUELA: – Desculpa ficar tanto tempo sem vê-la, dona Soraia, mas tudo que aconteceu comigo desde que retornei de Portugal, impossibilitou minha vinda até Paraíso Azul… mas agora aqui estou. – Ela diz, segurando nas mãos de Soraia.
Soraia abaixa o olhar, mas logo volta a levantá-lo.
SORAIA: – Eu entendo, Manuela e não se culpe ou coisa assim, pois a vida tem dessas coisas. – Diz, compressiva e percebendo que a menina que conhece desde que era criança, cresceu e não se encontra nada calma como tenta demonstrar. – Mas me conte, posso ver que você está aqui também por um motivo muito maior, digamos, uma dúvida não é mesmo? – Indaga, olhando nos olhos de Manuela.
Manuela desvia o olhar e olha para a porta que se encontra aberta. Ela olha para o filho que está sentado no degrau da escada.
MANUELA: – A senhora nunca erra, dona Soraia, nunca. – Ela afirma voltando a olhar para a velha amiga.
As duas se encaram. Manuela deixa ser analisada pela senhora que sabe muitas coisas da vida e que tem uma sabedoria impressionante. A imagem escurece rapidamente.

CENA 6: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | INTERIOR | NOITE
A imagem retorna devagar mostrando o corredor do penúltimo andar do hotel Paraíso.
Mirela segue empurrando um carrinho devagar e para ao ver Rodrigo se aproximando. Ele esboça um breve sorriso assim que a vê, não conseguindo conter a felicidade por estar de frente para Mirela, que por sua vez já não acreditava mais no retorno dele para Paraíso Azul. Ela também se enche de alegria, esquecendo por um momento do que prometeu para ela mesma.
RODRIGO: – Tudo bem com você? – Indaga, sorrindo enquanto se aproxima um pouco mais de Mirela.
MIRELA: – Tudo sim. – Ela responde, tentando ser fria, porém não consegue.
Rodrigo percebe o que Mirela está tentando fazer e se aproxima um pouco mais, deixando ela um pouco intimidada.
RODRIGO: – Acho que podemos parar com esse joguinho bobo, não é mesmo? – Indaga se aproximando cada vez mais e deixando Mirela sem reação. – Eu sei o que sinto por você e acredito que você também sinta o mesmo e esse tempo em que eu estive longe só serviu para deixar bem claro o que estou sentindo. – Completa, segurando no braço dela de forma leve.
Mirela deixa ser segurada e quando percebe, está beijando Rodrigo. Ambos não conseguem conter a felicidade que os invade, o desejo imenso de se terem cada vez mais perto. Eles se beijam com muito amor. A imagem escurece devagar emquanto se afasta pelo corredor.

CENA 7: TEMEDO | MANSÃO DOS TERRAFORTE | INTERIOR | NOITE
A imagem se restabelece rapidamente.
Carlos está caminhando pela sala com um copo de uísque na mão, pensando em tudo que Mateus disse. Ele prece chorar quando se aproxima da janela e para.
CARLOS: – Pensar em ficar sem ela, me deixa fraco, pois eu só pensei nisso, só pensei em ter ela comigo durante esses quase dez anos e agora que ela está tão perto e com um filho meu, tudo parece muito difícil, pois não depende só de mim, não mesmo. – Ele divaga antes de deixar cair o copo no chão. O objeto se quebra em diversos pedaços.
Carlos se afasta da janela e segue para perto da escada que leva até o segundo andar da casa. Ele sobe pela escada enquanto a imagem se afasta e mostra as as malas próximas do sofá. A imagem então escurece devagar.

CENA 8: PARAÍSO AZUL | PRAIA | EXTERIOR | MANHÃ
A imagem retorna e fica clara devagar, mostrando o belíssimo nascer do sol na praia de Paraíso Azul.
Manuela acordara cedo após uma longa conversa que teve com Soraia na noite que passou. Ela chuta a areia enquanto caminha e então para assim que vê seu marido sentado na areia e olhando para o mar. Ela se aproxima devagar, receando a atitude de Talles.
MANUELA: – Eu sou uma idiota. – Ela diz assim que se aproxima dele.
TALLES: – Nós dois somos então. – Afirma, olhando um pouco para o lado e vendo Manuela se sentar ao lado dele. – Não sei como você está ainda comigo com tanta insegurança de minha parte. – Ele completa voltando o olhar para o mar devagar.
Manuela sorri e toca na mão de Talles.
MANUELA: – Sabe o motivo? Simplesmente por eu te amar (T) O que eu sinto por você não é gratidão ou algo assim, é realmente amor, Talles. – Ela diz, segurando a mão dele.
Essa afirmação de Manuela faz com que Talles olhe para ela e sorri de forma contínua, podendo mais uma vez, como sempre fez, constatar a verdade nos olhos dela.
TALLES: – Eu nunca vou deixar de amar você, nunca. – Ele afirma espontaneamente.
Talles coloca uma mão na nuca de Manuela e se impulsiona lentamente para um beijo. O beijo trocado reafirma uma cumplicidade e um amor inigualável que ambos compartilham e que foi construído pouco a pouco em solo forte. Os dois rolam na areia, sorrindo e se beijando. Ao longe, Carlos que chegara ainda de madrugada em Paraíso Azul, oberva com lágrimas nos olhos. Carlos se afasta enquanto a imagem escurece rapidamente.

CENA 9: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | INTERIOR | MANHÃ
A imagen se restabelece, mostrando Carlos entrando em seu quarto.
Carlos está bastante incomodado, enraivecido com tudo que viu. Ele chuta a poltrona que fica virada. Carlos segue para a cama onde se senta e remói tudo que viu.
CARLOS: – Ela realmente está feliz com ele, realmente está. – Ele diz entristecido. – Mas eu deveria ficar feliz por ela… mas não é isso que estou sentindo, não mesmo. – Continua enquanto bate com toda força na cama.
Logo ele se levanta e segue para perto da porta e vidro que dá acesso para a varanda. Carlos vê seu reflexo no vidro e em um ímpeto de extrema raiva, decepção e muita dúvida, soca o vidro da porta que se estilhaça por completo. Ele fica com a mão sangrando. A porta aberta permite que um dos funcionários que está passando pelo corredor se aproxime ao ouvir tal barulho típico. Um jovem rapaz se aproxima de Carlos, temendo o sangramento que ocorre.
CARLOS: – Sai, sai, eu não quero a ajuda de ninguém. – Ele grita tentando fazer com que o rapaz saia dali.
O rapaz não desiste e Carlos acaba se dando por vencido. O funcionário pega rapidamente kit de primeiro socorros e então faz o seu melhor. Ele ajuda Carlos a se deitar na cama e levanta a poltrona em seguida, movendo ela para perto da cama. Carlos olha rapidamente para a identificação de tal funcionário e fica a saber que ele se chama Pedro.
CARLOS: – Então… Pedro, eu vou ficar bem, não precisa se preocupar. – Diz, tentando demostrar uma segurança que ele não tem no momento.
PEDRO: – Não é isso que eu vejo. – Afirma, apontando para o curativo que fez no corte da mão de Carlos. – Eu só quero ter a certeza de que isso aí não vai piorar, de que ficará tudo bem. – Completa, esboçando um leve sorriso. – Se quiser descansar, fique à vontade, prometo não incomodar. – Finaliza sorrindo.
Carlos realmente se mostra cansado, parecendo até mesmo que passou a noite em claro, e foi o que aconteceu. Não demora muito para ele pegar no sono. Pedro se mantêm ao lado dele, observando o outro adormecer depressa. A imagem escurece devagar enquanto afasta dos dois e fica nos estilhaços esparramados.

CENA 10: TEMEDO | REGIÃO SERRANA | EXTERIOR | MANHÃ
A imagem retorna mostrando as belezas das serras que circundam a cidade.
Ao longe é possível ouvir alguns disparos, logo esses disparos parecem se aproximar e passos se aproximam juntos. Um veículo sai da estrada e entra na propriedade, parando bem próximo de pés femininos que calçam salto alto. A imagem sobe devagar, mostrando apenas as duas mãos da pessoa. Em uma das mãos, a pessoa segura uma pistola. A porta do carro se abre e ela entra. A imagem congela no sapato da mulher.
CONTINUA…

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