Live The Difference - Um Grito de Liberdade!| Cap. 20 — Nada Será Como Antes! (Últimos Capítulos)

NO CAPÍTULO ANTERIOR:

Charles mente para Alexandre e diz que Ária se envolveu com ele sem terminar o relacionamento anterior, sem pensar Maria Fernanda acaba confirmando a mentira. Alexandre e Ária discutem e dão um tempo. Bernardo chora ao rever o cordão que seu amigo de infância lhe deu, antes de ir embora. Do outro lado, Mew tem um pesadelo e questiona por onde anda seu melhor amigo de infância, com o qual ele sonha toda noite chorando. No jantar na casa de Afrodite, os pais de Bernardo e Mew fazem inúmeras perguntas racistas e preconceituosas e acabam causando um mal estar, Estephanie lhes dá uma resposta a altura e os deixa sem palavras. Bernardo e Mew descobrem que ambos era o amigo um do outro, pelo qual tanto tempo eles sofriam com sua ausência.

FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE:

Cap. 20

CENA 01.

Noite -

RUA

BERNARDO —Isso não é possível! —Diz incrédulo.

MEW —É possível sim e está acontecendo. Por algum motivo o destino nos juntou de novo. Será que você não percebe?

BERNARDO —O sentimento não é o mesmo, você sabe Mew! —Chora.

MEW —Vamos esquecer qualquer desentendimento nosso e vamos recuperar todo o tempo perdido e recompensarmos por todo o tempo que estivemos separados. Por favor! —Suplica.

BERNARDO —Não sei se é mais possível. Não tenho uma resposta ainda. Aliás, acho que já é hora de voltarmos.

MEW —Está bem, respeito seu tempo.

Os dois ficam em silêncio absoluto.

MEW —Depois do que nossos pais falaram, não sei se sou hipócrita o suficiente pra olhar pra eles como se nada tivesse acontecido. Vou me mudar para a casa de hóspedes que fica no fundo da mansão.

BERNARDO —Você está certo. Evite desgates.

MEW —Você também!

Mew e Bernardo se olham por alguns minutos.

BERNARDO —Quem chegar por último, é o perdedor! —Diz correndo.

Mew corre atrás.

Bernardo corre cada vez mais rápido.

Ele se desespera ao olhar pra trás e ver Mew no chão.

Ele volta correndo.

BERNARDO —O que aconteceu? Você está bem?

MEW —Torci a perna. Tá doendo muito!

BERNARDO —Se apoia em mim! —Diz levantando Mew e colocando o braço do amigo sobre seu pescoço.

Eles voltam juntos.

CENA 02.

Dia Seguinte -

Manhã| Quase Tarde -

CASEBRE DE JULIÁN/ EXT|INT/ PORTA - SALA

Alexandre chega para falar com o amigo e vendo a porta entreaberta ele entra e sem querer acaba escutando-o ao telefone.

JULIÁN —Papá, usted sabe que yo solo volvi para encontrar a mi mamá biológica. Decirla que ya sé lo que pasó y que fue victma de los malditos criminales en las fuertes ondas de tráfico de chicos que hubo aquel tiempo. Quizás ni ella sabes de verdade lo que pasó, papá! (TRADUÇÃO: Pai, você sabe que eu só voltei para encontrar minha mãe biológica. Dizer a ela que já sei o que aconteceu e que fui vítima dos malditos criminosos nas fortes ondas de venda de tráfico de crianças que houve naquele tempo. Talvez nem ela sabe o que aconteceu de verdade, pai!)

Julián escuta o pai.

JULIÁN —Me quedaré hasta el fin, hasta que ya no tenga mas donde y ni como buscarla. Adiós! (TRADUÇÃO: Ficarei até o fim, até que já não tenha mais onde e nem como buscar ela. Tchau!)

Julián desliga.

Alexandre entra.

ALEXANDRE —Então é por isso que você sempre foi tão misterioso? Isso explica tanta coisa!

JULIÁN —Me estabas escuchando? (TRADUÇÃO: Estava me escutando?)

ALEXANDRE —A porta estava entreaberta, e você não estava falando muito baixo. Qualquer pessoa que passasse aqui em frente ouviria. Me desculpe!

JULIÁN —Ay por favor, es broma jajaja. Ya era hora que usted, mi mejor amigo se enterara. La verdade es que no sé como decir y ni saberia la hora cierta de hablar. Perdoname tu! (TRADUÇÃO: Ai por favor, é brincadeira [risos]. Já era hora de que você, meu melhor amigo descobrisse. A verdade é que não sei como dizer e nem saberia a hora certa de falar. Desculpe-me você.)

ALEXANDRE —Tudo acontece no tempo certo! Aliás, tive uma ideia que pode te ajudar a encontrar sua mãe. —Fala sorridente.

JULIÁN —Dime! (TRADUÇÃO: Me diz!)

ALEXANDRE —Hoje em dia, a internet é um dos meios mais importantes para descobrir o que quiser com facilidade, desde que foi criada aliás.

JULIÁN —Eso es verdad. Que propones tu? (TRADUÇÃO: Isso é verdade. O que você propõe?)

ALEXANDRE —E se fizessemos um vídeo de você contando sua história, dizendo informações sobre seu nascimento, mostrando pertences seus de quando você chegou aos seus pais adotivos?

JULIÁN —Crees de verdade? (TRADUÇÃO: Acredita mesmo?)

ALEXANDRE —Eu acredito. Mas aqui quem decide é você.

JULIÁN —Haré lo que fuera para descobrir quien soy de verdad y de donde vengo. Viene tengo una cámera! (TRADUÇÃO: Farei o que for para descobrir quem sou eu de verdade e de onde venho. Vem, tenho uma câmera.)

Os dois começam a gravar.

CENA 03.

Tarde -

APARTAMENTO DE PRISCILA E ATENA/ INT./ SALA

Priscila chega e coloca sua bolsa em cima da mesinha da sala.

Ela vê um bilhete escrito por Atena em cima da mesa.

Ela abre o papel.

PRI,

Agora pode parecer que tudo que eu fiz, foi errado. Mas, acredite tem um motivo. Um dia você vai entender. Não sei se você vai me perdoar em algum momento,mas para evitar te causar mais sofrimento,estou me mudando para o apartamento da minha prima que está de viagem.

Até logo.

ATENA

Pri imediatamente pega sua bolsa e se dirige ao edifício que fica ao lado do prédio onde mora.

Ela pega um elevador e vai até o apartamento onde está Atena.

PRISCILA —Atena! Abra a porta. Agora! —Exige aos gritos na porta.

Atena imediatamente vem correndo para a porta mas sem abrir, apenas escutando.

PRISCILA —Vamos, seja mulher o suficiente e fale o que precisa ser dito de uma vez. Atena! —Grita na porta.

Atena depois de muita insistência e já não aguentar mais, abre a porta.

Priscila entra mal humorada.

PRISCILA —Que motivo é esse? —Diz jogando o bilhete nos pés de Atena.

ATENA —Ok, serei direta.

Pri se mantém calada.

ATENA —Aquele dia, sentada do seu lado e vendo você sofrer se lamentando pelo Felipe, como tantas e tantas outras milhões de vezes, eu já não suportava mais ver você sofrendo. Te dei conselhos, tentei mostrar a você que ele não te merecia e tudo foi em vão. E naquele dia, perguntei se você gostaria que alguém fizesse com ele, o que ele fez com você.

Priscila apenas escuta relembrando.

ATENA —Você disse que sim, que pelo menos ele saberia a sensação de ser usado e jogado fora, de ter os sentimentos pisados para se sentir como você se sentia. Então, no dia seguinte eu fui atrás dele e aos poucos conquistei a atenção e o interesse dele, eu desiludi ele de diversas formas…

PRISCILA —Mas no fim, você continua vendo ele. Você não deu uma lição nele e esqueceu ele de uma vez não. Você usou, abusou e continua com ele. Quem sabe lá se você não se apaixonou por ele sem se importar comigo depois?

ATENA —Meu Deus, não claro que não.

PRISCILA —A aliança que você está usando no dedo, é igualzinha a que eu vi ele usando naquele dia na escadaria quando vocês correram quando eu os vi. Por que diabos alguém aceitaria uma aliança de compromisso de um cara, se não houvesse sentimento? Por vingança é que não foi. Eu te conheço Atena! —Dispara aos prantos.

Priscila sai do apartamento completamente mal.

ATENA —Amiga, eu juro. Você é a pessoa que mais me importa, confia em mim. Por favor!

Priscila sem condições sai do apartamento, chorando em demasia. Ela pega o elevador.

Atena fecha a porta e sem forças cai ajoelhada, chorando, completamente destruída.

CENA 04.

Transição da Tarde para a Noite -

RUA

Ária segue para a casa de Marcelo para falar sobre Alexandre, mas o encontra na rua.

ÁRIA —Eu estava indo até sua casa para conversar com você.

MARCELO —Desculpa Ária, mas eu só vim mesmo comprar umas coisas e tava voltando pra casa.

ÁRIA —E cadê as coisas que você veio comprar então? Por quê está mentindo e fugindo de todos?

MARCELO —Por favor, me deixe em paz.

Marcelo sai andando indo em direção a sua casa.

Ária finge voltar de onde veio e ao despitá-lo, ela o segue com descrição.

Ária se esconde atrás de uma árvore.

Marcelo entra em casa.

Ária entra pelo portãozinho da entrada e olha o movimento da casa pela janela de vidro. Tentando saber o porquê de Marcelo está tão estranho.

O pai de Marcelo chega.

CARLOS —Onde está a janta mulher? —Diz agressivo e descontrolado.

MARTA —Já estou terminando!

CARLOS —Já era pra estar pronta. O que esteve fazendo o dia todo sua imprestável? —Diz Carlos, jogando a comida nas paredes. E empurrando a mulher no chão.

Ele a agride sequencialmente.

Ária vendo tudo, se choca e vai para a janela do quarto de Marcelo.

ÁRIA —Meu Deus! —Diz perplexa.

Marcelo se corta várias vezes chorando.

CENA 05.

MANSÃO ANGELÍS (EXT)/ FUNDO/ CASA DE HÓSPEDES.

Bernardo entra.

Mew que está arrumando a cama vai até a sala.

MEW —Como entrou?

BERNARDO —O portão dos fundos não estava bem fechado. Ou melhor, estava aberto!

MEW —Eu sei, fui eu que deixei aberto porque te conheço e sei que você viria. —Sorri.

BERNARDO —Idiota! —Rir.

MEW —Senta aí! —Diz apontando para o sofá.

Bernardo senta.

Ao sentar-se, Mew sente uma forte dor no joelho.

MEW —Ai!

BERNARDO —Sua perna tá doendo? —Ele confirma. —Vem cá, deixa eu ver isso! —Diz aproximando-se e levantando um pouco a perna do short de Mew, para ver o machucado.

MEW —Não tem nada aí!

BERNARDO —Sua perna está meio ralada e seu joelho está avermelhado.

Mew grita de dor quando Bernardo toca em seu joelho.

Bernardo retira uma pomada da sacola que trouxe e leva Mew até sua cama.

BERNARDO —Depois desse grito aí, não tenho dúvidas que não está nada bem. Vou passar essa pomada que comprei e amanhã nós vamos ao médico, ouviu senhor Mew?

MEW —Está bem, o que você disser senhor Bê.

Bernardo que está passando o medicamento na perna de Mew, ao ouvi-lo chamar de “Bê” o olha fundo nos olhos.

BERNARDO —Eu aceito o que você propôs hoje, mais cedo. Quero apagar tudo de ruim que aconteceu com a gente e nos separou, e posso até tentar esquecer o que aconteceu entre nós, se te fizer sentir melhor.

MEW —Bernardo, eu…

Eles se olham profundamente.

Sem terminar a frase, Mew puxa Bernardo e lhe dá um beijo inesperado.

Alguém fotografa o momento.

...Continua...