DESTINO - Capítulo 35: Cuidado com o chopp


Sem pensar muito, Vânia empurra Lívia que cai no chão da sala de estar, pega sua bolsa e sai correndo, sem destino.
Vânia: Desgraçada! A bastarda me enganou direitinho!
Lívia cai de lado e a primeira preocupação que tem é com o seu bebê. Desesperada, ela liga para Mateus, mas o só dá caixa postal.
Lívia: Me atende, Mateus! Me atende!
Não obtendo êxito, acaba deixando uma mensagem para Mateus.

Já nos arredores da Praça da Espanha.
Manoel: Tudo bem, Mateus?
Mateus: Tudo sim, Manoel. E com você?
Manoel: Tudo também. Bom, vamos pedir algo pra beber?
Mateus: Claro.
Mateus enrola por horas Manoel, até se certificar de que ele não está no seu juízo perfeito.
Mateus: Preciso ir embora, a Lívia precisa de mim.
Manoel: Fica mais um pouco, enteadinho (diz, Manoel, visivelmente bêbado).
Mateus: Desculpa, não vai ser possível. Obrigado pela conversa. Vou deixar tudo o que consumimos até agora pago.
Mateus vai embora rapidamente e liga para Bárbara.
Mateus: Já está pela “Espanha”?
Bárbara: Estou na quadra de baixo, acabei de terminar uma hidratação no cabelereiro.
Mateus: E eu fiz uma hidratação estomacal com suco de cevada (diz Mateus rindo)
Bárbara: Aff...
Mateus: Eu já estou indo embora. Você estava certa, no terceiro Chopp o Manoel já estava falando coisa com coisa e ele tomou seis chopes comigo.
Bárbara: Eu conheço o Manoel, mais de vinte anos juntos faz isso. Deixa comigo agora.
Mateus acaba ignorando, sem querer, uma mensagem de Lívia.

Vera se preparava para vigiar Bárbara mais um pouco e quando estava saindo, foi surpreendida por Iná.
Vera: Iná? Tudo bem com você?
Iná: Sim, Vera. Desculpa não ter ligado antes, mas é que eu estava passando por aqui, fiz uma faxina numa casa perto do terminal e achei que poderia passar aqui.
Vera: Pode vir sempre que quiser, mas quase que você não me pega em casa. Estou saindo agora.
Iná: Tudo bem, eu apenas vim fazer um pedido.
Vera: Pode falar. É algo a ver com o Vitor? Você sabe que pode contar comigo para eu te ensinar a fazer uma comida mais voltada pra restrição dele.
Iná: Obrigada, mas é sobre o Mateus.
Vera fica apreensiva.



Vera: O Mateus? O que tem o Mateus?
Iná: Olha, o Manoel meio que perdeu as esperanças em encontrar a nossa filha. Ele não diz isso, mas eu sinto. Não o julgo, está bem mais difícil do que pensamos mesmo, a dona Odete deve ter feito tudo muito bem feito pra não a encontrarmos. Mas, sabendo que seu filho trabalha lá, não dá pra pedir pra ele procurar direito, ver mais papéis daquela época? Sabe, eu não tenho dormido direito desde quando descobri que minha filha não morreu.
Vera enche os olhos de lágrimas e fica totalmente constrangida.
Vera: Claro. Eu vou falar com o Mateus assim que eu vê-lo de novo.
Iná: Obrigada, minha amiga. Eu to sofrendo tanto. Eu tento ser forte, especialmente na frente dos meus filhos, mas acho que com você eu posso ser sincera, já que você também é mãe.
Vera: Sim, eu...eu nem sei o que dizer, apenas sentir. Me dá um abraço.
Vera abraça Iná com muito peso na consciência por não ter dado um fim ainda a esta história.

Mateus chega ao lugar combinado com Bruno.
Bruno: Olha só, chegou quinze minutos adiantado. Gosto de pontualidade.
Mateus sai devagar de dentro do carro com uma maleta.
Bruno: Trouxe até uma maleta. Tá profissional, heim, “Teuzinho”?
Mateus: Claro, Bruno. Certas tarefas merecem muita atenção e hoje você vai ter a minha total dedicação.
Mateus abre a maleta que tinha uma barra de ferro dentro e sem demoras, desfere um golpe na cabeça de Bruno que cai no chão desmaiado.

Bárbara chega ao bar onde Manoel está e finge a coincidência.
Bárbara: Manoel?
Manoel: Vish, Bárbara aqui? Deu de ir em barzinho agora?
Bárbara: Eu é que te pergunto. E cadê a selvagem fabricante de marmitas?
Manoel: Você deveria falar melhor da Vera.
Bárbara: Que bafo de onça é esse?
Manoel: Eu estou bem. Com licença que vou embora.
Manoel sai do bar e no primeiro tropeço na calçada acaba caindo.
Bárbara: Você não aguenta nem ficar em pé, Manoel. Deixa que eu te levo para casa.
Manoel: Sai daqui, deixa que eu me viro.
Manoel cai de novo ao tentar se levantar e Bárbara o conduz até o seu carro e o leva para a casa, mas para a sua ao invés da casa de Vera.

Lívia se dirige ao hospital para ver se a queda não prejudicou sua gravidez e tenta ligar para Mateus mais vezes, mas o celular do marido só dá caixa postal.
Lívia: O que está acontecendo, Mateus?! Eu preciso de você!

Vera já estava a uma hora em frente a casa de Bárbara e ao vê-la chegar surpreende-se com quem a megera estava.
Vera: Manoel?
Manoel cambaleava enquanto Bárbara o conduzia para entrar na casa que era dos dois até pouco tempo.
Vera: Pode parar aí.
Bárbara fica surpresa com a presença de Vera.
Bárbara: Marmiteira, é você? O que você está fazendo aqui?
Vera: O que você está fazendo com o Manoel?
Manoel: Oi, Verinha. Veio me buscar?
Vera: Que cheiro de cerveja é este, Manoel? E o que você faz com essa jararaca?
Bárbara: Olha como fala de mim, sua selvagem.
Manoel: Eu tomei umas cervejinhas, só e...
Manoel tropeça de novo.
Vera: Vamos pra casa. Lá você me conta melhor esta história.
Bárbara fica visivelmente irritada por seu plano de criar uma falsa recaída com Manoel ter dado errado. Ao mesmo tempo a megera começa a se perguntar:
- Espera, o que a Vera estava fazendo em frente a minha casa? Essa vaca está me vigiando! Ela sabe ou desconfia de algo!

Bruno acorda com fortes dores na cabeça em virtude da pancada que recebeu de Mateus.
Bruno: O que aconteceu? Onde estou?
Começa a olhar ao redor e se dá conta de que está em uma mata fechada, com as mãos e pés amarrados, em posição sentado embaixo de uma árvore.
Mateus está a sua frente.
Mateus diz: Acordou a Bela Adormecida?
Bruno começa a gritar de desespero.

------------------------------------------ GANCHO: HIGHWAY TO HELL (AC/DC) ------------------------------

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