DESTINO - Capítulo 29: Dupla Pressão




Vera não conseguiu pregar os olhos e estava exausta logo pela manhã. Manoel achou estranho e resolveu perguntar.
Manoel: Você dormiu bem? Parece que nem dormiu.
Vera: Nada não. Estou com uns problemas no restaurante. Logo passa.
Manoel: Tudo bem. Qualquer coisa, me fala.
Vera: Ok, amor. Bom, vou precisar ir fazer umas compras hoje e vou sair.
Manoel: Tudo bem. Se cuide.
Vera: Pode deixar: Beijinho?!
Vera dá um beijo de selinho em Manoel e se arruma para sair.

Na casa de Lívia e Mateus, o casal recebia uma ligação importante vinda do detetive contratado por eles para investigar “Maria do Socorro”.
Lívia: Alô. Detetive Fragoso? Sim, sou eu. E aí, qual conclusão? Está certo. Até mais.
Mateus: Alguma novidade daquela tal de Maria do Socorro?
Lívia: Parece que sim, mas ele gostaria de conversar pessoalmente conosco. Marquei com ele no hospital.
Mateus: Ótimo, vamos para lá então?
Lívia: Vamos, amor.

Mateus e Lívia vão de carro ao hospital e ao chegarem cada um vai para sua respectiva sala. Quando estava entrando na sala, Mateus é abordado por Ângela.
Ângela: Doutor Mateus, tem gente lhe esperando em sua sala.
Mateus: Você deixou uma pessoa entrar na minha sala sem eu estar presente?
Ângela: É a sua mãe, ela disse que era urgente.
Mateus: Tudo bem, mas da próxima vez me avise pelo celular. Peça para que ninguém me interrompa até ela ir embora.
Ângela: Tudo bem, com licença.
Mateus entra na sala.
Mateus: Bom dia, mã...
Mal dá bom dia para a mãe e é recebido com um tapa na cara.



Mateus: Mãe?! Por que isso?
Vera: A Lívia é filha da Iná e do Manoel, não é? Confessa, Mateus!
Mateus: Que absurdo é este? Do que você está falando?
Vera: Você acha que eu sou idiota? Alguma palhaça? Eu te conheço antes de te parir, piá! Eu vi o quanto você ficou desconfortável na presença do Manoel. Ele me contou que você o atendeu aqui nesta sala, se fazendo de bom moço! Que vergonha que o Marcos sentiria de você!
Mateus: Não tem nada a ver o que a senhora está dizendo.
Vera: É bom que você resolva esta situação, pois se você não resolver, eu resolverei.
Mateus: Como assim? Não tem nada a ser resolvido.
Vera: Eu vou atrás da Iná e do Manoel e contarei tudo. Estou te dando uma chance para arrumar o que você iniciou. Você escolhe o destino desta história.
Mateus: A senhora não pode se meter nesta hist... mãe, volte aqui.
Vera: Tchau, Mateus. Já disse tudo o que eu tinha que dizer a você.

Vera sai da sala de Mateus e cumprimenta Bruno ao encontrá-lo no corredor.
Vera: Bruno, você estava aí? Não te vi.
Bruno: Olá, dona Vera. Acabei de chegar. Olha, desculpa não ter ido ontem. É que eu...
Vera: Tudo bem, a Tatiana me contou que você tinha compromisso com a sua família. Vá jantar algum dia qualquer lá em casa. Estou de portas abertas. Agora estou com pressa.
Bruno: Claro, irei com maior prazer. Tenha uma boa semana, dona Vera.
Vera: Você também, meu filho.

Ao virar no corredor, Vera dá de cara com Lívia.
Lívia: Dona Vera!? Que surpresa. Veio visitar o Mateus?
Vera começa a suar frio. A vontade de consertar a burrada que Mateus fez começava a falar dentro da sua mente, enquanto Lívia questiona a sogra.
Lívia: Tudo bem, dona Vera?
Vera: Tudo, minha filha. E com você? Está melhor?
Lívia: Estou sim. Desculpa não ter ido ontem, achei por bem ficar em casa descansando.
Vera: Fez bem, cuida bem do meu netinho. Eu preciso ir agora para comprar coisas para o restaurante. Fique bem, minha filha.
Lívia: A senhora também, vá em paz.
Vera: Obrigada.

Enquanto tentava ficar calmo com um copo de café na mão, Mateus tem sua sala invadida por Bruno que não bateu na porta para entrar.
Mateus: Bruno, já te disse o quanto eu odeio que entrem na minha sala sem bater. Até minha esposa sabe disso e você também deveria saber.
Bruno: Nossa, Mateuzinho, que bravo você! Pra quem tem segredos bem guardados comigo você até que está me tratando um pouco mal.
Mateus: Ambos temos segredos e estamos zerados. Você me livrou e eu paguei tua divida e te dei este emprego. Por que tocar neste assunto agora?
Bruno: Agora temos uma “parada” nova na jogada.
Mateus: Cala a boca, Bruno e saia da minha sala. Já está falando coisa com coisa.
Bruno: Eu ouvi o que a sua mãe disse. Aliás, bem que a Tatiana me disse que a dona Vera fala meio alto quando fica alterada.
Mateus: O que você quer dizer com isso?
Bruno: O que eu vou ganhar por manter em segredo o fato de que você estar fazendo de tudo para que a Lívia e os pais dela não se reencontrem?

Enquanto isso, na sala ao lado.
Lívia: Detetive Fragoso? Fiquei surpresa quando a Ângela anunciou o senhor. Pensei que viesse mais tarde, como havíamos combinado.
Detetive Fragoso: Pois é, Lívia, mas surgiu um outro compromisso com uns colegas da polícia e resolvi passar antes. Fiz mal?
Lívia: Imagina. Fez muito bem! Estou num poço de ansiedade.
Detetive Fragoso: Imagino... mas a sua ansiedade acabará agora mesmo.
Lívia: E aí, detetive. A Maria do Socorro pode ou não ser a minha mãe?

Bárbara liga para Vânia e pergunta sobre o “clima” no hospital.
Bárbara: E aí, Vânia? A Lívia já sabe que você é a mãe dela?
Vânia: Acho que deve estar sabendo agora, pois eu vi de relance o detetive que me abordou subindo pro andar dela.
Bárbara: Ótimo! Se depender de mim nunca que o Manoel e aquela empregadinha vão encontrar a filha deles! E o Mateus? Está lá dentro também?
Vânia: Não. Está trancafiado com um colega de trabalho aqui do hospital dentro da sala dele.
Bárbara: Mas que diabos eles faz? Ele deveria estar lá incentivando a Lívia a acreditar de vez que você é a mãe dela!

Mateus: Você está me chantageando pela segunda vez, Bruno?
Bruno: Estou sendo justo. Eu tenho uma informação valiosa sobre você, que pode colocar você e todo o dinheiro que você tem em risco. Ou você não sabe que eu sei que você e a Lívia se casaram em separação total de bens?
Mateus: Estou perdendo minha paciência com você, Bruno. (Diz Mateus, pegando Bruno pelo pescoço e o prensando contra a parede).
Bruno: Me solta agora, seu bosta, se não eu vou entregar todos os seus podres nem que eu vá junto!
Mateus solta Bruno.
Bruno: Pense bem na minha proposta. Ela é bem razoável. E não se esqueça que somos praticamente cunhados agora.
Mateus: É bom você não vacilar com a Tatiana, porque se você vacilar, você já sabe do que eu sou capaz.
Bruno: Para de falar e vai cuidar da minha recompensa. Dinheiro, um cargo maior neste açougue ou algum imóvel. Pensa e depois me dê responda. Bom dia pra você, Mateuzinho.

Fragoso olha fixamente Lívia que fica ansiosa.
Lívia: Fala logo, Fragoso. Há esta possibilidade?
Detetive Fragoso: Se as informações dadas por esta mulher estiverem corretas e cruzando com o que vocês me passaram de dados, não há dúvidas. Ela é a sua mãe biológica.
Lívia fica em choque e bem na hora (dando a entender que foi coincidência), Vânia adentra a sala de Lívia.
Vânia: Bom dia, dona Lívia. Trouxe um chá recém feito como a senhora gosta. Desculpa o atraso, mas perdi meu ônibus do bairro hoje cedo por que ele passou antes no meu ponto. Ué, eu conheço este moço.


--------------------------------------- GANCHO: OLHOS CERTOS (DETONAUTAS) --------------------------

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