CAPÍTULO 9: “MOÇO, DEIXA EU IR!”
CENA 1/CASA DE ALICE/SALA DE ESTAR/MANHÃ /INT.
(Alice está deitada no sofá assistindo, ouve a Campainha tocando e vai abrir a porta, Samuel chega com um buquê de rosas.)
SAMUCA (ARREPENDIDO) - Amor essas rosas é pra representar o quanto eu te amo.
(Alice faz um sinal pra ele entrar e ele entra ainda com o buquê na mão.)
ALICE (NERVOSA) - Samuca, não te pedi um tempo! Eu fiquei muito preocupada com você naquele dia e nesses dois meses, todas as vezes que eu e você saímos, você me abandona sozinha pra ir fazer seu trabalho, mesmo que esteja de folga. Aí você diz: É meu trabalho e tals, mas preciso desse tempo Samuel. Nunca fiquei com um policial...
(Samuel sem dizer uma palavra entrega o buquê pra ela, ela se acalma.)
SAMUEL (SORRINDO/OLHA EM SEUS OLHOS) - Alice...Eu te Amo, como nunca amei ninguém nesta minha vida.
(Samuel ajoelha-se, o coração de Alice dispara.)
SAMUEL (FELIZ) - Vamos começar de novo, você sabe que sempre fui apaixonado por você, desde o momento que te conheci, na faculdade a dois anos, te vi como um anjo que apareceu na minha vida, mas você não me dava bola, pois namorava o otário do Alex…
Quando descobri que você tinha terminado com ele, eu fiquei muito feliz...e resolvi que iria te conquistar...passei um ano tentando, até que rolou nosso primeiro beijo, naquela baile de inverno, lembra?
(Alice sorri e desce uma lágrima. Alice fica desconcertada.)
SAMUEL (CONTINUA) - Então cada vez mas fui me encantando por essa sua beleza. Então resolvi...Agora é sério… Aceita namorar comigo?
(Ouve-se uma voz, vinda da cozinha.)
ALEX - Alice, cadê aquele negócio, que você usava pra pegar… (pára de falar, quando ver Samuel ajoelhado) - Samuel?! O Quê que você faz aí ajoelhado para minha mulher?
(Samuel levanta-se.)
SAMUEL (SEM ENTENDER) - O que esse cara ta fazendo aqui, Alice! Me explica?!
(Alice fica sem reação.)
ALEX (DEBOCHA) - Não tá percebendo o óbvio não, cara pensei que fosse mais inteligente.
(Samuel olha pra Alice aguardando uma resposta.)
ALICE (CONFESSA/TRISTE) - Eu voltei com o Alexandre! Desculpa…
SAMUEL (ALTERADO/CHORANDO)
- Desculpa, Alice! Só isso que tem pra mim falar, por que não me disse, ficava arrumando desculpinha, pra não me contar. Depois que eu faço esse… esse papelão, você vai me falar.
Nunca pensei que você faria isso comigo.
(Alice chora e Samuel vai embora arrasado. Alex aplaude e joga-se no sofá.)
ALEX (FELIZ) - Isso, bom você ter feito o que eu mandei.
ALICE (ARRASADA) - Você é um monstro, Alex, um monstro.
ALEX (RELEMBRA) - Ei, lembra que você está na palma de minha mão agora Alice, não quer que eu revele seu segredinho para o policialzinho neh? (Tom: Grosso) Então engole esse teu choro e vá fazer um café pra mim, vamos!
(Alice sai da sala correndo, Alex dá uma risada sinistra.)
CENA 2/PORTO PRAIANO/SUPERMERCADO/DIA/INT.
(Júlia tenta correr, mas o segurança a impede segurando no seu braço.)
SEGURANÇA 2 - Onde você pensa que vai! Você não vai sair assim não, sua ladra.
(O segurança leva ela para uma quarto lá no nos fundos do supermercado. Júlia senta-se em uma cadeira envergonhada, um senhor que é um fiscal de perdas chega e senta-se ao seu lado.)
FISCAL - Por que estava roubando aqui?
JÚLIA (NERVOSA) - Moço eu juro que não foi por querer, foi por necessidade.
SEGURANÇA 2 - Ela é uma baita de uma garota mentirosa, aposto que ele rouba por que os pais à obriga.
(Júlia chora muito, quando lembra dos pais,o fiscal fica com pena.)
FISCAL - Nos conte o que está acontecendo,para você vir aqui em um supermercado e roubar produtos.
JÚLIA (SOLUÇA/CONFESSA) - É que recentemente perdi meus paizinhos, e estou sozinha em uma cidade desconhecida, fugindo de um hospital, que as pessoas querem me jogar em um orfanato e eu não quero, por isso fugi do hospital, um homem queria me sequestrar e agora estou aqui, pois estava morrendo de fome, precisava comer.
(Os segurança olham pro fiscal desconfiado da história.)
FISCAL (EXPLICA) - Nós não vamos chamar a polícia, pode ficar tranquila. Mas precisamos falar com seus pais.
JÚLIA (GRITANDO/CHORANDO) - Eu não tenho pais, eu tou sozinha, vocês não entendem.
FISCAL (SERENO) - Então diga em que hospital você estava, pra mim ligar para lá.
JÚLIA (NERVOSA/IMPLORANDO) - Não moço pelo amor de Deus não quero voltar pra lá, eles vão me jogar em um orfanato e eu não quero.
FISCAL (FALA PARA UM DOS SEGURANÇAS) - Liga pra todos os hospitais e postos desta cidade, vamos descobrir se essa história é verídica.
(Júlia baixa o olhar e é o segurança balança a cabeça, enquanto o outro sai.)
CENA 3/ESCOLA DOM FERNANDO/SALA DE AULA/DIA/INT.
(Bruna dá um cutucão em Jessica que solta um grito. Todos olham para ela e ela se desculpa. Jéssica vira-se pra Bruna.)
JESS (SUSSURRA) - Ai Bru que susto. (rindo)
O que é ?
BRUNA (SUSSURRA) - E aí, mandou o convite pro Biel?
JESS (NERVOSA/SUSSURRA) - Não Bru, tou esperando terminar a aula, se eu for mexer no celular agora, aí sim, eles terão motivos pra me expulsar de vez do colégio (Rir).
PROFESSORA (INTERROMPENDO) - Vocês não querem cochichar, lá fora não o dia tá tão lindo.
(Bruna pede desculpa, a professora vira e Jéssica faz cara feia pra ela.)
CENA 4/HOSPITAL PORTO PRAIANO/RECEPÇÃO/TARDE/INT.
(Isaura, Bartô, Laura,Yuri e Dra.Mônica aguardam por notícia de Júlia.)
ISAURA (AFLITA) - Meu Deus aonde essa menina se meteu?
LAURA (LEVANTANDO) - Vou no Dom Fernando fazer a matrícula de Yuri aquela escola que ele estava era péssima, não ver Dra. Mônica uma escola não educa os seus alunos contra o preconceito e bullying, isso é um absurdo!
DRA.MÔNICA (RESSALTA) - É minha filha, as escolas de hoje em dia não se preocupa com essas coisas, não ver aquela situação a 10 anos atrás lá nos EUA, que dois rapaz entraram numa escola, armados até o dente e mataram vários colegas.
BARTÔ (INTERVÉM NA CONVERSA) - É Doutora, foi um massacre, lembrado até hoje! Eu fiquei horrorizado com aquela Chacina.
YURI (RESMUNGA) - Mamis tou com fome!
LAURA (DESCONCERTADA/ENVERGONHADA) - Esse menino desde criança que me chama de mamis pra cá, mamis pra lá, coisa de adolescente.
(Laura puxa Yuri pelo braço e sai sussurrando em seu ouvido. A recepcionista chega nervosa.)
RECEPCIONISTA - Senhores encontraram a menina!
(Isaura levanta e fica feliz)
ISAURA (LEVANTA AS MÃOS AGRADECENDO) - Obrigado, meu Deus! O Senhor ouviu minhas orações! Obrigado!
BARTÔ (CURIOSO) - Onde a garota ta?
(A Recepcionista nem abre a boca, e ouve uma voz, Dr. Rafael chega.)
DR. RAFAEL (INTERROMPENDO) - Está em um Supermercado, a nossa funcionária foi muito desesperada, né Fátima. (Olha pra Fátima e ela entende o olhar e se despede.)
ISAURA (AFLITA) - Supermercado?
DR.RAFAEL - Sim, parece que ela foi pega roubando, está detida lá.
DRA.MÔNICA (SURPRESA) - Detida Dr. Rafael?! fala como se a menina fosse uma criminosa.
ISAURA (DESESPERADA) - Doutor diz onde é o supermercado, vou agora mesmo atrás dela.
Dr. RAFAEL - Parece que foi no Norte Sul, lá no outro lado da cidade.
(Isaura pega a bolsa e a chave do carro e sai angustiada.)
DRA.MÔNICA (INTERVÉM) - Dona Isaura se acalme, você não está em condições de dirigir eu levo vocês.
ISAURA (APRESSADA) - Então vamos, logo Doutora?
(Todos saem às pressas)
CENA 5/CASA DE JÉSSICA/QUARTO/TARDE/INT.
(Jéssica e Bruna chegam na casa de Jéssica, as duas sobem às pressas para o computador que fica no quarto.)
JÉSSICA (NERVOSA) - Vai computador liga logo.
BRUNA (BRINCA) - Calma amiga, tá parecendo uma desesperada.
(O computador inicia e Jéssica abre seu orkut, procura pelo nome de Biel e encontra fica muito feliz.)
JÉSSICA (ENTUSIASMADA) - Ai amiga encontrei!
BRUNA (CURIOSA) - Vai amiga adiciona ele logo!
(Jéssica adiciona Biel e elas ficam aguardando, para ver se ele aceita.)
UMA HORAS DEPOIS…
(Cansada de aguardar Jéssica fica triste.)
JÉSSICA (DECEPCIONADA) - É... Bruna ele não me aceitou, já faz uma hora que estamos aqui plantadas e nada.
BRUNA (TENTANDO REANIMAR A AMIGA)
- Vai ver ele não está online, por isso ele não te adicionou. Mas amanhã você entra novamente e você vai ver que ele irá te aceitar.
JÉSSICA (SE ANIMA) - É verdade Bru… Se ele pensa que vou desistir dele assim, está muito enganado.
(Bruna fica feliz pela amiga.)
CENA 6/PORTO PRAIANO/SUPERMERCADO/TARDE/INT.
(Júlia chora ao saber que voltará para o hospital)
JÚLIA (SÚPLICA/CHORANDO) - Moço, por favor deixa eu ir, prometo que não irei mais roubar. Eu Juro!
FISCAL (SECO) - Já disse que você não sai daqui.
(Júlia fica emburrada. Isaura, Bartô e Dra.Mônica chegam ao supermercado e entra na salinha que Júlia está, Isaura abraça a menina.)
ISAURA (CHORANDO) - Menina fiquei super preocupada com você….Inda bem que está tudo bem, não aconteceu nada.
(Júlia permanece em silêncio, Bartô abraça a menina)
DRA.MÔNICA - Júlia, por que você fugiu e ainda rouba em um supermercado, seus pais não iria gostar nada dessa sua atitude.
JÚLIA (CONFESSA) - Eu fugi, porquê não queria ir para um orfanato.
(Dra.Mônica fica desconcertada.)
ISAURA (PROMETE) - Juro que não será assim, eu prometi pra seu pai que não iria deixar você na mão, te dou minha palavra.
(Dra.Mônica tenta opinar mas se cala.
Júlia abraça Isaura.)
CENA 7/SÃO PAULO/DELEGACIA DO DIREITO DAS MULHERES/TARDE/INT.
(Viviane chega na delegacia, ela pergunta ao policial se Jiovan pode receber visitas, ele diz que sim mais tem que ser rápido. Viviane dirige-se a cela, que Jiovan está. Jiovan fica surpreso com a visita da mulher.)
JIOVAN (SURPRESO) - Viviane? O que você faz aqui?
VIVIANE (ARREPENDIDA) - Amor, vim te soltar, vou pagar sua fiança.
JIOVAN (DEBOCHA) - Sei não viu? Você não tinha me expulsado de casa e ainda jogou minhas coisas na lagoa e agora quer me tirar da cadeia. Eu não te entendo?
(Viviane passa os braços entre as grades e puxa-o para perto.)
VIVIANE (DESESPERADA) - Eu te amo, poxa! Não quero te perder.
(Os detentos aplaude. Jiovan fica sem reação. Chega uma mulher chamando por ele. Carolina aparece com um habeas corpus na mão.)
CAROL (ALVOROÇADA) - Amor cheguei pra te tirar daqui… Viviane! o que você faz aqui?
VIVIANE (HISTÉRICA) - O que essa vadia faz aqui, Jiovan?
CAROL (FALANDO ALTO) - Epa, epa, epa! Tu me chamou de que piranha? Tu me conhece pra me chamar de vadia?
(Os presos vaiam. Jiovan fica sem reação.)
VIVIANE (LEVANTANDO MAIS E MAIS A VOZ) - Não preciso te conhecer pra saber que você é uma rapariga, ladra de homens casados!
(A baixaria começa e uma solta piada na outra.)
JIOVAN (GRITA) - Parece duas loucas gritando aqui na delegacia! Poxa! Viviane, ela ta aqui por que eu chamei.
(Viviane fica surpresa e desce uma lágrima.)
VIVIANE (ARRASADA) - O que você disse?!
“A Imagem de Viviane é fixada em um coração que palpita e depois se parte.”
Fim


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