Como Curar Seu ❤️ - Capítulo 6: "Ameaças, Prisões e Fuga Arrascada"





CAPÍTULO 6:AMEAÇAS, PRISÕES E FUGA ARRISCADA

CENA 1/SÃO PAULO/CASA DE VIVIANE/NOITE/EXT.

(Jiovan aguarda sentado na calçada, seu braço lateja e ele dá uma gemida.
Vivi aparece na janela.)

VIVIANE (DEBOCHADA) - Espera aí viu, Amorzim.

(Jio fica de pé, Vivi fecha a janela.
Todos ficam sem entender…
Viviane destranca a porta, sai e depois volta a tanca-la; aparece com uma mala gigantesca e arrasta até o meio da calçada, pára e sorrir, Jio observa tudo do outro lado da rua  e fica sem entender.)

Vizinha 1 - Só pode ta ficando louca.
Uma doida dessa, coloca o marido pra fora e ainda faz as malas pra ir com ele.
Vizinha 2 - É mesmo né, mulher.
Oh espetáculo no meio da rua. Passada…
Vizinha 3 (Revira os olhos) - Ou imbecis, ela não vai embora com ele, ela só irá jogar as roupas no meio da rua. Num tão vendo a cara de satisfação dela. Tontas!

(Viviane sai para o lado esquerdo e desce a rua sem dizer uma palavra, arrastando a malona.
Jio segue-a e os vizinhos vão atrás.)

Vizinha 3  - Agora confesso que tou boiando.

CENA 2/HOSPITAL PORTO PRAIANO/SALA DE REPOUSO/NOITE/INT.

(Júlia mesmo com dores, força com as mãos a portinha em cima de sua cama que está fechada com cadeado.
Júlia percebe.)
JÚLIA (CHATEADA/PENSANDO)
-  Júlia você é muito mongol, como não percebeu que está trancada com cadeado.

Júlia revira os olhos e senta-se na cama desacreditada. Escuta os passos de uma enfermeira. Júlia deita-se e finge que tá dormindo.
A enfermeira entra no quarto junto com um homem. Ele tenta abraçá-la por traz. Ela o impede.)
FILÓ - Duarte tu se passa homem.
Aqui não, num tá vendo a menina aí não.

(Duarte olha para o lado e ver Júlia deitada.)

DUARTE (ESPERANÇOSO) - Mais ela ta dormindo. Nem vai perceber.
FILÓ (SUSSURRANDO) - Pode tirá esse teu pangaré da chuva, se não ele vai pegar resfriado.
DUARTE (NÃO ENTENDO) - Hã?.
FILÓ (PEGA ALGUNS REMÉDIOS NO CRIADO MUDO) - Ou Duarte você é leza é. Não entende nada que a gente fala. Eu em!
DUARTE (ANIMADO) - Adoro quando você fala difícil, minha moreninha!

(Duarte dá um tapinha na bunda de Filó.
    Ela sai da sala reclamando e Duarte        segue-a.
Júlia não aguenta e rir.)

CENA 3/RUA GENTIL/LAGOA/ NOITE/EXT.

(Viviane continua sua caminhada rua abaixo.
Jiovan, aparece em sua frente.)

JIOVAN (SEM ENTENDER) -  Tá louca Viviane, aonde tu vai com minhas roupas?

(Viviane não dá atenção e segue.
Todos avistam a Lagoa.
Viviane corre e joga a mala de Jiovan dentro da lagoa e bate as mãos, como se tivesse jogando algum tipo de saco de lixo. Todos ficam chocados, com tal atitude.
Vendo isso Jiovan pega no seu braço e aperta na frente de todos.)

JIOVAN (TOM: RAIVA) - Sua ordinária, porque fez isso?
VIVIANE (TRANQUILA) - Não queria suas roupas (Aponta para mala que está quase afundando) Peut obtenir! (“Pode pegar” em francês)
JIOVAN (APERTA MAIS E MAIS SEU BRAÇO) - Você vai pegar aquela mala!
Ah vai!
VIVIANE (GRITANDO) - Me solta porco imundo! Você é pior que uma merda fedida. Nojento!

(Jiovan dá um soco na cara de Viviane na frente de todos, Viviane cai dentro da lagoa, nocauteada.
Os vizinhos se revoltam.)

Vizinha 4 - Vai partir pra violência, mesmo! Canalha!
Vizinha 5 - Nossa meu Deus que Monstro, covarde!
Vizinho 1 - Esse cara merece uma surra! Para saber como tratar bem uma mulher!

(Algumas vizinhas correm para socorrer Viviane, que está nocauteada.
A levantam e a tiramda lagoa.)

JIOVAN (SURTANDO) - Vão cuidar da vida de vocês, bando de desocupados, saiam daqui senão vai sobrar pra todo mundo.Bato nela sim, porque posso, ela é minha mulher e vou bater nela quantas vezes eu achar necessário.

(Os vizinhos ficam revoltados e ameaçam linchá-lo, uns tiram fotos da situação.
Uma voz de um cara soa no meio da multidão.)

SAMUCA (V.O.) - Bom saber que você gosta de bater em mulheres!

(Jiovan segue a voz com o olhar e o rapaz sai do meio da multidão.)

SAMUCA (SERENO) - Bater em mulher é fácil,  por que ela não tem como se defender. (Olha pro braço dele) aliás até que ela foi corajosa de ter te rasgado no braço. Eu não, teria te fuzilado ali mesmo.
JIOVAN (AMEAÇA) - Cale sua boca! Porque teve pra ela e pode ter pra você também. Quem você pensa que é, pensa que tenho medo de você, seu trouxa!
SAMUCA (ENCARA) - Então vem, Cara! você não é tão machão, quero ver você vir bater na minha cara, vai vagabundo!
Você não é o fortão que bate nas mulheres. Vem mano a mano!

(Jiovan soca a cara do indivíduo que cai no chão.
O povo fica chocado.)



CENA 4/HOSPITAL PORTO PRAIANO/SALA DE REPOUSO/NOITE/INT.

(Júlia ver que está tudo calmo e sai do quarto. Vai até uma cozinha e rouba uma maçã pois está faminta.
Ela segue pelo corredor, mancando. Uma Enfermeira pára)

ENFERMEIRA - Ei, menina, Você não pode andar pelo hospital desacompanhada e sem autorização.
JÚLIA (MENTE) - Não… é  que…
Só estava procurando um bebedouro.
Esse Hospital é imenso… Eu me perdi, foi isso.
ENFERMEIRA - Pode deixa que eu te ajudo, venha.

(Pega em sua mão e à leva. Júlia revira os olhos.)

CENA 5/SÃO PAULO/RUA GENTIL(LAGOA)/NOITE/EXT.

JIOVAN (GRITA) - Que esse Homem sirva de exemplo, não se metam comigo, vocês não sabem com quem estão mexendo.

- E nem você! - DIZ SAMUCA, LEVANTANDO.

(Samuca faz uma manobra no ar e derruba Jiovan.)

SAMUCA (IMOBILIZA/COLOCA AS ALGEMAS) - Você está preso! E creio eu que ficará muito tempo na cadeia, pois vai responder pela Lei Maria da Penha, por Ameaças e por Agredir um policial.
(O Cara é Ovacionado pela multidão.
Viviane, com o rosto destruído e sangrando, grita e bate palmas comemorando, mas no mesmo instante cai desmaiada e as vizinhas a carregam para longe dali.)

JIOVAN (AMEAÇA) - Pensa que vai ficar assim Policialzinho de merda, meu pessoal vai te pegar ou melhor eu vou te pegar. Você vai ver. Te liga viu, parceiro.
(Uma viatura da Polícia chega e Alguns policiais descem.)
SAMUCA (CHATEADO) - Levem esse homem, daqui.
(Cada um pega-o pelo braço.
Jiovan tenta se soltar, mais um dos policiais apertam seu braço ferido e ele grita de dor.)
JIOVAN (GRITANDO COM O POLICIAL)
-  Porra meu, num ta vendo que tá ferido.Me soltem! (Olha para Samuca), Você ouviu, imbecil vai ter volta. Me Aguarde.

(Samuel fica só observando.
O povo se dispersa.
Uma mulher bonita vem chamando por ele.)
-  Samuca! - Grita a mulher.

(Ela o ver e o abraça.)

ALICE (PREOCUPADA) - Amor, nunca mais faça isso. Eu fiquei com medo, vai se ele estivesse armado, você estava desprotegido. Ainda mas, que nessa cidade a morte de policiais são frequentes,
sabe que não gosto que você se intrometer em tudo que acontece.
SAMUCA - Amor, só porque hoje é minha folga eu não posso cumprir com meu trabalho? Aquele homem estava espancando sua mulher no meio da rua, ameaçando todo mundo e você queria que não fizesse nada.
ALICE (ABORRECIDA) - Queria que você esquecesse só um pouco que você é um homem da lei e passasse um pouco mais de tempo comigo, sem esse negócio de ficar parando nosso passeio para socorrer mulheres indefesas (Faz caras e bocas).
Samuca - Mas....
ALICE (INTERROMPE) - Chega Samuel, já deu por hoje, vamos embora.

(Alice sai e Samuca revira os olhos)

SAMUCA (GRITA) - Amor Venha Aqui… vamos conversar.

Samuca vai Atrás…

CENA 6/HOSPITAL PORTO PRAIANO/RECEPÇÃO/NOITE/INT.

(A enfermeira leva Júlia até um corredor que tem um bebedouro.)

A ENFERMEIRA PERGUNTA ENQUANTO A MENINA BEBE ÁGUA
- Você é paciente do Dr.Rafael?

(Júlia ainda bebendo balança a cabeça confirmando.
Uma atendente chega ao encontro da enfermeira e Júlia aproveita pra fugir.
A enfermeira não percebe.

ENFERMEIRA - Ok, Maria. Depois passo isso pro Dr. Soares, agora tenho que levar essa mocinha pro quarto novamente.

(A enfermeira virá e percebe que Júlia fugiu.)

ENFERMEIRA (ESPANTADA) -  Nossa cadê a menina, estava aqui agora mesmo.

A Atendente dá de ombros.
A enfermeira sai a sua procura e avisa os seguranças. Os seguranças saem a  procura da fujona.
Júlia entra numa porta e sobe uma escada. A escada dá para a parte de cima do hospital, o teto, Júlia corre para ver se dá pra pular.
Olha pra baixo e ver que é muito alto,
o hospital tem 2 Andares.
Júlia fica temerosa.
Os seguranças avistam Júlia, Júlia se desespera e acaba caindo.
           
A imagem de Júlia caindo é fixada em um coração que palpita e depois se parte
FIM

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