Live The Difference - Um Grito de Liberdade!| Cap. 07 - GESTOS BOBOS DESPERTAM PAIXÕES!




CAP. 07

CENA 01.
Noite -
RUA/ QUASE FRENTE A CASA DE MARCELO

ALEXANDRE —Eles cancelaram o resultado do concurso alegando fraude Marcelo! —Ele chora triste e nervoso.

MARCELO —Amigo, isso não pode ficar assim. Como assim eles cancelam do nada?

ALEXANDRE —Eu não sei, não sei.

MARCELO —Você tem que tirar satisfações, saber o que houve.

ALEXANDRE —Eles já disseram. Perceberam irregularidades nas contagens dos votos, como se houvessem votos fraudados. Pra resolver isso daria muita dor de cabeça.

MARCELO —Vai ficar assim então?

ALEXANDRE —Não, não vai ficar. Mas por hora eu não posso me dar o luxo de dedicar meu tempo só a resolver esse problema não. Vou seguir com meus planos atuais e vou atrás de emprego amanhã.

MARCELO —Você tem certeza?

ALEXANDRE —Sim, claro.

MARCELO —Então tá…

ALEXANDRE —Melhor eu ir porque tá ficando tarde. Até amanhã!

MARCELO —Até amanhã amigo.

Eles se despedem e Alexandre volta para casa para descansar.

|DIA SEGUINTE|

Alexandre distribui curriculos e vai atrás de anúncios nos jornais.

ALEXANDRE —Eu vou reverter essa situação. Prometo mãezinha!


CENA 02.
DIA SEGUINTE|
Manhã -
CASA DOS VIELAS/ INT./ SALA DE JANTAR

AFRODITE —Que lindos todos a mesa, parece até uma familia unida de verdade. —Debocha.

HORÁCIO —Vamos comer em paz, por favor! É pedir muito? —Já se incomodado com os comentários.

ÁRIA —É que ela não consegue ver as pessoas quietas e nem em paz, meu pai…

AFRODITE —Isso é tão chato filhinha… —Alfineta.

BERNARDO —Ah, claro. O legal é sair perseguindo os outros né?

AFRODITE —Chega! Eu sou a mãe de vocês e vocês vão me respeitar. A internet está suspensa por uma semana e as saídas também, exceto as de ida e vinda para a escola.

ÁRIA —Você não pode fazer isso mãe!

BERNARDO —Não mesmo!

AFRODITE —Posso e fiz. Alguma objeção significativa? —Fala alto.

Ária e Bernardo possessos transbordam raiva.

HORÁCIO —Eu não acho que isso… —Ele é interrompido.

AFRODITE —Você não tem que achar, se você não faz nada para ajudar, não atrapalhe. Eu já terminei meu café. Vão para escola de vocês e me deixem em paz, e você querido (Horácio) está atrasado.

Ária e Bernardo saem chateados para escola, enquanto insatisfeito com tudo em sua casa, Horácio vai trabalhar.

Afrodite liga para Amália.

AFRODITE —Atende songa monga.

Minutos depois

AFRODITE —Amália, te liguei para perguntar por onde anda amiga. Ando preocupada.

AMÁLIA —Oi amiga! Estou em um hotel, esperando alguma vaga em uma das escolas da região. Mais precisamente, procuro emprego na mesma instituição em que estudam Ária e Bernardo.

AFRODITE —Não acho uma boa ideia Amália.

AMÁLIA —E por quê?

AFRODITE—É um lugar ao qual você não conhece bem, pode ser arriscado para você.

AMÁLIA —Arriscado?

AFRODITE —Você não conhece essa gente, não sabe como são, nem nada.
AMÁLIA —Seus filhos estão lá, e são ótimos e bem inteligentes ou não? Não tem por que eu me preocupar.

AFRODITE —Essa escola é cheia de bolsistas, e consequentemente você não conhece o sobrenome da familia deles, ou se eles são boas pessoas.

AMÁLIA —Afrodite que asneira é essa que você está dizendo? Você sabe o quão difícil é para alguém conseguir uma bolsa em uma instituição como essa? Tem que ser um aluno exemplar e empenhado para alcançar.

AFRODITE —A região também não é agradável querida, os pobretões da cidade moram de um lado oposto da escola…

Amália chocada com as palavras da “amiga” e sem saber o que dizer sem perder o controle, corta a conversa.

AMÁLIA —Olha, eu vou ter que desligar agora, tem outra chamada na linha. Mas vou querer saber direitinho mais sobre sua justificativa.

Afrodite desliga.

AFRODITE —Juro que se essa idiota inventar de ficar aqui e atrapalhar meus planos, ela sairá a força. Se essa mulher descobre…

CENA 03.
Obs:
Exitem duas salas de aula de 3° ano retratada na trama, a sala 01 de Alexandre, Ária, Charles, Marcelo, Maria Fernanda, Pulga, Priscila, Atena, Maurício e a sala 02 de Mew, Bernardo, Angelina e Rodrigo.
ESCOLA/ INT./ SALA DE AULA | SALA DO 3° ANO (DE MEW E BERNARDO)

Mew joga uma bolinha de papel acertando Bernardo.

Bernardo olha pra ele chateado.

Sem emitir som, de longe Mew manda que Bernardo abra o papel.

BERNARDO lendo:
—Temos que fazer o trabalho hoje. Será na sua casa ou na minha?

Bernardo escreve a resposta e joga um papel de volta.

A professora vê.

PROFESSORA ANA JÚLIA —Posso saber o que está acontecendo aqui?

MIGUEL —Bernardo jogou uma bolinha de papel no Mew, foi isso professora.

BERNARDO —E o que você tem a ver com isso? Por que você sempre tem que ficar se metendo nas coisas dos outros?

MIGUEL —Você quer brigar é? —Fala alto.

Miguel se levanta todo revoltado, indo em direção a carteira de Bernardo.

Bernardo mesmo receoso não baixa a cabeça e rebate.

BERNARDO —Eu não brigo com ninguém cara, eu não gosto e isso nem faz parte de mim.

MIGUEL —Você falou me insultando? Tá querendo dizer que sou menos do que você e que eu sou brigão?

BERNARDO —Eu não me sinto superior e nem falo nada para humilhar ninguém não, você que interpreta mal.

MIGUEL —Cara você agora tá me chamando de burro? Se levanta agora seu vacilão! —Ordena se aproximando de Bernardo com raiva.

Mew intervém.

MEW —Miguel, você não vai falar assim com o meu amigo não. Abaixa seu tom! —Impõe.

MIGUEL —É o conto das bixas agora? Um defendendo o outro?

Mew quase parte pra cima de Miguel, mas Bernardo rapidamente levanta-se e o segura.

PROFESSORA ANA JÚLIA —Chega! Isso aqui é uma escola, não um ring. Vocês são pessoas ou animais selvagens?

O professor Pedro que pelo corredor passara, tenta ajudar a professora.

PEDRO —Professora Ana, está havendo algum problema?

ANA JÚLIA —Em qualquer outro momento eu diria que a aula é minha e eu resolvo os problemas dela sozinha, mas esses três garotos estão completamente fora de si.

PEDRO —Eu poderia ajudar de alguma forma?

ANA JÚLIA —Bom, como quem começou com a maldita guerrinha de bolas de papéis foi o Bernardo, eu pediria que por favor você o levasse a direção e explicasse a diretora tudo que ocorreu. Que houve uma bolinha de papel jogada no colega por ele e ele desencadeou uma discussão ainda, ofendendo um colega.

PEDRO —Levante-se Bernardo, me acompanhe! —Manda com sutileza.

BERNARDO —Mas eu não fiz nada professor. Não era uma guerra de papéis, eu não comecei discussão nenhuma. —Se altera.

MEW —Bernardo não fez nada, Miguel é que gosta de falar sem ver as coisas. Se alguém tem que ir daqui até a direção, é o Miguel.

PROFESSORA ANA JÚLIA —Quem começou a atrapalhar a aula foi o Bernardo porque eu vi e não me desminta garoto, isso é falta de educação e eu sei bem o que eu vi.

MEW —Se ele vai eu também vou.

PROFESSORA ANA JÚLIA —Ótimo! Esteja a vontade para sair, não poderia ser mais sensato.

O professor Pedro leva os meninos para conversar.

CENA 04.
SALA “01” DO 3° ANO

A professora Bélgica em sua aula de geografia, nota que Alexandre está totalmente desconcentrado e fora de órbita.

BÉLGICA —Alexandre? —Ele não escuta. —Alexandre! —Fala mais alto, com um tom mais forte.

ALEXANDRE —Oi professora!

BÉLGICA—Você está prestando atenção?

ALEXANDRE —Sim, eu tô.

BÉLGICA —Então, o que significa as siglas PIB e PNB que eu acabei de falar?

ALEXANDRE —Pro… Produto I… Interno Bruto e Produto N… é, e Produto Nacional Bruto. Está certo?

BÉLGICA —Sim, correto! Porém, espero que você pare de viajar nas nuvens durante as aulas.

A maioria rir.

BÉLGICA —Isso não foi uma piada queridos, aliás é um recado para todos. Sempre tem um ou outro viajando legal e na hora dos testes o resultado no final é uma tragédia em forma de nota. Vocês precisam focar mais e estudar não só aqui, mas procurar achar um tempinho em casa e utilizá-lo em prol de aprendizado.

MAURÍCIO —Isso é professora! Nós que somos do time já sofremos com isso sempre não é Charles? Manter as notas altas e em azul para não perder o lugar no time.

CHARLES —Pois é.

BÉLGICA —O esforço por se sair bem nas notas, não tem que ter outro objetivo por trás, que não seja a evolução pessoal. Vocês deveriam estar preocupados em se sair bem para ir bem nos estudos e não só se importando em manter seu lugar no time da escola. Pelo amor…!

O sinal de intervalo toca.
A professora sai.

Alexandre se aproxima de Marcelo.

ALEXANDRE —Por que você está tão quieto?

MARCELO —Eu sou assim!

ALEXANDRE —Eu sei mas…

Julián interrompe a conversa.

JULIÁN —Tienes que venir ahora, la directora quieres hablar con nosotros. Tu también Marcelo! (TRADUÇÃO: Você precisa vir agora comigo, a diretora quer falar com a gente. Você também Marcelo!)

ALEXANDRE —Comigo? O que eu fiz?

MARCELO —Eu também?

JULIÁN —Si, si. Vámonos! (TRADUÇÃO: Sim, sim. Vamos!)

Julián, Marcelo e Alexandre se encaminham até lá, onde encontram Bernardo e Mew no corredor com o professor Pedro.

|DIRETORIA|
Os meninos batem na porta e entram.

DIRETORA CARLOTA —Finalmente chegaram! Vocês, Marcelo e Julián, me esperem lá fora.

Os meninos saem.

ALEXANDRE —Bom dia diretora! Aconteceu alguma coisa?

DIRETORA —Eu queria dizer que sinto muito pelo que aconteceu com o concurso.

ALEXANDRE —Está tudo bem diretora, não se preocupe.

DIRETORA —É que, não quero que você ache que a escola interferiu ou de alguma forma o prejudicou de algum jeito. Se eles perceberam alguma irregularidade, tudo partiu de uma conclusão no sistema de votação deles.

Alexandre se põe pensativo.

ALEXANDRE —Está tudo bem.

O cansaço excessivo de Alexandre é notório.

DIRETORA CARLOTA —Você está bem filho?

ALEXANDRE —Sim, obrigado por perguntar.

DIRETORA CARLOTA —É que você está com o semblate muito carregado. Está pálido.

ALEXANDRE —Eu tô bem. Nada que muita água e uma boa alimentação não resolva não é mesmo?

DIRETORA CARLOTA —Bom, mesmo assim, cuide sempre de sua saúde.

ALEXANDRE —Obrigado e tenha um excelente dia diretora Carlota.

DIRETORA CARLOTA —Igualmente, querido.

Alexandre sai da sala.

JULIÁN —Que pasó? (TRADUÇÃO: O que aconteceu lá)

MARCELO —Ela falou que o porteiro viu vocês saindo da escola e vocês estão encrencados é isso, acertei não é? Fala! —Nervoso.

ALEXANDRE —Calma gente. Não foi isso, ela, ela…

MARCELO —Alexandre você tá bem?

Alexandre fica cada vez mais pálido e cada vez mais cansado ele já não consegue se sustentar em pé.

Inesperadamente o mocinho perde as forças e desmaia.

CENA 06.
CORREDOR DA ESCOLA
Mew e Bernardo conversam com o professor Pedro.

MEW —Não é justo que o Bernardo vá para a direção por causa de um babaca que nem o Miguel, ele é encrenqueiro, todo mundo aqui sabe. Mas dai ainda ter o apoio da professora em contra o meu amigo é demais.

PEDRO —Ei calma! A professora Ana Júlia é uma profissional e está aqui para desempenhar sua função. Em algum momento ela notou de alguma forma, algum comportamento irregular que a fizesse chegar a tal conclusão e decisão de o retirar de sala. Lógico que de alguma forma, o posicionamento de outro aluno conta, mas ela viu que houve sim uma bagunça da parte do Bernardo.

MEW —Mas a forma como ela fala com a gente é grosseiro. Em especial comigo e o Bernardo, não sei porque. —Chateado.

BERNARDO —Ei Mew, tá tudo bem! Esquece isso. Se tivermos que ir até a diretora, vamos em paz. A gente não fez nada. Sempre fomos bons alunos, não têm do que reclamar.

MEW —Você pode ser bom aluno. Já eu, nem tanto.

BERNARDO —Continua sendo a melhor pessoa de lá (da sala de aula), pelo menos pra mim.

Ambos sorriem um para o outro.
O clima fica mais agradável e bonito.
PEDRO —Ei meninos, relaxem. Eu não vou mandar vocês para a diretoria. Sei da conduta de vocês e que vocês não fariam baderna dentro de sala por querer. Eu acredito em vocês!

BERNARDO —Obrigado professor!

MEW —Obrigado Pedro!

PEDRO —Por nada filhos, mas vocês precisam pegar o material de vocês e sair mais cedo. Esse é o meu veredito como professor representante e responsável pela sala de vocês. Me entendam, é um posicionamento meu, se eu não fizer nada vão dizer que estou passando a mão na cabeça de vocês e vocês sabem que não é assim.

BERNARDO —Entendemos, mas vamos perder conteúdo não é? —Se preocupa.

PEDRO —De certa forma sim, mas não se preocupem. As próximas aulas seriam minhas e eu repasso o conteúdo para vocês depois.

MEW —Novamente obrigado professor. Vamos buscar nosso material.

|30 minutos|
Os meninos saem da escola.

FORA DA ESCOLA/ RUA

BERNARDO —Olha, obrigado por me defender, mas não precisava. Eu conseguia só. Além do mais a culpa é sua que ficou jogando bolinha de papel primeiro.

MEW —Eiiiii… —Se chateia com a acusação. —Eu não tenho culpa se tenho que ficar jogando bolinha de papel em você pra te lembrar por bilhete que você tem que fazer um trabalho de escola. Além do mais, o trabalho é mais importante pra você, você é quem deveria estar se importando. Mas o errado fui eu mesmo, claro. Me desculpe!

Mew se desculpa dando meia volta para seguir seu rumo.

BERNARDO —Onde você vai?

MEW —Para minha casa ué, para onde mais eu iria?

BERNARDO —Claro, que estúpida minha pergunta. Me desculpa por te culpar, a culpa não foi só sua. Na verdade eu tenho tantos problemas, que de certa forma sempre acabo sendo grosso com você que só quer me ajudar, que é um grande amigo meu.

MEW —Olha, vamos esquecer isso por favor.

BERNARDO —Será? Espera, do que estávamos falando mesmo heim? —Eles riem fingindo esquecimento e colocando ponto final na discussão.

MEW —Você quer ir pra minha casa comigo? —Diz deixando Bernardo sem reação.





...Continuaaaaaa…

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