Sob o Domínio do Rei - Capítulo 7



 
Capítulo 7 
Meu nome é Jean Ribeiro 



 CENA 1/APARTAMENTO DE JEAN/DIA
Jean, chega ao prédio de apartamentos de Armando Cardona ocupados somente por seus empregados. Na portaria, a velha Miguela, uma senhora de poucos amigos, porém muito fofoqueira o aguarda.

Jean – Boa tarde! Dom Armando Cardona, me mandou é o apartamento doze.

Miguela – Sim. Estou avisada.

Jean – E que andar seria?

Miguela – Segundo. Venha eu o acompanho.

Jean – Obrigado.
CENA 2/APARTAMENTO DE JEAN/DIA 

Ao entrar no apartamento, bagunçado e sujo, apalpa o colchão da cama sem lençol e senta-se, observa pensativo cada detalhe  e recorda-se da chgada em Cuiabá. 

CENA 3/TERMINAL RODOVIÁRIO DE CUIABÁ/ DIA

Jean e Bartô desembarcam em Cuiabá e caminham pelo terminal.

Bartô – Pois acho que nossa viagem então termina aqui.

Jean, balança a cabeça afirmativamente e emocionado, diz:

Jean – Foi bom te conhecer, Bartô. – Estendendo-lhe a mão.

Aperto de mão forte.

Bartô – Segue sua sina, que eu sigo a minha e se nos encontrarmos por aí, sentamos pra falar de fábulas.

CENA 4/BAR/NOITE

Ao sair pela cidade para conhecer o ambiente, Jean, entra em um bar e no balcão pede uma bebida. E ao virar a cabeça para o lado vê um rapaz, mais jovem que ele, camiseta preta, calça clara. Um breve olhar e o mesmo sai. Num impulso Jean, levanta-se e o segue e numa canto escuro o joga contra a parede e  o beija. 

Terminados de seus impulsos, Jean, fecha a calça e o Rapaz, ainda eufórico, diz:

Rapaz – Isso foi incrível - respiração ofegante.

Jean, sorri.

Jean – É foi. - cansado.

Rapaz – Como é seu nome? 
Fecha a cara, reponde e logo sai deixando-o sozinho ainda extasiado.
Jean – Meu nome é Jean Ribeiro. 
CENA 5/FÁBRICA REI DO FUMO/ DIA

Jean, estaciona a caminhonete em frente a fábrica e de longe, Fano, conversa com Ramiro.

Fano – Vamos ficar de olho nesse, Jean Ribeiro. Recomendado por uma velha amiga do meu tio. Não gostei desse sujeito, Ramiro, alguma coisa me diz que ele esconde algo.

Ramiro – Coisa da tua cabeça, Fano, o que esse pobre coitado pode esconder? Cara de bandido ele não tem. 
CENA 6/FABRICA DE FUMO/DIA
Pronto para sair, Don Armando, entrega uma arma a Jean.

Don Armando – Sabes atirar? Es por seguridad personal.

Jean, coloca a arma na cintura e entra no carro.

CENA 7/TRANS PERNAS/DIA 

Jean, estaciona o carro em frente a empresa de transporte de Walter Pernas, Don Armando, o alerta:

Don Armando – Jean, o que acontecer entre essas paredes, morre consigo, escuchó bien?

Jean – Perfeitamente, Don Armando.
CENA 8/TRANS PERNAS/DIA 

Durante a reunião com, walter pernas e seu filho, Júlio, Jean, descobre o outro lado dos negócios do rei do fumo.

Walter – así, entonces hablaremos en español?

Don Armando – ¡No! Hoy por primera vez conmigo, Jean Ribeiro, que aún no ha dominado el español y quiero acompañar nuestras transacciones.

Walter – Perfeito. Julio, por favor.

Julio – Bem senhores, na próxima semana receberemos uma carga de 15 toneladas de coca colombiana de primeira qualidade, por isso necessitamos de um grupo tático, pilotos ágeis, lanchas rápidas, o carregamento deve ser realizado no menor tempo possível para que não haja riscos.   Da base eu estarei monitorando tudo, usaremos celulares clonados para a comunicação. O barco com a mercadoria se chama, Luz del Sol.

Walter – E neste mesmo momento, um barco chamado Polar cruzará o estreito, levando um carregamento de whisky que nada mais é que uma armadilha. Se tudo correr bem, até o final da próxima semana terá a mercadoria em terras tupiniquins pronta para distribuição, Cardona.

Em seguida, todos em pé brindam aos negócios.

Don Armando – Então, brindemos aos negócios - olha para Jean - E você, Jean Ribeiro.

Walter – Aos negócios e  a Jean Ribeiro.

Júlio – Aos negócios e a Jean Ribeiro.

CENA 9/ESTACIONAMENTO/DIA

Jean, sai da reunião desesperado e no estacionamento, vomita e descarrega com, Don Armando, que o ampara.

Don Armando – ¿Qué es esto, hombre?

Jean – Eu não posso, não consigo, Don Armando.

Don Armando, o segura pelos braços e é duro com ele.

Don Armando – Pois, agora que entrou não pode mais sair. Haja como um homem de negócios. Seja forte. Eu sei que você consegue, por isso estás aqui. – Mais calmo – Anda, se recomponha. Vamos!

CENA 10/FUNERÁRIA/NOITE

Carol, passa batom em, Araceli, morta. Fano entra.

Carol – Eu sei que ela preferiria assim – Se referindo ao batom.

Carol, chora e Fano, a abraça.

Fano – Meu tio já está sabendo […] Mas acho que ele não vai ao enterro.

Carol – Ele nunca se importou com ela. Mais de dois anos, e foi vê-la um par de vezes.

Carol, ajeita o cabelo de Araceli e diz:

Carol – Já acabou, viu? Do Jeito que você queria.

CENA 11/ BAR/NOITE

Num bar, ainda jovem, Armando, senta-se no balcão e pede a garçonete, uma bebida, quando ela o serve, ele diz:

Armando – Como é seu nome?

Araceli – Araceli.

Armando – Araceli, eu não tenho muito pra te oferecer, mas essa música que a banda está tocando, pode ser nossa primeira dança?

Araceli, sorri, sai de trás do balcão e os dois dançam agarradinho. 

Ouvindo a mesma música, Armando, se embebeda num bar, lamentando a morte da esposa.
CENA 12/CASA DE CAROL/NOITE 
Em casa, Carol serve wisky a Fano e também ouvindo, Wild World – Cat Stevens, senta-se e diz:

Carol – Era a música, deles. Não sei porque, mas ela me diz muito.

Fano, segura a mão de Carol e pergunta:

Fano – E agora, o que vai ser agora?

CENA 13/CASA DE CAROL/DIA

Carol, desce a escada de sua mansão e diz a Jean que a espera na sala.

Carol – Então, terei que ir com o motorista do meu pai?

Jean, olha para Carol e diz:

Jean – Eu sinto muito, só obedeço ordens.

Se aproxima.

Carol – Como você se chama?

Jean – Jean Ribeiro.

Carol – Pois bem, Jean Ribeiro, quero ir sentada no banco de trás e não quero ser incomodada.

Jean – Tudo bem, vamos?

Carol – Ah, e provavelmente não voltarei com você pra casa.
Jean - Como quiser senhorita. 
CENA 14/CARRO/DIA 

Jean, abre a porta do carro e Carol diz:

Carol – Você tem um cigarro?

Jean, pega cigarros do bolso, e entrega a Carol, que entra no carro fumando. 
CENA 15/CEMITÉRIO/DIA
No cemitério antes do enterro, Armando, coloca uma rosa brancano tumulo que será de Araceli e diz:

Armando – Ontem à noite, foi a nossa despedida, foi igual o nosso primeiro encontro. Eu dancei com você no meu pensamento a nossa música. É uma pena que você já não me queria mais por perto.

Carol e Jean, se aproximam.  Confusa, com o que presencia, Carol, sai correndo do cemitério.

Don Armando – Carolina, Carolina, minha filha.

Don Armando engasgando as palavras  diz a Jean.

Armando – Vai atrás dela, por favor.

CENA 16/CEMITÉRIO/DIA
Jean, corre atrás de Carol, que irritada grita com ele.

Carol – Vai embora, me deixa em paz, eu não quero ninguém atrás de mim.

Jean – Eu não posso te deixar sair, assim.
Carol - Eu não quero que ninguém se preocupe comigo. Você é igual ele, você sujo como Armando Cardona. 

Jean a toma nos braços e ela desaba. 

Jean – Vem, eu te levo aonde você quiser, mas por favor, me deixe te ajudar.

congelamento final de capítulo Jean e Carol  

Continua...

 

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