Capítulo 5
UMA DÍVIDA
MINHA FUGA/DIA
Numa lanchonete, um homem
entra para comer. Bartô, que está sentado em uma mesa levanta-se e entra no
táxi (chave na ignição, vidros abertos) estacionado em frente a porta do bar e
sai em disparada. O taxista corre para a rua gritando.
Taxista – Meu táxi! Meu táxi!
HÁ ALGO EM COMUM/DIA
Bartô, dirige
silenciosamente, porém observa a preocupação de Jean. De repente o silêncio é
quebrado.
Bartô – E então, já estou dirigindo a quase 20 minutos e você não me disse pra onde quer ir.
Jean – Pode me deixar onde você quiser.
Bartô – Seguro?
Jean pensativo, Bartô, para o carro e diz:
Bartô – Posso saber o seu nome?
Jean – É Jean.
Estende a mão a Jean e se apresenta:
Bartô – Bartô Galeno.
Jean – Satisfação em conhecê-lo, Bartô.
Bartô – E aí quer mesmo descer aqui?
Jean – Não…
Bartô volta a dirigir é questionar sobre a vida de Jean:
Bartô – E então cara, pra onde você estava indo quando te perseguiram no aeroporto?
Jean – Você é um deles, não é? Também quer me matar?
Bartô – Não meu caro, eu estou do mesmo lado que você. Também estou fugindo.
Jean – Fugindo?
Bartô – Eu não sou taxista. Peguei esse táxi emprestado enquanto o dono tomava um café.
Jean – Quem me garante que você está falando a verdade?
Bartô – E quem me garante que você está me falando a verdade, irmão? E por que está escapando?
Jean – Cheguei aqui há poucos dias e conheci um amigo, que me envolveu nisso tudo.
Bartô – E o seu amigo onde está?
Jean – O mataram ontem à noite.
Bartô – Há algo em comum entre nós. Você escapando pra não morrer e eu querendo chegar há um lugar pra cobrar uma dívida. É Jean, realmente o destino quis nos unir.
Jean – Eu tenho que chegar à Cuiabá.
Bartô – Mas como pode ver, com esse táxi não sairemos nem do ABC.
SEGUINDO VIAGEM/DIA
Num posto de
combustíveis, Jean e Bartô tentam encontrar uma forma de seguirem viagem.
Bartô – Aqui sempre tem caminhoneiros que vão pro Mato Grosso.
Jean – Você está maluco? Esses caminhoneiros não podem transportar passageiros. “Cê” não tá pensando em roubar um caminhão?
Bartô – Calma, eles costumam revisar a carga pra ver se está tudo bem antes de seguirem viagem.
Jean, vê um caminhoneiro revisando a carga de um caminhão com placa SINOP- MT.
NOS PORÕES DO TRÁFICO/DIA
Fera, dá um sermão em
Marcel, e André, por perseguirem Jean, no aeroporto.
Fera – Vocês são malucos é isso? Marcel, eu te falei pra perseguir o cara dentro do aeroporto? Vocês querem acabar com todo nosso negócio?
Marcel – Aquele Jean, está me devendo e eu vou cobrar.
Irritado, Fera, fala cuspindo na cara de Marcel.
Fera – Não seja burro! A vingança é um prato que se come frio. A gente vai pegar ele, mas agora ele é protegido da Marla e se ele chega tombar nós estaremos fritos.
Fera, bate no crânio (soquinho na Cabeça) de Marcel é diz:
Fera – Usa essa cabeça pra pensar.
HOT HOT 33/DIA
Marla, tomando um martini
no escritório de Rose e Andreia, que pergunta-lhe.
Andreia – Como assim, Marla o Jean, não vai mais trabalhar aqui?
Marla – Muito simples minha querida, eu me afeiçoei aquele rapaz e o mandei fazer alguns servicinhos pra mim fora de São Paulo.
Andreia – Você ouviu isso, Rose?
Rose – Andreia, também não é pra tanto né? Contrata outro, por aí deve ter muitos garçons até melhor que aquele que você trouxe das cochinchina.
Marla, solta uma gargalhada e dispara:
Marla – Eu acabei com a sua festinha, Andreia?
Andreia – Que festinha, Marla?
Marla – Oh! minha querida é uma pena que você não o levou pra cama antes, porque olha realmente parece valer a pena.
Marla, ri e dá uma piscada para, Rose.
SEGUINDO VIAGEM/DIA
Enquanto o motorista do
caminhão vai pagar o combustível no caixa, Jean e Bartô se esconde entre as
caixas de mercadoria.
Bartô – Seja o que pai lá de cima quiser.
O motorista volta para o caminhão, fecha o furgão e segue viagem. Jean, respira aliviado e
Bartô, ri sozinho.
Bartô – Isso foi mais fácil que roubar algodão doce em festa de criança, meu irmão.
congelamento final de capítulo Bartô Galeno
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