Sabrina - Episódio 01 - O começo de tudo....







WEB SÉRIE DE: FAILON TEIXEIRA.
ESCRITA POR: FAILON TEIXEIRA.

EPISÓDIO 01: O COMEÇO DE TUDO....

PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO.
SABRINA
JANDIRA
EDUARDO
MARLY
JUDITH
MIGUEL

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS.
CAMINHONEIRO
MÉDICO

MINAS GERAIS, 2018.

‘’ Sonhos; Todos têm, mas saber qual o certo para você, é onde está o perigo ‘’

Em uma sala totalmente escura, ouvimos a voz de Sabrina.
SABRINA.
(V.O)
Me chamo Sabrina mendes, nasci em Minas Gerais, mas para ser sincera, interior dele.
 Na Vila Dourada, lugar pobre e acolhedor. Sou filha de Jandira, mulher simples e dona de casa.
 Meu pai, ele morreu quando eu tinha 5 anos, ou é o que dizem, mas ninguém sabe ao certo o que aconteceu com ele.
 E tenho um irmão, Eduardo, eu e ele nos damos muito bem, mas….
 Eu sonho em ser cantora e vou para o Rio de Janeiro para realizá-lo.
 Acompanhe minha história até o final, convido a todos.
A voz para e a CAM toma distância, deixando o escuro da sala.
FADE OUT.


FADE IN.
Cena 1. Rio de Janeiro – Ext. Dia.
CAM AÉREA Mostra toda a cidade de Minas Gerais. Foca nas pessoas que se misturam, em diferentes raças, gêneros e classe social.
Toda ao fundo instrumental Toda Forma de Amor – Lulu Santos.

VILA DOURADA, 2018.

    ABRE A CENA.
 Tocando ao fundo instrumental – E vamos à luta – Gonzaguinha.
 Na Vila Dourada. CAM foca nas crianças que brincam à rua e nas mulheres que sobem e descem as ladeiras com baldes de água na cabeça e sacolas de compras. Foca num grupo de bandidos que acabam de matar uma pessoa.
E Corta para uma casa.
Cena 2. Vila Dourada -  Casa de Sabrina – Sala de Estar – Int. Dia.
Sabrina anda apreensiva, em toda à sala.
SABRINA – Droga, que droga de vida... Eu te odeio vida!
Sua mãe, Jandira, desce as escadas da casa.
JANDIRA – Sabrina, o que está acontecendo com você, minha filha?
SABRINA – Nada mãe. Me deixa, me deixa, que eu não tô afim de papo com você e nem com ninguém.
JANDIRA – Sabrina, isso é jeito de falar com sua mãe?
SABRINA- Ah... Mãe, a senhora que me desculpa, mas essa vida não me merece.
JANDIRA – Por qual motivo?
SABRINA – Eu quero crescer na vida... mãe. Se eu continuar nesta vila onde moramos, vou crescer é na boca de um fogão.
JANDIRA – Eu sei que a nossa vida não é fácil, mas não dá para perder as esperanças. Eu sei que você sonha em ser cantora, mas não pode ser.
SABRINA – Eu cansei de você, (Tom Sério) sabia/
JANDIRA (Interrompe) – Filha, não devia falar assim com a sua mãe. Eu que te pus ao mundo.
SABRINA – Velha chata, é melhor você parar com seus discursinhos... (Tensa) vamos parar de drama.
JANDIRA – Você tem que me respeitar. Eu sou sua mãe!
SABRINA – Não é mais. Eu vou embora dessa maldita vila. Onde todos são podres e imundos.
Jandira dá um tapa na cara de Sabrina.
SABRINA – Eu vou embora. E agora estou mais determinada do que nunca. Vou seguir meu sonho, vou ser uma grande cantora.
JANDIRA – Só passando por cima do meu cadáver.
SABRINA – Que não seja por isso, mãe. Eu terei que fazer isso. Você está me obrigando.
JANDIRA – O que você vai fazer em?
SABRINA – Isso!
Sabrina empurra Jandira, que cai com a cabeça sobre uma mesinha de madeira, ela desmaia.
SABRINA – Vou aproveitar que a velha morreu e vou me mandar daqui.
Ela corre para o quarto.
Corta Para:
Cena 3. Vila Dourada – Rua – Ext. Dia.
Sabrina já com as malas, espera alguma carona.
SABRINA – Ah, jesus! Alguém aparece para me ajudar.
Um caminhão ela avista.
SABRINA – Chegou minha salvação....
Ela pega as malas e acena para o caminhoneiro do caminhão, que para o caminhão e abre a janela.
SABRINA – Rio de Janeiro?
CAMINHONEIRO – Sim!
SABRINA – você pode me levar no seu caminhão?
MOTORISTA – Sim, sobe em cima. A carga é de madeira, mas você se ajeita por lá.
Dentro do caminhão, na cabine, O caminhoneiro observa Sabrina.
Sabrina joga as malas em cima do caminhão e sobe, o caminhão parte. Sol forte de rachar. Muita movimentação se aglomera no local.
Corta Para:
Cena 4. Vila Dourada – Casa de Sabrina – Sala de Estar – Int. Dia.
Eduardo, filho de Jandira, irmão de Sabrina, chega na casa e vê a mãe desmaiada. Muito sangue no chão.
EDUARDO – Mãe, mãe. O que houve com a senhora?
Eduardo levanta Jandira do chão e leva ela para o sofá.
EDUARDO – Mãe, você não pode está morta....
Eduardo mede os pulsos e pega em seu peito esquerdo, o coração bate.
EDUARDO – Está viva, graças a Deus!
Jandira começa acordar, Eduardo, sorri.
EDUARDO – Mãe, o que aconteceu com a senhora?
JANDIRA – A Sabrina, ela (Meio sem conseguir falar) foi embora.
EDUARDO – A Sabrina? O que tem ela?
JANDIRA – Ela foi embora e nos deixou.
EDUARDO – Sabrina, ela foi embora para onde? Não posso acreditar. Ela fez isso com a senhora?
JANDIRA – Sim. Eu tô muito fraca. Minha cabeça dói muito e tô perdendo muito sangue. Leve-me para um hospital!
EDUARDO – Sim, senhora. Eu vou levá-la.
Corta Para:
Cena 5. Vila Dourada – Bar do Seu Zé – Int. Dia.
Zé abre o seu bar. Muita movimentação na vila.
ZÉ – Eita, que essa vila é muito movimentada.
Eduardo adentra o local, nervoso.
EDUARDO – Seu Zé, eu preciso muito da sua ajuda.
ZÉ – Pode falar, menino Eduardo!
EDUARDO – Minha mãe, ela bateu com a cabeça em algo e está sangrando muito. Precisamos levá-la para um hospital.
ZÉ – Nossa, a comadre Jandira. Mas não posso deixar o bar.
EDUARDO – Então me empresta o seu carro. Eu sei dirigir e tenho carteira.
ZÉ – Não. Melhor você não ir sozinho eu vou com vocês.
EDUARDO – Obrigado, Seu Zé, vamos!
Zé – Sim. Eu vou chamar à Marly.
Zé entra para a cozinha do bar. Marly aparece.
MARLY – Podem ir, eu tomo conta do bar.
ZÉ – Obrigado, minha florzinha. Não vamos demorar!
EDUARDO- Sim. Vamos logo. Minha mãe pode morrer!
Eduardo e Zé saem com o carro.
Corta para:
Cena 6. Vila Dourada – Casa de Sabrina – Sala de Estar – Int. Dia.
Corte Descontínuo: Zé e Eduardo adentram à casa, eles pegam Jandira, que está um pouco tonta e levam ela para o carro.
 Lá fora, Jandira é posta dentro carro, eles adentram e o carro vai para o hospital.
Corta para:
Cena 7. Vila Dourada – Bar do seu Zé – Int. Tarde.
Marly toma conta do bar. Judith e Miguel chegam da escola. Estes cansados.
MARLY – Meus amores, porque vocês demoraram tanto para chegar?
MIGUEL- Ah, mãe. Vê se me deixa. Eu não devo satisfação/
MARLY – Fala direito com a sua mãe, Miguel.
JUDITH – Deixa ele mãe. Ele só está assim, por causa da namoradinha dele que o deixou.
MARLY – Não sabiam que vocês tinham terminados!
JUDITH – Seu filho é um babaca. Ele não consegue ter um relacionamento duradouro com nenhuma menina/
MARLY – Não fala assim com seu irmão.
JUDITH – Falo sim. Olha o que ele fez agora, mamãe. Veja com seus próprios olhos!
Miguel está com piercing no nariz e brincos nas orelhas.
MARLY – O que é isso? Quem te permitiu fazer essas loucuras?
MIGUEL – Me deixa. Eu vou para o meu quarto.
Ele sobe à escada.
MARLY – Deixa só o seu pai chegar, aí nós vamos ter uma conversa.
Judith também sobe à escada.
Corta para:
Cena 8. Hospital – Recepção – Int. Tarde
 Eduardo e Zé esperam por notícias de Jandira.
ZÉ – Eu sinto muito o que aconteceu. A menina Sabrina/
EDUARDO – Ela é um monstro. Foi embora para sei lá aonde e fez isso com a nossa mãe.
ZÉ – Não acha melhor ir atrás dela?
EDUARDO – Não, não. Eu não quero mais tragédias na minha família.
ZÉ – Sim, eu estou sempre à disposição para ajudar.
EDUARDO – Obrigado seu Zé, você é como um pai para mim.
O médico chega, eles se levantam.
MÉDICO – Sua mãe já está bem, fora de perigo de morte, mas como ela levou uma pancada muito forte na sua cabeça, tivemos que fazer uma operação de urgência, mas ela vai ficar bem...
EDUARDO – Obrigado, muito obrigado!
MÉDICO – Você pode ver ela. Ela já pode receber visitas.
EDUARDO – Então, seu Zé, o senhor me aguarda aqui.
ZÉ – Pode ir, menino Eduardo! Eu fico bem...
O médico sai e Eduardo sai logo em seguida.

E a cena Corta Para:

RIO DE JANEIRO, 2018.

SONOPLASTIA: Quem de nós dois – Ana Carolina.
Corte Descontínuo: Nas ruas, vemos pessoas indo à praia, indo ao trabalho, andando na orla de Copacabana. CAM AÉREA passa sobre o Cristo Redentor.
Corta Para:
Cena 8. Ruas da cidade – Ext. Tarde.
O caminhão para, Sabrina desce com as malas.
SABRINA – Obrigado, senhor motorista.
CAMINHONEIRO – Até mais ver!
O caminhão se vai, Sabrina admira a cidade.
CAM foca num grupos de pessoas que passam entre ela e a observam.
SABRINA – tão olhando o quê? Bando de Idiotas! Agora é que minha vida vai começar. Vou encarar tudo para me tornar uma cantora de sucesso. Vou suprir minhas ambições. Rio de Janeiro, agora você é a minha morada. Cristo Redentor, você é o meu ponto de referência desta cidade.
Em Sabrina, que dá risada.


Corta para o fim do episódio 01.



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