Retrospectiva Manchete 2015



Boa noite faça uma viagem ao passado e relembre os fatos que marcaram ano que passou conosco na Retrospectiva Manchete 2015! 




2015 foi sem dúvidas um dos piores ano em relação à situação econômica do Brasil. Uma notícia que ganhou destaque foi o Ajuste Fiscal! Relembre:
Para tentar salvar as finanças do governo em 2015, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, prometeu arrumar as contas até o fim do ano. Criou então a ambiciosa meta de um superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 66,3 bilhões.
Mas essa conta precisou ser revisada devido à piora das projeções para o PIB de 2015. Em julho, o governo reduziu a meta de superávit para 0,15% do PIB.
Três meses depois, o governo cortou novamente a meta fiscal de 2015, dessa vez para um déficit primário de R$ 51,8 bilhões, o equivalente a cerca de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), – mas admitiu um rombo recorde de R$ 117,9 bilhões. Esse valor considera o abatimento de até R$ 55 bilhões das chamadas "pedaladas fiscais" (pagamentos atrasados a bancos públicos). Além de tudo isso outro fato que também repercutiu em 2015 foi a inflação, Brasileiros passaram o ano procurando uma saída para as armadilhas da inflação. Ela voltou. No ajuste de contas de 2015, uma sucessão de incertezas.
A conta de luz assustou. Mas os brasileiros aprenderam rápido: apagaram a luz e fecharam a torneira. Mais da metade dos brasileiros diminuiu o tempo do banho por causa da crise da água. Mas as contas continuaram nas alturas. Como o orçamento do mês ficou pesado.
Mais inflação acumulada, menos dinheiro no bolso. Até o cardápio encolheu. Os brasileiros também diminuíram as compras no mercado e retiraram as sobras da poupança. Pior ainda para quem perdeu o emprego, sem salário e com dívidas para pagar.
Os endividados sabem o que precisam fazer: cortar as despesas da casa. E dobrou o número de pessoas que levaram a dívida de um banco para o outro para poder pagar um juro mais baixo.
Houve também corte na folha das empresas: o número de máquinas paradas nas fábricas brasileiras é o maior em mais de uma década.
O ajuste fiscal dividiu o Congresso Nacional: teve panelaço contra as medidas, que também abalam benefícios sociais. Protesto no plenário e, na rua, o grito dos sindicatos.
Na pista da inflação, estamos acelerados. Já na pista do crescimento, nós estamos quase parando. Só no campo, fomos para frente, com a supersafra agrícola, que representou um quarto do PIB.
No apagar das luzes de 2015, os brasileiros recuperam o fôlego para virar o ano e ver o gigante despertar de novo.
 ano de 2015, dentro de um contexto internacional, foi marcado acima de tudo pela guerra, pelo terrorismo, e pela violência. Em Paris, atentados terroristas assombrosos abriram e fecharam o ano. Na Síria, a guerra-civil segue matando milhares de pessoas e levando outros milhares de sírios a buscar refúgio na Europa, que enfrenta a maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial. Ao que parece, o fim do conflito permanece distante. Em meio ao caos na região, o Estado Islâmico conseguiu expandir seus territórios ao longo do ano, conquistando, por exemplo, a cidade de Ramadi, no Iraque. No resto do mundo, pode-se destacar eleições importantes na América do Sul (Argentina e Venezuela) e na França, onde o extremismo novamente foi derrotado. 
2015 também registrou fenômenos naturais extremos, como o Furacão Patrícia, considerado um dos furacões mais fortes da história, e o dois terremotos que atingiram seguidamente o Nepal, no que foi a catástrofe mais fatal já registrada no país asiático. Abaixo, o JBrelembra alguns dos acontecimentos mundiais mais marcantes do ano. 
Atentado ao 'Charlie Hebdo' abre a temporada de ataques terroristas
No dia 7 de janeiro, um atentado terrorista à sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo, no XI distrito de Paris, deixou doze pessoas mortas e cinco feridas em estado grave. Os responsáveis pelo atentado foram os irmãos Saïd e Chérif Kouachi, muçulmanos franco-argelinos que supostamente buscavam se vingar de uma antiga edição do semanário intitulada “Charia Hebdo”, de 2011, interpretada à época como um insulo pelo mundo islâmico.
Das doze vítimas do ataque, cinco eram cartunistas do Charlie Hebdo, cuja direção rapidamente anunciou que a publicação do jornal satírico continuaria. A edição seguinte ao atentado teve uma tiragem de 7 milhões de cópias, muito maior do que a habitual (de 60 mil), e foi também vendida fora da França. Em sua capa, o profeta Maomé, às lágrimas, segura um cartaz em que se lê “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie), frase que se espalhou rapidamente pela internet na forma de hashtag, como símbolo de solidariedade às vítimas e ao próprio Charlie Hebdo.  
Marco Archer é o primeiro brasileiro a ser executado no exterior 





Marco Archer foi o primeiro brasileiro a ser executado no exterior
Marco Archer foi o primeiro brasileiro a ser executado no exterior

O brasileiro Marco Archer, traficante, foi executado na Indonésia no dia 18 de janeiro. Preso desde 2004, quando tentou entrar no país com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta, o traficante foi o primeiro brasileiro a ser executado no exterior. A presidente Dilma Rousseff chegou a conversar por telefone com o presidente indonésio, Joko Widodo, e fez um apelo para que Archer não fosse fuzilado, mas não foi atendida. A legislação do país asiático é uma das mais rigorosas do mundo no que diz respeito à punição por tráfico de drogas, e a pena de morte é aprovada pela grande maioria do país. 
Syryza alcança vitória histórica na Grécia e entra em rota de colisão com União Europeia
O Syriza, o partido de coligação da esquerda radical na Grécia, venceu as eleições legislativas do país no dia 25 de janeiro, e nomeou seu líder, Aléxis Tsipras, como primeiro ministro. Durante o ano, Tsipras e seu governo travaram combate ferrenho contra a Comissão Européia, o Banco Central Europeu (BCE), e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para renegociar as dívidas bilionárias da Grécia. Em julho de 2015, o governo organizou um referendo para que o povo grego decidisse sobre a aceitação ou não dos termos de acordo com os credores. No final, a maioria dos votos refutou as políticas de austeridade, como queria Tsipras, mas os europeus não se deixaram intimidar e mantiveram as condições previamente estabelecidas para um acordo. Encontrando-se em uma encruzilhada, Tsipras tinha dois caminhos possíveis a seguir. Ou ele endossava a vontade da maioria dos gregos e tomava medidas que provavelmente levariam à saída da Grécia da Zona do Euro, ou o premiê grego aceitava as condições impostas pelos credores, garantindo o refinanciamento da dívida grega. Tsípras optou pela segunda via, o que o fez ser contestado não mais apenas pela oposição, mas também dentro do próprio Syriza, que se fragmentou. Diante das circunstâncias, o premiê grego acabou por renunciar ao cargo e convocar novas eleições legislativas. Nestas, realizadas no dia 20 de setembro, Tsipras foi novamente vencedor e segue no cargo normalmente desde então. 
Tabaré Vázquez toma posse como novo presidente do Uruguai
Tabaré Vázquez, do partido de esquerda Frente Ampla, deu início, no dia 1 de março, a seu segundo mandato como presidente do Uruguai. Vázquez já havia governado o país de 2005 a 2010, mas foi sucedido então por seu correligionário de partido José Mujica, que por sua vez assumiu o cargo até 2014. O atual presidente foi eleito no segundo turno das eleições, realizadas no fim do ano passado, vencendo o candidato de centro-direita Luis Lacalle Pou. De acordo com o jornal uruguaio “El Observador”, Tabaré Vázquez foi o presidente mais votado dos últimos 70 anos no país.
É o terceiro mandato seguido da Frente Ampla no Uruguai. Em seus discurso de posse, Vázquez prometeu fortalecer a educação no país, revelando o objetivo de investir 6% do PIB na área. Além disso, o novo presidente deverá combater um alto déficit fiscal, de 3,3% do Produto Interno Bruto
Avião da Germanwings cai nos Alpes em acidente causado intencionalmente pelo piloto 
No dia 24 de março, terça-feira, um Airbus da Germanwings (companhia aérea subsidiária da Lufthansa), que voava de Barcelona com destino à Düsseldorf, na Alemanha, chocou-se contra os Alpes franceses. O acidente causou a morte de todos os passageiros, 150 pessoas, e chocou o mundo.
Depois da descoberta das caixas-pretas e das investigações conduzidas por autoridades francesas e alemãs, descobriu-se que o responsável pela tragédia fora o co-piloto do vôo, Andreas Lubitz, que possuía histórico de problemas psicológicos e crises depressivas. Lubitz se trancou no cockpit enquanto o piloto dormia em outra cabine, e passou a alterar as configurações pré-estabelecidas do piloto automático para fazer o avião ganhar velocidade e perder atitude. No áudio de uma das caixas-pretas, ouvem-se os gritos de desespero dos passageiros e sons de golpes na porta do cockpit, desferidos pelo piloto, que tentava arrombar a cabine. Pouco mais de dez minutos após Lubitz assumir o controle, no entanto, a aeronave colide com montanhas nos Alpes franceses, levando todos os passageiros à morte.
Barack Obama e Raúl Castro em encontro histórico na Sétima Cúpula das Américas
No dia 11 de abril de 2015, o presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente cubano, Raúl Castro, realizaram um encontro histórico na Sétima Cúpula das Américas, no Panamá, dando início ao processo que culminou com o fim do embargo americano a Cuba. O último encontro entre presidentes dos dois países havia ocorrido antes da Revolução Cubana, ainda em 1956, entre Dwight Eisenhower e Fulgencio Batista, deposto três anos depois pela revolução. 
Terremotos no Nepal
No que foi o desastre mais fatal já registrado na história do Nepal, dois terremotos atingiram o país seguidamente, dentro de um espaço de tempo de poucas semanas, matando mais de 8.500 pessoas.
O primeiro terremoto, de magnitude 7,8 na escala Richter, ocorreu no dia 25 de abril, já fazendo um número de milhares de vítimas, e demolindo também milhares de casas, a maioria das quais, localizada em áreas rurais, onde não há acesso à assistência médica de qualidade.
O segundo atingiu o país no dia 12 de maio, quando os nepaleses ainda se recuperavam dos enormes estragos causados pelo primeiro. O número de vítimas e os danos materiais aumentaram então ainda mais.
Furacão Patrícia: maior taxa de intensidade já registrada. 
O furacão Patrícia foi o ciclone tropical mais intenso já observado no hemisfério ocidental em termos de pressão barométrica, e o mais forte a nível mundial em relação à velocidade dos ventos sustentados máximos. Seus ventos, aliás, atingiram a velocidade de 325km/h. O furacão atingiu a costa mexicana do Oceano Pacífico no dia 23 de outubro, e foi considerado um dos mais fortes furacões da história. Ele formou-se no dia 20 de outubro e se dissipou quatro dias depois.
Desde a instalação dos satélites artificiais, em 1960, jamais havia sido registrado um furacão com taxa de intensidade próxima a do Patrícia, com a exceção do Furacão Linda, em 1997, que se fortaleceu a uma taxa semelhante.
Centenas de milhares de pessoas foram diretamente afetadas pela tempestade, principalmente na Guatemala. Pelo menos seis mortes foram atribuídas ao vento: seis em El Salvador, uma na Guatemala, e uma em Nicarágua. A tempestade também causou efeitos secundários no Texas (EUA).
Airbus da Metrojet. Acidente ou atentado? 
Um Airbus da companhia aérea russa Kogalimavia, também conhecida como Metrojet, caiu na madrugada do dia 31 de outubro na Península do Sinai, no Egito.  No acidente, morreram 224 pessoas, a maioria delas turistas russos que haviam passado férias no país. Em um primeiro momento, considerava-se que o mais provável era que a queda do avião houvesse sido causada por falhas técnicas, apesar de o Estado Islâmico ter reivindicado a autoria do que teria sido um atentado terrorista.  No entanto, no dia 17 de novembro o governo russo declarou que o avião havia caído em decorrência de uma explosão, isto é, de um atentado terrorista realmente. Ainda no mesmo dia, a Força Aérea Russa realizou ataques aéreos pesados contra a cidade de Raqqa, reduto do ISIS.  
Governo de Pedro Passos Coelho em Portugal é derrubado por moção de rejeição
No dia 10 de novembro foi derrubado em Portugal o primeiro-ministro conservador Pedro Passos Coelho, após a esquerda política aprovar uma moção de rejeição a seu projeto de governo. A decisão abria caminho para que os socialistas enfim conduzissem uma administração que pusesse fim a décadas de políticas de austeridade. A moção foi aprovada por 123 votos a favor e 107 contra.
A coalizão de Passos Coelho, no poder desde 2011, havia perdido a maioria absoluta no Congresso depois de aplicar uma impopular política de austeridade durante os últimos quatro anos.
Pouco mais de duas semanas depois, no dia 26 de novembro, o socialista António Costa, ex-prefeito de Lisboa, tomou posse como novo primeiro ministro português, prometendo terminar com a austeridade no país. 
Em 2015, a Cidade Luz foi o alvo maior do terror. Paris viveu um ano marcado pela insegurança.
Na pátria da liberdade, uma sexta-feira à noite, num show de rock, num jogo de futebol, num café com amigos. A França em alerta vermelho: 130 mortos nos atentados.
No Estádio Nacional, foram duas explosões. Na casa de espetáculos, o Bataclan, foram dez minutos de tiros à queima-roupa. Lá dentro reféns, e do lado de fora, pânico e desespero.
Reações foram imediatas. Muçulmanos indignados e reações mundo afora. No encontro do G20 na Turquia, pressão sobre o presidente russo. A crise sem precedentes aproxima até mesmo Barack Obama e Vladimir Putin. Em Londres, um estádio inteiro para saudar os franceses, unidos na dor e na esperança. Símbolos mundiais foram iluminados em azul, branco e vermelho.
Tiros na madrugada em Saint Denis. Desta vez, a polícia chegou antes. Evitou mais um atentado, mas não a explosão da mulher-bomba.
Preocupação e medo também na Rússia, que revelou: o desastre aéreo que matou

224 russos na Península do Sinai foi provocado pelo Estado Islâmico. Os russos prometem uma caçada global aos terroristas. Os ataques foram intensificados. Mas o caça russo derrubado na Turquia causou preocupação mundial.

Mas esta foi a segunda onda de atentados que abalou a França. Na quarta-feira, 7 de janeiro, atiradores interromperam a reunião de pauta dos jornalistas e atacaram a sede do semanário Charlie Hebdo.
Na fuga, houve troca de tiros. Um policial, francês, muçulmano foi executado. No atentado ao supermercado judeu, um herói, também muçulmano: o imigrante do Mali escondeu as vítimas na câmara fria. O mundo perdeu cartunistas pioneiros. Mestres de várias gerações. No total, 17 mortos.
Uma corrente une o mundo na defesa de um dos pilares da democracia: a liberdade de imprensa. Desafiando a insegurança, mais de um milhão foram às ruas. À frente, líderes mundiais de braços dados.
Nos arredores de Paris, um grande cerco policial isolou os autores do atentado. Houve troca de tiros, explosões e os irmãos terroristas foram mortos.
A França terminou o ano de luto. Mas, ainda assim, a Cidade Luz. Nos corações, uma certeza: o mundo sempre terá Paris.
E isso foi o que movimentou o Brasil e o Mundo em 2015! Boa noite!

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