uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL
CENA 1: MONTES ALTOS | CASA DE ISAQUE | QUARTO DE ERON | INTERIOR | TARDE
Isaque termina de abrir a porta, sua raiva é imensa. Ele entra com tudo no quarto do irmão. Eron se levanta, surpreso.
ISAQUE: – O que você pensa que está fazendo na minha casa? – Pergunta, enraivecido. – Agora deu pra trazer esse tipo de pessoas para cá? – Indaga, olhando para Júlio.
ERON: – Esse tipo de pessoa? Como assim!? O que você está querendo dizer com isso, Isaque? – Devolve, indignado já fazendo uma pequena ideia do que Isaque esteja falando.
JÚLIO: – Pessoas da minha cor, Eron, eu já entendi o que seu irmão quis dizer.
ISAQUE: – Que bom que você não tem o ouvido sujo… agora trate de sair da minha casa o mais depressa possível. – Grita, irritado.
Eron se coloca na frente de Júlio. Isaque olha para os dois com muita raiva.
ERON: – Ele não vai sair… se quiser, saia você mesmo. Essa casa também é minha e diferente de você, não tenho preconceito com ninguém. – Diz, enfrentando o irmão.
Isaque avança um pouco mais para perto de Eron, que não se move. Isaque lenvanta a mão bem devagar, fica a ponto de bater em Eron, mas abaixa e sai do quarto rapidamente, deixando o irmão junto de Júlio. Eron tranca a porta.
ERON: – Ele não vai mais nos incomodar. – Diz, voltando seu olhar para Júlio. – Me desculpe pelas palavras do meu irmão, Júlio. – Pede se aproximando do outro rapaz.
JÚLIO: – Você não tem que pedir desculpas por ele, Eron… está tudo bem. – Afirma, esboçando um leve sorriso.
CENA 2: CASA DE ISAQUE | QUARTO | INTERIOR | NOITE
Isaque sai do banho enrolado em uma toalha, se senta na cama ficando pensativo. Ele olha para algumas malas vazias próximo da porta do armário.
ISAQUE: – Eu tenho de fugir daqui antes que descubram tudo. Maldita hora que foram remexer nesse caso. – Diz, olhando para as malas. – Se eu ficar aqui, logo descobrem e eu estarei ferrado, completamente ferrado.
Isaque se levanta da cama, logo começa a se vestir.
CENA 3: MONTES ALTOS | CASA DE DIEGO | SALA | INTERIOR | NOITE
Juliana ainda está muito pensativa sobre o que Sebastião disse. Diego nota a desatenção da namorada.
DIEGO: – Você está um pouco distante, Juliana… o que houve? – Pergunta, curioso com a desatenção dela.
JULIANA: – Seu pai… aquele que diz ser seu pai… eu falei com ele hoje. – Responde, cabisbaixa.
Diego se levanta do sofá, olhando diretamente para Juliana.
DIEGO: – Aquele homem te importunou também? – Pergunta, observando a namorada.
JULIANA: – Ele não me importunou, Diego… Ele me pediu para manter você longe da Sabrina, ele não me explicou direito, mas disse que ela é perigosa. – Responde, olhando nos olhos de Diego. – E eu acredito que ele tem toda razão, Diego… a Sabrina já deu o primeiro passo para amarrar você à ela.
DIEGO: – Um filho não vai me amarrar à ela, e você não pode ouvir qualquer estranho, Juliana. – Diz, deixando Juliana incomodada.
JULIANA: – Você ainda acredita que ela está grávida, Diego?! Eu realmente não sei mais o que fazer. – Ela se levanta, olhando para Diego, que fica sem saber o que fazer. – Quando você realmente descobrir a verdade, uma verdade que eu já sei e estou tentando fazer com que você a veja, me procure. – Diz, seguindo em direção a porta.
DIEGO: – Você vai embora? – Pergunta, espantado.
JULIANA: – É o melhor a fazer no momento, Diego. – Responde, abrindo a porta e saindo. Diego fica cabisbaixo e pensativo.
CENA 4: MONTES ALTOS | EXTERIOR | NOITE
Luiza anda pelas ruas da cidade, faz um pouco de frio, ela se encolhe. A garota avista um beco no qual entra então se senta em cima de alguns papeloes, e fica olhando para o nada.
LUIZA: – Eu só quero encontrar minha família de novo. – Diz, se deitando no colchão e deixando os olhos se fecharem.
CENA 5: MONTES ALTOS | CASA DE ISAQUE | QUARTO | INTERIOR | MANHÃ
Isaque já está de pé, olhando pela janela, ele tem um estranho sorriso no rosto.
ISAQUE: – Só vou ter paz quando eu destruir aquele infeliz do Diego… se ele não tivesse pedido, esse caso nem teria sido reaberto. – Diz, cerrando os punhos. – Mas vou dar um jeito nele, ah se vou!
Isaque sai de perto da janela, seguindo para perto da cama e parando em frente a cômoda. Isaque abre uma das gavetas e retira de dentro, uma arma. Ele olha a pistola com um tremendo fascínio.
CENA 6: MONTES ALTOS | CASA DE JULIANA | SALA | INTERIOR | MANHÃ
Juliana está sentada no sofá, ao lado dela se encontra Daiana, que por sua vez parece estar muito aflita. Juiana percebe a aflicao da amiga por causa do segredo que a mesma esconde de Marcelo.
JULIANA: – Você tem que contar ao Marcelo sobre esse bebê que está crescendo aí dentro, amiga. Você não tem que ficar com medo, pois qualquer médico pode errar no diagnóstico e com certeza o Marcelo não é estéril.
DAIANA: – Tenho receio, mesmo assim eu tenho receio, Juliana… o Marcelo é ciumento e como ele pensa que é estéril, isso será uma bomba na cabeça dele… eu devia ter contado antes. – Diz se lamentando.
JULIANA: – Se ele realmente te ama, Daiana, vai procurar fazer outro exame e não ficar te acusando de qualquer coisa. – Afirma, segurando uma das mãos dela. – E eu acredito que ele te ama.
CENA 7: MONTES ALTOS | EDIFÍCIO PORTAL | APARTAMENTO DE MARCELO | QUARTO | INTERIOR | MANHÃ
Marcelo está quase saindo para trabalhar, ele avista alguns documentos caídos próximos da cama. Marcelo se abaixa rapidamente, e pega os papéis que estão caídos, ficando intrigado com um deles.
MARCELO: – O que é isso? – Se pergunta, observando um dos documentos.
CONTINUA


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