uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL
CENA 1: MONTES ALTOS | CASA DE DIEGO | INTERIOR | FIM DE TARDE
Sebastião está em frente ao filho depois de tanto tempo. Diego o olha como se olhasse um estranho qualquer, pois não sabe que o homem parado diante dele é seu pai, mas o pedido feito por ele o deixou intrigado. Reconhecendo o homem que o cercou há dias, passa a ter receio da presença dele ali.
DIEGO: – O que você quer? – Pergunta, curioso enquanto observa o estranho diante dele.
SEBASTIÃO: – Quero apenas conversar… algo muito importante e do seu próprio interesse. Não estou aqui pra fazer mal algum, como você pode estar pensando ao me ver aqui, só quero que me escute. – Responde, decidido.
Diego pensa seriamente se deixa ou não o estranho homem entrar em sua casa. Ele se afasta um pouco para o lado depois de muito pensar então permitindo a passagem de Sebastião.
DIEGO: – Vamos ao escritório. – Orienta, indicando uma porta à esquerda. Juliana observa os dois. Diego olha para Juliana, que por sua vez balança de forma positiva a cabeça como se tivesse aprovando o que ele decidiu. Diego entra com Sebastião no escritório.
CENA 2: CASA DE DIEGO | ESCRITÓRIO | INTERIOR | FIM DE TARDE
Sebastião se acomoda em uma das cadeiras indicadas por Diego, que por sua vez fica em pé mesmo, esperando o homem começar contar o que veio fazer ali de fato. Olhando melhor, Diego conseguiu notar algo estranho próximo do pescoço do homem que ali estava, mas não deu muita importância.
SEBASTIÃO: – Eu conheci sua mãe. – Diz, cabisbaixo, deixando Diego completamente surpreso.
DIEGO: – Como assim conheceu minha mãe? – Questiona, intrigado. – Ela nunca me falou de você.
SEBASTIÃO: – Com toda razão! Nem eu mesmo falaria de mim para alguém depois de tudo que fiz. – Responde, nitidamente sentido. – Sua mãe foi uma excelente mulher, meu rapaz e eu fui tudo ao contrário do que ela era. – Continua, deixando Diego curioso. – Eu não podia ter feito aquilo, não podia, mas eu fiz… hoje eu me arrependo tanto. – Conclui, olhando diretamente para Diego, que também olha para o homem à sua frente, então deduz quem é ele.
DIEGO: – Você é… você é Sebastião Salazar? – Indaga, abaixando o olhar e dando as costas para o homem, ele olha pela janela.
SEBASTIÃO: – Sim, eu sou Sebastião… seu… – Diego o interrompe.
DIEGO: – Não! Você não é meu pai. – Diz, voltando o olhar para Sebastião. – O que você quer aqui? Já não basta o que você fez com minha mãe? O que quer agora? – Pergunta, tentando não transparecer a emoção. – Vai embora, não há nada pra conversarmos. – Diz, seguindo até a porta do escritório.
Sebastião se levanta, também seguindo até a porta. Ele para diante de Diego.
SEBASTIÃO: – Eu vou provar pra você que não quero nada do que é seu ou seja lá o que esteja pensando de mim. – Diz, levantando o olhar bem devagar.
Sebastião sai do escritório, deixando Diego sozinho, passa pela sala e sai da casa. Juliana observa tudo com grande curiosidade.
CENA 3: MONTES ALTOS | EDIFÍCIO PORTAL | APARTAMENTO DE MARCELO | SALA | INTERIOR | NOITE
Daiana chega antes de Marcelo, ela segue até o sofá no qual se senta, ficando pensativa. Ela pega a bolsa é retira de dentro, o resultado do exame que fez.
DAIANA: – Como isso pode acontecer se o Marcelo é estéril? – Ela se pergunta, um pouco espantada, segurando os papéis.
Imersa nos próprios pensamentos, Daiana não vê Marcelo chegar, logo se assusta com ele ao seu lado.
MARCELO: – Que exames são esses? – Indaga, curioso, deixando Daiana sem reação.
DAIANA: – Não é nada demais, Marcelo…só é uma coisa sem importância. – Afirma, pegando os exames e colocando novamente dentro da bolsa. – Não se preocupe com isso. – Conclui, esboçando um leve sorriso.
CENA 4: MONTES ALTOS | CASA DE ISAQUE | INTERIOR | MANHÃ
Isaque está tomando café com o Eron, que por sua vez evita de olhar para o outro.
ERON: – Vou trazer um amigo aqui hoje. – Informa, tomando um pouco de café.
Isaque se espanta, logo é possível ver que está irritado.
ISAQUE: – Que ousadia é essa? – Indaga, encarando o irmão. – Mal chegou e já está pensando em trazer um amigo. – Comenta, enfurecido.
ERON: – Eu pensei que essa casa também fosse minha. – Diz, olhando de forma séria para o irmão. – Aliás, essa casa também é minha, então vou trazer um amigo aqui sim, quer você queira ou não.
Isaque pensa em responder o irmão, mas a campainha toca, fazendo com que ele recue. A empregada vem da sala com uma cara não muito boa.
EMPREGADA: – Senhor Isaque, tem alguns policiais querendo falar com o senhor. – Diz, olhando para ele. Eron fica surpreso.
Isaque olha para a empregada e logo depois para Eron, parece não saber o que fazer. A imagem congela em uma cor vermelho fosco, logo se parte em diversos pedaços.
CONTINUA


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