uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL
CENA 1: MONTES ALTOS | HOSPITAL | INTERIOR | NOITE
Diego continua segurando nas mãos da mãe, que tem um imenso carinho contido no olhar. Alberta volta seu olhar para Juliana, que continua afastada, acreditando seria um pouco demais interferir no momento.
ALBERTA: – É ela, filho? – Ela pergunta, olhando para Juliana, que está tímida diante do olhar da mãe de seu namorado.
DIEGO: – É ela sim, Mãe… o nome dela é Juliana. – Responde, esboçando um lindo sorriso bobo.
ALBERTA: – Ela é muito bonita. – Comenta, voltando seu olhar para o filho. Diego beija a mão da mãe.
DIEGO: – Logo você estará cem por cento de novo, Mãe e assim poderemos marcar um jantar entre nós. – Diz, nitidamente emocionado.
Alberta esboça um pequeno sorriso, e pensando em tudo que deve contar ao filho, começa a chorar, fazendo com que Diego fique ainda mais preocupado.
DIEGO: – O que houve, Mãe? – Pergunta, preocupado ao ver as lágrimas de Alberta.
ALBERTA: – Eu tenho… tenho muita coisa para contar, filho, coisas que você deveria saber há um bom tempo. – Diz, tentando enxugar as lágrimas. – Eu não posso adiar mais, não posso. – Diz, incomodada com o segredo que guarda do próprio filho.
Juliana faz menção de sair, mas Alberta pede que ela fique. Diego concorda com um aceno de cabeça. Alberta começa a contar tudo sobre seu passado.
CENA 2: MONTES ALTOS | ORFANATO | INTERIOR | NOITE
Todas as meninas dormem em suas respectivas camas. Uma delas se mexe muito, parece estar tendo um pesadelo. Uma das monitoras entra no quarto, e logo que acende as lâmpadas, ela vê que Luíza despertara. A monitora se aproxima da cama da menina, que respira com certa dificuldade por conta do susto.
AURORA: – Menina Luíza, outro pesadelo? – Indaga, preocupada.
LUÍZA: – É o mesmo de sempre, tia Aurora… com minha mãe, mas eu não consigo me lembrar do nome dela. – Responde, abraçando Aurora.
Aurora permite o abraço, ficando pensativa enquanto tenta acalmar um pouco a menina, que por sua vez chora ao lembrar do pesadelo.
CENA 3: MONTES ALTOS | EDIFÍCIO PORTAL | APARTAMENTO DE MARCELO | SALA | INTERIOR | NOITE
Marcelo entra apressado no apartamento, esperando encontrar Daiana ainda ali. Ele corre os olhos pela sala e não vê a mulher. Marcelo segue até a cozinha, se deparando com Daiana desmaiada. Ele corre até ela, a pega nos braços.
MARCELO: – Daiana, Daiana! – Ele chama, preocupado.
Daiana abre os olhos lentamente, despertando do desmaio repentino que teve. Marcelo abraça ela, se sentindo aliviado.
CENA 4: MONTES ALTOS | CASA DE ISAQUE | QUARTO DE ERON | INTERIOR | NOITE
Eron olha para a tela do celular de forma insistente enquanto está parado próximo de uma das janelas do quarto.
ERON: – Não dá para viver desse jeito, não mesmo… só me sinto livre se for eu mesmo. – Afirma desligando o aparelho. Ele volta seu olhar para a janela, deixando algumas lágrimas caírem.
CENA 5: MONTES ALTOS | HOSPITAL | INTERIOR | NOITE
Diego deixa o quarto em que a mãe está internada. Juliana tenta chamá-lo, mas ele não houve. Juliana se aproxima de Alberta, que parece ter o olhar perdido.
ALBERTA: – Eu sempre achei que o que eu fiz tinha sido o certo, mas agora vejo que não… meu filho agora me odeia. – Diz, entristecida.
JULIANA: – Ele não te odeia, Dona Alberta. Só está bastante confuso. – Comenta, se aproximando um pouco mais.
ALBERTA: – Eu posso te pedir uma coisa, Juliana? Sei que nos vimos pela primeira vez há tão poucos minutos, mas sinto que posso confiar em você. – Diz, encarando Juliana.
JULIANA: – Sim, dona Alberta. – Ela consente.
ALBERTA: – Nunca abandone meu filho, pois coração de mãe não se engana e eu sei que você é a mulher certa para ele. Ele precisará muito de você. – Diz, estendendo a mão. Juliana segura na mão de Alberta. – Eu nunca estive tão certa de algo. – Ela esboça um sorriso terno.
Juliana percebe que Alberta parece um pouco cansada. Alberta tenta ficar com os olhos abertos, mas o que parece ser cansaço, a vence. Diego retorna um pouco mais calmo depois de descobrir que não é filho do homem que sempre pensou ser seu pai. Ele se desespera ao ouvir os aparelhos apitando sem parar.
CONTINUA


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