uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL
CENA 1: MONTES ALTOS | RUA | EXTERIOR | MANHÃ
Viriato verifica se a mulher caída no asfalto à sua frente ainda respira. Ele fica aliviado ao constatar que ela respira. Joana abre os olhos devagar, um pouco atordoada por tudo que aconteceu.
JOANA: – Meu filho! Meu filho. – Diz, erguendo a cabeça devagar e olhando em volta. – Gabriel! – Ela grita, desesperada.
Algumas pessoas vão embora, outras tentam entender o desespero daquela mulher. Viriato abraça Joana mesmo sem conhecê-la, ela chora no ombro dele.
Flashback
2006
Joana brinca com os filhos em um parque, eles se divertem muito e não notam que estão sendo observados atentamente por uma pessoa que está no banco de trás de um veículo preto parado do outro lado da rua. Joana balança os filhos no balanço alheia ao perigo iminente.
Fim do Flashback
Joana continua chorando. Uma ambulância se aproxima do local.
CENA 2: MONTES ALTOS | EXTERIOR | MANHÃ
Gabriel consegue morder a mão de quem está carregando ele, que se solta, encarando uma mulher de cabelos ruivos.
GABRIEL: – Eu odeio você! Odeio você. – Gruta repetidamente com muita raiva.
MULHER: – Eu fiz um bem pra você garoto, um bem. – Afirma, assoprando o local onde foi mordida.
Gabriel sai correndo da mulher, voltando o mais rápido que pode para o local onde ele ouviu ser chamado. Gabriel corre, lembrando de algumas coisas de quando ainda era uma criancinha. O garoto chega no cruzamento e só vê o trânsito voltando ao normal, ele olha para todos os lados em busca da mulher, mas nada vê. Gabriel se abaixa, chorando.
CENA 3: MONTES ALTOS | EXTERIOR | MANHÃ
Diego encara Isaque com muita raiva, lembrando de algo muito recente que o mesmo fez na empresa da mãe dele e também no passado. Isaque sorri de maneira sarcástica, como que adivinhando o pensamento de Diego.
DIEGO: – Saia daqui, Isaque! Você está incomodando ela. – Diz com cara feia. – Deixe de ser esse idiota, tentando conquistar as mulheres com essa sua pose de bonzinho.
ISAQUE: – A rua é pública, meu caro… acredito que você esteja atrapalhando algo muito bom que estava prestes a acontecer. – Diz, provocando. – Por acaso ela é sua namorada para estar aqui defendendo ela? – Pergunta, intrigado.
DIEGO: – Por acaso ela é sim… não ouse se aproximar dela, pois eu conheço muito bem você e não vou deixar que tudo se repita, não mesmo. – Responde, ficando muito próximo de Isaque, que por sua vez fica intimidado.
ISAQUE: – Tudo bem, tudo bem… não vou criar caso. – Diz se afastando.
Diego é abraçado por Juliana, que demonstra estar com o coração acelerado. Com a cabeça no ombro dela, ele observa Isaque entrar no carro e partir.
CENA 4: MONTES ALTOS | EDIFÍCIO PORTAL | APARTAMENTO DE MARCELO | SALA | INTERIOR | MANHÃ
Marcelo vem do quarto, passa pela sala parecendo não notar a presença de Daiana, que o observa, assim que ele se aproxima da porta, ela apressa o passo, se pondo à frente dele. Daiana tranca a porta.
DAIANA: – Já passou da hora de nós dois termos aquela conversa. – Diz, olhando nos olhos dele.
MARCELO: – É sério, Daiana? – Indaga, intrigado.
DAIANA: – E você acha que tem alguém brindando aqui? Você ultimamente só tem tempo para o seu consultório, para os seus pacientes e a nossa relação vai se afundando. Ou você conversa comigo agora mesmo, ou você pega essa chave que está na minha mão agora e vai para o seu trabalho, mas saiba que quando voltar, não estarei mais aqui. – Diz, taxativa.
CENA 5: MONTES ALTOS | UNIVERSIDADE | INTERIOR | MANHÃ
Eron caminha pelo pátio amplo da Universidade, conhecendo cada lugar do seu novo ambiente de estudo. Ele carrega uma pasta, ajeita o óculos que se mostra meio torto, distraído com isso, acaba esbarrando e deixando cair a pasta junto com os óculos, ele vê uma pessoa lhe ajudando a recolher as coisas, mas não reconhece por estar sem os óculos. Eron sente a mão da outra pessoa, involuntariamente ele segura, abrindo um sorrindo, logo pega em seu óculos o levando até a face, assim que os coloca, reconhece o rapaz, que é Júlio.
JÚLIO: – Eu achei que o esbarrão do aeroporto seria o único. – Comenta, brincalhão, abrindo um lindo sorriso.
Eron o observa, parecendo hipnotizado, logo abaixa a cabeça, notando que ficou olhando por tempo denais para o rapaz que até ebfsp é estranho para ele.
JÚLIO: – Você vai estudar aqui? – Pergunta, quebrando o silêncio que se instalou.
ERON: – Pretendo! – Responde, organizando algumas coisas na pasta.
JÚLIO: – Então seja bem vindo. – Deseja, sorrindo. Ele começa a andar em direção oposta de Eron.
ERON: – Espera! – Pede, se voltando para Júlio. – Eu realmente não conheço muita coisa aqui, então você poderia me ajudar? – Pergunta com um certo receio.
Júlio volta a se aproximar do rapaz, que olha diretamente para ele.
JÚLIO: – É claro. – Responde, esboçando um leve sorriso.
Após expor algumas de suas dúvidas, eles seguem pela Universidade.
CENA 6: EDIFÍCIO ASSIS | APARTAMENTO DE SABRINA | SALA | INTERIOR | MANHÃ
Sabrina caminha com o celular nas mãos, tem um estranho sorriso no rosto. De repente o aparelho que segura começa a tocar de forma insistente. Sabrina atende a chamada.
SABRINA (Ao Celular): – Que bom que você Retornou, Fábia… preciso muito falar com você, muito de sua ajuda. – Diz, seguindo para perto da janela.
FÁBIA (Do Outro Lado da Linha): – Não quero nem imaginar para quê, mas como sei que terá uma boa recompensa, faço esse sacrifício. – Diz, gargalhando.
SABRINA (Ao Celular): – Pra você até que será um trabalho fácil e você não vai se arrepender, prometo. – Afirma, sorrindo.
Sabrina explica tudo para Fábia, ela sorri certa do plano que está armando.
CENA 7: MONTES ALTOS | EXTERIOR | FIM DA MANHÃ
Diego caminha ao lado de Juliana, que deixou a sacola com os doces no carro dele. Ela o observa, parecendo meio fora de órbita, então toca sua mão com leveza.
JULIANA: – Você conhecia aquele homem, não é? – Indaga, curiosa.
DIEGO: – Muito mais do que eu deveria, Juliana… mas isso é uma longa história que contarei depois, prometo. Agora eu só quero fazer com que você esqueça o que aconteceu. – Diz, beijando Juliana em seguida, ela se entrega ao beijo apaixonado. – E aquilo sobre você ser minha namorada é a pura verdade. – Afirma, sorrindo.
JULIANA: – Você nunca me pediu em namoro, não nesses dias que estávamos nos conhecendo. – Diz, sincera,esboçando um leve sorriso.
Diego para de andar, então olha nos olhos de Juliana.
DIEGO: – Não seja por isso… você aceita namorar comigo, Juliana Montes? – Pergunta, sorrindo. Juliana também sorri. Ambos se abraçam.
JULIANA: – Eu aceito, Diego Porto. – Responde com a boca próxima do ouvido dele. Eles voltam a se beijar, dessa vez, um beijo mais demorado. Todos que passam por eles, notam a grande felicidade contida ali.
CENA 8: MONTES ALTOS| FÁBRICA DESEJOS | INTERIOR / EXTERIOR | FIM DA MANHÃ
Após saber o que aconteceu com a amiga e sócia, Alberta sai do escritório da fábrica, apressada. Ela segue até a calçada, onde acaba sendo surpreendida por Sebastião, que a esperava.
SEBASTIÃO: – Eu preciso que você acredite em mim, Alberta. Eu mudei, sou un novo homem… não quero nada do que você tem ou deixa de ter, só quero recuperar o tempo com meu filho e pra isso neu preciso de sua ajuda. – Diz, segurando o braço dela sem usar a força.
ALBERTA: – Me deixa, Sebastião! – Diz, se soltando da mão dele. – Eu tenho coisa mais importante pra fazer do que ficar discutindo algo tão remexido com você. – Afirma, seguindo para atravessar a rua.
Alberta deixa Sebastião a olhar para o nada. Ela começa a cruzar a rua, seguindo em direção ao carro, ela não nota, mas um carro vem da esquerda em alta velocidade. Sebastião percebe, então grita para Alberta, mas já é tarde. Alberta é arremessada para cima com o impacto do carro, ela cai com muita violência no chão. Sebastião corre em direcção à ela.
SEBASTIÃO: – Alberta! Alberta! – Ele a chama, se abaixando ao lado do corpo. Os olhos estão cheios de lágrimas.
O motorista foge, a imagem do carro na alta velocidade em fuga é congelada em uma cor vermelho fosco, logo se parte em diversos pedaços.
CONTINUA


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